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MANEJO

DE UM REBANHO
OVINO DE CRIA
José Galdino Garcia Dias
Médico Veterinário - Inspetor Técnico da A.R.C.O.
GENERALIDADES DA OVINOCULTURA
1º - AUMENTO DA NATALIDADE DOS REBANHOS DE CRIA
1.1 - Seleção por fertilidade nos machos e fêmeas;
1.1.1 - Parto gemelar;
1.1.2 – Itens a considerar na seleção dos machos.
1.2 - Encarneiramento correto de borregas;
1.2.1 - Falta de desejo sexual;
1.2.2 - Cio curto;
1.2.3 - Produção pequena de muco;
1.2.4 - Formação de papilas na entrada do colo.
2º - PESO CORPORAL DAS BORREGAS PARA SEREM ENCARNEIRADAS
OU INSEMINADAS

3º - ÉPOCA DE ENCARNEIRAMENTO
4º - IDADE DAS OVELHAS DE CRIA E SUA CAPACIDADE REPRODUTIVA
5º - CONTROLE DO UBRE DAS OVELHAS DE CRIA ANTES DO
ENCARNEIRAMENTO
6º - INFLUÊNCIA DA NUTRIÇAO NO ACELERAMENTO DO CIO DAS
OVELHAS

7º - O PESO CORPORAL DAS OVELHAS E O ÍNDICE DE FECUNDAÇAO


8º - PREPARO PRÉVIO DE UM REBANHO DE CRIA
8.1 - Vacinações;
8.2 - Cortada de cascos;
8.3 - Limpada de períneo (posterior);
8.4 - Dosificações;
8.5 - Recuperação de ovelhas fracas ou doentes;
8.6 - Revisão de ovelhas antes das concentrações para reprodução.
9º - CUIDADOS COM OS REBANHOS DE CRIA DEPOIS DO
ENCARNEIRAMENTO
9.1 - Uma observação muito importante;
9.2 - O crescimento de um feto ovino;
9.3 - O estado dos rebanhos de cria e o peso dos cordeiros ao nascer;
9.4 - A importância do peso dos cordeiros no nascimento ;
9.5 - A limpeza de ubres e períneo (posteriores) antes da parição.
10º - CUIDADOS DURANTE O PERÍODO DA PARIÇAO
10.1 - As recorridas dos campos;
10.2 - Os rebanhos de inseminação ;
10.3 - Abrigos ou maternidades.
11º - PRODUÇÃO DE LEITE E IDADE DE DESMAME
12º - A MORTALIDADE DE CORDEIROS E SUAS CONSEQUÊNCIAS
13º - ÍNDICES DE NATALIDADE QUE DEVEMOS PERSEGUIR
13.1 - Razões e conseqüências;
CONCLUSÕES FINAIS.
GENERALIDADES

A criação de ovinos permite


corrigir a grande maioria dos problemas
que incidem negativamente na maior e
melhor produtividade de um rebanho,
com gastos reduzidissimos, muito próximos
do custo zero, o que não ocorre com outras
espécies animais.
GENERALIDADES

O maior ou menor sucesso financeiro na


exploração ovina depende, basicamente, do
maior ou menor esforço feito pelo produtor
durante o ano de trabalho.
GENERALIDADES

A ovinocultura retribui muito bem o


trabalho dedicado e competente do
ovinocultor, premiando aquele que
realmente é mais eficiente.
GENERALIDADES

Acreditamos que o produtor deve estudar e


tomar conhecimento das práticas de
manejo, convencendo-se da sua
importância, para finalmente colocá-Ias em
funcionamento.
1º - AUMENTO DA NATALIDADE DOS
REBANHOS DE CRIA

1.1 - Seleção por fertilidade nos machos e fêmeas;


1.1.1 – Parto gemelar;
1.1.2 – Itens a considerar na seleção dos machos.

1.2 - Encarneiramento correto de borregas


1.2.1 - Falta de desejo sexual;
1.2.2 - Cio curto;
1.2.3 - Produção pequena de muco;
1.2.4 - Formação de papilas na entrada do colo.

1
Qualquer trabalho de seleção ou de
renovação normal e desejada num rebanho
esbarra:

1° - na disponibilidade ou não de fêmeas


novas em número capaz de permitir o
descarte;

2° - e na eliminação dos ventres velhos e


borregas novas inferiores.

2
Para atingir esses dois objetivos:

1° - elevar o nível zootécnico dos rebanhos


eliminando animais inferiores;

2° - descartar as ovelhas velhas.

Devemos: produzir e salvar bastante


cordeiros, atingindo índices de natalidade
iguais ou superiores a 100%.

3
• Os índices inferiores a 80% de desmame,
não permitem fazer pressão seletiva nas
borregas e, muito menos, substituir todas
as ovelhas velhas com 7 e mais anos de
idade, existentes num rebanho

• Para obter estes índices devemos tomar


alguns cuidados de manejo que
consideramos indispensáveis.

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1.1 – Seleção por fertilidade nas fêmeas e nos
machos

FÊMEAS: junto a seleção fenotipica é


indispensável que se acrescente o que
chamamos de seleção por fertilidade.

5
Portanto, as ovelhas que não pariram, devem
ser separadas e controladas com marca
especial que as diferenciem das demais.
Posteriormente, deverão em época oportuna,
serem encarneiradas com 4% de carneiros
testados, eliminando todas aquelas que
retornarem na próxima produção de
cordeiros sem cria ao pé.
Adotando este sistema de trabalho todos os
anos, aos poucos estaremos retirando dos
nossos rebanhos, todas as ovelhas de baixa
fertilidade. 6
1.1.1. Para aumentar partos gemelares
1 - Seleção genética;
2 - Alimentação e condição corporal adequadas;
3 - Cobertura no período de máxima fertilidade;
4 - Redução do estresse;
5 - Uso de carneiros na proporção correta.

Selecionando fêmeas por


partos duplos, estaremos
aumentando a fertilidade
de nosso rebanho
7
MACHOS: a seleção por fertilidade deve ser
feita também nos machos que são usados
para os trabalhos de monta natural ou
inseminação artificial.

O importante é produzir
cordeiros, e, por isso
mesmo, consideramos a
seleção por fertilidade a
mais necessária de todas
quantas executamos nos
nossos rebanhos de cria.

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1.1.2 - Ìtens a considerar na seleção dos
machos para a reprodução
1 - Adquirir somente animais de boa procedência;
2 - Usar carneiros com exame andrológico e exames
clínicos e sorológicos negativos para Brucelose;
3 - Utilizar a proporção de no mínimo 3% de carneiros
em relação ao número de ovelhas encarneiradas;
4 - Não utilizar carneiros excessivamente gordo;
5 - Carneiros velhos tendem a diminuir a sua capacidade
reprodutiva. Por este motivo os carneiros devem ser
substituídos após 4 anos de uso;
6 - Circunferência escrotal e consistência testicular
também são importantes na hora da compra de um
reprodutor.
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Tabela 1. Valores médios de perímetro escrotal em carneiros de
diversas raças
Número de Perímetro
Raça Animais Escrotal (cm) Amplitude
Corriedale 250 32 26-38
Ideal 116 33,5 24-39
Romney 79 30 25-36
Merino 56 36 29-40
Hampshire Down 92 33 21-40
lIe de France 56 32,5 27-37
Texel 31 30 23-35
Suffolk 29 31,5 27-38
Fonte: Dados obtidos em Exposições-feiras
1.2 - Encarneiramento correto de borregas

• Normalmente o nosso produtor coloca as borregas no


meio do rebanho de cria, tanto nos trabalhos de monta
natural como nos de inseminação artificial, cometendo
dessa forma um erro de manejo que pode prejudicar o
número de ventres fecundados.

• As características das borregas e o seu comportamento


nesse período é muito diferente daquele apresentado
por ovelhas ou matrizes de mais idade.

Vejamos algumas características das borregas


nessa fase.
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1.2.1 - Falta de desejo sexual

• As borregas mesmo que estejam em cio,


evitam ou dificultam o trabalho dos
carneiros, evitando-os ou esquivando-se
deles;

• As borregas em cio procuram menos os


carneiros do que as ovelhas adultas, e,
logicamente, são servidas um número de
vezes muito menor do que as ovelhas de
mais idade
11
1.2.1 - Falta de desejo sexual
Duas experiências feitas na Nova Zelândia
1- Foram encarneiradas um lote de ovelhas e borregas
misturadas com carneiros.
No fim do período, os carneiros serviram em média 4,3
vezes cada ovelha em cio, enquanto que as borregas
eram servidas apenas 1,9 vezes.

2- Num mesmo campo, foram colocadas 30 ovelhas, 30


borregas e 01 carneiro. Este preso a uma árvore
marcado no peito com tinta.
No final de um certo período, as ovelhas estavam todas
marcadas e do lote de 30 borregas, apenas 11
receberam a mesma marca.
12
1.2.2 - Cio Curto

• Estudos realizados a respeito da duração do cio nas


borregas e ovelhas, determinaram que enquanto o
cio das ovelhas dura de 24 a 72 horas, o das
borregas dura apenas de 3 a 24 horas.

• O tempo de duração é, portanto, muito curto nas


borregas e, por isso mesmo, há necessidade de ter
junta uma população com o mesmo
comportamento, quando se realiza o
encarneiramento, no propósito de obter os melhores
resultados.

13
1.2.3 - Produção de muco

• Os ventres ovinos quando entram em cio têm


uma produção abundante de muco vaginal, o
qual representa um veículo que facilita o trânsito
do espermatozóide até o óvulo, para posterior
fecundação.

• As ovelhas adultas produzem bastante muco e


as borregas normalmente, produzem pouca
mucosidade, dificultando nessas circunstâncias,
o trânsito dos espermatozóides.
14
1.2.4 - Formação de papilas na entrada do colo

• As borregas têm formação de papilas caídas na


entrada do canal cervical, revestindo-o muitas
vezes, e, desse modo, dificultando o acesso de
espermatozóides no seu interior;

• Em virtude dessas características particulares


das borregas, há necessidade de trabalhá-las
separadamente no período de monta ou época
de reprodução.

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Recomendamos aos produtores

1º - Encarneirar as borregas separadamente das


ovelhas adultas;

2º - Usar com as borregas carneiros adultos de 3 e 4


anos, e, por isso mesmo, muito mais experientes;

3º - Em trabalhos de monta dirigida ou inseminação


artificial, apartar as borregas duas vezes por
dia, uma pela manhã e outra pela tarde, fazendo
o trabalho de monta ou inseminação duas vezes
por dia.

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2º - PESO CORPORAL DAS BORREGAS
PARA SEREM ENCARNEIRADAS OU
INSEMINADAS

O peso vivo no ovino jovem indica a


idade fisiológica, ou o seu grau de
maturidade sexual;

O escore corporal–EC das borregas


para encarneiar, não deve ser inferior a 3,0;

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Os pesos recomendados para utilização das
borregas na reprodução das principais raças
criadas no Estado do Rio Grande do Sul são:

Hampshire
Raça Corriedale
Down
Ideal Texel

Peso
corporal 38/40 kg 40/42 kg 36/38 kg 38/40 kg

1. Todo peso superior será considerado excelente;


2. É importante observar estes pesos mínimos, no
primeiro ciclo de reprodução das borregas, porque ele
determinará no futuro, o bom ou mau desempenho
reprodutivo durante toda a vida útil desses ventres.

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3º - ÉPOCA DE ENCARNEIRAMENTO DO
REBANHO
Outro aspecto importante no manejo de um
rebanho ovino de cria é a época de
encarneiramento:
Trabalhos realizados na Austrália e repetidos na
Argentina, Uruguai e no Rio Grande do Sul,
indicam como época mais apropriada para
encarneiramento dos rebanhos, o período de
outono - março/abril - quando os dias começam a
encurtar e as temperaturas a declinar.
# Época de maior fertilidade nas ovelhas.

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A época de acasalamento é uma ferramenta
no manejo reprodutivo do rebanho de cria

Veja o gráfico:

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ÉPOCA DE ENCARNEIRAMENTO
Época de Resultados percentuais
Raça
encarneiramento Parição Assinalação
Primavera 67,20% 59,30%
Corriedale
Outono 106,20% 92,50%
Primavera 88,10% 75,40%
Ideal
Outono 112,00% 96,10%
Hampshire Primavera 78,50% 64,40%
Down Outono 105,00% 86,80%

Lembramos aos produtores que estão com bons níveis de


assinalação, que não mudem a época de encarneiramento,
entretanto, recomendamos mudar a época a todos aqueles
que estiverem com níveis baixos.
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SAZONALIDADE REPRODUTIVA
A redução da luminosidade aumenta a fertilidade das
fêmeas.

21
SAZONALIDADE REPRODUTIVA
De acordo com as estações do ano , as ovelhas
apresentam sazonalidade reprodutiva que são
períodos de apresentação de cios e de anestros.
.

23
Encarneiramento com o uso de tinta
Este método visa a
separação em lotes de
parição homogêneas,
facilitando os cuidados
com o rebanho e
aumentando o sucesso
na parição

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4º - IDADE DAS OVELHAS DE CRIA E
SUA CAPACIDADE REPRODUTIVA

“Ovelhas depois dos 6 anos


de idade, diminuem rapidamente a
sua capacidade reprodutiva”
(Smith em 1961 e o SUL em 1979)

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Vejamos, a seguir, o Gráfico que demonstra
esses resultados:
Cabanha Azul – Quaraí-rs
120%
Percentual de parição

100%

80%

60%

40%

20%

0%
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Idade das ovelhas em anos
26
IDADE DAS OVELHAS DE CRIA E SUA CAPACIDADE
REPRODUTIVA

É importante que seja examinado este problema


com muito cuidado e com muita preocupação,
porque:

1 - Ovelhas de 7 e 8 anos – animais de média a baixa


fertilidade;

2 - Borregas de primeira cria - animais de média a


baixa fertilidade;

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Estaremos acrescentando ao rebanho de cria
animais de duas idades desaconselháveis

As borregas por sua natureza e, principalmente


por receberem um manejo inadequado nesse
período, na maioria das vezes, não
conseguimos com elas níveis elevados de
fecundação;

As borregas e as ovelhas de 7 e 8 anos,


quando mantidas, tornam muito elevado o
número de ventres de mediana a baixa
fertilidade que compõem esse rebanho.

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Se manter-mos borregas e ovelhas
velhas juntas, fica muito difícil ao produtor
elevar os índices de natalidade acima de
65%, o que representa um resultado muito
baixo e insatisfatório, impossibilitando
desse modo, a eliminação de borregas
deficientes e a substituição total das
ovelhas velhas com de 7 e 8 anos .

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5º - CONTROLE DO UBRE DAS OVELHAS
DE CRIA ANTES DO ENCARNEIRAMENTO

Revisar antes do período de encarneiramento, o


ubre de ovelha por ovelha, eliminando todo o ventre que
tenha problemas principalmente de:

1. tetos entupidos;
2. tetos excessivamente grossos;
3. ubre com problemas infecciosos;
4. tetos cortados em acidentes de esquila.

Um ventre nessas circunstâncias, sempre perderá o


seu cordeiro, porque na verdade, está incapacitado para
alimentá-lo adequadamente e, por isso mesmo, tal
ventre deve ser eliminado do rebanho.
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6º - INFLUÊNCIA DA NUTRIÇAO NO
ACELERAMENTO DO CIO DAS OVELHAS
• Devemos ter a preocupação de prepararmos o nosso
rebanho de cria antes do período de encarneiramento ou
inseminação, no propósito de encurtar o período inicial e
final de cobertura e, logicamente, comprimir num tempo
menor, o começo e fim da produção de cordeiros.
Smith e Otegui, trataram ovelhas de cria antes do período de
acasalamento com três níveis diferentes de nutrição:
1. Nível elevado de nutrição
2. Nível médio de nutrição
3. Nível baixo de nutrição

• A finalidade dos três tratamentos é medir a velocidade de


exteriorização do cio desses animais.
31
Os resultados finais foram os seguintes:

100%
Percentual de ovelhas em cio

80%

60% Nível alto


Nível médio
40%
Nível baixo
20%

0%
7 dias 14 dias 17 dias 21 dias
32
7º - O PESO CORPORAL DAS OVELHAS
E O ÍNDICE DE FECUNDAÇAO
• Peso corporal - é importante, porque ele representa a
soma do estado sanitário e nutricional, durante a época
de crescimento e acasalamento dessas fêmeas. Devemos
trabalhar com EC acima de 3,0.
• Gordura - Devemos deixar claro que o excesso de gordura
nos ventres destinados à reprodução, não favorece em
nada o percentual de fertilidade desses animais, ao
contrário, prejudica.
1 - Fecundação do óvulo - A gordura se acumula
na trompa dificultando a passagem do óvulo para o útero;
2 - Produção de muco - ovelhas demasiadamente
gordas, geralmente têm pouca produção de muco e,
conseqüentemente, dificultam o trânsito dos
espermatozóides até atingirem o óvulo.
33
O gráfico resume com propriedade
esse trabalho:
70%
Percentual de ovelhas falhadas

60%

50%

40%

30%

20%

10%

0%
30 kg 35 kg 40 kg 50 kg 60 kg

Peso vivo das ovelhas encarneiradas


34
• Os rebanhos destinados à reprodução deverão
receber por parte do produtor todas as atenções
necessárias para que não venham a sofrer
qualquer crise orgânica que possa prejudicar a
ovelha nesse período.

• Sabemos que a reprodução no animal é


considerada"FUNÇÃO DE LUXO", porque, para
o seu bom desempenho e maior sucesso, ela
exige excelentes condições de saúde e plena
recuperação orgânica do ventre que será
destinado à reprodução.

35
8º - PREPARO PRÉVIO DE UM REBANHO
DE CRIA ANTES DO ENCARNEIRAMENTO
OU INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL
9.1 – VACINAÇÕES;

9.2 - CORTADA DE CASCOS;

9.3 - LIMPEZA DE POSTERIORES E UBRE;

9.4 - DOSIFICAÇÕES;

9.5 - RECUPERAÇÃO DE OVELHAS FRACAS OU DOENTES;

9.6 - REVISÃO DE OVELHAS ANTES DAS CONCENTRAÇÕES


. PARA REPRODUÇÃO.

36
Principais práticas de manejo para ovinos
8.1 - Vacinações
no Rio Grande do Sul.
Manejo Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Acasalamento • •0 •0
• Devemos ser cuidadosos nesse momento,
Desmame • •0
redobrando
Sinalação
as nossas atenções na parte
• •0
sanitária, principalmente quando
Castração e Descole •0
os• rebanhos
•0
são concentrados
Controle de Verminose •0
para trabalhos
•0 •0 •0 •0 •0
de
•0 •0 •0 •0
inseminação artificial, encarneiramento,
Limpeza Pré-parto • •0 •0
áreas
pequenas
Controle de Casco e densamente•0
povoadas. •0
Esquila (tosquia) •0 •0

• Ase Classificação
Seleção vacinações •0
contra CLOSTRIDIOSES •0
e
Banho: Sarna e Piolho •0 •0
FOOT ROT, devem preceder em 30 dias ou
Vacina: Clostridioses
mais, a época • 0 dessas concentrações
•0
de
Vacina: Ectima Contagioso
rebanhos. •0 •0
Vacina: Manqueira (Pietin) •0 •0
Fonte: Madeira, J.F.D. (1996) 37
8.2 – Apara de cascos

É aconselhável também, cortar devidamente


todos os cascos, de ovelha por ovelha,
das que se pretende colocar em serviço
de reprodução.

38
8.3 – Limpeza de posteriores

• É importante e higiênico limpar os


posteriores (períneo) das ovelhas
concentradas para reprodução, facilitando
o trabalho dos carneiros e evitando que as
sujeiras dos posteriores terminem
servindo de veículo de contaminação das
ovelhas.

39
9.4 - Dosificações

• A everminação desses rebanhos exige um


controle rígido e seria aconselhável nesse
período a utilização de vermífugos da melhor
eficiência possível.

• Aconselhamos aos produtores que não usam


como rotina de trabalho, o controle de
verminose, que utilizem o sistema de verificação
do grau de infestação de seus rebanhos(OPG
e/ou FAMACHA), principalmente nesse período
de encarneiramento.
40
8.5 – Recuperação de ovelhas fracas ou
doentes
Aconselhamos evitar a concentração de ovelhas doentes
com problemas de cascos ou outras que estejam
organicamente muito fracas e, por isso mesmo, sem
condições de serem colocadas na reprodução naquele
momento.

Seria interessante que esse tipo de animal, sofresse um


tratamento de recuperação, no propósito de colocá-Io em
condições satisfatórias de saúde, para somente depois
pensar na sua utilização, incorporando-o nos rebanhos de
cria.

41
8.6 – Revisão das ovelhas antes das
concentrações para reprodução

A observação do dia-a-dia de trabalho, permite dizer que


existem muitos problemas nas ovelhas usadas em
reprodução que prejudicam a fertilidade desses ventres e,
conseqüentemente, os índices de natalidade.

• Os problemas mais comuns observados:


1. infecciosos;
2. estreitamentos vaginais;
3. formação de tabiques que obstruem a entrada do
colo uterino.

42
Problemas infecciosos:

a) - Partos de cordeiros grandes que necessitem de


ajuda;

b) - Miíases (bicheiras) vaginais;

c) - Ovelhas desatracadas por pessoas com mãos


sujas;

d) - Infestação pela própria falta de higiene nos


trabalhos de inseminação artificial;

e) - Contaminação através do rufião.


43
Estreitamentos vaginais

1. Congênito;
2. Adquirido.

Formação de tabiques

1. Algumas ovelhas ou borregas podem apresentar a


formação de tabiques no colo do útero.
• Alguns são insanáveis e, por isso mesmo,
devemos eliminar esses ventres;

• Outros são facilmente superados, bastando


apenas um tratamento adequado, com
orientação de médico veterinário especializado
na área de reprodução.

Aconselhamos, portanto, que os produtores e em


particular os cabanheiros, que façam uma
revisão anual de seus ventres antes do período
de reprodução.

44
9º - CUIDADOS COM OS REBANHOS DE
CRIA DEPOIS DO ENCARNEIRAMENTO

10.1 – ALGUMAS OBSERVAÇÕES IMPORTANTES

10.2 - O CRESCIMENTO DE UM FETO

10.3 - O ESTADO DOS REBANHOS DE CRIA

10.4 - A IMPORTANCIA DO PESO DO CORDEIRO AO


NASCER

10.5 - A LIMPEZA DE UBRES E POSTERIORES

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Alguns cuidados que julgamos de
capital importância:

• Os rebanhos de cria devem preocupar e receber


uma atenção especial dos produtores durante o
período que antecede o acasalamento, durante
o acasalamento e principalmente depois do
acasalamento;

• Muitas vezes, descuidos no manejo dos


rebanhos nesse período, podem levar ao
insucesso nas assinaladas, com baixos
percentuais de cordeiros e todas as
conseqüências negativas desse resultado final;

46
9.1 – Algumas observações importantes
1. Uma vez iniciado o período de monta, há necessidade de
evitar todo tipo de stress ou desgaste físico excessivo dos
ventres em serviço, principalmente daqueles que já
foram fecundados;

2. Devemos evitar juntadas apressadas que forcem a marcha


dos rebanhos;

3. Devemos evitar a movimentação do rebanho em horas de


sol muito quente, pois a elevação da temperatura corporal
dos ovinos pode levar o embrião, em fase embrionária, à
morte;

4. Lembramos que o óvulo fecundado, necessita de 7 a 15


dias para aninhar-se na parede uterina e "fixar residência“.

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5. O período inicial de gestação representa o mais critico
e delicado e qualquer desequilíbrio térmico, pode
ocasionar perdas por morte embrionária na proporção
de 30 a 40% das ovelhas fecundadas que estejam
nesse período critico.

6. Os óvulos durante a sua descida pelas trompas


uterinas, são muito sensíveis ao calor e, logicamente,
ao aumento de temperatura corporal dos ovinos.

7. Devemos ter muito cuidado na hora de conduzir um


rebanho de cria e principalmente, na maneira de
conduzí-lo.

48
9.2 - O crescimento de um feto
• O crescimento de um feto não é proporcional ao longo do
período de gestação, ou seja, não cresce de modo uniforme
e constante. Nos primeiros dois meses ele cresce pouco e no
último mês chega a dobrar o peso desenvolvido durante os
primeiros quatro meses de gestação.

• A ovelha gestante é, portanto, muito exigida no último mês de


prenhez, razão pela qual devemos redobrar os cuidados
sanitários e melhorar o nível de nutrição nesse período.

• Peso do feto:
1 - Nas 8 primeiras semanas: 1,300 kg ou 1,500 kg.
2 – Dos 2 aos 4 meses: 1,600 ou 2,000 kg,
2 – No 5 mês de gestação: 3,500 ou 4,000 kg e mais.

49
O gráfico reproduz em grandes números esse
crescimento:
Fonte: Carrol, H.T. Austrália
4,5
4
Peso do Cordeiro

3,5
3
2,5
2
1,5
1
0,5
0
0 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5 5
Meses de gestação 50
9.3 - O estado dos rebanhos de cria e o peso
dos cordeiros ao nascer
• H. T. CARROL, pesquisador australiano,
sub-meteu ovelhas de cria nos últimos três
meses de gestação, a dois tratamentos
diferentes de nutrição.
1º grupo foi submetido a um regime de
excelente alimentação durante esse período;
2º grupo foi condicionado a um regime de
alimentação pobre.
Ao final dos trabalhos de observação, os
resultados foram os seguintes:

51
Regime de Alimentação
Exelente Pobre
1 - Desenvolvimento maior das glândulas 1 – Desenvolvimento menor das
mamárias; glândulas mamárias;
2 - Boa produção de leite para alimentar o 2 - Má produção de leite para
cordeiro; alimentar o cordeiro;
3 - Progresso rápido do cordeiro para 3 - Progresso lento do cordeiro para
atingir o ubre da mãe; atingir o ubre da mãe;
4 - Peso maior do cordeiro ao nascer; 4 - Peso menor do cordeiro ao nascer;
5 - Superfície corporal adequada ao peso 5 - Superfície corporal grande com
do cordeiro, com pouca pele solta e, relação ao peso. Muita pele solta e,
portanto, fácil de ser irrigada portanto, difícil de ser irrigada e
e aquecida; aquecida;
6 - Menor dificuldade para manter a 6 - Maior dificuldade para manter a
temperatura uniforme todo o corpo; temperatura uniforme em todo o corpo;
7 - Maior reserva de energia através do 7 - Menor reserva de energia com
revestimento de gordura na volta dos rins. escasso acúmulo de gordura nos rins.

52
9.4 – A importância do peso dos cordeiros ao
nascer

•Podemos afirmar que um cordeiro forte ao nascer,


tem gordura acumulada nos rins, e ela passa a ser
o primeiro elemento energético produtor de calorias
que o cordeiro usa para compensar o desequilíbrio
da temperatura existente entre o útero materno e o
meio ambiente que o está recebendo.

•Uma ovelha bem cuidada sanitariamente, nesse


período, e bem nutrida, produzirá um cordeiro forte
e suficientemente resistente para sobreviver,
superando todas as dificuldades iniciais.

54
Peso ao nascer - importante porque dele dependo
o maior ou menor índice de mortalidade neonatal

1 – O maior índice de mortes ocorrem em cordeiros que


nascem com menos de 3,5 kg de peso vivo.
2 – O menor índice de mortes ocorrem em cordeiros que
nascem com mais de 3,5 , 4,0, e 4,5 kg.

3 – Os cordeiros que nascem com mais de 4,5 kg,


apresentam problemas ao nascer como:

• lesões no cordeiro provocadas pela dificuldade do parto;


• partos muito demorados;
• partos distócitos (cordeiros trancados).
55
Sabemos, todos nós, que o cordeiro logo depois de nascer,
necessita queimar energias existentes no seu organismo para
equilibrar a sua temperatura.

1. Devemos considerar que ele sai do ventre materno numa


temperatura de 39 a 40 graus e enfrenta um ambiente
externo geralmente com temperatura que pode variar de 18
graus até 1 ou 2 graus abaixo de zero;

2. A primeira energia que o cordeiro queima para estabelecer o


seu equilíbrio térmico é a gordura que envolve os rins. Serve
para sabermos se nasceu vivo ou morto;

3. A queima orgânica das gorduras nessa idade deixa como


resíduo, na volta dos rins, uma espécie de gelatina
transparente.
53
56
9.5 - A limpeza do ubre e períneo

• Ubre - A limpeza ou tosa do ubre das ovelhas de cria antes


da parição, deve ser uma rotina de trabalho comum a todo
produtor consciente dessa necessidade;

A limpeza do úbere facilita o aceso do cordeiro ao teto. 57


Períneo - A limpeza de posteriores das ovelhas de cria
antes da parição, é outra prática importante que deve ser
adotada como medida higiênica dos rebanhos, diminuindo
a contaminação na hora do parto

A limpeza do períneo reduz o risco de contaminação. 58


10º - CUIDADOS DURANTE O PERÍODO
DA PARIÇÃO

10.1 - As recorridas dos campos;

10.2 - Os rebanhos de inseminação;

10.3 - Abrigos ou maternidades.

59
10º - CUIDADOS DURANTE O PERÍODO
DA PARIÇÃO

Os rebanhos de cria, quando se aproximam


do período de parição, exigem cuidados muito
especiais e indispensáveis para a obtenção
de melhores resultados, conseguindo diminuir
mortes de cordeiros e, logicamente, obtendo
um aumento das taxas de assinalação.
60
Um dos primeiros trabalhos sobre ovinocultura
produzido no Rio Grande do Sul, pertence ao Dr.
JOAQUIM FRANCISCO DE ASSIS BRASIL, publicado
no ano de 1896, descreve exemplos de trabalhos na
Austrália.

Quando pensamos que os ovinocultores australianos


faziam isso e tinham essa preocupação com a
exploração de ovinos em 1896, fácil se torna entender
porque eles são hoje os maiores produtores de ovinos
do mundo.

61
10.1 – As recorridas dos campos

• Os campos povoados por rebanhos de cria próximos à


parição, devem ser recorridos diariamente, duas vezes
por dia, uma de manhã e outra de tarde. As recorridas
deverão ser cuidadosas, sem correrias, atropelos ou
presença de cachorros.

• Os recorredores (empregados) devem andar só, no


propósito de prestarem atenção ao trabalho que estão
executando.

62
10.2 – Os rebanhos de inseminação

• Quando os rebanhos são inseminados, se torna fácil saber


as datas em que as ovelhas deverão parir, considerando
que uma a uma delas recebe o controle do dia da sua
inseminação.

• Com este controle, podemos redobrar os cuidados durante


os dias de parição neste ou naquele lote de ovelhas.

• Facilita a separação por lotes para parirem perto do


estabelecimento.

63
10.3 – Abrigos ou maternidades

Cabanhas - nas cabanhas que trabalham com animais


puros de pedigree - PO, e, portanto, de grande valor,
recomendamos a construção de “galpões de parição”.

Rebanhos comerciais - nas propriedades que trabalham


com rebanhos comerciais, para a produção de cordeiros,
aconselhamos a construção de abrigos ou maternidades
para proteger as ovelhas durante a parição e os cordeiros
na sua primeira semana de vida.

64
11º - PRODUÇÃO DE LEITE E IDADE DE
DESMAME
Diversos trabalhos experimentais realizados na
Austrália, Argentina, Uruguai e Rio Grande do
Sul, demonstraram a vantagem de desmamar
os cordeiros com oito semanas de nascidos.

Os testes são conclusivos, mas é importante


afirmar que isso somente é possível realizar
com sucesso quando se dispõe de pastagem
artificial e quando se executa, juntamente, um
bom programa sanitário nesses animais.

65
As razões dos testes terem determinado
a idade de oito semanas como a mais
adequada para o desmame, se prendem a
duas causas:

1 - A partir da oitava semana de amamentação, a


ovelha começa a diminuir a produção de leite,
reduzindo o volume diário em 40 ou 50%;
2 - Coincidentemente, o cordeiro a partir da oitava
semana completa o desenvolvimento do seu
trato digestivo, passando, a partir desse
momento, a aproveitar o pasto que come
funcionando como verdadeiro ruminante;

66
Observe a seguir o Gráfico
Fonte: Hodge - Moore, R. W.
Produção de leite (kg/dia) 2,5

Redução de 56%
2

1,5

0,5

0
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Idade do cordeiro em semanas
67
Vantagens do desmame mais cedo

1 - Em condições de pastoreio, o leite materno é de pouca


importância após oito semanas;
2 - Os cordeiros não tem seu crescimento afetado;
3 - Há vantagens na recuperação das ovelhas para o próximo
encarneiramento ou inseminação;
4 - Diminui a contaminação dos cordeiros com parasitas
provenientes das ovelhas;
5 - Os cordeiros podem ser transferidos para outros sistemas
de alimentação, para terminação de carcaças.
12º - A MORTALIDADE DE CORDEIROS E
SUAS CONSEQUÊNCIAS
1. Mais do que nunca devemos ter uma grande
preocupação não só com os índices de
natalidade dos nossos rebanhos de cria, como
também com a mortalidade de cordeiros;

2. Uma ovelha que gestou e pariu um cordeiro,


tem que desmamar este cordeiro, assim,
estaremos garantindo um bom índice de
assinalação;

3. Índice de mortalidade de cordeiro alta, significa


índice de assinalação ou desmame baixo;
68
Devemos repetir que quanto maior for a
mortalidade de cordeiros:

menor será a renovação do rebanho


menor será a taxa de desfrute

menor será a pressão de seleção


Como conseqüência disso:
menor o número de animais
disponíveis para a venda.
69
13º - ÍNDICES DE NATALIDADE QUE
DEVEMOS PERSEGUIR

Os índices de 80% e 100% de assinalação e


natalidade, respectivamente, são os
mínimos aconselhados, e os que devemos
perseguir, como produtores conscientes do
nosso trabalho, no desejo de, aumentar as
taxas de desfrute e melhorar a
rentabilidade do produto ovino.
71
Nos preocupa enormemente as baixas taxas de
assinalação de cordeiros, fruto muito mais das altas taxas
de mortalidade, do que propriamente por baixos índices de
fecundação das ovelhas de cria.

Se fizermos duas evoluções de rebanho estabilizado, com 100


ovelhas de cria, variando apenas os índices de assinalação:
1 - Uma com índice de assinalação de 65% de cordeiros -
não permite que se faça descarte de borregas inferiores, e, se isso
acontecer, o número de fêmeas novas de reposição será insuficiente
para substituir as ovelhas velhas;

2 - Outra com índice de assinalação de 80%. de cordeiros –


poderemos fazer pressão seletiva no rebanho, eliminando as ovelhas
velhas e as borregas improdutivas ou com problemas.

70
Taxas reprodutivas

72
CONCLUSÕES FINAIS

1 - Inicialmente, devemos afirmar


que todas essas tecnologias de
manejo descritas neste trabalho,
podem e devem ser adotadas
pelos criadores de ovinos, porque
são práticas de trabalho
comprovadas, de fácil adoção, as
quais não custam quase nada.

73
CONCLUSÕES FINAIS

2 - Os índices de natalidade não


deverão ser inferiores a 100%,
caso contrário, não haverá
número de borregas suficiente
para substituir as ovelhas velhas
e muito menos para permitir
qualquer tipo de seleção nos
rebanhos.

74
CONCLUSÕES FINAIS

3 - Ovelhas com mais de sete anos,


devem ser eliminadas dos rebanhos,
mas para isso temos que salvar
cordeiros, ou então seremos obrigados
a continuar mantendo uma parcela de
ventres velhos nos rebanhos, com
todas as conseqüências negativas já
conhecidas.

75
CONCLUSÕES FINAIS

4 - Devemos salvar e criar mais

cordeiros por cada 100 ovelhas.

76
CONCLUSÕES FINAIS
5 - Devemos tomar maior consciência
da forma adequada de executar
qualquer trabalho com ovinos,
considerando a dificuldade de mão-
de-obra especializada e competente
nessa área, problema que se torna
mais grave quando o dono da
propriedade não sabe ensinar porque
não sabe fazer.
77
CONCLUSÕES FINAIS

6 - O ovino é um animal que exige

cuidados especiais, mas também

retribui quando isso acontece.

78
CONCLUSÕES FINAIS

7 - A ovinocultura nunca, em parte


nenhuma do mundo, foi
desenvolvida com sucesso por
pessoas desabilitadas e sem
conhecimentos da atividade, ela
sempre exigiu trabalho,
dedicação e competência.
79
CONCLUSÕES FINAIS
10 - Finalmente, devemos afirmar que a
ovinocultura ao longo da sua história,
sempre produziu bem-estar, abrigo e
alimento para todos.
A ovinocultura é a única atividade que
oferece ao mesmo tempo, quatro
alternativas importantes de produção:
carne, leite, lã e pele.

80
“A OVINOCULTURA

QUANDO TRABALHADA COMO


UMA VERDADEIRA ATIVIDADE,

SEMPRE MOSTRARÁ SUA


PRODUTIVIDADE”
“Francisco Jorge Boffil”
OBRIGADO
José Galdino Garcia Dias
Médico Veterinário
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CRIADORES DE OVINOS
A.R.C.O. - Inspetor Técnico

São Gabriel – RS - BR
Telefone: +55 55 9918 3434
+55 55 3505 5279
E-mail: josegaldino@terra.com.br
josegaldinopenta@gmail.com

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