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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ

Engenharia Elétrica

Análise de Sistemas de Energia I


CAPÍTULO VI

Prof. Msc. Andrey da Costa Lopes .·.


andrey@unifap.br
ÍNDICE
 CAPÍTULO VI – FLUXO DE CARGA LINEARIZADO

• INTRODUÇÃO
• LINEARIZAÇÃO
• FORMULAÇÃO MATRICIAL

Prof. Msc. Andrey da Costa Lopes – andrey@unifap.br


FLUXO DE CARGA LINEARIZADO
 INTRODUÇÃO
• DEFINIÇÃO.
• Em função da grande simplificação proporcionada nas equações do fluxo de
carga, os modelos linearizados apresentam grande utilidade no
planejamento da operação e da expansão dos sistemas elétricos.

• Tais modelos se baseiam no acoplamento entre a Potência ativa e o ângulo


do fasor tensão.

• Apresentam bons resultados para níveis elevados de tensão, característicos


dos sistemas elétricos de transmissão e subtransmissão.

• O fluxo de potência ativa é aproximadamente proporcional à abertura


angular existente entre as barras vizinhas e desloca-se no sentido dos
ângulos menores.

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FLUXO DE CARGA LINEARIZADO
 LINEARIZAÇÃO
• LINHA DE TRANSMISSÃO.
• Os fluxos de potência ativa em uma linha de transmissão que conecta as
barras k e m são:

Pkm  Vk2 g km  VkVm g km cos  km  bkm sen  km 


Pmk  Vm2 g km  VmVk g km cos  mk  bkm sen  mk   Vm2 g km  VkVm g km cos  km  bkm sen  km 
Perdas Linha de Transmissão: Desprezando termos correspondentes perdas:

Pkm  Pmk  g km Vk2  Vm2  2VkVm cos  km  Pkm   Pmk  VkVmbkm sen  km

Introduzindo as seguintes aproximações: Aproximação dos fluxos de potência:


Vk  Vm  1 pu 1  
Pkm   km  k m
sen  km   km xkm xkm
1 1  
bkm  Pmk   mk  m k
xkm xkm xkm
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FLUXO DE CARGA LINEARIZADO
 LINEARIZAÇÃO
• LINHA DE TRANSMISSÃO
• ANALOGIA COM A LEI DE OHM:

Fluxo de potência c.c. Circuito c.c.


xkm  rkm
Pkm  Ikm
θkm = (θk – θm)  Vkm = (Vk – Vm)

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FLUXO DE CARGA LINEARIZADO
 LINEARIZAÇÃO
• TRANSFORMADOR EM FASE.
• Os fluxos de potência ativa em um trafo em fase que conecta as barras k e
m são:
Pkm  akmVk  g km  akmVk Vm g km cos  km  bkm sen  km 
2

Pmk  Vm2 g km  Vm akmVk g km cos  mk  bkm sen  mk   Vm2 g km  akmVk Vm g km cos  km  bkm sen  km 

Perdas no trafo:

Pkm  Pmk  gkm akmVk   Vm2  2akmVk Vm coskm
2

Desprezando termos correspondentes perdas: Aproximação dos fluxos de potência
Pkm   Pmk  akmVk Vmbkm sen  km
(com as mesmas aproximações):

akm k m
Pkm   km  akm 
xkm xkm
akm m k
Pmk   mk  akm 
xkm xkm
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FLUXO DE CARGA LINEARIZADO
 LINEARIZAÇÃO
• TRANSFORMADOR DEFASADOR PURO.
• Os fluxos de potência ativa em um trafo em fase que conecta as barras k e
m são:
Pkm  Vk2 g km  VkVm g km cos km  km   bkm sen  km  km 
Pmk  Vm2 g km  VmVk g km cos mk  mk   bkm sen  mk  mk 

 
Perdas no trafo:
Pkm  Pmk  g km Vk2  Vm2  2VkVm cos km   km 
Desprezando termos correspondentes perdas: Aproximação dos fluxos de potência
(com as mesmas aproximações):
sen  km   km 
1
Pkm 
xkm  km   km  km  km
Pkm   
xkm xkm xkm
sen  mk   mk 
1
Pmk 
xkm  mk   mk  km   km   
Pmk     km  km 
xkm xkm  xkm xkm 
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FLUXO DE CARGA LINEARIZADO
 FORMULAÇÃO MATRICIAL
• DEFINIÇÃO.
• Para uma rede de transmissão sem transformadores em fase ou defasadores
os fluxos de potência ativa são dados por:
1
Pkm   km
xkm
• Pela equação de balanço, a injeção de potência ativa na barra k tem de ser
igual à soma dos fluxos que saem da barra, ou seja:
1 1 1
Pk  
m  k xkm
 km  
m   k xkm
k  
m   k xkm
m k  1,2,, NB
• cuja representação matricial é dada por:
 Bkk   xkm 1

 m  k

P  B Onde: B   Bkl   xkm
1
l  k
 B  0 l  k
 kl

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FLUXO DE CARGA LINEARIZADO
 FORMULAÇÃO MATRICIAL
• DEFINIÇÃO.
• A Matriz B´ é singular, pois:

Bkk    B
m  k
km

• Dever-se adotar uma das barras da rede como referência angular. Esta
barra terá seu ângulo de fase conhecido (normalmente igual a 0).

• O sistema passa a ter (NB-1) incógnitas e (NB-1) equações.

• A matriz B´ terá dimensão [(NB-1)x(NB-1)].

• A equação de injeção de potência ativa referente à barra de referência é


eliminada e o valor da injeção é determinado através da aplicação da LCK
após o estado da rede (vetor θ) ter sido obtido.

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FLUXO DE CARGA LINEARIZADO
 FORMULAÇÃO MATRICIAL
• EXEMPLO.
• Considere o sistema de 4 barras,cujos dados encontram-se abaixo.
Utilizando o modelo linearizado, determinar o estado da rede e comparar
com a solução obtida para o modelo completo.
Dados de linha:
k m rkm [pu] xkm [pu]
1 2 0,01008 0,05040
1 3 0,00744 0,03720
2 4 0,00744 0,03720
3 4 0,01272 0,06360
Dados das barras:
Barra Vesp [pu] θesp [rad] Geração Carga
P [MW] Q [MVAr] P [MW] Q [MVAr]
1 1,00 0,0 – – 50 30,99
2 – – 0 0 170 105,35
3 0,95 – 0 0 200 123,94
4 1,02 – 318 – 80 49,58

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FLUXO DE CARGA LINEARIZADO
 FORMULAÇÃO MATRICIAL
• SOLUÇÃO.
• Para o sistema de 4 barras a matriz B´ é dada por:
 1 1 1 1 

 0,05040 0,03720 0 
0,05040 0,03720
   46,72  19,84  26,88 0 
 1 1 1 1  

 26,88
0
 0,05040 0,05040 0,03720 0,03720    19,84 46,72 0
B      26,88
1 1 1 1 0 42,60  15,72 
 0    
 0,03720 0,03720 0,06360 0,06360   0  26,88  15,72 42,60 
 1 1 1 1 
0 
 0,03720 0,06360 0,03720 0,06360 

• Considerando a Barra 1 como referência angular θ = 0 e o sistema a ser


resolvido se resume a:

  1,70   46,72 0  26,88  2 


P    2,00   B   0 42,60  15,72   3 
3,18  0,80  26,88  15,72 42,60   4 

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FLUXO DE CARGA LINEARIZADO
 FORMULAÇÃO MATRICIAL
• SOLUÇÃO.
• Resolvendo para θ tem-se:
1
 2   46,72 0  26,88   1,70  0,0369 0,0100 0,0270   1,70 
    0 42,60  15,72     2,00   0,0100 0,0299 0,0173  2,00
  
3      
 4   26,88  15,72 42,60  3,18  0,80 0,0270 0,0173 0,0469  2,38 

 2   0,0185 rad    1,0590 


    0,0355 rad    2,0320
 3    
 4   0,0311 rad   1,7830 
• Observar que a solução obtida é bastante próxima da solução do fluxo de
carga que é dada por:
 2   0,976
     1,872 
 3  
 4   1,523 
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FLUXO DE CARGA LINEARIZADO
 FORMULAÇÃO MATRICIAL
• EXEMPLO:
• Obter o sistema de equações de fluxo de carga linearizado para a rede
mostrada a seguir, considerando a barra 5 como referência angular.

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FLUXO DE CARGA LINEARIZADO
 FORMULAÇÃO MATRICIAL
• SOLUÇÃO:
• Inicialmente deve-se aplicar a LCK para todas as barras da rede, como por
exemplo:
Resultando em: Utilizando:
P1  P12  P15 1
Pkm  xkm  k   m   bkm  k   m 
P2  P21  P23  P25
P3  P32  P34
P4  P43  P45
P5  P51  P52  P54
Para os fluxos nos ramos e rearranjando os termos, obtém-se o seguinte sistema de equações:
P1  b12  b15 1   b12  2   b15  5
P2   b12 1  b12  b23  b25  2   b23  3   b25  5
P3   b23  2  b23  b34  3   b34  4
P4   b34  3  b34  b45  4   b45  5
P5   b15 1   b25  2   b45  4  b15  b25  b45  5

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FLUXO DE CARGA LINEARIZADO
 FORMULAÇÃO MATRICIAL
• SOLUÇÃO:
Colocando o sistema de equações na forma matricial tem-se:
 P1  b12  b15  b12 0 0  b15  1 
P    b b  b  b  b 0  b   
  
2 12 12 23 25 23 25  2 
 P3    0  b23 b23  b34  b34 0   3 
    
P
 4  0 0  b34 b34  b 45  b45   4 
 P5    b15  b25 0  b45 b15  b25  b45   5 
Deve-se retirar a equação correspondente à barra 5 do sistema. Tem-se então:
 P1  b12  b15  b12 0 0  1 
P    b b  b  b  b 0   
 
2 12 12 23 25 23  2 
 P3   0  b23 b23  b34  b34   3 
    
 4 
P 0 0  b34 b34  b45   4 

A nova matriz B´ agora possui inversa e os ângulos podem ser calculados.

   B  P
1
P  B  
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OBRIGADO
PELA
ATENÇÃO!!

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