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Unidade 4 - Ferrovias

LUCI A N A S I LVA V I LLE LA


A BR I L - 2018

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Características do transporte ferroviário
Transporte ferroviário é aquele realizado por locomotivas e
vagões, sobre um par de trilhos equidistantes entre si.

Vias projetadas para suportar grandes cargas por eixo (acima de 20


toneladas é prática comum);
Adequado para grandes distâncias;
Elevada eficiência energética;
Alto custo de implantação;
Baixo custo de transporte (em relação ao outros
modais);
Componentes ligados com a rigidez adequada;
Geometria com exigências milimétricas;
Geometria compatível com a composição - segurança e controle
operacional;
Vias construídas considerando operações de manutenção;

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Características do transporte ferroviário

Baixo custo de manutenção (relativamente ao rodoviário);


Maior segurança em relação ao modal rodoviário - ocorrência
reduzida de acidentes, furtos e roubos;
 Transporte lento devido às suas operações de carga e descarga;
 Baixa flexibilidade com pequena extensão da malha (caso brasileiro);
Baixa integração entre os estados (caso brasileiro);
Pouco poluente;
Principais cargas transportadas (caso brasileiro): minério de ferro, soja,
açúcar, grãos, milho, farelo de soja, óleo diesel, celulose, produtos
siderúrgicos, ferro gusa.
Excelente modal para transporte de passageiros

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COMPONENTES DA VIA FERROVIÁRIA

Infraestrutura

Objetiva assenta a superestrutura da via (via permanente)


•Plataforma de terraplenagem
•Elementos de drenagem
•Obras de arte especiais (túneis, pontes, etc)

Superestrutura
sublastro
Lastro
dormentes;
trilhos;
Aparelhos de mudança de via (AMV’s)

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PLATAFORMA DE TERRAPLENAGEM

• na ferrovia a plataforma é o suporte da estrutura da via e que


recebe, através do lastro, as pressões devidas à circulação dos trens;

• a plataforma fornece também espaço para as demais instalações


necessárias a operação ferroviária como postes de rede aérea de
comunicação, alimentação ou ainda para instalação superficial ou
subterrânea de cabos condutores.

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PLATAFORMA DE TERRAPLENAGEM
A plataforma tem como função básica proporcionar apoio a superestrutura da via de
modo que não sofra deformações

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SUBLASTRO
Funções

• aumentar a capacidade de suporte da plataforma,

• evitar a penetração do lastro na plataforma;

• aumentar a resistência do leito à erosão e a penetração


da água, auxiliando no processo de drenagem da via
(impede a subida da lama);

• permitir relativa elasticidade ao apoio do lastro, para que


a via permanente não seja rígida.

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SUBLASTRO

Materiais empregados Espessura do sublastro

• brita • a espessura do sublastro deverá ser tal que a


• cascalho distribuição de pressões através do mesmo acarrete, na
• escória sua base (plataforma), uma taxa de trabalho compatível
• solos com a capacidade de suporte da mesma;
• saibro
• geralmente, um sublastro com espessura de 20 cm é
suficiente.

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LASTRO
Funções

• distribuir sobre a plataforma ou sobre o sublastro os esforços resultantes das cargas dos veículos,
produzindo uma pressão adequada a sua capacidade;

• formar um colchão até certo ponto elástico, atenuando as trepidações resultantes da passagem dos
veículos;

• formar uma superfície uniforme e contínua para os dormentes e trilhos, suprimindo as pequenas
irregularidades na superfície da plataforma ou do sublastro;

• impedir o deslocamento dos dormentes, quer no sentido longitudinal, quer no sentido transversal;

• promover a drenagem da superestrutura e, no caso dos dormentes de madeira a sua aeração.

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LASTRO

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LASTRO
• resistência suficiente aos esforços transmitidos pelos dormentes;

• possuir uma elasticidade suficiente para abrandar os choques;

• ter dimensões que possibilitem a sua interposição entre e sob os dormentes, preenchendo as
depressões da plataforma ou sublastro e permitindo o perfeito nivelamento dos trilhos;

• possuir resistência aos agentes atmosféricos;

• possuir permeabilidade para realizar a drenagem das águas das chuvas;

• não estar sujeito a desgaste produtor de pó;

• permitir uma soca eficiente por meios mecânicos (socadores, vibradores).

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LASTRO
Materiais empregados

• areia
•escória de alto forno
• cascalho;
• pedra britada.

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DORMENTES

Função de receber e transmitir ao lastro os esforços produzidos pelas


cargas dos veículos, servindo de suporte dos trilhos, permitindo sua fixação
e mantendo invariável a distância entre eles (bitola).

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DORMENTES
A madeira, pela sua flexibilidade e elasticidade, é o material que melhor se adapta,
tecnologicamente, à confecção do dormente, embora eles também possam ser de
concreto e aço

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DORMENTES

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TRILHOS
Os perfis instalados sobre os dormentes são os trilhos

É por eles que se deslocam os trens, que têm suas rodas metálicas encaixadas em sua
superfície, de modo que eles têm a função de guiar as rodas.

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TRILHOS

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TRILHOS
Os trilhos devem possuir propriedades mecânicas que reúnam dureza, tenacidade,
elasticidade e resistência à flexão. Para atender a essas recomendações, o material
indicado é o aço.

Os trilhos são identificados por sua capacidade de carga, calculada de acordo com o
peso por metro que ele irá receber. Ex.: um trilho TR57, utilizado em vias de
transporte de passageiros, tem a capacidade de receber cargas de até 57 kg/m.

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ACESSÓRIOS DOS TRILHOS

•Talas de junção

•Fixações

•Placas de Apoio

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ACESSÓRIOS DOS TRILHOS

•Talas de junção = São elementos que atuam na


emenda mecânica dos trilhos. A junta é feita com
duas talas de junção justapostas. Montadas na alma
do trilho e apertadas com quatro a seis parafusos
de alta resistência

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ACESSÓRIOS DOS TRILHOS
•Fixações = São elementos que tem como função manter o trilho na posição correta e
garantir a bitola da via

•Placas de Apoio = Distribuem as tensões dos trilhos aos dormentes

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Aparelho de Mudança de Via — AMV
Tem a função de desviar os veículos com segurança e
velocidade compatível.

Dá flexibilidade ao traçado, mas por ser um elemento móvel


da via, é peça chave na segurança da operação.

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Classificação
Uma ferrovia pode ser classificada quanto a
sua bitola e importância.

Quanto à bitola Bitola é a distância entre


as faces internas das duas filas de trilhos.
Essa distância pode ser: 1,000 m, 1,435 m
ou 1,600 m.

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Características Geométricas

Da mesma forma que nas rodovias, um projeto geométrico é


dividido em três partes: planta, perfil longitudinal e seção
transversal.

Perfil transversal

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Nomenclatura
A nomenclatura das ferrovias é semelhante a, das rodovias. No
caso, a sigla para denominar uma ferrovia é EF seguida de um
traço e uma centena.

Da mesma maneira que ocorre nas rodovias as ferrovias são


divididas em:

radiais
Longitudinais
Transversais
Diagonais
 de ligação

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Veículo

Os veículos ferroviários podem ser: locomotivas ou vagões

Veículos Tratores ou Locomotivas

As locomotivas são classificas de acordo com o combustível que


utilizam.

Locomotiva a Vapor
Locomotiva Elétrica
Locomotiva Diesel Elétricas

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Classificação
Veículos Rebocados ou Vagões

Os vagões têm capacidades de cargas diferentes entre si,


dependendo do seu tamanho e da sua carga para a qual foram
desenvolvidos, isto é, dependendo da sua configuração.

 Vagão Plataforma: Transporte de veículos, containers,


máquinas, produtos siderúrgicos e outros volumes pesados;
Vagão Fechado de Descarga Lateral: Produtos ensacados e
agregados de cereais;
Vagão Gôndola Abertos: Transporte de carga geral e granéis
sólidos passíveis de serem expostos às intempéries;
Vagão Tanque: Transporte de granéis líquidos;

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Terminal

No transporte ferroviário há vários tipos de terminais, cada um


com uma função específica:

Desvio Ferroviário

Desvio ferroviário é o local destinado ao estacionamento e


ultrapassagens dos trens.

Pode ser vivo ou morto, diferenciando-se pelo fato do vivo


possuir saída para ambos os lados, enquanto o morto tem
apenas uma opção de saída.

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Classificação
Pátios Ferroviários

Para a montagem de um trem é necessário uma organização racional e rápida dos vagões, condições que
exigem grandes superfícies, equipamentos adequados e operação eficiente.

Essas áreas são denominadas de pátios ou estações de triagem, cruzamentos ou terminais.

Pátio de Cruzamento: São pátios destinados apenas ao


cruzamento dos trens;

Pátio de Triagem: Locais em que ocorre o entroncamento de


duas ou mais linhas ou ramais da ferrovia;

Pátios Terminais: Locais em que ocorre a manutenção de


locomotivas ou estacionamento;

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Atualidades no transporte ferroviário Brasileiro

O sistema ferroviário brasileiro, de acordo com a Agência


Nacional de Transporte Terrestre (ANTT, 2009), totaliza na
atualidade, 30576 quilômetros

concentrando-se nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste,


atendendo parte do Centro-Oeste e Norte do país

sendo destinadas aproximadamente, 28.840 quilômetros das


malhas para as empresas concessionárias, tendo como
principal objetivo a recuperação da malha e o desenvolvimento
do transporte ferroviário.

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Atualidades no transporte ferroviário Brasileiro
Comparação do Sistema Ferroviário Brasileiro com outros
Países

A extensão territorial das vinte maiores economias do


mundo e a extensão da malha ferroviária de cada país,
verificando, também, a densidade do sistema ferroviário
nas vinte maiores nações.

Isso mostra que, relacionando a superfície com a extensão


ferroviária, o Brasil possuir a menor densidade ferroviária em
relação às vinte maiores economias do mundo.

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ACESSÓRIOS DOS TRILHOS

Exercícios

1) Cite duas vantagens e duas desvantagens do transporte ferroviário


2) Diferencie infraestrutura e superestrutura em uma via férrea
3) Explique o que plataforma, lastro, sub lastro, dormente, trilhos, seus acessórios e
bitola

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Ferrovias

l ucianavillela_3@hotmail.com
MARÇO-2018

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