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LES0203 – História do pensamento

econômico

Pérsio Arida

Gustavo Pacheco
Luca Suzigan
Danielle Jesus
Julio Ferreira
Marina Elias
Biografia
• Nascido na cidade de São Paulo, dia 01 de
março de 1952.
• Formado em História, Filosofia e Economia,
(1975), pela Universidade de São Paulo (USP).
• PhD, (1979), pela Massachusetts Institute of
Technology (MIT).
Biografia
• Fellow do Institute for Advanced Study, da
Princeton University (1979).
• Professor de graduação e pós-graduação do
IPE-USP (1980) e PUC/RJ (1982).
• Pesquisador visitante do Smithsonian
Institution (1984).
Biografia
• Secretário de Coordenação do Ministério do
Planejamento (1985).
• Diretor da Área Bancária do Banco Central (1986).
• Diretor da Brasil Warrant (1987 a 1989).
• Foi participante do Conselho de Administração do
Unibanco (1982 a 1992)
• Presidente do BNDES (1993)
• Presidente do Banco Central (1994 a 1995)
Biografia
• Principais obras:
• “Inertial Inflation and Monetary Reform in Brazil”
• “Essays on Brazilian Stabilization Programs”
• “Inflação, Recessão e Desajuste Estrutural”
• “Inflação Zero — Brasil, Argentina e Israel”
• “História do Pensamento Econômico como Teoria
e Retórica”
Metodologia
Evitar dois problemas
• Não entender de metodologia
• Solução fácil e óbvia

Entender o método de pesquisa ajuda a


relativizar o conhecimento e amplia a análise
• Impossível chegar à uma verdade absoluta
Crítica à formalização dos métodos
• Os métodos devem se moldar aos objetos a serem
estudados e não o contrário
• Métodos podem resultar em uma visão errônea dos
fenômenos econômicos

Diferenças entre Microeconomia e Macroeconomia


• Macroeconomia: aproximação defeituosa da realidade
• Individualismo metodológico
• Indivíduo representativo
• Marx em dois planos -> Ciências humanas
como um todo e outro restrita à análise
econômica;

• Do ponto de vista da teoria econômica pouca


coisa está viva;

• “Há algo profundo a ser explorado nas teorias


do capital como valor dotado do atributo da
autovalorização”, fora da tradição neoclássica;

• “Por mais paradoxal que pareça, nunca


consegui convencer-se de que trata-se de uma
falta promessa”;
• Diferença de descoberta e criação: noção
de descoberta é emprestada das ciências
exatas

• Reflexão econômica como processo social,


de interação, contato e conversa;

• “Não há política nem teoria que não tenha


sido baseada em uma trama complexa de
relações pessoais”;
Desenvolvimento Econômico
• Como institucional:

– Remoção de entraves a liberdade;

– Diminuir custos de transação;

• Declínio das teorias de Cambridge após


choques econômicos;
Teorias de Inflação e Planos
Econômicos

• Questionamento sobre o Pensamento da época

A inflação seria uma resultante direta do déficit e alavancada por


expectativas. Daí a pré-fixação da correção monetária abaixo da inflação
acompanhada de uma contração fiscal: atuar-se-ia ao mesmo tempo nos
fundamentos e nas expectativas. Era uma visão muito difundida, não foi à
toa que Argentina e Chile também embarcaram na pré-fixação.
Teorias de Inflação e Planos
Econômicos
• Indexação: sistema de reajuste de preços de
acordo com índices oficiais de variação dos
preços.

Mais precisamente, a taxa real de juros necessária


para assegurar estabilidade de preços tem que ser
maior após a reforma do que antes, e tão mais alta
quanto mais endógena for a indexação de contratos,
e isso independentemente do déficit público.
Plano Econômico Larida
• Moeda: Cruzeiro

• Realização entre Pérsio Arida e Lara Resende

• Mecanismo de desindexação da Economia:


auto regulação dos mercados.
Explicação histórica brasileira da
dinâmica de preços
• até 1986: dinâmica de preços marcada pela inercialidade

• entre o Cruzado e o Plano Collor II: dinâmica de outra natureza.

“Toda vez que a inflação subia, os empresários, antecipando o futuro


congelamento, realizavam aumentos preventivos de preços,
precipitando a resposta do Governo — outro congelamento —,
justamente pelo pânico associado ao súbito aumento da inflação.
Por sua vez o congelamento, feito a preços que implicavam um
salário real abaixo do equilíbrio e com sérias distorções de preços
relativos, pois nem todos os empresários eram igualmente capazes
de reajustar, tinha um tal grau de tensões que a supressão dos
controles era sempre acompanhada por uma retomada da
inflação.”
• 1987 a 1991: Plano Bresser, Plano Verão e
Planos Collor I e II
• dinâmica de preços criada pelos sucessivos
congelamentos antecipados só foi quebrada
com a gestão do Ministro Marcílio Moreira
(Min Fazenfa Gov Collor). Somente a partir de
então a inflação voltou a ter suas
características de inercialidade
• a partir de 1992: outra situação da economia
mercado de crédito externo volta a existir
passa-se a considerar a privatização
não enxerga-se mais a abertura econômica como
uma ameaça ao desenvolvimento
Mais importante: a inercialidade de novo se
reestabelecera
“Afastar do imaginário a referência do controle de
preços possibilitou que se cortasse o ciclo vicioso do
congelamento — descongelamento — novo
congelamento. Assim, a inflação depois do insucesso
do Plano Collor II, voltou a assemelhar-se à inflação
pré-Cruzado”
ou seja
entre o Cruzado e o Real, a dinâmica inflacionária
mudou
Plano Econômico Real
• Apoio político foi fundamental: “A política econômica é antes de mais nada política”

• Plano Real foi um esforço coletivo de articulação, formulação dos diplomas legais, representação e convencimento da
sociedade
• Rompeu o ciclo de congelamentos antecipados, de maneira pré-anuncia
• firmeza e suporte político para sustentar a trajetória independentemente das injunções políticas do momento
• o papel da liderança política transcendeu o papel clássico de apoiar as decisões tecnicamente corretas para
• impregná-las com uma visão de futuro que motiva na busca de soluções alternativas.
• destaque para Fernando Henrique no projeto de estabilização : “sem sua liderança, não teríamos tido o Plano Real”.

• moeda de referência puramente virtual, sem existência material


• considerou a neutralidade das reformas monetárias

• paper Larida (Washington, 1984): ORTN pró-rata/dia com paridade fixa com o câmbio

• Proposta Larida versus URV : dez anos entre uma construção e outra
O Larida tinha a idéia da circulação simultânea das duas moedas por um breve período de tempo, mas anos depois,
durante a segunda tese, chega à conclusão de que era uma idéia complicada demais, que se poderia obter todas as
vantagens do Larida com uma moeda virtual.
a ORTN pró-rata/dia seguia fixamente o índice de preços doméstico, enquanto a URV era a média de três índices
com uma banda de flutuação.

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