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INTRODUÇAO A SOLDAGEM (Salvo Automaticamente)
INTRODUÇAO A SOLDAGEM (Salvo Automaticamente)
Introdução à Soldagem
Soldagem
É um dos processos de fabricação hoje mais utilizados em nível industrial, nas mais variadas aplicações.
A utilizamos desde para união microscópica de fios em pequenos circuitos eletrônicos (solda brasagem
seletiva de baixo aporte), até para união de chapas de grande espessura em equipamentos pesados,
como as utilizadas em navios, vagões e vagonetas,estruturas metálicas ou em turbinas hidráulicas.
Soldagem
Atualmente são usados mais de 50 tipos de processos diferentes de soldagem, nos mais diversos
segmentos da indústria e em serviços.
Desta forma os métodos de soldagem e as características das juntas soldadas podem ser totalmente
diferentes para aplicações específicas ou não. Sem exceção, esta seleção de um processo ideal,
dependerá muito de basicamente de 5 (cinco) fatores distintos.
PRINCIPAIS FATORES
I. Geométricos: da forma, espessura e geometria das peças (ou conjuntos) a serem soldados;
II. Metalúrgicos: do tipo de material (ou materiais) que se pretende unir, entende-se sempre pelo metal
de base e de adição;
IV. Desempenho: do desempenho esperado para com o processo e para com os componentes soldados
frente às condições de serviço e as solicitações de carga (estáticas e/ou cíclicas);
Uniformidade.
Desvantagem:
Pode exigir operações auxiliares de elevado custo e duração (ex: tratamento térmico);
É um termo genérico aplicado à um processo de fabricação, utilizado na união de peças metálicas (ou não),
tendo como princípio termodinâmico básico a transformação das superfícies de união em estado líquido (poça
de fusão), utilizando-se para isso de calor ou pressão, ou ambos simultaneamente, e com a posterior
solidificação desta poça fundida.
As 4 (quatro)* principais fontes diretas de calor mais comuns, utilizadas na soldagem, são as seguintes:
II. Arco elétrico - produzido entre um eletrodo e as peças a soldar, ou entre dois eletrodos.
III. Resistência elétrica – oferecida pela passagem de corrente entre duas ou mais peças a
soldar.
IV. Pressão – oferecida pelo exercício de uma pressão de atrito entre os dois materiais.
Soldagem
Conceito teórico de uma solda, pela aproximação das superfícies das peças,
pela atração atômica (difusão ou fusão).
Soldagem
Conceitos Fundamentais:
Material de Base: É o material que constitui as partes a unir (o metal de cada lado de uma junta).
Material de Adição: É o material que será usado como enchimento no processo de soldagem, capaz de
preencher as folgas entre as superfícies a unir. O material adicional é de mesma natureza* das partes e será
usado para assegurar a continuidade de propriedades, no caso da soldagem por fusão.
Zona Afetada pelo Calor (ZAC ou ZAT): É a porção de metal, adjacente a região soldada, afetada pelo
calor do processo de soldagem, onde ocorre as principais transformações de fases, e decorrente destas, as
descontinuidades.
Linha de Interface: Linha exata que se sucedeu a soldagem (linha limite da ZAC ou ZAT).
REGIÕES DA SOLDA
- Metal Base
- Metal de adição
- Zona termicamente atingida (ZTA)
- Linha de Fusão
HISTORICO DA SOLDAGEM
· Pré História Idade – Media → Soldagem por Forjamento – Importância
estratégica;
· 1500 – 1900 → Alto – Forno; Ferro Gusa – Fundição;
· 1809 → Arco Elétrico
· 1885 → 1° Patente;
· 1890 → Eletrodo Nu;
· 1907 → Eletrodo Revestido;
· 1914 → Importância Industrial;
· 1926 → TIG;
· 1948 → MIG;
· 1953 → MAG;
· 1954 → Arame Tubular;
· 1957 → Plasma e Feixe Eletrônico;
· 1958 → Eletroescória;
· 1960 → Laser;
· Atualmente → Mais de 50 processos usados industrialmente.
Soldagem
Os processos de soldagem em geral, são influenciados diretamente por alguns fatores adicionais, que devem ser
atentados, afim de que obtenhamos sucesso no resultado final do processo, a solda.
São exatamente 4 (quatro) fatores de influência, quais podem vir a afetar negativamente (ou positivamente) uma
operação de soldagem. Todos os fatores abaixo são levados em conta de uma seleção prévia do processo.
São os fatores:
Tensões Residuais;
Quanto mais alto for a energia de soldagem (aporte de calor), maior será a
quantidade de energia calorífica transferida à peça, maior a poça de fusão,
mais larga a zona aquecida e menor o gradiente térmico entre a solda e o
metal de base.
Energia de Soldagem
A energia de soldagem (ou aporte térmico, ou aporte de calor) tem relação também com o
tamanho da poça de fusão e com a área das regiões aquecidas, e deve ser controlado na
soldagem de ligas especiais.
ESCOAMENTO TERMICO
Energia de Soldagem
O conceito de energia de soldagem (ou aporte térmico) é muito importante no estudo dos aspectos
térmicos da soldagem, e dos fenômenos diversos que ocorrem (defeitos, distorções, etc.).
A energia de soldagem E também é conhecida como aporte de calor, ou aporte térmico H do inglês
“heat input”.
O cálculo da energia de soldagem pode ser expresso através da relação:
Onde:
V – tensão (V)
E=f.V.I I – Corrente (A)
v v – velocidade de avanço (mm/s)
f – valor do aporte cedido pela fonte (de
acordo com o tipo do processo de soldagem).
Tensões Residuais
As operações de soldagem por fusão (sem exceção), criam tensões residuais que resultam da dilatação e
contração do metal aquecido e da distribuição não uniforme de temperaturas, que caracteriza-se na
operação.
O metal de solda e a zona termicamente afetada (ZAT), próxima a zona de ligação,são aquecidos em
temperaturas muito maiores do que o metal de base. Há então um gradiente de temperatura bem
desuniforme ao longo da junta soldada, qual caminha com direção do centro do cordão ao metal de base.
Durante o aquecimento, devido às restrições físicas do restante do material não aquecido (metal de base),
ocorre progressivamente na zona termicamente afetada uma compressão e deformação plástica
localizada para acomodar sua dilatação.
Expansão (Dilatação) pelo Calor
DILATAÇAO SUPERFICIAL
TEMP INICIAL
TEMP FINAL
Expansão (Dilatação) pelo Calor
DILATAÇAO VOLUMETRICA
A medida em que a poça de fusão se solidifica, e posteriormente se resfria,começa a ocorrer (devido à forte
concentração de tensão induzida pelo calor) uma volta elástica das regiões plastificadas, seguido de um
tensionamento em formato de tração. Este tensionamento, que permanece residual, pode atingir valores tão
elevados quanto o limite de escoamento do metal de base, e logicamente da zona termicamente afetada
(ZAT).
Entre os grãos do metal, chamamos este estado de tensionamento de, triaxial de tensões (no grão do metal,
há a incidência de tensão entre os 3 eixos – (x, y e z).
Logo após solda da peça (ou conjunto) solidificar-se, ao resfriar, a solda, devido a contração
pela variação volumétrica da temperatura,cria linhas de tensão de tração,contrárias ao do
metal de base.
Há inúmeros tipos de trincas e fatores de trincamento. A este tipo de trincas consideramos trincas
mecânicas.
Tensões Residuais
As tensões residuais podem ainda gerar problemas de estabilidade dimensional (distorções), empenamentos,
ruptura de elementos. Muitas vezes são a causa de falha prematura em juntas soldadas, com ocorrências graves
de defeitos.
Devem ser estudadas minuciosamente, e deve-se ainda, quando necessário, procurar formas de alívio e/ou
espaço para contração, evitando assim uma susceptibilidade de acumulo das tensões externas, diminuindo a
soma das tensões residuais da junta soldada.
Soldabilidade
A soldabilidade é uma propriedade inerente do material, oriunda de características metalúrgicas, que representa a
facilidade com que este material pode ser soldado.
Apesar da difícil quantificação, é fácil perceber que um material que exige procedimentos de soldagem mais
complexos, apresentam difícil soldabilidade.
Os principais problemas que se traduzem em má soldabilidade, e que podem levar o material a falhas durante a
soldagem, ou quando esta em serviço (em operação após a soldagem), apresentam natureza metalúrgica e estão
relacionados à formação de trincas durante ou após o procedimento de soldagem.
Estas trincas, diferentemente das trincas ocasionadas por tensões residuais,tem natureza similar para com todos os
materiais, e que podem ser classificadas como: TRINCAS A QUENTE e TRINCAS A FRIO.
Soldabilidade
É muito importante ressaltar que qualquer tipo de trinca que possa ocorrer durante a soldagem ou durante
o serviço é função do nível de tensões aplicadas + tensões residuais de soldagem, e que
procedimentos para aliviar tensões serão sempre recomendados em materiais de pequena capacidade de
deformação plástica.
Soldabilidade
Na soldagem de aços ligados (de média e alta liga), há a necessidade de atenção especial, no que tange a
suscetibilidade de ocorrência de Trincas a frio e Trincas a Quente. Nestes aços, é comum a aplicação de
uma formula para avaliar esta soldabilidade: As Fórmulas de Carbono Equivalente (CE).
Estas fórmulas são comumente usadas para estimar a necessidade de cuidados especiais na sua
soldagem.
Preferencialmente, o CE deve ser calculado para a composição real do aço a ser trabalhado.
Quando esta composição não é conhecida, os teores máximos na faixa da especificação do aço
devem ser considerados por segurança.
Ex:
Um metal base é considerado facilmente soldável com o processo SMAW quando CE < 0,40. Acima
deste nível, cuidados especiais são necessários. Processos de soldagem de baixo hidrogênio
devem ser usados e pode ser necessário pré-aquecer a junta.
Quando CE > 0,60, deve-se usar pré-aquecimento para juntas com espessura acima de 20mm.
A soldagem no estado sólido, envolve basicamente energia mecânica para aproximar a estrutura
metalúrgica dos dois materiais de base (sem os óxidos superficiais) e desenvolver uma atração atômica,
seja através da ação de fricção,impacto ou pressão. Como exemplo temos os processos de: soldagem
por fricção, soldagem por explosão, soldagem por difusão ou ainda soldagem por laminação.
A soldagem por fusão, ocorre com o aumento localizado da temperatura do material até que a
temperatura da região onde estão os materiais a serem unidos ultrapasse a temperatura de fusão do metal
ou da liga e posteriormente as partes sofram solidificação, mantendo uma continuidade física. Como
exemplo temos os processos de: soldagem a arco, arco plasma, oxi-combustível.
Processos de Corte
Considerações iniciais. Espera-se de um profissional que ele tenha atitude e comportamento condizentes com a
atividade que exerce e para a qual se preparou. Quando solicitado, deve saber explicar, ou definir, de forma clara e
inteligível, utilizando o vocabulário condizente com o assunto tratado. Se o assunto for soldagem, a terminologia a
ser empregada deve ser a de soldagem.
Esta parte de nosso curso de Soldagem , procura auxiliar o estudante a se tornar apto a:
1 Abertura de raiz (root opening) é a separação entre as peças a serem unidas na raiz da junta (figura 1).
2 Alicate de eletrodo (electrode holder) é o equipamento, ou dispositivo usado para sujeitar (prender,
segurar) mecanicamente o eletrodo, ao mesmo tempo em que conduz a corrente elétrica através dele.
TERMINOLOGIA DE SOLDAGEM
TERMINOLOGIA DE SOLDAGEM
3 Ângulo do bisel (bevel angle) é o ângulo formado por um plano perpendicular à superfície da peça e a
borda preparada da junta a ser soldada (figura 1).
4 Ângulo do chanfro (groove angle) é o ângulo integral do chanfro entre as partes a serem unidas por
soldagem (figura 1).
5 Ângulo de deslocamento ou de inclinação do eletrodo (travel angle) é o ângulo que o eletrodo forma
com uma reta de referência, perpendicular ao eixo da solda, no plano comum ao eixo de solda e ao eletrodo
(ver figura 2).
6 Ângulo de trabalho (work angle) é o ângulo que o eletrodo forma com a superfície do metal de base e ao
plano perpendicular ao eixo de soldagem (ver figura 2).
7 Atmosfera protetora (protective atmosphere) é o envoltório gasoso que circunda a parte a ser soldada ou
brazada durante a operação de soldagem.
TERMINOLOGIA DE SOLDAGEM
8 Atmosfera redutora (reducing atmosphere) é a atmosfera protetora, quimicamente ativa e que, a temperatura
elevada, reduz óxidos metálicos (reduzir óxidos é a operação de retirar, parte ou totalmente, oxigênio dos óxidos).
TERMINOLOGIA DE SOLDAGEM
9 Brasagem (brazing, soldering) é o processo de união de materiais onde apenas o metal de adição sofre
fusão, ou seja, não se funde o metal de base (o metal das partes a serem unidas). O metal de adição, liquefeito
(fundido), penetra na fresta da junta e por capilaridade nas peças e, após esfriar e se solidificar, une as partes.
10
TERMINOLOGIA DE SOLDAGEM
10 Camada (layer) é o conjunto de passes, ou cordões, depositados na mesma junta (figura 3).
12 Chanfro (groove) é a preparação de junta a ser soldada, executada em forma de abertura ou sulco
entre os componentes a serem soldados, determinando o espaço para conter a solda (ver figura 4). Os
principais são:
13 Chapa ou peça de teste de produção (production test plate, vessel test plate) é a chapa
soldada como extensão de uma junta soldada normal, com a finalidade de sofrer exames através de
ensaios mecânicos, químicos ou metalográficos.
14 Cobre-junta (backing) é o material (metal de base, solda, material granulado, cobre, ou carvão,
colocado junto à raiz), com a finalidade de suportar o metal fundido durante a execução de soldagem.
16 Cordão de solda (weld bead) é o depósito de solda resultante de um passe (ver figura 3).
17 Corpo de prova (test speciment) é a amostra retirada da chapa ou peça de teste de produção
para executar exames através de ensaios mecânicos, químicos ou metalográficos (veja item 13).
Terminologia de soldagem
Terminologia de soldagem
Terminologia de soldagem
Terminologia de soldagem
Terminologia de soldagem
Junta/chanfros
Terminologia de soldagem
Junta/chanfros
Terminologia de soldagem
Junta/chanfros
Terminologia de soldagem
Junta/chanfros
Terminologia de soldagem
Elementos de um chanfro:
Terminologia de soldagem
Elementos de um chanfro:
Terminologia de soldagem
Execução de uma solda de vários passes