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GERENCIAMENTO DA

DRENAGEM URBANA
Prof. Carlos E. M. Tucci
Instituto de Pesquisas Hidráulicas
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Porto Alegre, RS
Programa
1. Água no meio urbano
1.1 Urbanização
1.2 Aspectos da água no ambiente urbano
1.2.1 Abastecimento de água
1.2.2 Saneamento
1.2.3 Resíduo Sólido
1.2.4 Drenagem Urbana
1.3 Inundação Urbana
1.4 Doenças de Veiculação hídrica
1.5 Monitoramento
2. Gerenciamento das Inundações Ribeirinhas
2.1 Métodos de estimativa
2.2 Medidas de controle
2.2.1 Medidas Estruturais
2.2.2 Medidas não-estruturais
2.3 Avaliação econômica
2.4 Exemplos

3. Drenagem urbana
3.1 Modelos de Avaliação da drenagem urbana
3.2 Impactos da urbanização
3.3 Medidas de Controle atuais
3.3 Medidas de Controle na microdrenagem
3.4 Medidas de Controle na macrodrenagem
4. Plano Diretor de Drenagem urbana
4.1 Princípios
4.2 Estrutura do Plano
4.3 Estratégias
4.4 Viabilidade econômica
4.5 Aspectos Institucionais
4.6 Programas
5. Exemplos
5.1 Região Metropolitana de Curitiba
5.2 Porto Alegre
5.3 Estrela
5.4 União da Vitória
5.5 Caxias do Sul
1. Água no Meio Urbano
1.1 Urbanização
12
•Os países em desenvolvimento
estão ainda estão crescimento alto, developing countries
developed countries
10
com estabilização da população em

population ib billions
países desenvolvidos. 8

•Atualmente a população mundial é 6


50% urbana.
•grande proporção de população 4
urbana na América Latina > 75%
•Várias cidades com população 2

acima de 1 milhão; 0
•crescimento sem planejamento e 1750 1800 1850 1900 1950 1995 2050 2100 2150

com grande quantidade de


população favelada.
Crescimento
• America Latina e Caribe: de 100 milhões
(1930) para 519 milhões (2002)
• US : 123 milhões (1930) para 290 milhões
(2002)
• Canada 10.3 milhões (1930) para 35
milhões (2002)
Tendência das regiões mundiais
From; WBDR, 2003
Cidades a nível mundial mais
populosas
•A maioria das cidades mais Table 2.1 Most populated cities in the world
City Population
populosas são em países em Tokyo
Millions
27,8
desenvolvimento Bombay
Sao Paulo
18,0
17,8
Shanghai 17,0
•Três cidades da América Latina New York
Mexico City
16,6
16,3
Peking 14,2
encontram-se no grupo das 20 Djakarta 14,0
Lagos 13,5
maiores cidades do mundo. Los Angeles 13,0
Calcutta 12,6
Tianjin 12,0
•Existe tendência de Karachi 12,0
Seoul 12,0
estabilização da população na New Delhi 11,6
Buenos Aires 11,3
América Latina devido a Manila
Cairo
10,8
10,7
urbanização nas próximas Osaka
Rio de Janeiro
10,6
10,2
décadas Dacca 10
LOCALIZAÇÃO DAS CIDADES POPULOSAS
A NÍVEL MUNDIAL
Tendências no Brasil
• A nível mundial a população Ano População Parcela da
urbana é da ordem de 50%. Milhões de população urbana
habitantes %
• O crescimento dos países
em desenvolvimento é ainda
alto, tendendo a se
estabilizar no final do século 1970 93,1 55,9
• No Brasil, grande
crescimento da população
urbana nas últimas décadas, 1980 118,0 68,2
com tendência de
estabilização. 1991 146,8 75,6
• A urbanização produz
redução do crescimento de
população. 1996 157,1 78,4
• O país tende a estabilização
da população ( ~2,1 filhos 20001 169,0 81,1
por casal)
Regiões Metropolitanas
• Crescimento alto na periferia
e baixo no núcleo central das
grandes cidades.
• Desenvolvimento irregular na
periferia com importante
impacto sobre as áreas de
mananciais.
• Necessidade de adequação da
legislação de mananciais e
desenvolvimento de infra-
estrutura que iniba a
irregularidade.
• O desenvolvimento urbano é
a fonte do impacto na água e
necessita que a sua regulação
e planejamento considere a
infra-estrutrura de águas
urbanas.
Limitações na gestão do
uso do solo
• Parcela ponderável de ocupação irregular e sem
obediência dos Planos Diretores;
• Lei de mananciais inadequadas: proibição sem
compensação ou alternativa econômica para os
proprietários das áreas de mananciais.
• Falta de obediência do Plano e normas na área de
expansão. Condicionantes econômicos e das normas
fazem com que o valor do lote não permita cobrir os
custos da infra-estrutura.
• Pouco conhecimento sobre o “landscape design” e
implantação sustentável de uma área urbana.
• Impacto direto sobre as “águas urbanas”.
Características do desenvolvimento
urbano
• Aumento das áreas impermeáveis;
• Verticalização e densificação dos espaços e reduzindo os espaços de
áreas públicas como parques;
• Desenvolvimento de avenidas paralelas a macro-drenagem e canalização
da mesma;
• Planejamento urbano que considera apenas o sombreamento, aspectos
volumétricos e trânsito, desprezando as outras infra-estruturas como
água, saneamento, drenagem urbana e inundações ribeirinhas.
• Não preserva as condições naturais de escoamento: infiltração e canais
naturais; desenvolve os condutos (galerias) e canais com superfícies de
concreto para aumentar o escoamento, geralmente mantidos de forma
subterrânea; privilégio para o uso do espaço de acordo com os interesses
de ocupação sem nenhuma preocupação de conservação ambiental;
• Conseqüências são os impactos diretos sobre a qualidade de vida da
população.
Relação entre ocupação e áreas
impermeabilizadas
•Cada pessoa impermeabiliza
80
da ordem de 50 m2
70

•Tendência assintótica com a 60

verticalização
Impervious area %
50

•Curva se altera em função da


40

30
área e topografia
20

•Válido para áreas maiores 10

que 2 km2 0
0 50 100 150 200 250

•Baseado em dados de urban density, inhab/ha

Curitiba, S. Paulo e Porto


Alegre
Aspectos de água no meio urbano

• Manancial
• abastecimento de água
• saneamento
• drenagem urbana
• inundações
• resíduos sólidos
Competição pelo uso da água
Relação entre PIB/percapita e acesso
a água
10000
9000
G N P P e r C a p ita (U S D o lla r)

8000
A r g e n t in a
7000
6000 U ru g u a y

5000 C h ile
B r a z il M e x ic o
4000 LAC V e n e z u e la
3000 C o s ta R ic a
C o lo m b ia
2000 D o m in ic a n R e p .
P a ra g u a y G u a t e m a la
E cuador
1000 B o liv ia
H o n d u ra s

0
35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95 100
% A c c e s s to Im p ro v e d W a te r
Dados sobre acesso e uso das águas
• Uma pessoa sobrevive cerca de um mês sem comida, mas
apenas uma semana sem água;
• Cerca de 70% do corpo humano consistem de água;
• Mulheres e crianças em muitos países em desenvolvimento
viajam em média 10 a 15 km todos os dias para obter água;
• Cerca de 34.000 pessoas morrem diariamente de doenças
relacionadas com a água como diarréia. No Brasil, 65% das
internações hospitalares são devidas a doenças veiculadas
pela água;
• Uma pessoa necessita no mínimo de cinco litros de água por
dia para beber e cozinhar e mais 25 litros para higiene
pessoal;
• Uma família média canadense usa cerca de 350 litros por dia,
na África 20 l/d, na Europa 165 l/dia e no Brasil é de 200 l/dia;
• As perdas de água na rede de distribuição no Brasil variam de
30 a 65% do total aduzido;
• Uma vaca leiteira necessita beber cerca de 4 litros por dia
para produzir um litro de leite;
• Um tomate é 95% água;
• 9.400 litros de água são utilizados para produzir quatro pneus
de carro;
• Abastecimento e saneamento reduzem a mortalidade infantil
pela metade.
Manancial: problemas
• A bacia hidrográfica é ocupada de forma desordenada
devido a legislação equivocada;
• nos grandes mananciais superficiais, grandes bacias, o
impacto se deve a falta de tratamento de esgotos, controle
do pluvial, poluição difusa rural, etc.
• nos mananciais subterrâneas: contaminação com as fossas,
exploração deficiente de poços, contaminação de áreas de
recarga, etc;
• reservatórios urbanos: eutrofização e toxicidade;
• redução da disponibilidade devido a escassez da qualidade.
Impactos sobre os mananciais
• Manancial superficial: devido a ocupação das áreas de mananciais e
da bacia de montante nos rios, falta de tratamento de esgoto
cloacal e pluvial, existe forte redução da qualidade da água
disponível com riscos a disponibilidade e a cobertura de
atendimento já existente; Contaminação dos reservatórios urbanos,
eutrofização, toxidade na água e o aumento do risco da água para a
população.
• Manancial subterrâneo: da ordem de 35% da água de
abastecimento é retirada de mananciais subterrâneos. O risco de
contaminação é muito alto já que os efluentes domésticos e
industriais tem reduzido a disponibilidade deste sistema. A
contaminação das áreas de recargas e o processo de lento faz com
que causa e efeito sejam pouco compreendidos nos impactos das
águas subterrâneas; reduzido número de profissionais que atuam
no setor; redução da água subterrânea com a impermeabilização,
mas recarga devido a perda física na rede de abastecimento e
cloacal, com contaminação.
• Resultado: redução da disponibilidade por falta de controle da
qualidade
Acesso a água
Região Pessoas sem Pessoas sem
acesso a água acesso a
segura saneamento
básico
Estados árabes 21 30
África Sub-Sahara 48 55
Sudeste da Ásia e 35 45
Pacífico
América Latina e 23 29
Caribe
Leste da Ásia 32 73
Leste da Ásia 13 -
(excluindo China)
Sul da Ásia 18 64
Países em 29 58
desenvolvimento
Características do uso
Local Ano Consumo Perdas na rede
l/pessoa/dia1 %
Brasil (média) 1989 151 39
Brasília 1989 211 19
São Paulo 1988/1992 237 40
S. Catarina 1990 143 25
Minas Gerais 1990 154 25
Santiago 1994 204 28
Bogotá 1992/1991 167 40
Costa Rica 1994 197 25
Canada (média) 1984 431 15
USA (média) 1990 666 12
Tóquio 1990 355 15
Esgotamento sanitário
• Inicialmente as cidades se desenvolvem com fossas
sépticas. Com o passar do tempo o aumento da carga e
a verticalização exigem investimentos que não são
realizados. Passa-se a utilizar a rede pluvial, o que
geram os sistemas mistos;
• Sistemas mistos: grande parte da rede brasileira
funciona como esgoto misto; dificultam uma solução
sustentável para o conjunto do sistema pluvial e
cloacal;
• Sistemas ineficientes: problemas na falta de ligação
dos usuários a rede; metas se finalidade pública;
ineficiência econômico-financeira; falta de controle de
qualidade dos serviços;
• Resultado: baixo nível de tratamento efetivo dos
esgotos cloacais; população é subsidiada pelo ambiente
e recebe como impacto o risco sobre sua saúde.
Serviços de esgoto
Tipo de Serviço População Atendida (%)*

Brasil Urbana Rural

Abastecimento de 75,93 90,56 19,91


Água: 24,07 9,44 80,09
Rede Geral
Outro
Esgotamento 37,83 46,79 3,50
Sanitário:* Dados referentes ao ano de23,03
1996 25,45 13,75
Rede Coletora 27,70 23,59 43,48
Fossa Séptica 11,43 4,17 39,26
Outro
Não Tinham
Águas Pluviais: Inundação
ribeirinha e drenagem
urbana
• Inundações ribeirinhas:
inundações naturais Leito maior de inundação
resultado da flutuação dos
rios durante os períodos Leito menor

secos e chuvosos. Os
problemas ocorrem devido a
ocupação das áreas de riscos
pela população.

• Inundações devido a
Q
urbanização (drenagem Urban
urbana): escoamento em
áreas urbanizadas,
geralmente pequenas bacias.
A urbanização amplia as Rural
vazões devido a canalização e
a impermeabilização do solo.

Time
Inundações ribeirinhas
• Ocupação do leito maior do rio
nos anos de pequenaS
inundações;
• Nos anos de cheias maiores a
população sofre o impacto;
• Vulnerabilidade: é o nível de
recuperação das condições
críticas. Maior vulnerabilidade,
menor capacidade de retornar
as condições prévias;
• Indicadores de impactos: nível
ou vazão, velocidade e duração
Porto Alegre em 1941
Áreas de risco
Impactos devido na
drenagem urbana
• Aumento da vazão máxima,
freqüência da inundação
devido a impermeabilização e
canalização;
• Aumento da carga de resíduos
sólidos transportada pela
drenagem;
• Aumento da carga de
poluentes e redução da
qualidade da água de jusante.
• Escorregamento de encostas
devido a falta de drenagem e
ocupações inadequadas.
• Doenças de veiculação hídrica:
leptospirose e outras
• Quem produz o impacto não
sofre impacto
Combinação dos efeitos
Resíduos sólidos
• Fase 1 : crescimento da
cidade: grande produção de
sedimentos (construções,
superfícies desprotegidas);
• Fase 2 : transição com
sedimentos e resíduo sólido;
• Fase 3: quando a cidade ou
área urbana está estabelecida
a produção de resíduo sólido
(lixo) é alta.
Dados sobre resíduos na
drenagem
• Não existem dados de Rio e Característ Volume Referência
cidade icas da m3/km2
resíduos na drenagem; fonte de .ano
• Existem dados de sedimento
estimativas globais obtidas s
em algumas bacias Rio Tietê Sedimento 393 Nakae e
urbanas brasileiras em São de Brighetti
Paulo dragado (1993)
• Total retirado pela limpeza
varia com dias chuvosos; Tributários Sedimento 1400 Lloret Ramos
do rio Tietê s de fundo et al. (1993)
• Estimativa preliminar: 30 a em São
40% do peso devido de Paulo
sacos plásticos; Lago da 2436 Oliveira e
• Grande quantidade de Pampulha Sedimento Baptista
em Belo s de 1957 (1997)
garrafa tipo PET; Horizonte to 1994
• Obstrução do sistema de Arroio Sedimento 750 DEP (1993)
drenagem Dilúvio em s dragado
Porto
Alegre
Condicionantes dos resíduos
• Freqüência e cobertura da coleta de lixo;
• Freqüência da limpeza das ruas;
• Forma de disposição do lixo pela
população;
• Freqüência da precipitação
Imagens
população em áreas risco

Lixo recolhido na drenagem


(São Paulo)
Obstrução
Resíduo sólido
Resíduo sólido em
detenção
Projetos inadequados
Qualidade da água pluvial
• Carga equivalente ao
esgotamento
sanitário
• composição
orgânica: DBO, N, P
• composição com
metais: Chumbo,
Ferro, etc;
• grande carga no
início da precipitação
Valores de Cargas
Cargas
Parâmetros
pluvial/ sanitário

tempo tempo tempo


[ano] [dia] [hora]

Sólidos totais 0,50 0,50 50,00


DBO5 0,04 0,17 4,00
NTK 0,04 0,14 3,50
Pb 27,00 80,00 2000,00
Zn 1,00 4,00 100,00
Polutograma
• 90% da carga ocorre nos primeiros 25 mm de chuva.

Q
C
concentração

hidrograma

t
Ciclo de contaminação
• Retirada de água a
montante
• Despejo a jusante sem Abastecimento

tratamento dos efluentes;


• Transferência dos
impactos para jusante;
• Sempre haverá uma
cidade a montante e Efluente cloacal
outra a jusante com o
Mananciais
crescimento urbano Drenage Urbana

• Ciclo de impactos
generalizados
Comparação entre países desenvolvidos e em
desenvolvimento
Infra- Países desenvolvidos Brasil
estrutur
a urbana
Abasteciment Resolvido, cobertura Grande parte atendida,
o de água total tendência de redução da
disponibilidade devido a
contaminação, grande
quantidade de perdas na
rede
Saneamento Grande Cobertura na Falta de rede e estações de
coleta e tratamento tratamento; as que existem
dos efluentes não conseguem coletar
esgoto como projetado;
Drenagem Controlado os aspectos Grandes inundações devido a
Urbana quantitativos; ampliação de inundações;
Desenvolvimento de Controle que agrava as
investimentos para inundações através de
controle dos canalização;
aspectos de Aspectos de qualidade da água
Qualidade da água nem mesmo foram
Os problemas de gestão
Supply drive approach planejamento construção baseada em
p’ráticas de países desenvolvidos e não consideram os condicionantes
locais. Por exemplo, Accra, Ghana, depois de 20 anos apenas 130
connecções foram feitas ao sistema sanitário projetado para 2,000;

Falta de gerenciamento dificuldades de financiamento, pouco


contacto com os usuários, centralização;

Macro versus micro projetos: alto custo dos projetos que a


população mais pobre não pode pagar;

Funcionamento pobre: operação e manutenção dos sistemas não


apresentam o mcomportamento projetado.
Procedimentos gerenciais
• Grande número de alternativas tecnológicas;
• identificar o que os usuários desejam pagar;
• cobertura ótima com eficiência econômica;
• mecanismos inovadores de financiamento;
• melhoria dos aspectos institucionais;
• educação em todos os níveis
• aumento da participação pública
Doenças de veiculação hídrica
•Doenças com origem na água (water born):
dependem da água para transmissão, como a
cólera,
•doenças devido a lavagem da água: (water-
washed): depende das condições higiênicas
•relacionada com a água: (water related, water-
based) : aumento do nível de água gera condições
de criar mosquitos da malaria, dengue,
leptospirose
No Brasil 65% das iternações hospitalares tem
origem em doenças de veiculação hídrica.
Monitoramento
 As redes de observação são geralmente projetadas para
grandes bacias;
 os custos de operação de medições em áreas urbanas é muito
alto;
 o processo dinâmico das cidades exige constantes
atualizações das bacias;
 falta de fundos dos municípios;
 inexistência de medidas de qualidade da água de pluviais;
 o gerenciamento é realizado pelos municípios que não têm
pessoal nem dinheiro para esta finalidade;
 equipamentos especiais devido a variabilidade muito
grande;
 mudanças exigem constantes mudanças de locais.
2. Inundações ribeirinhas
• Quantificação das inundações
• mapeamento das inundações
• medidas estruturais
• medidas não-estruturais
• avaliação econômica
• exemplos
Quantificação das inundações
ribeirinhas
Predição: é uma previsão estatística da
ocorrência das vazões (antecedência sem
referência de tempo);
Previsão de curto prazo: previsão estocástica
e determinística da ocorrência das vazões
(horas ou poucos dias, até 14 dias);
Previsão de longo prazo: previsão estatística
com algum componente determinística,
previsão sazonal (alguns meses).
Leitos do rio

Nível com risco


entre 1,5 e 2 anos

Leito maior Leito maior

Leito menor
Predição
• Estimativa de níveis ou vazões?
• Com base na vazão: (a) curva de
probabilidade de vazões do local; (b)
regionalização hidrológica
• com base na precipitação: modelos
hidrológicos precipitação - vazão. Neste
caso o risco não é o mesmo.
Curva de probabilidade de
vazões máxima
• Séries:
 homogêneas,
 independentes e
 representativas
 Exemplos
• Distribuições estatísticas: Gumbel e Log
Pearson III
• Considerar marcas de enchentes
Regionalização hidrológica
• Utilizada para bacias médias e grandes ( >
2.000 km2)
• permite estimar a curva de probabilidade
em locais sem dados que sofrem
inundações;
• utilizado enquanto não existem dados.
Regionalização
3,00
• Curva 2,50

Qm adimensional
adimensional 2,00

de 1,50

probabilidade 1,00

0,50
• regressão da 0,00

vazão média -2 -1 0 1
y
2 3 4 5

com
características
físicas Qm= F (A, P, etc)
Previsão de Curto prazo
• Previsão á partir da precipitação: com base
na precipitação conhecida é determinada a
vazão por modelo empírico ou conceitual;
• Previsão á partir de nível ou vazão de
montante: com base no conhecimento do
nível ou vazão á montante e no próprio
local é realizada a previsão.
• Combinação dos anterior: utiliza as duas
informações
Medidas de Controle
• Medidas Estruturais: o homem modifica o
rio - reservatórios, diques, canais, etc

• Medidas não-estruturais: o homem


convive com o rio: zoneamento de áreas de
inundação, previsão de cheia em tempo
real, medidas de proteção individual
Medidas Estruturais
• Reservatórios
Operação do reservatório
Exemplo
Dique
Bacia contribuinte
Exemplo
Resultado
Zoneamento de Inundação
• Mapeamento:
mapa de alerta
mapa de planejamento
• construção do mapeamento
curva de probabilidade de vazões máximas
curva cota x vazão
determinação da linha d’água
Zoneamento
• zona de passagem da inundação: área da seção que
não pode ficar obstruída por ocupação urbana.
Definida pela seção que acrescenta 30 cm na linha de
água
• zona com restrições: região com maior frequência de
inundação que deve possuir várias restrições ao seu
uso (definido de arco com o local e tipo de inundação
• zona de baixo risco: anos excepcionais (idem
anterior)
Zona de passagem
• Área de que deve ficar desobstruída
• definida pela área que aumenta os níveis de
30 cm pela obstrução do restante da seção;
• uso agrícola;
• preservação ambiental e recreação
• retirada de impostos
• ocupação com uso público
Zona com restrições
• Habitações com mais de um piso e piso superior acima
da cota de 100 anos;
• uso agrícola
• parques;
• estacionamentos;
• armazenamento de produtos que podem ser facilmente
removíveis e não contaminam a água
• evitar obras públicas, hospitais, escolas, etc.
• utilizar medidas individuais de proteção
Zona de baixo risco
• Orientação da população
• medidas preventivas para os grandes e raros
eventos
• obras com dois pisos com o segundo piso
foram do risco de 100 anos ou maior
• evitar hospitais e escolas
• evitar depósitos de materiais que contaminam a
água
Implementação
• Legislação municipal
• código de obras para proteção individual
• essencial um sistema de alerta em conjunto
com o zoneamento
• redirecionamento do desenvolvimento urbano
das cidades
• relocamento da população das áreas de risco
Exemplos
• Estrela no RS
• Bacia do rio Uruguai: Marcelino Ramos,
Porto Lucena, São Borja, Itaqui e
Uruguaiana
• Vale do Itajaí: 9 cidades
• União da Vitória e Porto União no Iguaçu
Estrela RS
• Nas margens do rio Taquari, com bacia da ordem de 20 mil
km2
• Grande variação de nível devido a bacia que tem pouco
solo e características radiais;
• Registros de variação de até 18 m em 1 dia;
• Zoneamento estabeleceu que abaixo da cota 24 m deveria
ser impedido a ocupação
• O município estabeleceu um sistema de compensação para
as áreas de inundações: permite aumento de índice de
aproveitamento com a compra de área de inundação;
• Histórico de controle público.
União da Vitória e Porto União
•Cidades localizadas
100 km a montante
da Usina Foz de
Areia da COPEL;
•O remanso da
barragem pode atingir
as cidades para
determinados níveis
•Bacia até as cidades
cidades 25 mil km2
•Bacia em Foz de
Areia 30 mil km2
•Histórico das inundações,
incluindo as marcas. Year Damages
US$ millions
•1959 a 1982 ocorreram
-----------------------------------
apenas uma inundações
1982 10.4
com risco superior a 5 anos
1983 78.1
de tempo de retorno.
1992 54.6
•Após a cheia de 83 foi dito 1993 25.9
a população que o risco da -----------------------------------
cheia era de 1000 anos total 159.0
•No entanto em 1982
ocorreu outra cheia
Normal
União da
Vitória e
Porto
União
Rio
Iguaçu

Inundação
1983
Gestão do conflito
• Avaliação das inundações de 1983 mostrou que houve
problemas de operação, mas que afetaram principalmente o
início da enchente;
• A cota da Usina ficou acima da cota máxima por algumas
horas em 1983.
• Em 1992 o efeito da barragem foi mínimo
• Dificuldade no entendimento da população;
• O acordo envolveu um parque na área desapropriada e o
apoio com previsão em tempo real para a defesa civil.
• Chegou a ser proposto um dique de proteção contra
inundações. A comunidade se posicionou contra.
Simulações
operação
Paraguay River: Pantanal
7

6
Annuall Flood levels, m

0
1900 1920 1940 1960 1980 2000
Years
Bacia do Itajaí-Açu
• Maior série de 18
inundações do Brasil 16
14

1852 a 2004

flood level, m
12
10
8
• Cheia de 1983, 6
4 flood levels
prejuízos 8% do PIB 2 lower flood level

0
de Santa Catarina 1850 1900 1950 2000
year
• 70 anos de cheias
pequenas
• Example: Itajaí River with three
dams. Total basin ~12,000 km2

West
Dam
Hercílio

Rio do Sul

Itajaí
South
Dam Blumenau
Efeito da variabilidade climática
Caso dos diques de Porto Alegre
•Dique construído em
1970;
•Sem inundações
desde 1967
•Pressão de parte da
população para
retirada do dique
•Aprovado pela
Camara Municipal
•Não foi executado
pela prefeitura
Avaliação econômica
• Varia com o tipo de inundação
• método tradicional baseado na relação
benefício/custo
• método baseado na valorização da
propriedade
• vontade de pagar
0,6

0,5
probabilidade (0-1)

0,4

0,3

0,2

0,1

0
0 10,4 25,9 54,6 78,1
Prejuízos prováveis, US $ milhões
Item 1982 1993 1992 1983
nível 746,06 746,86 748,51 750,03
número de casas ou prédios afetados 1000 2502 5266 7537
Danos estimados (valores em 1.000)
apoio de emergência 350 875,7 1.843,1 2.638
reparos de estradas e pontes 350 875,7 1.843,1 2.638
danos no sistema de abastecimento 60 150,12 315,96 452,22
danos no sistema de distribuição de 80.000 200.160 421.280 602.960
energia
perdas residenciais 2.500 6.225 13.165 18.842
perdas do setor comercial 1.100 2.752,2 5.792,6 8.290,7
perdas do setor industrial 1.200 3.002,4 6.319,2 9.044,4
perdas da agricultura 350 875,7 1.843.1 2.638
outras perdas diretas 70 175,1 368,62 527,59
subtotal 6.910 17.289 36.388 52.081
perdas indiretas (50%) 3.455 8.644 18.194 26.040
perdas total U$S 10.365 25.933 54.582 78.121
Inundações devido ao
Desenvolvimento urbano
• Impactos do desenvolvimento urbano no
ciclo hidrológico
• medidas de controle atuais
• princípios das medidas de controle
modernas
• controle a nível da fonte
• controle a nível da macrodrenagem
Impactos

• Bacias de pequeno área, onde se concentra a área


impermeabilizada
• aumento do pico e antecipação da ocorrência
• aumento do volume do escoamento superficial
• diminuição da evaporação e da recarga
subterrânea;
• aumento da poluição pluvial
• aumento da produção de sedimentos
Desenvolvimento urbano e aumento
da inundação
Alteração no tempo de concentração
e no pico
Mean Annual Flood flow in Metropolitan Area of
Curitiba
Bacia do rio Belem (42 km2)
1000
em Curitiba (região Central),
aumento de 6 vezes na vazão

mean annual food, m3/s


100
média de cheia com relação as
condições de pré- 10
desenvolvimento. O triângulo,
na figura ao lado, foge da 1

tendência das outras bacias 1 10 100


Drainage area, km2
1000 10000

rurais devido a urbanização.


Os outros dois pontos fora da
curva são de bacias em fase de
urbanização ( Atuba e Palmital
com cerca de 100 km2)
Sedimentação devido a contribuição lateral:
Dilúvio
Poluição: Dilúvio
A atual política de Controle
“a melhor drenagem é a que escoa o mais rapidamente
possível a precipitação “

conseqüência direta = inundações

A política se baseia na canalização do escoamento, apenas


transferindo para jusante as inundações. A população perde
duas vezes: custo mais alto e maiores inundações.

 Canais e condutos podem produzir custos 10 vezes


maiores que o controle na fonte;
 a canalização aumenta os picos para jusante
Desenvolvimento urbano e aumento
da inundação
Na drenagem

•Primeiro estágio: alguns locais


com inundação; 1. D 2.
•Segundo estágio: Canalizaçõesstage 1 C C s
setorizadas sem visão de impacto
A
na bacia; A

•Terceiro estágio: volta a inundar B

no local canalizado devido as


sucessivas canalizações e
urbanizações;
Q(t)
3
stage 3
D
2
•A população perde duas vezes: C

custo mais alto e maiores


inundações. A 1
B t

3. Hidrograma em A
Impactos
combinados de
áreas ribeirinhas e
drenagem
•Primeiro estágio: áreas de
inundação com ocupação
limítrofe’.
• Segundo estágio: o rio é
canalizado e a população
ocupa a várzea de inundação. A
cidade se expande para
montante, aumenta a vazão e
não há mais espaço para
controle. VEJA SÃO PAULO
– RIO TIETÊ
ARRUDAS EM BELO HORIZONTE
início da inundação
ARRUDAS BELO HORIZONTE
fase de recessão
MODELO REDUZIDO DA BACIA RURAL
MODELO REDUZIDO DA BACIA URBANA
SEM CONTROLE
BACIA URBANA COM CONTROLE
Princípios modernos do controle
da drenagem
• Novos desenvolvimento não podem
aumentar a vazão de pico das condições
naturais (ou prévias) novos loteamentos;
• planejar o conjunto da bacia para controle
do volume;
• evitar a transferência dos impactos para
jusante.
Controle da drenagem
urbana
• Na fonte: = OSD (on site detention); planos
de infiltração e trincheiras, pavimentos
permeáveis e detenção
• na micro e macrodrenagem: detention ou
retention no sistema de drenagem;
• aumento da capacidade de drenagem
minimizando os impactos de jusante.
Controle na Fonte
• Pavimento permeável
• Trincheiras e planos
de infiltração
• detenção
• sem ligação direta com
o pluvial
Planos de Infiltração

•Uso de espaço de disponível


para transferir a água de áreas
impermeáveis para permeáveis;
•Depende da capacidade de
infiltração;
•Quando a capacidade é
pequena a superfície pode ser
utilizada para detenção;
•Uso combinado com filtros de
pedras e seixos para reduzir
velocidade ;
•Caso tenha dreno colocar na
grama e não no pavimento
Imagens

Reservatório
de grama

drenagem

Reservatório de pedras
Drenagem para grama e
reservatório de pedras
Passeio com infiltração
A água escoa sempre para a área de infiltração
Reservatórios de pedras: proteção
a erosão e armazenamento
Trincheiras e valas de
infiltração
• Com drenagem e
sem drenagem
• Lençol freático baixo
• Duas funções:
armazenar e infiltrar;
• Manutenção e vida
útil
• A vala deve ter
proteção para evitar
erosão quando a
velocidade é alta
Condicionantes
•Limitações com relação
ao lençol freático;
•Capacidade de
infiltração
•manutenção
Experimentos no IPH
Vala de infiltração e ruas
sem sarjetas
As pedras permitem reduzir a Não gera escoamento, pois o
velocidade e infiltrar volume infiltra nas áreas
laterais
Dispositivos diversos

Dreno permeável
Dispositivos permeáveis e trincheira
Pavimentos permeáveis
Detalhes do pavimento
Pavimento permeável
surfacing material

voids

bedding sand
geotextile
permeable
sub-base
sub-grade
Experimento com pavimentos

Solo Compactado Paralelepípedos Blocos de Concreto

Concreto Blocos Vazados Concreto Poroso


Resultados
Concreto e asfalto
coeficiente de escoamento 120

da ordem de 95%

Esc. Sup. (mm/h)


100

Paralelepípedos e blocos 80

da ordem de 40 a 65% 60

Pavimentos permeáveis <


40
5%
20
Custos da ordem de 20%
maiores dependendo da
0
- 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

escala; -20
Tempo (min.)

Redução dos custos de Solo Compac. Blockets Paralelepípedos Concreto Bloc. Vazados Conc. Poroso

canalização
Valores e custo
Variáveis Solo Com- Concreto Bloco de Paralelepí- Bloco
pactado Concreto pedo Vazados
I (mm/h) 112 110 116 110 110

P (mm) 18,66 18,33 19,33 18,33 18,33

Q (mm) 12,32 17,45 15,00 10,99 0,5

C 0,66 0,95 0,78 0,60 0,03

Tipo de pavimento Custo unitário


2
(m )
Blocos de concreto 10,10
Paralelepípedo 16,74
Concreto impermeável 13,14
Blocos vazados 18,22
Concreto poroso 19,06
Blocos vazados
Limpeza do pavimento

•Utilizado para
desentupir
pavimentos
permeáveis de
ruas
•Exemplo de
cidade francesa
que adotou
pavimento
permeável nas
ruas;
•Em ruas o
pavimento
Detenção de lote
Controle do hidrograma

Antes do desenvolvim ento


180
160 Depois da urbanização
140 Depois da urbanização com
120 controle da vazão de pico
100
Vazão

80
60
40
20
0
11 12 13 14 15
Tem po [h]
Exemplos
Restrições e estimativa de
volume
•Para Porto Alegre, com base na chuva da cidade, risco de
10 anos e com o objetivo de manter a vazão de pré –
desenvolvimento de 20,8 l/(s.hectare) foi estabelecida a
equação:
•V = 4,25 A. AI
•Volume em m3, área em hectare, AI em %
•Para 1000 m2, e área impermeável de 60% o volume
necessário é 25 m3. Para um profundidade de 1m, utiliza-
se 25 m2 da superfície (2,5%) da área.
•A área necessária varia de 1 a 3%, geralmente maior para
áreas menores e menor para áreas menores.
Resumo das medidas na
fonte
Tipo Característi Variantes Função Efeito
ca
Pavimen Pavimento Concreto ou Armazenamen Redução do
permeável com asfalto poroso, to temporário escoamento
to base porosa e blocos vazados no solo e superficial,
permeáv reservatório infiltração amortecimento,
el melhoria da
qualidade

Trinchei Reservatório Com ou sem Armazenamen Redução de escoa-


linear escavado drenagem e to no solo e mento superficial,
ra de no solo, infiltração no infiltra-ção, amortecimento e
infiltraçã preenchido com solo. drenagem melhoria de
o material poroso eventual. qualidade

Vala de Depressões Gramadas e Redução da Retardo do


lineares em proteção a velocidade e escoamento
infiltraçã terreno erosão, com infiltração superficial, infiltração
o permeável pedras ou seixos e melhoria da
qualidade da água

Planos Faixas de Com ou sem Infiltração e Infiltração, melhoria


terrenos com drenagem, armazenamen da qualidade da água
de grama ou casca- gramadas ou com to temporário e eventual
infiltraçã lho com seixos,etc amortecimento
o capacidade de
Detenção e retenção
• detenção são reservatórios mantidos secos na maior parte do
tempo e são utilizados para controle de pico, ou seja controle
quantitativo;
•retenção são reservatórios mantidos com lâminas de água
que têm a função de reduzir o pico e melhoria da qualidade da
água. Por exemplo, banhados ou reservatórios urbanos.
•As retenções necessitam de maior volume e mais espaço;
•As detenções fechadas podem custar até 7 vezes as abertas
(sem considerar desapropriação).
•A primeira parte da precipitação efetiva (~25 mm) possui
90% da carga poluente.
Detenção

Retenção
Lay-out do sistema
Dispositivos de saída
Banhado: retenção
construída
Recupera a qualidade da água pluvial e
reduz o pico
Detenção off-line
Detenção subterrânea
• Uso da superfície;
• Pressão da comunidade
local;
• Topografia que não
permite saída por
gravidade;
• Drenagem em cota
inferior aos terrenos;
• Custo da ordem de 7
vezes a detenção aberta;
• Maior custo de operação
Exemplos
São Paulo
Curitiba
Exemplos
Porto Alegre
São Paulo

entra
da

Grades para reter resíduo


sólido
Exemplos

Retenção com
São Paulo: uso com aeradores
parque
Exemplo

Estacionamento do Wallmart de
Curitiba
Exemplos na França
Exemplos
Natal
Controle da qualidade da água
Integração no espaço urbano
Sistemas Mistos
• Cenário 1: existe
somente rede
Retorna quando a
mista, sem capacidade Q
tratamento: não é permite a entrada
possível controlar Capacida
a qualidade da de Q
detenç
água e a detenção ão
deve ser off-line
por questões
ambientais no Desvia quando a
capacidade Q é
local da detenção. superada
Sistemas Mistos
• Cenário 2: Existe rede de drenagem com esgoto e
o sistema é levado a uma estação de tratamento:
este é cenário utilizado em cidades antigas da
Europa.
• a detenção continua sendo off-line;
• Alternativas: (a) sistema coleta: Q1(esgoto
sanitário) + Q(25 mm do escoamento pluvial) =
exige grande capacidade de tratamento; (b)
sistema coleta Q1 e utiliza-se retenção
• Vantagens: evita construir outra rede;
• Desvantagens: proliferação de doenças em
inundações superiores a de projeto; no período
seco odor na cidade, desvalorizando imóveis.
Sistema separador
• Rede de coleta de esgoto
independente com tratamento
de esgoto;
• Rede pluvial com sistemas on-
Região de
line e controle do resíduo sólido amortecime
e manejo da carga poluente nto
pluvial
• Vantagens: manejo adequado
das detenções e retenções
urbanas com maior tempo de
residência, permite o controle
da qualidade da água; evita-se
águas contaminadas nas
enchentes superiores a de Área de
projeto; evita-se o odor no
período seco; evita-se o colapso retenção de
de sistemas de drenagem por material
corrosão.
• Desvantagens: no cenário de
sólido
transição o custo inicial da
implantação da rede de esgoto
separadora.
Cenários de transição
ETE
• Os custos para sair de um
sistema misto para
separador podem ser
altos;
• Para escalonar no tempo
é possível iniciar pela
macro-drenagem;
• Depois o projeto pode ser Sistema de
densenvolvido pelos macro-
sistemas secundários; drenagem
• Neste cenário continuam com
as inundações nos controle
secundários.
• Quando a cidade estiver
coberta pelo separador é
possível eliminar as O excedente
conexões.
é transferido
Sistema de coleta de esgoto para a macro-
cloacal drenagem
Planejamento da macrodrenagem
•geralmente as áreas junto aos rios
possuem espaço para parques;
•Planeje os parques, utilizando um
parcela do mesmo para retenção ou
detenção (~2 – 3 da área;
•É possível obter as áreas no
desmembramento dos loteamento
dentro das áreas públicas;
•É possível também legislar para
que o desenvolvimento do parque
seja do empreendedor
4. Gestão das águas urbanas
• Necessidade de
gestão integrada
• Visão interdisciplinar
• Os principais
componentes da água
no meio urbano;
• A gerenciamento
integrado das águas
urbanas envolve o
estabelecimento de
interfaces de
planejamento e
gestão
Visões
Integrado
Visão atual

Esgotamento Esgotamento Drenagem


Drenagem
sanitário urbana Sanitário Urbana

Resíduo Resíduo Sólido


sólido
Interface entre os Planos
• A interface entre os
diferentes componentes
externos ao Plano de
Águas Pluviais é essencial;
• O ideal é um Plano único
com cada um dos
componentes
• Para cidades maiores
provavelmente são
necessários planos
independentes, mas com o
componente de interface;
• Nas cidades menores
poderá ser elaborado um
único plano
Plano Águas Pluviais
Integrado
•O atual sistema de desenvolvimento é insustentável:
prejuízos e investimentos inadequados;
•A dificuldade de implementação de mudanças: resistência
ao zoneamento, é politicamente difícil porque a população
está sempre esperando por uma obra; Na drenagem os
impactos são transferidos e a dificuldade e a forma de
cobrança dos investimentos e serviços.
•A necessidade de uma visão de Plano integrado para as
cidades: Esgotamento sanitário, resíduo sólido e de águas
pluviais
•A visão interdisciplinar profissional
Cadastro da rede Pluvial Cadastro da rede Pluvial Caracterização física
das bacias:
Natural
Antrópica

Dados básicos para o Plano

Plano de
Desenvolvimento Urbano

PLANO
Plano de Esgotamento DIRETOR DE
Sanitário
DRENAGEM
URBANA

Plano de Controle de
Resíduos Sólidos

Plano de Viário Legislação Administração

Aspectos Institucionais
Planos setoriais
O Plano de Águas Pluviais
Elementos do Plano
• Objetivos
• Princípios
• Estrutura
• Estratégias
• Viabilidade financeira
Objetivos
 planejar a distribuição da água no tempo e no
espaço, com base na tendência de ocupação
urbana compatibilizando esse desenvolvimento
e a infra-estrutura para evitar prejuízos
econômicos e ambientais;
 controlar a ocupação de áreas de risco de
inundação através de restrições na áreas de alto
risco e;
 convivência com as enchentes nas áreas de baixo
risco.
Princípios
•Plano de Drenagem Urbana faz parte do Plano de
Desenvolvimento Urbano e Ambiental da cidade
•cada usuário urbano não deve ampliar a cheia natural.
•Plano deve prever a minimização do impacto ambiental
devido ao escoamento pluvial
•Plano Diretor de Drenagem urbana, na sua regulamentação,
deve contemplar o planejamento das áreas a serem
desenvolvidas e a densificação das áreas atualmente loteadas.
•O controle deve ser realizado considerando a bacia como um
todo e não trechos isolados
•Valorização dos mecanismos naturais de escoamento na bacia
hidrográfica, preservando, quando possível os canais naturais.
• Integrar o planejamento setorial de drenagem urbana,
esgotamento sanitário e resíduo sólido
• Os meios de implantação do controle de enchentes são o Plano
Diretor Urbano, as Legislações Municipal/Estadual e o Manual
de Drenagem
• o controle de enchentes é um processo permanente;
• decisões públicas devem ser tomadas conscientemente por
todos;
• O custo da implantação das medidas estruturais e da operação e
manutenção da drenagem urbana deve ser transferido aos
proprietários dos lotes, proporcionalmente a sua área
impermeável
Estratégias
• Quanto ao Desenvolvimento do Plano

Para as áreas não-ocupadas: desenvolvimento de medidas não-


estruturais relacionadas com a regulamentação da drenagem
urbana e ocupação dos espaços de riscos, visando conter os
impactos de futuros desenvolvimentos.

Para as áreas que estão ocupadas o Plano desenvolveu estudos


específicos por macro-bacias urbanas visando planejar as
medidas necessárias para o controle dos impactos dentro destas
bacias, sem que as mesmas transfiram para jusante os impactos
já existentes
Quanto aos cenários
– O planejamento para o cenário atual com as medidas não-
estruturais pressupõe que as mesmas passam a funcionar na
data em que foram realizados os levantamentos da bacia. O
que não é verdade, já que haverá um tempo entre a
finalização destes estudos e a aprovação da regulamentação;

– O cenário escolhido é o patamar superior de intervenções,


pois pressupõe as medidas de regulamentação poderão
demorar a serem adotadas; (3) quando a regulamentação
proposta for aprovada a dimensões das alternativas serão
revistas em nível de projeto; (4) a folga potencial neste caso,
pode ser utilizada para o controle ambiental.
Quanto aos riscos
O risco de 10 anos de tempo de retorno foi escolhido para
dimensionamento da macrodrenagem com base numa avaliação
qualitativa dos impactos econômico das medidas de controle.
Geralmente, os maiores custos dos prejuízos das inundações
encontram-se nas inundações com alto risco (baixo tempo de
retorno), devido a sua grande freqüência de ocorrência. Desta
forma o benefício de uso de medidas de controle para riscos
baixos (alto tempo de retorno) podem representar grandes
custos e não apresentam um benefício médio alto.
Quanto ao controle
ambiental
• Para as áreas onde não existe rede de esgoto cloacal ou existe
grande quantidade de ligações de efluentes cloacais na rede
pluvial, as medidas de controle priorizaram o controle
quantitativo.
• Quando a rede cloacal estiver implementada, o Plano no seu
segundo estágio, pode ser implementado, modificando-se o
sistema de escoamento junto as detenções para que as mesmas
possam também contribuir para o controle da qualidade da água
do pluvial.
• Para o controle da contaminação dos aqüíferos e o controle de
material sólido deverão ser criados programas de médio prazo
visando a redução desta contaminação através de medidas
distribuídas pela cidade
Viabilidade Econômica

Os custos relacionados com a drenagem urbana e controle de


inundações das áreas urbanas abrangem:

Custos de implementação das obras de macrodrenagem e


outras medidas estruturais para controle dos impactos
existentes na cidade. Estes custos estão distribuídos pelas
bacias hidrográficas, através do Plano de cada bacia. Além
disso, este custo ocorre quando da sua implementação;
Custos de operação do sistema de drenagem existente da
rede de pluvial, que envolve a limpeza, manutenção dos
condutos e solução de problemas localizados. Este custo deve
distribuído pelos usuários da rede de drenagem.
O princípio básico do financiamento das ações da
drenagem urbana são o de distribuir os custos de acordo
com as áreas impermeáveis não controladas da
propriedade. Na drenagem urbana, quem aumenta o
volume de escoamento superficial é responsável pelas
inundações e deveria pagar pelo acréscimo do impacto. O
fator fundamental do aumento do volume é a área
impermeável. A distribuição dos custos da implantação
da drenagem propostos neste Plano é baseada no
seguinte:

Obras de controle: Para as obras de controle planejadas


em cada bacia, os custos de sua implantação devem ser
distribuídos dentro de cada bacia de acordo com a área
impermeável de cada propriedade, a partir de uma taxa
total cobrada pelo período estimado de implantação da
mesma ou através de financiamento. Desta forma, a
população das bacias onde a impermeabilização é maior
e, portanto, com condições mais críticas de drenagem
deverão pagar quantias maiores.
Operação e manutenção: O custo referente à operação e manutenção
da rede de drenagem urbana pode ser cobrado: (a) como parte do
orçamento geral do município, sem uma cobrança específica dos
usuários; (b) através de uma taxa fixa para cada propriedade, sem
distinção de área impermeável; (c) com base na área impermeável de
cada propriedade. Esta última alternativa é a mais justa sobre vários
aspectos, pois quem utiliza mais o sistema deve pagar
proporcionalmente ao volume que gera de escoamento.

A principal dificuldade no processo de cobrança está na estimativa


real da área impermeável de cada propriedade. Neste sentido, pode
ser utilizado o seguinte procedimento:

.Utilizar a área construída de cada propriedade projetada para o


plano da área do terreno como a área impermeável. Este valor não é o
real , pois o espaço impermeabilizado tende a ser maior em função dos
pavimentos.
.Estabelecer um programa de avaliação da área impermeável
com base em imagem de satélite e verificação por amostragem
através de visita local.

rateio dos custos deve considerar:

.Para cada bacia e para a cidade, a estimativa da área total


impermeabilizada e o custo total da intervenção ou da operação
e manutenção;
.O cálculo do custo de operação e manutenção calculado com
base no custo de operação total da cidade, pois as diferenças
geográficas não são significativas e a separação de custo
operacional por bacia é mais complexo. No anexo A é
apresentada a metodologia de rateio de custo para as áreas não-
controladas baseado no volume de escoamento gerado em cada
superfície.
Dificuldades de cobrança
Cobrança da manutenção:
• Dificuldade de implementar mais uma taxa para serviço
• Santo André é a única cidade brasileira que cobra;
Cobrança das obras:
• Resultados problemáticos no passado com BNH devido o
endividamento dos municípios e a falta de cobrança das
benfeitorias;
• Financiamento das obras e seu custo. Por exemplo em
Porto Alegre o custo médio ficou em R$ 174/habitante.
Aspectos Institucionais

• Legislação
• Gestão da drenagem Urbana
• Capacitação e qualificação técnica
Integração a gestão
ambiental e da bacia
●A gestão da água através da bacia
hidrográfica é realizada a nível federal ou
Estadual;
●A legislação ambiental estabelece a área
de influência como a base da jurisdição;
●A legislação de recursos hídricos prevê a
outorga dos efluentes de áreas urbanas,
quando produzem alteração de quantidade
e qualidade;
●Controle do impacto das ações na cidade
na saída de seus efluentes ou escoamento
Uso do Solo Legislação
Estadual e
Federal
Uso do Solo
Legislação
Municipal

Plano Diretor Meio Ambiente


Urbano
Meio
Ambiente
Recursos
Hídricos

Drenagem
Urbana

Gestão
Gestão
Estadual e
Municipal
Federal

Macrodrenagem Rios externos


Urbana a cidade: Rio
das Velhas
Experiências
• USA : Best Managment Practices: BMPs foi
desenvolvido em duas etapas: Fase I para cidades acima
de 100 mil habitantes;
• Controle através da EPA Environmental Protection
Agency;
• A cidade deve desenvolver a BMP, uma espécie de Plano
de Drenagem Urbana que geralmente não contempla
Inundações ribeirinhas, mas foca a qualidade da água
pluvial e a transferência para jusante da cidade.
• O processo envolve o desenvolvimento do plano e as
obras dentro de um conjunto de etapas.
• França: o desenvolvimento é realizado principalmente
através do comitê de bacia num processo de negociação.
Potenciais Mecanismos Externos
a cidade
• Os Estados e o Governo Federal podem introduzir dentro
da legislação a outorga para alterações de da quantidade e
qualidade de água proveniente de áreas urbanas;
• dar a outorga provisória e exigir que os municípios
desenvolvam um Plano Integrado de Drenagem Urbana,
Sanitário e de Resíduos Sólidos;
• prazo para municípios acima (por ex. de 200.000
habitantes (por ex. 2 anos para Iniciar o Plano) e outro
prazo para municípios menores;
Mecanismo interno a cidade
• Legislação: Plano Diretor da cidade onde se
incorpora a ocupação de área de risco e a de
controle da drenagem urbana. Exemplo: Lei
municipal e de do Plano Diretor : Exemplo
de Porto Alegre
• Gestão unificada a nível municipal
apresenta melhor resultado.
Proposta de regulamentação
DECRETO N º , DE DE DE 20
Regulamenta o controle da drenagem urbana
O Prefeito Municipal de Porto Alegre, usando de suas atribuições
legais e tendo em vista os Art. 97 e Art. 135 § 6o da Lei
Complementar 434/99 e considerando que:
•compete ao poder público prevenir o aumento das inundações
devido à impermeabilização do solo e canalização dos arroios
naturais;
•o impacto resultante da impermeabilização produz aumento de
freqüência de inundações, piora da qualidade da água e aumento
do transporte de material sólido, degradando o ambiente urbano;
•deve ser responsabilidade de cada empreendedor a manutenção
das condições prévias de inundação nos arroios da cidade,
evitando-se a transferência para o restante da população do ônus da
compatibilização da drenagem urbana;
•a preservação da capacidade de infiltração das bacias urbanas é
prioridade para a conservação ambiental dos arroios e rios que
compõem a macrodrenagem e dos rios receptores do
escoamento da cidade de Porto Alegre.

Declara que:
Art. 1o Toda ocupação que resulte em superfície impermeável,
deverá possuir uma vazão máxima específica de saída para a
rede pública de pluviais menor ou igual a 20,8 l/(s.ha).
§ 1o A vazão máxima de saída é calculada multiplicando-se a
vazão específica pela área total do terreno.
§ 2o Serão consideradas áreas impermeáveis todas as
superfícies que não permitam a infiltração da água para o
subsolo.
§ 3o A água precipitada sobre o terreno não pode ser drenada
diretamente para ruas, sarjetas e/ou redes de drenagem
excetuando-se o previsto no § 4o deste artigo.
§ 4o As áreas de recuo mantidas como áreas verdes poderão ser
drenadas diretamente para o sistema de drenagem.
§ 5o Para terrenos com área inferior a 600 m2 e para habitações
unifamiliares, a limitação de vazão referida no caput deste artigo
poderá ser desconsiderada, a critério do Departamento de Esgoto
Pluviais.
Art. 2o Todo parcelamento do solo deverá prever na sua
implantação o limite de vazão máxima específica disposto no
Art. 1o .
Art. 3o A comprovação da manutenção das condições de pré-
ocupação no lote ou no parcelamento do solo deve ser
apresentada ao DEP (Departamento de Esgoto Pluviais).
§ 1o Para terrenos com área inferior a 100 (cem) hectares quando
o controle adotado pelo empreendedor for o reservatório, o
volume necessário do reservatório deve ser determinado através
da equação:
v = 4,25 AI
onde v é o volume por unidade de área de terreno em m3/hectare
e AI é a área impermeável do terreno em %.
§ 2o O volume de reservação necessário para áreas superiores a
100 (cem) hectares deve ser determinado através de estudo
hidrológico específico, com precipitação de projeto com
probabilidade de ocorrência de 10% em qualquer ano (Tempo de
retorno = 10(dez) anos).
§ 3o Poderá ser reduzida a quantidade de área a ser computada
no cálculo referido no §1o se for (em) aplicada(s) a(s)
seguinte(s) ação (ões):
•Aplicação de pavimentos permeáveis (blocos vazados com
preenchimento de areia ou grama, asfalto poroso, concreto poroso)
– reduzir em 50% a área que utiliza estes pavimentos;
•Desconexão das calhas de telhado para superfícies permeáveis com
drenagem – reduzir em 40% a área de telhado drenada;
•Desconexão das calhas de telhado para superfícies permeáveis sem
drenagem – reduzir em 80% a área de telhado drenada;
•Aplicação de trincheiras de infiltração – reduzir em 80% as áreas
drenadas para as trincheiras.

§ 4o A aplicação das estruturas listadas no § 3o estará sujeita a


autorização do DEP, após a devida avaliação das condições
mínimas de infiltração do solo no local de implantação do
empreendimento, a serem declaradas e comprovadas pelo
interessado.
§ 5o As regras de dimensionamento e construção para as estruturas
listadas no § 3o bem como para os reservatórios deverão ser obtidas
no Manual de Drenagem Urbana do Plano Diretor de Drenagem
Urbana de Porto Alegre.
Art. 4o Após a aprovação do projeto de drenagem pluvial da
edificação ou do parcelamento por parte do DEP, é vedada
qualquer impermeabilização adicional de superfície.
Parágrafo Único: A impermeabilização poderá ser realizada se
houver retenção do volume adicional gerado de acordo com a
equação do Art. 3o §1o.
Art. 5o Os casos omissos no presente decreto deverão ser objeto de
análise técnica do Departamento de Esgotos Pluviais.
Art.6º Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação,
revogadas as disposições em contrário.
Região Metropolitana de
Curitiba
• Programa PROSAM financiado pelo Banco
Mundial
• Problemas: Inundações ribeirinhas e drenagem
urbana
• Gestão iniciada em 1994 e desenvolvida em três
etapas:
(a) ações emergenciais;
(b) Plano do rio Iguaçu (inundações ribeirinhas);
(c) Plano Diretor da Região Metropolitana.
• Concepção baseada no amortecimento e reserva
de áreas de inundação.
Região Metropolitana de
Curitiba
Áreas ribeirinhas
• Estudo de alternativas
(a) o zoneamento das
áreas de mananciais e de
inundação existente não
tinha capacidade de
segurar a pressão urbana
devido a invasões e
loteamentos irregulares e
clandestinos;
(b) alternativa estrutural
para desenvolvimento de
área de amortecimento
em combinação com
dique.
Estudo de alternativas
reservatório construído
área urbana

reservatório projetado
Atuba Palmital

posto fluv.

Belem

Passauna

Barigui Iraí

Verde J.Belem
Pinhai Piraquara
s

BR-277

Av. Contorno

Itaqui
Rio Iguaçu
Araucária
Pequeno
Balsa Nova
Guajuvira
Miiringuava

Cotia
Vista da área
Visão do sistema

9k m
o :
ic ad
R etif
re c ho
T

0k m
r : 2
v a so
x t ra
al E
Ca n

SU
Vista da área do futuro parque
Planejamento
Áreas Existentes
Dique de S.J. Pinhais
Plano Diretor da Região
Metropolitana
• Desenvolvida para cada sub-bacia
• Considerando as inundações
ribeirinhas e o controle com detenções;
• Reserva de áreas para parques e
detenção;
• Necessidade de maior detalhamento
• Inundação para o municípios
• Gestão estadual
Porto Alegre: Plano Diretor de
Drenagem

• Revisão do controle das áreas


ribeirinhas: sistema de diques
estações de bomba;
• Fundamentos e Medidas Não-
estruturais
• Plano de três sub-bacias
• Manual de Drenagem urbana;
• Segunda Fase = + três sub-bacias
Sistema de
Proteção
Contra
Inundações
Desafios
• Projetar sem dados
• A necessidade de estimar cenários
futuros
• As incertezas que se reproduzem em
custos (prejuízos ou super-
dimensionamento): parâmetros,
precipitação e modelos
ETAPAS E SIMULAÇÕES
Simulação da
Características da Riscos de projeto capacidade atual
ocupação urbana da drenagem
atual e futura para o risco de
projeto
Características Cenário de
físicas: geologia, desenvolvimento
tipo de solo, urbano Definições das
vegetação e clima. alternativas
estruturais do
Hidrologia: Ajuste e/ou Controle dos Seleção da
precipitação e vazão estimativa dos impactos alternativa
das bacias parâmetros dos
Definição de sub- modelos
Topografia, cadastro bacias de Verificação
da rede de pluvial, planejamento Simulação das
macrodrenagem alternativas
natural e construída Discretização de
cada sub-bacia e Avaliação do
do sistema de impacto para
Escolha de condições
drenagem
Rede de esgoto modelo Avaliação acima do
cloacal, sistema de hidrológico econômica das projeto
limpeza urbana alternativas

CARACTERIZAÇÃO DOS
SISTEMAS E DEFINIÇÕES SIMULAÇÃO E ESCOLHA DAS
DADOS DE ENTRADA ALTERNATIVAS
Modelos de apoio a decisão
Modelos Resultados

Cadastro da Modelo Regime Capacidade da rede de


rede permanente drenagem

Precipitação, Modelo
características das Locais de inundação
hidrológico e de
bacias, risco na rede de drenagem
canais

Locais para Modelo de Solução econômica


amortecimento otimização ótima

Dados de entrada
Modelo hidrológico Verificação da solução
e hidrodinâmico ótima e para cenários
superior ao de projeto
Modelo de otimização
• Um sistema na forma de árvore.
• Para cada mó a vazão será
Qe   Qi
• Em cada nós onde poderá existir
detenção, a vazão amortecida é
• Qa = F(Vi)
• Esta função é obtida pelo modelo
hidrológico para cada risco e cenário.
• Haverá também uma vazão de
ampliação a jusante da detenção Ql. A
vazão a jusante será Vi
• Qe = Qc + Ql +Qa
Qe
Variável de otimização
• Para o sistema a variável de otimização é
o volume de detenção ou a vazão do
dispositivo de saída. Resultam, então na
otimização a otimização com n locais de
detenção como n variáveis de
otimização.
n k
• MinF =  g(Qli )   h( V j )
i1 j1
Técnica de otimização
• Método do Ponto de partida

algoritmo Modelo hidrológico


genético
Função Objetiva
• SCE-UA (Duan
et.al, 1992). Otimização

Solução econômica
Funções de custo condutos
• Areia Basin in Porto
Alegre

Bacia do Moinho

Bacia do arroio da
Areia
Bacia do arroio do
Moinho
T13
Bacia do MOINHO
T12
B12 B11
B13
T09 T11

T08 B10
B8 T10
T07 B7 T04
T06
B9
T05 B6
T03 B4
B5

B3
T02

B2 T01

B1
Relação Qnecessária/Qexistente :
até 5

acima de 5

acima de 10
06

04
Detenções projetadas
05

03
02

01
Otimização
• O mínimo global foi atingido após cerca de 21.700
avaliações da função objetivo (simulações do
IPHS1). Este trabalho consumiu cerca de 2 horas e
27 minutos de processamento em uma máquina
Pentium IV 1.7 GHz e 256 Mb de memória RAM.
• A solução final propõe portanto a alocação de
18.867 m3 distribuídos em quatro pontos da bacia
do Moinho e a ampliação do sistema de condução
em alguns trechos, a um custo final de R$
5.608.247,00.
Curva de custos e de volume
Resumo
• custo unitário das obras de ampliação (sem
detenções): R$ 16.865,15 / ha
• custo individual das obras de ampliação (sem
detenções): R$ 143,53 / habitante
• volume específico do controle: 41,0 m3 / ha
• custo unitário do controle: R$ 12.191,84 / ha
• custo individual do controle: R$ 103,76 / habitante
Hidrogramas
Bacia do Areia
• Região nobre da cidade
• Escoamento com saída
sob-pressão
• Trecho inferior somente
por bombeamento
• Sub-bacia analisada
corresponde a saída por
gravidade e sob-pressão.
T36 T55

T54
T35
T32 T53
T52 T50/51
Polder
T49
T48
T34 T31
T47 Aeroporto
T30
T46
T45
T33
G F T29 T44
T43
T40
T24 T28
T23 T25 E T38 T42 T41 T39
T22 T15
T21 T27 T14
T37
D
T26
T19 T20 T13
T18
T11 Bacia do
C T17 T12 Areia
T09 T10 T07
T16 B
T08 T06

T05
T02 T04
T01
A T03
Capacidade
para o
sistema atual
para o
cenário de
projeto
Relação Qnec./Qexist.:

até 3

entre 3 e 7

entre 7 e 10

acima de 10
Otimização
O processo de
otimização apresentou-
se bem mais lento,
dado o grande número
de operações a realizar
e uso de memória
computacional,
resultando em cerca de
253.000 avaliações da
função objetivo, com
um tempo de
processamento de
aproximadamente 52
horas e 14 minutos
Minimum cost
solution for
the basin
13
3998m3
14
2896m3
12
11797m3

06 11
9328m3 1037m3

07
24038m3

05
7251m3

04
1659m3
03
6833m3

01
1410m3 02
3306m3
RESUMO DOS RESULTADOS
•Custo unitário das obras de ampliação
(sem detenções): R$ 63.471,27/ ha ou R$
364,8 / habitante

•Custo unitário do controle com


detenções : R$ 41.718,38 / ha e R$ 239,76
/habitante
•implantação dos reservatórios = 17,7% do
custo final
•Desapropriação = 3,2%
• ampliação de condução = 79,1%
CT  0,536  POP  5,233  AREA

Custos na drenagem
urbana
• Estimativas com base em
otimização de projetos em
Porto Alegre
• Área média da detenção
0,7% da área da bacia
drenada
• Volume/habitante = 0,42
(m3/habitante)
• Custo = R$ 175/habitante

CT=0,54Pop-5,23Area

R2 =0,97 com amostra pequena


CT R$ milhões; Pop em
milhares e Area em km2
Cenários extrapolados para
POA
• Custos para resolver os problemas atuais R$ 366
milhões
• Caso a cidade tivesse se desenvolvido com controle
sustentáveis o custo teria sido 6,5 vezes menor. Não
foi considerado aqui os prejuízos sofridos pela
população;
• Para o desenvolvimento futuro da cidade o custo a
valores presentes é de R$ 303 milhões com medidas
de controle na fonte e para as soluções convencionais
de transferência de impacto R$ 790 milhões a valores
futuros R$ 2,6 bilhões no primeiro e R$ 7,6 bilhões no
segundo.
• Estes números não tratam do controle de qualidade
da água da cidade.
Aspectos atuais de Gestão
• Conflito entre população de montante e
jusante;
• Dificuldade de aceitar a solução por risco
de limpeza e conservação;
• Problemas políticos
• A necessidade de uma gestão única e
tomada de decisão.
Obrigado
Contatos
• Fone: 51 33166408
• Celular: 51 81198063
• Mail: tucci@iph.ufrgs.br
tucci@portoweb.com.br

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