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TRIBUTÁRIO
Prof. Ramon Olímpio de Oliveira
INTRODUÇÃO
O Direito Penal Econômico é comumente
definido como o ramo do Direito responsável pelo
estudo dos chamados “Crimes de colarinho
branco” (white collar crimes) ou “crimes dos
poderosos” (crime of the powerful)
Culpabilidade;
Ilicitude.
DA TIPICIDADE
Tendo em vista que o Direito Penal Econômico
não possui autonomia científica, trata-se de
matéria cujas definições e construção jurídico-
legal encontra-se atrelada ao Direito Penal, seus
princípios e categorias, apresentando variações
específicas de acordo com os crimes.
DA TIPICIDADE
O fato típico é o primeiro elemento que estrutura
o crime e que, portanto, condiciona à
responsabilidade penal. Nele estão integradas:
Conduta;
Nexo de causalidade;
Resultado;
Tipicidade.
CONDUTA
A conduta, como pressuposto do fato típico, diz
respeito ao comportamento humano voluntário,
consciente e que objetiva determinado objetivo.
Consentimento do ofendido.
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA (CRIME DE
BAGATELA)
As decisões do Supremo Tribunal Federal vem
adotando critérios bastante razoáveis para
aferição da insignificância ou bagatela que, é
casuística, sendo eles: a mínima ofensividade da
conduta do agente; nenhuma periculosidade
social da ação; o reduzido grau de
reprovabilidade do comportamento e a
inexpressividade da lesão jurídica provocada.
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA (CRIME DE
BAGATELA)
Na legislação criminal previdenciária – tanto no
que se refere ao crime de apropriação indébita
previdenciária, previsto no artigo 168-A, quanto
ao delito do artigo 337-A do Código Penal
Brasileiro, tem sido comum a utilização do
princípio para exclusão da tipicidade do
comportamento, quando a dívida ativa
previdenciária não ultrapassa R$ 10.000,00 (dez
mil reais).
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA (CRIME DE
BAGATELA)
Ou seja, dívidas até R$10.000,00 não executadas
e são “perdoadas”, do ponto de vista que não
constituírão crime.
ADEQUAÇÃO SOCIAL
O Princípio da Adequação social é considerado
quando se está diante de uma conduta
formalmente típica, mas que materialmente não
se caracteriza como tal, porque não se verifica
desvalor social na ação e desvalor social no
resultado. São condutas que, formalmente
típicas, acabaram por atingir aceitação social.
Ex: descriminação do descaminho através do
pagamento de tributo.
CONSENTIMENTO DO OFDENDIDO
Consentimento do ofendido é causa que também
pode ser considerada como excludente da
tipicidade, especialmente quando o
dissentimento da vítima faz parte da estrutura
típica, como elemento expresso ou tácito da
descrição típica.
CONSENTIMENTO DO OFDENDIDO
A Lei 8.137, em seu artigo 7º. Inciso IX menciona
o crime de quem entrega mercadoria em
condições impróprias para o consumo. Decisão
do Tribunal de Justiça de Minas Gerais
promoveu o reconhecimento do consentimento do
ofendido em matéria desta natureza, em situação
em que alguém aceitou doação de animal com
nível de gordura abaixo do indicado para
consumo.
CONSENTIMENTO DO OFDENDIDO
A hipótese de consentimento do ofendido pode ser
observada na Lei 8176/91, na proteção da ordem
econômica. Em seu artigo 2º, parágrafo primeiro, a lei
estabelece que incorre na pena de 1 a 5 anos e multa
aquele que, sem autorização legal, adquirir, transportar,
industrializar, tiver consigo, consumir ou comercializar
produtos ou matéria prima obtida na forma prevista no
caput do artigo – constitui crime contra o patrimônio, na
modalidade de usurpação, produzir bens ou explorar
matéria-prima pertencentes à União, sem autorização
legal ou em desacordo com as obrigações impostas pelo
titulo autorizativo.
DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA
Primeira causa legal de exclusão da tipicidade, a
desistência voluntária está presente quando o
agente, voluntariamente, desiste de prosseguir
na execução da conduta delitiva. Assim, segundo
o artigo 15 do CPB, o agente que podendo
prosseguir na execução desiste do seu intento,
voluntariamente, só responderá por aqueles atos
já alcançados pelo seu agir que, por si, já sejam
típicos.
ARREPENDIMENTO EFICAZ
No mesmo artigo 15, a legislação penal prevê o
arrependimento eficaz como uma causa de exclusão
da tipicidade. Nesta situação, o agente, embora tenha
realizado a integralmente os atos executórios do
crime, impede que o resultado se produza. Ou seja, o
agente, arrependido pela sua conduta, outra realiza,
neutralizando, impedindo, mesmo, e eficazmente, a
produção do resultado. Neste caso, também só
responderá o agente pelo que logrou produzir, e não
por aquilo que pretendia e do qual, eficazmente,
impediu.
CRIME IMPOSSÍVEL
Nesta excludente, o agente realiza uma conduta e
não atinge seu objeto, ou porque ele não existe
(absoluta impropriedade material), ou porque o meio
escolhido para atacá-lo é ineficaz (absoluta ineficácia
do meio).