Você está na página 1de 8

Cópia não autorizada

JAN 1997 NBR 13770


Termopar - Calibração por comparação
com termorresistência de referência
ABNT-Associação
Brasileira de
Normas Técnicas

Sede:
Rio de Janeiro
Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar
CEP 20003-900 - Caixa Postal 1680
Rio de Janeiro - RJ
Tel.: PABX (021) 210 -3122
Fax: (021) 240-8249/532-2143
Endereço Telegráfico:
NORMATÉCNICA

Origem: Projeto 04:005.11-008:1996


CB-04 - Comitê Brasileiro de Máquinas e Equipamentos Mecânicos
CE-04:005.11 - Comissão de Estudo de Sensores Termoelétricos
NBR 13770 - Thermocouple - Calibration by comparison with reference resistance
thermometer
Copyright © 1997, Descriptor: Thermocouple
ABNT–Associação Brasileira
de Normas Técnicas
Válida a partir de 28.02.1997
Printed in Brazil/
Impresso no Brasil
Todos os direitos reservados
Palavra-chave: Termopar 8 páginas

Sumário 1 Objetivo
Prefácio
1 Objetivo Esta Norma especifica o método de calibração de termopares
2 Referência normativa convencionais e de isolação mineral, por comparação das
3 Definições forças eletromotrizes térmicas geradas pelos termopares
4 Requisitos de ensaio com a variação da resistência de uma termor-
5 Método de ensaio resistência de referência.
6 Resultados
ANEXOS
As calibrações prescritas nesta Norma cobrem a faixa de
A Incerteza na calibração de termopares por comparação
temperatura de - 200°C a 962°C. Esta Norma abrange os
B Bibliografia
termopares tipo B, E, J, K, N, R, S e T, constantes na
NBR 12771.
Prefácio
A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é o 2 Referência normativa1)
Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras,
cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros A norma relacionada a seguir contém disposições que, ao
(CB) e dos Organismos de Normalização Setorial (ONS), serem citadas neste texto, constituem prescrições para esta
são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas Norma. A edição indicada estava em vigor no momento
por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo desta publicação. Como toda norma está sujeita a revisão,
parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, recomenda-se àqueles que realizam acordos com base
laboratórios e outros). nesta que verifiquem a conveniência de se usar a edição
mais recente da norma citada a seguir. A ABNT possui a
Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos
informação das normas em vigor em um dado momento.
CB e ONS, circulam para votação Nacional entre os as-
sociados da ABNT e demais interessados.
NBR 12771:1991 - Termopares - Tabelas de referência
Esta Norma contém os anexos A e B, de caráter infomativo. - Padronização

1)
Uma bibliografia é apresentada no anexo B.
Cópia não autorizada
2 NBR 13770:1997

3 Definições Existem vários tipos de meios térmicos, cada um atendendo


a uma faixa de temperatura e oferecendo diferentes valores
Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintes de- de estabilidade e uniformidade térmica, tais como:
finições.
a) banho de líquido: utilizado na faixa de - 200°C a
3.1 termorresistência de referência: Termorresistência 300°C;
devidamente calibrada, rastreável e com erro e incerteza
b) leito fluidizado: utilizado na faixa de - 70°C a 700°C;
conhecidos.
c) forno: utilizado na faixa de 100°C a 1100°C;
3.2 calibração: Conjunto de operações que estabelece,
sob condições específicas, a relação entre os valores in- d) banho de sais: utilizado na faixa de 150°C a 600°C.
dicados por um instrumento de medição ou sistema de me-
4.1.1 Outros meios térmicos
dição ou valores representados por uma medida mate-
rializada ou um material de referência, e os valores corres- Qualquer sistema que proporcione estabilidade e uni-
pondentes das grandezas estabelecidas por padrões. formidade térmica entre a junção de medição do termopar
de ensaio e o bulbo sensor da termorresistência de refe-
3.3 uniformidade térmica: Igualdade de temperatura em rência.
diferentes posições de um meio térmico, no mesmo instante
de tempo. 4.2 Manutenção periódica

3.4 estabilidade térmica: Constância de temperatura, em O laboratório deve efetuar verificações periódicas no meio
um determinado ponto, em instantes sucessivos de tempo. térmico, visando determinar:

a) perfil térmico radial e axial;


3.5 banho de líquido: Equipamento eletromecânico com
capacidade para criar e manter um meio térmico, formado b) estabilidade e uniformidade térmica.
por um líquido agitado, a uma temperatura controlada. Quan-
do opera a temperaturas abaixo de 0°C, este equipamen- NOTA - Recomenda-se verificar estes parâmetros em intervalos
to é denominado criostato. semestrais.

3.6 leito fluidizado: Equipamento eletromecânico com 4.3 Junção de referência


capacidade para criar e manter um meio térmico formado A temperatura da junção de referência do termopar deve
por um leito de material em pó, fluidizado por ar, a uma tem- ser conhecida, reprodutível e estável. Normalmente é utili-
peratura controlada. zada a temperatura de 0°C, obtida com o ponto de fusão do
gelo. Cada laboratório deve efetuar manutenção periódica
3.7 banho de sais: Equipamento eletromecânico com ca- da junção de referência, visando validá-la.
pacidade para criar e manter um meio térmico a uma tem-
peratura controlada, com agitação mecânica, formado por NOTA - Recomenda-se efetuar esta validação em intervalos se-
uma mistura de sais fundidos. mestrais.

3.8 rastreabilidade: Propriedade de o resultado de uma 4.4 Instrumentos de medição de FEMt e resistência
medição ou de o valor de um padrão estar relacionado a elétrica
referências estabelecidas, geralmente padrões nacionais
A escolha do instrumento para medir a FEMt do termopar
ou internacionais, através de uma cadeia contínua de
de ensaio e a resistência elétrica da termorresistência de
comparações, todas tendo incertezas estabelecidas.
referência depende da incerteza requerida na calibração. A
tabela 1 mostra os tipos de instrumentos que podem ser uti-
3.9 termopar de ensaio: Termopar cuja relação tempe-
lizados e suas classificações em função da resolução e da
ratura x força eletromotriz térmica (FEMt) é determina-
incerteza.
da com referência à temperatura estabelecida por um
padrão. Os ensaios foram divididos em três níveis, em função da
incerteza da calibração.
4 Requisitos
Estes instrumentos devem ser calibrados periodicamente
4.1 Meios térmicos no INMETRO, ou em laboratórios por ele credenciados, ou
em órgãos de reconhecida credibilidade, de modo a garantir
Para a execução do ensaio, o meio térmico utilizado deve a sua rastreabilidade.
proporcionar, da melhor maneira possível, a mesma tem-
peratura na junção de medição do termopar de ensaio e no 4.5 Termorresistência de referência
bulbo sensor da termorresistência de referência.
A termorresistência de referência a ser utilizada na cali-
bração do termopar depende da faixa de temperatura a ser
A seleção do meio térmico para este tipo de calibração de-
coberta, do tipo de meio térmico utilizado e da incerteza
pende da faixa de temperatura e da incerteza requerida na
desejada.
calibração. Os meios térmicos devem oferecer estabilidade
e uniformidade térmica, acomodar um adequado com- Esta termorresistência deve estar calibrada em pontos fixos
primento de imersão dos sensores e não gerar interferências ou por comparação com outra termorresistência e também
elétricas e térmicas que afetem a operação dos instrumentos deve possuir, no mínimo, um registro onde constem a data
de medição. de sua calibração, o laboratório responsável e o número do
Cópia não autorizada
NBR 13770:1997 3

certificado de calibração. Também devem constar no regis- b) os vapores liberados pelos termopares de ensaio
tro, para cada uma de suas utilizações, a faixa de tempe- não contaminem o meio térmico e vice-versa ou, ainda,
ratura de uso, o número de horas de utilização, o nome do que ambos não contaminem a termorresistência de re-
usuário e o relato sobre fatos importantes ocorridos. ferência;

4.6 Tipos de termorresistência de referência


c) a isolação elétrica não seja termicamente degradada
São vários os tipos de termorresistência de referência, com ao ponto de provocar fuga de corrente entre os termo-
diferentes características construtivas e faixas de tempe- elementos ou destes para o meio térmico.
ratura. A seguir são mencionadas algumas das mais co-
muns e suas faixas de utilização: 4.9 Cabos e fios de extensão ou compensação
a) Pt 100 ohms a 0°C: normalmente utilizada na faixa
de - 200oC a 650oC; O termopar de ensaio pode ter seu comprimento estendido
por fios e cabos de extensão ou de compensação, para fins
b) Pt 25 ohms a 0°C: normalmente utilizada na faixa de de interligação com as junções de referência.
- 200oC a 661oC;

c) Pt 0,25 ohms a 0°C: normalmente utilizada na faixa NOTA - O desvio dos fios e cabos de extensão ou de compensação
de - 50oC a 1000°C. deve ser conhecido e levado em consideração na fase de cálculo
dos resultados.
4.7 Cablagem e conexões

As interligações entre os termopares e as termorresistências 5 Método de ensaio


com o instrumento de medição devem ser feitas por con-
dutores elétricos homogêneos. As ligações devem ser feitas 5.1 Local
de modo a minimizar quedas de tensão, fugas de corrente,
resistências de contato, geração de força termoelétrica
Deve prover espaço físico adequado à execução da mon-
espúria e captação de ruídos que interfiram nos resultados
tagem e apresentar:
das medições. Blocos de terminais e chaves seletoras, se
usados, devem estar protegidos contra correntes de ar e
radiações que provoquem gradientes térmicos. a) nível de iluminação mínimo de 300 lux;

4.8 Proteção e isolação


b) tensão elétrica com estabilidade dentro das espe-
A isolação e a proteção dos termoelementos do termopar e cificações requeridas pelo instrumento de medição;
do bulbo sensor da termorresistência devem ser feitas por
materiais que suportem a temperatura de calibração e que c) temperatura ambiente com valor nominal e esta-
não contaminem a ambos. É importante a seleção adequada bilidade dentro das especificações requeridas pelo ins-
do material de isolação e proteção, bem como a sua limpeza. trumento de medição;
Cuidados especiais devem ser tomados para que:

a) o isolante elétrico e os tubos de proteção não pro- d) malha de aterramento para o instrumento de medição;
voquem gradientes térmicos permanentes entre os sen-
sores; e) condições ambientais salutares.

Tabela 1 - Instrumentos de medição FEMt e resistência elétrica

Tipo de instrumento Classe 1 Classe 2 Classe 3

Potenciômetro:
Resolução 0,01 µV 0,1 µV 1 µV
Incerteza em 20 mV ± 0,2 µV ± 1 µV ± 5 µV
Incerteza em 100 mV ± 1 µV ± 3 µV ± 10 µV

Medidor digital:
Resolução 0,01 µV 0,1 µV 1 µV
Incerteza em 100 mV ± 2 µV ± 3 µV ± 10 µV

Ponte de resistência:
Resolução 0, 1 mΩ 10 mΩ 100 mΩ
Incerteza ± 0,4 mΩ ± 10 mΩ ± 100 mΩ
Cópia não autorizada
4 NBR 13770:1997

5.2 Preparação dos termopares 5.3.2 Aplicação em banho líquido, de sal ou leito fluidizado

5.2.1 Termopares não nobres Para calibração em meios líquidos ou de pó fluidizado por
ar, a montagem da junção de medição do termopar de ensaio
Os termopares não nobres devem ser calibrados no estado e do bulbo da termorresistência de referência deve ser feita
em que são recebidos. conforme 5.2.3. Nestes meios, exceto para casos parti-
culares, o equilíbrio térmico é facilitado pela melhor unifor-
5.2.2 Termopares nobres
midade térmica. O termopar e a termorresistência de refe-
Os termopares tipo B, R e S devem ser calibrados no estado rência podem ser imersos diretamente no meio térmico, se
recozido. Caso os termoelementos não se encontrem nesta não houver risco de contaminação entre ambos; caso con-
condição, o recozimento deve ser realizado conforme o se- trário, um tubo de proteção adequado deve ser utilizado.
guinte procedimento:
5.4 Pontos de calibração
a) desmontar o termopar a ser calibrado e, de prefe-
rência, separar os termoelementos; O número e os valores dos pontos de temperatura em que
o termopar deve ser calibrado dependem do tipo, da faixa a
b) prender as extremidades dos termoelementos aos ser coberta e da incerteza desejada, conforme indicação
terminais da fonte de corrente elétrica, deixando-os do anexo A. O usuário pode, entretanto, acertar com o labo-
livremente estendidos ao ar, evitando que fiquem su- ratório responsável quantos e quais são os pontos de cali-
jeitos a tensões mecânicas; bração.

c) ajustar e aplicar, durante 45 min, corrente elétrica


5.5 Inicialização
aos termoelementos, de modo que a temperatura, me-
dida por um pirômetro óptico, seja de 1450°C;
Após a preparação descrita em 5.2 e 5.3, os sensores de-
NOTA - É necessário corrigir o valor da temperatura lida com vem ser colocados no meio térmico e seus terminais ligados
o pirômetro óptico, pois a emissividade da platina é 0,33. aos instrumentos de medição, sendo que o termopar de
Uma leitura de 1300°C do pirômetro corresponde a uma ensaio deve ser interligado, primeiramente, ao dispositivo
temperatura de 1450°C no termoelemento. de junção de referência, conforme a figura 1. Cuidados es-
peciais devem ser tomados nas interligações elétricas entre
d) alterar o valor da corrente de modo que a temperatura os sensores e os instrumentos de medição, visando mini-
dos termoelementos caia para 750°C. Manter nesta mizar erros causados por FEMt espúria, ruídos eletro-
temperatura durante 30 min; magnéticos e resistências parasitas. O meio térmico deve
ser energizado e, após o ajuste da temperatura desejada,
e) deixar que os termoelementos esfriem lentamente aguardar a estabilização.
até a temperatura ambiente;
NOTA - A colocação e a retirada do termopar do meio térmico
f) as extremidades dos termoelementos que não devem ser feitas com cuidado, para evitar danos causados por
atingirem a temperatura do tratamento térmico devem choque térmico. Também deve-se ter atenção especial para causas
ser cortadas; de erros, tais como: correntes de ar, radiações caloríficas, ruídos
eletromagnéticos e proximidade de rede elétrica de potência.
g) durante o manuseio dos termoelementos já reco-
zidos, evitar contaminações ou introdução de tensões
5.6 Aquisição de dados
mecânicas causadas por excessivo dobramento,
amassamento, estiramento ou ações similares.
5.6.1 Usando potenciômetro e ponte de resistência
5.2.3 Preparação da junção de medição
A medição de FEMt e de resistência pode ser feita,
A junção de medição do termopar de ensaio e o bulbo da respectivamente, por um potenciômetro e por uma ponte de
termorresistência de referência devem estar em equilíbrio resistência, conforme os seguintes passos:
térmico entre si no momento em que se efetuam as leituras.
Para se obter este equilíbrio térmico, as junções devem a) iniciar a medição quando o meio térmico estiver es-
estar dispostas separadamente, porém em região isotérmica tabilizado;
do meio térmico. Se possível, devem ser inseridas em um
bloco de equalização. b) medir e anotar a resistência da termorresistência de
referência;
Vários termopares podem ser calibrados simultaneamente.
As junções não precisam estar necessariamente separadas,
c) medir e anotar a FEMt do termopar de ensaio, no
podendo estar em contato físico. modo normal e reverso. Tirar a média;
5.3 Imersão
d) repetir o procedimento da alínea b);
5.3.1 Aplicação em forno e assemelhados
e) comparar as duas leituras da termorresistência de
O comprimento de imersão do termopar de ensaio e o da referência, a fim de concluir se realmente a temperatura
termorresistência de referência na zona de uniformidade está estabilizada dentro da incerteza desejada. Caso
térmica do meio térmico devem ser suficientes para garantir contrário, aguardar a estabilização e repetir o procedi-
o equilíbrio térmico entre eles. mento das alíneas b) a e);
Cópia não autorizada
NBR 13770:1997 5

f) efetuar três séries de medições e tirar a média, para c) do gradiente do meio térmico;
cada ponto de calibração;
d) dos erros aleatórios introduzidos nas interligações e
g) prosseguir fazendo as medições sempre obedecendo conexões elétricas;
à seqüência mencionada nas alíneas b), c) e d) para
todos os pontos de calibração.
e) da incerteza da junção de referência;
5.6.2 Usando voltímetro/ohmímetro
f) de incertezas causadas por outras fontes de erro co-
A medição de FEMt e resistência pode ser feita através de nhecidas.
voltímetro e ohmímetro digital, conforme os seguintes
passos: A incerteza da calibração deve ser expressa por:

a) iniciar a medição quando o meio térmico estiver es-


tabilizado; Ic = ± I2c1 + I2c2 + ... + I2cn

b) medir e anotar a resistência da termorresistência de


referência, a FEMt do termopar de ensaio e novamente onde:
medir a resistência da termorresistência de referência;
Ic1 a Icn são as incertezas de cada uma das fontes de
c) comparar as duas leituras da termorresistência de erro conhecidas e quantificadas.
referência, a fim de concluir se a temperatura realmente
está estabilizada dentro da incerteza desejada. Caso 6.5 Certificado de calibração
contrário, aguardar a estabilização e repetir o procedi-
mento das alíneas b) e c);
O certificado de calibração deve ser emitido após a avaliação
dos resultados.
d) efetuar pelo menos três séries de medições e calcular
a média para cada ponto de calibração;
Os laboratórios devem utilizar modelos próprios para a ela-
e) prosseguir fazendo as medições sempre obedecendo boração dos certificados emitidos, devendo, porém, atender
à seqüência mencionada na alínea b), até que todos os os requisitos desta Norma.
pontos de calibração sejam efetuados.
Os certificados devem ser emitidos sem rasuras, não de-
6 Resultados vem dar margem a dúvidas e devem conter pelo menos os
seguintes dados:
6.1 Avaliação dos resultados
a) nome e endereço da entidade certificadora em todas
Deve ser verificada a coerência dos resultados obtidos após
as páginas;
as medições. Havendo inconsistência, retornar à seção 5.

6.2 Conversão dos valores de FEMt e resistência para b) número do certificado, da página e do total de páginas
temperatura em todas as folhas;

A conversão dos valores de FEMt e resistência para tem- c) nome do solicitante;


peratura do termopar e da termorresistência de referência
deve ser efetuada consultando-se as respectivas tabelas d) descrição do termopar de ensaio (tipo, caracte-
de referência temperatura x FEMt e temperatura x resis- rísticas, identificação);
tência.
e) identificação ou descrição do procedimento de cali-
6.3 Interpolação de valores
bração e valores das grandezas de influência;
A incerteza dos valores interpolados depende do número
de pontos de calibração. Sempre que possível, devem-se f) identificação da termorresistência de referência e dos
evitar extrapolações. instrumentos de medição utilizados no ensaio;

No anexo A são mostradas as incertezas dos valores in- g) adaptações desta norma ou do procedimento espe-
terpolados. Estes valores de incerteza são derivados das cificado;
incertezas dos pontos de calibração.
h) resultados obtidos (forma numérica ou gráfica), em
6.4 Incerteza da calibração unidades do SI;
A incerteza dos resultados na calibração por comparação
depende: i) incerteza do ensaio, expressa na unidade dos re-
sultados ou em valores relativos;
a) da incerteza da termorresistência de referência;
j) nome e assinatura do gerente técnico ou responsável
b) da incerteza dos instrumentos de medição; pelo laboratório emitente.
Cópia não autorizada
6 NBR 13770:1997

Figura 1 - Esquema de montagem

/ANEXO A
Cópia não autorizada
NBR 13770:1997 7

Anexo A (informativo)
Incerteza na calibração de termopares por comparação

Nível A Nível B Nível C


Tipo Temperatura
Pontos Pontos Pontos Pontos Pontos Pontos
calibrados interpolados calibrados interpolados calibrados interpolados
°C °C °C °C °C °C °C

B 200 a 962 0,50 0,80 1,0 1,5 1,5 2,0

E - 270 a 200 0,25 0,50 0,8 1,0 1,5 2,0

E 200 a 962 0,50 0,80 1,0 1,5 2,0 2,5

J - 210 a 200 0,25 0,50 0,8 1,0 1,5 2,0

J 200 a 760 0,50 0,80 1,0 1,5 2,0 2,5

K,N - 270 a 200 0,25 0,50 0,8 1,0 1,0 1,5

K,N 200 a 962 0,50 0,80 1,0 1,5 2,0 2,5

R,S 0 a 200 0,25 0,50 0,8 1,0 1,5 2,0

R,S 200 a 962 0,40 0,50 1,0 1,5 2,0 2,5

T - 270 a 200 0,25 0,50 0,8 1,0 1,0 1,5

T 200 a 400 0,35 0,50 1,0 1,5 2,0 2,5

NOTA - As incertezas para os valores interpolados são válidas para calibrações efetuadas em intervalos de 1/10 da faixa.

/ANEXO B
Cópia não autorizada
8 NBR 13770:1997

Anexo B (informativo)
Bibliografia

Portaria INMETRO nº 029 de 10/08/95 - Vocabulário de ASTM E 563:1976 - Preparation and use of freezing point
termos fundamentais e gerais de metrologia reference baths

NBR 12550:1991 - Termopar - Terminologia

Você também pode gostar