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DRENAGEM URBANA
Prof. Carlos E. M. Tucci
Instituto de Pesquisas Hidráulicas
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Porto Alegre, RS
Programa
1. Água no meio urbano
1.1 Urbanização
1.2 Aspectos da água no ambiente urbano
1.2.1 Abastecimento de água
1.2.2 Saneamento
1.2.3 Resíduo Sólido
1.2.4 Drenagem Urbana
1.3 Inundação Urbana
1.4 Doenças de Veiculação hídrica
1.5 Monitoramento
2. Gerenciamento das Inundações Ribeirinhas
2.1 Métodos de estimativa
2.2 Medidas de controle
2.2.1 Medidas Estruturais
2.2.2 Medidas não-estruturais
2.3 Avaliação econômica
2.4 Exemplos
3. Drenagem urbana
3.1 Modelos de Avaliação da drenagem urbana
3.2 Impactos da urbanização
3.3 Medidas de Controle atuais
3.3 Medidas de Controle na microdrenagem
3.4 Medidas de Controle na macrodrenagem
4. Plano Diretor de Drenagem urbana
4.1 Princípios
4.2 Estrutura do Plano
4.3 Estratégias
4.4 Viabilidade econômica
4.5 Aspectos Institucionais
4.6 Programas
5. Exemplos
5.1 Região Metropolitana de Curitiba
5.2 Porto Alegre
5.3 Estrela
5.4 União da Vitória
5.5 Caxias do Sul
1. Água no Meio Urbano
1.1 Urbanização
12
•Os países em desenvolvimento
estão ainda estão crescimento alto, developing countries
developed countries
10
com estabilização da população em
population ib billions
países desenvolvidos. 8
acima de 1 milhão; 0
•crescimento sem planejamento e 1750 1800 1850 1900 1950 1995 2050 2100 2150
verticalização
Impervious area %
50
30
área e topografia
20
que 2 km2 0
0 50 100 150 200 250
• Manancial
• abastecimento de água
• saneamento
• drenagem urbana
• inundações
• resíduos sólidos
Competição pelo uso da água
Relação entre PIB/percapita e acesso
a água
10000
9000
G N P P e r C a p ita (U S D o lla r)
8000
A r g e n t in a
7000
6000 U ru g u a y
5000 C h ile
B r a z il M e x ic o
4000 LAC V e n e z u e la
3000 C o s ta R ic a
C o lo m b ia
2000 D o m in ic a n R e p .
P a ra g u a y G u a t e m a la
E cuador
1000 B o liv ia
H o n d u ra s
0
35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95 100
% A c c e s s to Im p ro v e d W a te r
Dados sobre acesso e uso das águas
• Uma pessoa sobrevive cerca de um mês sem comida, mas
apenas uma semana sem água;
• Cerca de 70% do corpo humano consistem de água;
• Mulheres e crianças em muitos países em desenvolvimento
viajam em média 10 a 15 km todos os dias para obter água;
• Cerca de 34.000 pessoas morrem diariamente de doenças
relacionadas com a água como diarréia. No Brasil, 65% das
internações hospitalares são devidas a doenças veiculadas
pela água;
• Uma pessoa necessita no mínimo de cinco litros de água por
dia para beber e cozinhar e mais 25 litros para higiene
pessoal;
• Uma família média canadense usa cerca de 350 litros por dia,
na África 20 l/d, na Europa 165 l/dia e no Brasil é de 200 l/dia;
• As perdas de água na rede de distribuição no Brasil variam de
30 a 65% do total aduzido;
• Uma vaca leiteira necessita beber cerca de 4 litros por dia
para produzir um litro de leite;
• Um tomate é 95% água;
• 9.400 litros de água são utilizados para produzir quatro pneus
de carro;
• Abastecimento e saneamento reduzem a mortalidade infantil
pela metade.
Manancial: problemas
• A bacia hidrográfica é ocupada de forma desordenada
devido a legislação equivocada;
• nos grandes mananciais superficiais, grandes bacias, o
impacto se deve a falta de tratamento de esgotos, controle
do pluvial, poluição difusa rural, etc.
• nos mananciais subterrâneas: contaminação com as fossas,
exploração deficiente de poços, contaminação de áreas de
recarga, etc;
• reservatórios urbanos: eutrofização e toxicidade;
• redução da disponibilidade devido a escassez da qualidade.
Impactos sobre os mananciais
• Manancial superficial: devido a ocupação das áreas de mananciais e
da bacia de montante nos rios, falta de tratamento de esgoto
cloacal e pluvial, existe forte redução da qualidade da água
disponível com riscos a disponibilidade e a cobertura de
atendimento já existente; Contaminação dos reservatórios urbanos,
eutrofização, toxidade na água e o aumento do risco da água para a
população.
• Manancial subterrâneo: da ordem de 35% da água de
abastecimento é retirada de mananciais subterrâneos. O risco de
contaminação é muito alto já que os efluentes domésticos e
industriais tem reduzido a disponibilidade deste sistema. A
contaminação das áreas de recargas e o processo de lento faz com
que causa e efeito sejam pouco compreendidos nos impactos das
águas subterrâneas; reduzido número de profissionais que atuam
no setor; redução da água subterrânea com a impermeabilização,
mas recarga devido a perda física na rede de abastecimento e
cloacal, com contaminação.
• Resultado: redução da disponibilidade por falta de controle da
qualidade
Acesso a água
Região Pessoas sem Pessoas sem
acesso a água acesso a
segura saneamento
básico
Estados árabes 21 30
África Sub-Sahara 48 55
Sudeste da Ásia e 35 45
Pacífico
América Latina e 23 29
Caribe
Leste da Ásia 32 73
Leste da Ásia 13 -
(excluindo China)
Sul da Ásia 18 64
Países em 29 58
desenvolvimento
Características do uso
Local Ano Consumo Perdas na rede
l/pessoa/dia1 %
Brasil (média) 1989 151 39
Brasília 1989 211 19
São Paulo 1988/1992 237 40
S. Catarina 1990 143 25
Minas Gerais 1990 154 25
Santiago 1994 204 28
Bogotá 1992/1991 167 40
Costa Rica 1994 197 25
Canada (média) 1984 431 15
USA (média) 1990 666 12
Tóquio 1990 355 15
Esgotamento sanitário
• Inicialmente as cidades se desenvolvem com fossas
sépticas. Com o passar do tempo o aumento da carga e
a verticalização exigem investimentos que não são
realizados. Passa-se a utilizar a rede pluvial, o que
geram os sistemas mistos;
• Sistemas mistos: grande parte da rede brasileira
funciona como esgoto misto; dificultam uma solução
sustentável para o conjunto do sistema pluvial e
cloacal;
• Sistemas ineficientes: problemas na falta de ligação
dos usuários a rede; metas se finalidade pública;
ineficiência econômico-financeira; falta de controle de
qualidade dos serviços;
• Resultado: baixo nível de tratamento efetivo dos
esgotos cloacais; população é subsidiada pelo ambiente
e recebe como impacto o risco sobre sua saúde.
Serviços de esgoto
Tipo de Serviço População Atendida (%)*
secos e chuvosos. Os
problemas ocorrem devido a
ocupação das áreas de riscos
pela população.
• Inundações devido a
Q
urbanização (drenagem Urban
urbana): escoamento em
áreas urbanizadas,
geralmente pequenas bacias.
A urbanização amplia as Rural
vazões devido a canalização e
a impermeabilização do solo.
Time
Inundações ribeirinhas
• Ocupação do leito maior do rio
nos anos de pequenaS
inundações;
• Nos anos de cheias maiores a
população sofre o impacto;
• Vulnerabilidade: é o nível de
recuperação das condições
críticas. Maior vulnerabilidade,
menor capacidade de retornar
as condições prévias;
• Indicadores de impactos: nível
ou vazão, velocidade e duração
Porto Alegre em 1941
Áreas de risco
Impactos devido na
drenagem urbana
• Aumento da vazão máxima,
freqüência da inundação
devido a impermeabilização e
canalização;
• Aumento da carga de resíduos
sólidos transportada pela
drenagem;
• Aumento da carga de
poluentes e redução da
qualidade da água de jusante.
• Escorregamento de encostas
devido a falta de drenagem e
ocupações inadequadas.
• Doenças de veiculação hídrica:
leptospirose e outras
• Quem produz o impacto não
sofre impacto
Combinação dos efeitos
Resíduos sólidos
• Fase 1 : crescimento da
cidade: grande produção de
sedimentos (construções,
superfícies desprotegidas);
• Fase 2 : transição com
sedimentos e resíduo sólido;
• Fase 3: quando a cidade ou
área urbana está estabelecida
a produção de resíduo sólido
(lixo) é alta.
Dados sobre resíduos na
drenagem
• Não existem dados de Rio e Característ Volume Referência
cidade icas da m3/km2
resíduos na drenagem; fonte de .ano
• Existem dados de sedimento
estimativas globais obtidas s
em algumas bacias Rio Tietê Sedimento 393 Nakae e
urbanas brasileiras em São de Brighetti
Paulo dragado (1993)
• Total retirado pela limpeza
varia com dias chuvosos; Tributários Sedimento 1400 Lloret Ramos
do rio Tietê s de fundo et al. (1993)
• Estimativa preliminar: 30 a em São
40% do peso devido de Paulo
sacos plásticos; Lago da 2436 Oliveira e
• Grande quantidade de Pampulha Sedimento Baptista
em Belo s de 1957 (1997)
garrafa tipo PET; Horizonte to 1994
• Obstrução do sistema de Arroio Sedimento 750 DEP (1993)
drenagem Dilúvio em s dragado
Porto
Alegre
Condicionantes dos resíduos
• Freqüência e cobertura da coleta de lixo;
• Freqüência da limpeza das ruas;
• Forma de disposição do lixo pela
população;
• Freqüência da precipitação
Imagens
população em áreas risco
Q
C
concentração
hidrograma
t
Ciclo de contaminação
• Retirada de água a
montante
• Despejo a jusante sem Abastecimento
• Ciclo de impactos
generalizados
Comparação entre países desenvolvidos e em
desenvolvimento
Infra- Países desenvolvidos Brasil
estrutur
a urbana
Abasteciment Resolvido, cobertura Grande parte atendida,
o de água total tendência de redução da
disponibilidade devido a
contaminação, grande
quantidade de perdas na
rede
Saneamento Grande Cobertura na Falta de rede e estações de
coleta e tratamento tratamento; as que existem
dos efluentes não conseguem coletar
esgoto como projetado;
Drenagem Controlado os aspectos Grandes inundações devido a
Urbana quantitativos; ampliação de inundações;
Desenvolvimento de Controle que agrava as
investimentos para inundações através de
controle dos canalização;
aspectos de Aspectos de qualidade da água
Qualidade da água nem mesmo foram
Os problemas de gestão
Supply drive approach planejamento construção baseada em
p’ráticas de países desenvolvidos e não consideram os condicionantes
locais. Por exemplo, Accra, Ghana, depois de 20 anos apenas 130
connecções foram feitas ao sistema sanitário projetado para 2,000;
Leito menor
Predição
• Estimativa de níveis ou vazões?
• Com base na vazão: (a) curva de
probabilidade de vazões do local; (b)
regionalização hidrológica
• com base na precipitação: modelos
hidrológicos precipitação - vazão. Neste
caso o risco não é o mesmo.
Curva de probabilidade de
vazões máxima
• Séries:
homogêneas,
independentes e
representativas
Exemplos
• Distribuições estatísticas: Gumbel e Log
Pearson III
• Considerar marcas de enchentes
Regionalização hidrológica
• Utilizada para bacias médias e grandes ( >
2.000 km2)
• permite estimar a curva de probabilidade
em locais sem dados que sofrem
inundações;
• utilizado enquanto não existem dados.
Regionalização
3,00
• Curva 2,50
Qm adimensional
adimensional 2,00
de 1,50
probabilidade 1,00
0,50
• regressão da 0,00
vazão média -2 -1 0 1
y
2 3 4 5
com
características
físicas Qm= F (A, P, etc)
Previsão de Curto prazo
• Previsão á partir da precipitação: com base
na precipitação conhecida é determinada a
vazão por modelo empírico ou conceitual;
• Previsão á partir de nível ou vazão de
montante: com base no conhecimento do
nível ou vazão á montante e no próprio
local é realizada a previsão.
• Combinação dos anterior: utiliza as duas
informações
Medidas de Controle
• Medidas Estruturais: o homem modifica o
rio - reservatórios, diques, canais, etc
Inundação
1983
Gestão do conflito
• Avaliação das inundações de 1983 mostrou que houve
problemas de operação, mas que afetaram principalmente o
início da enchente;
• A cota da Usina ficou acima da cota máxima por algumas
horas em 1983.
• Em 1992 o efeito da barragem foi mínimo
• Dificuldade no entendimento da população;
• O acordo envolveu um parque na área desapropriada e o
apoio com previsão em tempo real para a defesa civil.
• Chegou a ser proposto um dique de proteção contra
inundações. A comunidade se posicionou contra.
Simulações
operação
Paraguay River: Pantanal
7
6
Annuall Flood levels, m
0
1900 1920 1940 1960 1980 2000
Years
Bacia do Itajaí-Açu
• Maior série de 18
inundações do Brasil 16
14
1852 a 2004
flood level, m
12
10
8
• Cheia de 1983, 6
4 flood levels
prejuízos 8% do PIB 2 lower flood level
0
de Santa Catarina 1850 1900 1950 2000
year
• 70 anos de cheias
pequenas
• Example: Itajaí River with three
dams. Total basin ~12,000 km2
West
Dam
Hercílio
Rio do Sul
Itajaí
South
Dam Blumenau
Efeito da variabilidade climática
Caso dos diques de Porto Alegre
•Dique construído em
1970;
•Sem inundações
desde 1967
•Pressão de parte da
população para
retirada do dique
•Aprovado pela
Camara Municipal
•Não foi executado
pela prefeitura
Avaliação econômica
• Varia com o tipo de inundação
• método tradicional baseado na relação
benefício/custo
• método baseado na valorização da
propriedade
• vontade de pagar
0,6
0,5
probabilidade (0-1)
0,4
0,3
0,2
0,1
0
0 10,4 25,9 54,6 78,1
Prejuízos prováveis, US $ milhões
Item 1982 1993 1992 1983
nível 746,06 746,86 748,51 750,03
número de casas ou prédios afetados 1000 2502 5266 7537
Danos estimados (valores em 1.000)
apoio de emergência 350 875,7 1.843,1 2.638
reparos de estradas e pontes 350 875,7 1.843,1 2.638
danos no sistema de abastecimento 60 150,12 315,96 452,22
danos no sistema de distribuição de 80.000 200.160 421.280 602.960
energia
perdas residenciais 2.500 6.225 13.165 18.842
perdas do setor comercial 1.100 2.752,2 5.792,6 8.290,7
perdas do setor industrial 1.200 3.002,4 6.319,2 9.044,4
perdas da agricultura 350 875,7 1.843.1 2.638
outras perdas diretas 70 175,1 368,62 527,59
subtotal 6.910 17.289 36.388 52.081
perdas indiretas (50%) 3.455 8.644 18.194 26.040
perdas total U$S 10.365 25.933 54.582 78.121
Inundações devido ao
Desenvolvimento urbano
• Impactos do desenvolvimento urbano no
ciclo hidrológico
• medidas de controle atuais
• princípios das medidas de controle
modernas
• controle a nível da fonte
• controle a nível da macrodrenagem
Impactos
3. Hidrograma em A
Impactos
combinados de
áreas ribeirinhas e
drenagem
•Primeiro estágio: áreas de
inundação com ocupação
limítrofe’.
• Segundo estágio: o rio é
canalizado e a população
ocupa a várzea de inundação. A
cidade se expande para
montante, aumenta a vazão e
não há mais espaço para
controle. VEJA SÃO PAULO
– RIO TIETÊ
ARRUDAS EM BELO HORIZONTE
início da inundação
ARRUDAS BELO HORIZONTE
fase de recessão
MODELO REDUZIDO DA BACIA RURAL
MODELO REDUZIDO DA BACIA URBANA
SEM CONTROLE
BACIA URBANA COM CONTROLE
Princípios modernos do controle
da drenagem
• Novos desenvolvimento não podem
aumentar a vazão de pico das condições
naturais (ou prévias) novos loteamentos;
• planejar o conjunto da bacia para controle
do volume;
• evitar a transferência dos impactos para
jusante.
Controle da drenagem
urbana
• Na fonte: = OSD (on site detention); planos
de infiltração e trincheiras, pavimentos
permeáveis e detenção
• na micro e macrodrenagem: detention ou
retention no sistema de drenagem;
• aumento da capacidade de drenagem
minimizando os impactos de jusante.
Controle na Fonte
• Pavimento permeável
• Trincheiras e planos
de infiltração
• detenção
• sem ligação direta com
o pluvial
Planos de Infiltração
Reservatório
de grama
drenagem
Reservatório de pedras
Drenagem para grama e
reservatório de pedras
Passeio com infiltração
A água escoa sempre para a área de infiltração
Reservatórios de pedras: proteção
a erosão e armazenamento
Trincheiras e valas de
infiltração
• Com drenagem e
sem drenagem
• Lençol freático baixo
• Duas funções:
armazenar e infiltrar;
• Manutenção e vida
útil
• A vala deve ter
proteção para evitar
erosão quando a
velocidade é alta
Condicionantes
•Limitações com relação
ao lençol freático;
•Capacidade de
infiltração
•manutenção
Experimentos no IPH
Vala de infiltração e ruas
sem sarjetas
As pedras permitem reduzir a Não gera escoamento, pois o
velocidade e infiltrar volume infiltra nas áreas
laterais
Dispositivos diversos
Dreno permeável
Dispositivos permeáveis e trincheira
Pavimentos permeáveis
Detalhes do pavimento
Pavimento permeável
surfacing material
voids
bedding sand
geotextile
permeable
sub-base
sub-grade
Experimento com pavimentos
da ordem de 95%
Paralelepípedos e blocos 80
da ordem de 40 a 65% 60
escala; -20
Tempo (min.)
Redução dos custos de Solo Compac. Blockets Paralelepípedos Concreto Bloc. Vazados Conc. Poroso
canalização
Valores e custo
Variáveis Solo Com- Concreto Bloco de Paralelepí- Bloco
pactado Concreto pedo Vazados
I (mm/h) 112 110 116 110 110
•Utilizado para
desentupir
pavimentos
permeáveis de
ruas
•Exemplo de
cidade francesa
que adotou
pavimento
permeável nas
ruas;
•Em ruas o
pavimento
Detenção de lote
Controle do hidrograma
80
60
40
20
0
11 12 13 14 15
Tem po [h]
Exemplos
Restrições e estimativa de
volume
•Para Porto Alegre, com base na chuva da cidade, risco de
10 anos e com o objetivo de manter a vazão de pré –
desenvolvimento de 20,8 l/(s.hectare) foi estabelecida a
equação:
•V = 4,25 A. AI
•Volume em m3, área em hectare, AI em %
•Para 1000 m2, e área impermeável de 60% o volume
necessário é 25 m3. Para um profundidade de 1m, utiliza-
se 25 m2 da superfície (2,5%) da área.
•A área necessária varia de 1 a 3%, geralmente maior para
áreas menores e menor para áreas menores.
Resumo das medidas na
fonte
Tipo Característi Variantes Função Efeito
ca
Pavimen Pavimento Concreto ou Armazenamen Redução do
permeável com asfalto poroso, to temporário escoamento
to base porosa e blocos vazados no solo e superficial,
permeáv reservatório infiltração amortecimento,
el melhoria da
qualidade
Retenção
Lay-out do sistema
Dispositivos de saída
Banhado: retenção
construída
Recupera a qualidade da água pluvial e
reduz o pico
Detenção off-line
Detenção subterrânea
• Uso da superfície;
• Pressão da comunidade
local;
• Topografia que não
permite saída por
gravidade;
• Drenagem em cota
inferior aos terrenos;
• Custo da ordem de 7
vezes a detenção aberta;
• Maior custo de operação
Exemplos
São Paulo
Curitiba
Exemplos
Porto Alegre
São Paulo
entra
da
Retenção com
São Paulo: uso com aeradores
parque
Exemplo
Estacionamento do Wallmart de
Curitiba
Exemplos na França
Exemplos
Natal
Controle da qualidade da água
Integração no espaço urbano
Sistemas Mistos
• Cenário 1: existe
somente rede
Retorna quando a
mista, sem capacidade Q
tratamento: não é permite a entrada
possível controlar Capacida
a qualidade da de Q
detenç
água e a detenção ão
deve ser off-line
por questões
ambientais no Desvia quando a
capacidade Q é
local da detenção. superada
Sistemas Mistos
• Cenário 2: Existe rede de drenagem com esgoto e
o sistema é levado a uma estação de tratamento:
este é cenário utilizado em cidades antigas da
Europa.
• a detenção continua sendo off-line;
• Alternativas: (a) sistema coleta: Q1(esgoto
sanitário) + Q(25 mm do escoamento pluvial) =
exige grande capacidade de tratamento; (b)
sistema coleta Q1 e utiliza-se retenção
• Vantagens: evita construir outra rede;
• Desvantagens: proliferação de doenças em
inundações superiores a de projeto; no período
seco odor na cidade, desvalorizando imóveis.
Sistema separador
• Rede de coleta de esgoto
independente com tratamento
de esgoto;
• Rede pluvial com sistemas on-
Região de
line e controle do resíduo sólido amortecime
e manejo da carga poluente nto
pluvial
• Vantagens: manejo adequado
das detenções e retenções
urbanas com maior tempo de
residência, permite o controle
da qualidade da água; evita-se
águas contaminadas nas
enchentes superiores a de Área de
projeto; evita-se o odor no
período seco; evita-se o colapso retenção de
de sistemas de drenagem por material
corrosão.
• Desvantagens: no cenário de
sólido
transição o custo inicial da
implantação da rede de esgoto
separadora.
Cenários de transição
ETE
• Os custos para sair de um
sistema misto para
separador podem ser
altos;
• Para escalonar no tempo
é possível iniciar pela
macro-drenagem;
• Depois o projeto pode ser Sistema de
densenvolvido pelos macro-
sistemas secundários; drenagem
• Neste cenário continuam com
as inundações nos controle
secundários.
• Quando a cidade estiver
coberta pelo separador é
possível eliminar as O excedente
conexões.
é transferido
Sistema de coleta de esgoto para a macro-
cloacal drenagem
Planejamento da macrodrenagem
•geralmente as áreas junto aos rios
possuem espaço para parques;
•Planeje os parques, utilizando um
parcela do mesmo para retenção ou
detenção (~2 – 3 da área;
•É possível obter as áreas no
desmembramento dos loteamento
dentro das áreas públicas;
•É possível também legislar para
que o desenvolvimento do parque
seja do empreendedor
4. Gestão das águas urbanas
• Necessidade de
gestão integrada
• Visão interdisciplinar
• Os principais
componentes da água
no meio urbano;
• A gerenciamento
integrado das águas
urbanas envolve o
estabelecimento de
interfaces de
planejamento e
gestão
Visões
Integrado
Visão atual
Plano de
Desenvolvimento Urbano
PLANO
Plano de Esgotamento DIRETOR DE
Sanitário
DRENAGEM
URBANA
Plano de Controle de
Resíduos Sólidos
Aspectos Institucionais
Planos setoriais
O Plano de Águas Pluviais
Elementos do Plano
• Objetivos
• Princípios
• Estrutura
• Estratégias
• Viabilidade financeira
Objetivos
planejar a distribuição da água no tempo e no
espaço, com base na tendência de ocupação
urbana compatibilizando esse desenvolvimento
e a infra-estrutura para evitar prejuízos
econômicos e ambientais;
controlar a ocupação de áreas de risco de
inundação através de restrições na áreas de alto
risco e;
convivência com as enchentes nas áreas de baixo
risco.
Princípios
•Plano de Drenagem Urbana faz parte do Plano de
Desenvolvimento Urbano e Ambiental da cidade
•cada usuário urbano não deve ampliar a cheia natural.
•Plano deve prever a minimização do impacto ambiental
devido ao escoamento pluvial
•Plano Diretor de Drenagem urbana, na sua regulamentação,
deve contemplar o planejamento das áreas a serem
desenvolvidas e a densificação das áreas atualmente loteadas.
•O controle deve ser realizado considerando a bacia como um
todo e não trechos isolados
•Valorização dos mecanismos naturais de escoamento na bacia
hidrográfica, preservando, quando possível os canais naturais.
• Integrar o planejamento setorial de drenagem urbana,
esgotamento sanitário e resíduo sólido
• Os meios de implantação do controle de enchentes são o Plano
Diretor Urbano, as Legislações Municipal/Estadual e o Manual
de Drenagem
• o controle de enchentes é um processo permanente;
• decisões públicas devem ser tomadas conscientemente por
todos;
• O custo da implantação das medidas estruturais e da operação e
manutenção da drenagem urbana deve ser transferido aos
proprietários dos lotes, proporcionalmente a sua área
impermeável
Estratégias
• Quanto ao Desenvolvimento do Plano
• Legislação
• Gestão da drenagem Urbana
• Capacitação e qualificação técnica
Integração a gestão
ambiental e da bacia
●A gestão da água através da bacia
hidrográfica é realizada a nível federal ou
Estadual;
●A legislação ambiental estabelece a área
de influência como a base da jurisdição;
●A legislação de recursos hídricos prevê a
outorga dos efluentes de áreas urbanas,
quando produzem alteração de quantidade
e qualidade;
●Controle do impacto das ações na cidade
na saída de seus efluentes ou escoamento
Uso do Solo Legislação
Estadual e
Federal
Uso do Solo
Legislação
Municipal
Drenagem
Urbana
Gestão
Gestão
Estadual e
Municipal
Federal
Declara que:
Art. 1o Toda ocupação que resulte em superfície impermeável,
deverá possuir uma vazão máxima específica de saída para a
rede pública de pluviais menor ou igual a 20,8 l/(s.ha).
§ 1o A vazão máxima de saída é calculada multiplicando-se a
vazão específica pela área total do terreno.
§ 2o Serão consideradas áreas impermeáveis todas as
superfícies que não permitam a infiltração da água para o
subsolo.
§ 3o A água precipitada sobre o terreno não pode ser drenada
diretamente para ruas, sarjetas e/ou redes de drenagem
excetuando-se o previsto no § 4o deste artigo.
§ 4o As áreas de recuo mantidas como áreas verdes poderão ser
drenadas diretamente para o sistema de drenagem.
§ 5o Para terrenos com área inferior a 600 m2 e para habitações
unifamiliares, a limitação de vazão referida no caput deste artigo
poderá ser desconsiderada, a critério do Departamento de Esgoto
Pluviais.
Art. 2o Todo parcelamento do solo deverá prever na sua
implantação o limite de vazão máxima específica disposto no
Art. 1o .
Art. 3o A comprovação da manutenção das condições de pré-
ocupação no lote ou no parcelamento do solo deve ser
apresentada ao DEP (Departamento de Esgoto Pluviais).
§ 1o Para terrenos com área inferior a 100 (cem) hectares quando
o controle adotado pelo empreendedor for o reservatório, o
volume necessário do reservatório deve ser determinado através
da equação:
v = 4,25 AI
onde v é o volume por unidade de área de terreno em m3/hectare
e AI é a área impermeável do terreno em %.
§ 2o O volume de reservação necessário para áreas superiores a
100 (cem) hectares deve ser determinado através de estudo
hidrológico específico, com precipitação de projeto com
probabilidade de ocorrência de 10% em qualquer ano (Tempo de
retorno = 10(dez) anos).
§ 3o Poderá ser reduzida a quantidade de área a ser computada
no cálculo referido no §1o se for (em) aplicada(s) a(s)
seguinte(s) ação (ões):
•Aplicação de pavimentos permeáveis (blocos vazados com
preenchimento de areia ou grama, asfalto poroso, concreto poroso)
– reduzir em 50% a área que utiliza estes pavimentos;
•Desconexão das calhas de telhado para superfícies permeáveis com
drenagem – reduzir em 40% a área de telhado drenada;
•Desconexão das calhas de telhado para superfícies permeáveis sem
drenagem – reduzir em 80% a área de telhado drenada;
•Aplicação de trincheiras de infiltração – reduzir em 80% as áreas
drenadas para as trincheiras.
reservatório projetado
Atuba Palmital
posto fluv.
Belem
Passauna
Barigui Iraí
Verde J.Belem
Pinhai Piraquara
s
BR-277
Av. Contorno
Itaqui
Rio Iguaçu
Araucária
Pequeno
Balsa Nova
Guajuvira
Miiringuava
Cotia
Vista da área
Visão do sistema
9k m
o :
ic ad
R etif
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T
0k m
r : 2
v a so
x t ra
al E
Ca n
SU
Vista da área do futuro parque
Planejamento
Áreas Existentes
Dique de S.J. Pinhais
Plano Diretor da Região
Metropolitana
• Desenvolvida para cada sub-bacia
• Considerando as inundações
ribeirinhas e o controle com detenções;
• Reserva de áreas para parques e
detenção;
• Necessidade de maior detalhamento
• Inundação para o municípios
• Gestão estadual
Porto Alegre: Plano Diretor de
Drenagem
CARACTERIZAÇÃO DOS
SISTEMAS E DEFINIÇÕES SIMULAÇÃO E ESCOLHA DAS
DADOS DE ENTRADA ALTERNATIVAS
Modelos de apoio a decisão
Modelos Resultados
Precipitação, Modelo
características das Locais de inundação
hidrológico e de
bacias, risco na rede de drenagem
canais
Dados de entrada
Modelo hidrológico Verificação da solução
e hidrodinâmico ótima e para cenários
superior ao de projeto
Modelo de otimização
• Um sistema na forma de árvore.
• Para cada mó a vazão será
Qe Qi
• Em cada nós onde poderá existir
detenção, a vazão amortecida é
• Qa = F(Vi)
• Esta função é obtida pelo modelo
hidrológico para cada risco e cenário.
• Haverá também uma vazão de
ampliação a jusante da detenção Ql. A
vazão a jusante será Vi
• Qe = Qc + Ql +Qa
Qe
Variável de otimização
• Para o sistema a variável de otimização é
o volume de detenção ou a vazão do
dispositivo de saída. Resultam, então na
otimização a otimização com n locais de
detenção como n variáveis de
otimização.
n k
• MinF = g(Qli ) h( V j )
i1 j1
Técnica de otimização
• Método do Ponto de partida
Solução econômica
Funções de custo condutos
• Areia Basin in Porto
Alegre
Bacia do Moinho
Bacia do arroio da
Areia
Bacia do arroio do
Moinho
T13
Bacia do MOINHO
T12
B12 B11
B13
T09 T11
T08 B10
B8 T10
T07 B7 T04
T06
B9
T05 B6
T03 B4
B5
B3
T02
B2 T01
B1
Relação Qnecessária/Qexistente :
até 5
acima de 5
acima de 10
06
04
Detenções projetadas
05
03
02
01
Otimização
• O mínimo global foi atingido após cerca de 21.700
avaliações da função objetivo (simulações do
IPHS1). Este trabalho consumiu cerca de 2 horas e
27 minutos de processamento em uma máquina
Pentium IV 1.7 GHz e 256 Mb de memória RAM.
• A solução final propõe portanto a alocação de
18.867 m3 distribuídos em quatro pontos da bacia
do Moinho e a ampliação do sistema de condução
em alguns trechos, a um custo final de R$
5.608.247,00.
Curva de custos e de volume
Resumo
• custo unitário das obras de ampliação (sem
detenções): R$ 16.865,15 / ha
• custo individual das obras de ampliação (sem
detenções): R$ 143,53 / habitante
• volume específico do controle: 41,0 m3 / ha
• custo unitário do controle: R$ 12.191,84 / ha
• custo individual do controle: R$ 103,76 / habitante
Hidrogramas
Bacia do Areia
• Região nobre da cidade
• Escoamento com saída
sob-pressão
• Trecho inferior somente
por bombeamento
• Sub-bacia analisada
corresponde a saída por
gravidade e sob-pressão.
T36 T55
T54
T35
T32 T53
T52 T50/51
Polder
T49
T48
T34 T31
T47 Aeroporto
T30
T46
T45
T33
G F T29 T44
T43
T40
T24 T28
T23 T25 E T38 T42 T41 T39
T22 T15
T21 T27 T14
T37
D
T26
T19 T20 T13
T18
T11 Bacia do
C T17 T12 Areia
T09 T10 T07
T16 B
T08 T06
T05
T02 T04
T01
A T03
Capacidade
para o
sistema atual
para o
cenário de
projeto
Relação Qnec./Qexist.:
até 3
entre 3 e 7
entre 7 e 10
acima de 10
Otimização
O processo de
otimização apresentou-
se bem mais lento,
dado o grande número
de operações a realizar
e uso de memória
computacional,
resultando em cerca de
253.000 avaliações da
função objetivo, com
um tempo de
processamento de
aproximadamente 52
horas e 14 minutos
Minimum cost
solution for
the basin
13
3998m3
14
2896m3
12
11797m3
06 11
9328m3 1037m3
07
24038m3
05
7251m3
04
1659m3
03
6833m3
01
1410m3 02
3306m3
RESUMO DOS RESULTADOS
•Custo unitário das obras de ampliação
(sem detenções): R$ 63.471,27/ ha ou R$
364,8 / habitante
Custos na drenagem
urbana
• Estimativas com base em
otimização de projetos em
Porto Alegre
• Área média da detenção
0,7% da área da bacia
drenada
• Volume/habitante = 0,42
(m3/habitante)
• Custo = R$ 175/habitante
CT=0,54Pop-5,23Area