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HISTÓRIA

Prof. Rener Vilela


ANTIGO REGIME
ESTADO NACIONAL MODERNO
Entre os séculos XIV-XVI, as monarquias feudais cederam
espaço para as monarquias nacionais modernas.

 Delimitação de fronteiras.

 Centralização do poder político e econômico.

 Soberania do Estado.

 Constituição de um exército, constituído por cidadãos nacionais.

 Unificação monetária e do mercado interno.

 Instituição de impostos reais com um sistema unificado de arrecadação.

 Criação de uma ampla burocracia.


Manifestácion,
de Antonio Berni (1934).

POVO TERRITÓRIO GOVERNO SOBERANIA


Conjunto de indivíduos Base geográfica do Estado, Conjunto das funções Propriedade que tem um
ligados a um Estado pelo sobre a qual ele exerce a necessárias à manu- Estado de ser uma ordem
vínculo político-jurídico sua soberania, abrange o tenção da ordem jurídica suprema que não deve a
da nacionalidade. Estão solo, rios, lagos, mares, etc. e da administração sua validade a nenhuma
sob o mesmo conjunto pública. outra ordem superior.
de regras, leis e valores.
TEÓRICOS DO ABSOLUTISMO
Nicolau Bernardo A “virtú” de Maquiavel dialoga com a incorporação de
Maquiavel qualidades e capacidades flexíveis do príncipe, o qual deve ser
(1469-1527) temido pelos seus súditos. “Fortuna”, conceito visto por
Maquiavel como algo que não pode ser conservado e
perpetuado no governo de um principado, pois carrega a
imprevisibilidade como sua principal definidora.

“O direito de natureza, é a liberdade que cada homem possui


Thomas de usar seu próprio poder”. A situação dos indivíduos é de
Hobbes insegurança, angústia e medo. Os interesses egoístas
(1588-1679) predominam. A renúncia à liberdade só tem sentido com a
transferência do poder a determinada pessoa ou pessoas,
constituindo um Estado absoluto.

Jacques-Bénigne
Dedicou-se para falar da origem do poder e da autoridade do
Bossuet
príncipe [...] Foi no século XVII que a divinização da realeza
(1627-1704)
atingiu o clímax. Marc Bloch afirma: “o século XVII, mais que
qualquer outra época, sublinhou abertamente a natureza divina
da monarquia e do rei”.
FUVEST - 1999
Pág. 662. Exercício 3 (Complementares).

A peste, a fome e a guerra constituíram os elementos mais visíveis e terríveis do que se


conhece como a crise do século XIV. Como consequência dessa crise, ocorrida na Baixa
Idade Média,

a) o As
movimento
críticas aodedogmatismo
reforma do ecristianismo foi interrompido
as corrupções, bem como apor mais
crise da de um século,
autoridade antes
católica
de reaparecer com Luterotiveram
e iniciarseu
a modernidade;
epicentro no século XVI.

b) o campesinato, que estava em vias de conquistar a liberdade, voltou novamente a cair,


por mais de um século, na servidão feudal;

c) o processo de centralização e concentração do poder político intensificou-se até se


tornar absoluto, no início da modernidade;

d) o feudalismo entrou em colapso no campo, mas manteve sua dominação sobre a


economia urbana até o fim do Antigo Regime; Atividade burguesa?

e) entre as classes sociais, a nobreza foi a menos prejudicada pela crise, ao contrário do
que ocorreu comdaa burguesia!
Ascensão burguesia.
FGV - 2014
Pág. 661. Exercício 3 (Desenvolvendo habilidades).

O paradoxo aparente do absolutismo na Europa ocidental era que ele representava


fundamentalmente um aparelho de proteção da propriedade dos privilégios aristocráticos,
embora, ao mesmo tempo, os meios pelos quais tal proteção era concedida pudessem
assegurar simultaneamente os interesses básicos das classes mercantis e manufatureiras
nascentes. Essencialmente, o absolutismo era apenas isto: um aparelho de dominação
feudal recolocado e reforçado, destinado a sujeitar as massas camponesas à sua posição
tradicional. Nunca foi um árbitro entre a aristocracia e a burguesia, e menos ainda um
instrumento da burguesia nascente contra a aristocracia: ele era a nova carapaça política
de uma nobreza atemorizada.

Perry Anderson, Linhagens do Estado absolutista. p. 18 e 39.


Segundo Perry Anderson, o Estado absolutista
Privilégios feudais?
a) não tinha força política para submeter os trabalhadores do campo e a aristocracia com
a cobrança de pesados impostos e, simultaneamente, oferecer participação política e
vantagens econômicas para o crescimento da burguesia comercial e manufatureira.

b) nunca se submeteu aos interesses da burguesia mercantil e manufatureira em


detrimento da aristocracia, mas, ao contrário, tornou-se um escudo de proteção dos
camponeses contra o domínio feudal exercido por meio de pesados impostos.

c) garantiu, sob a sua proteção, o domínio econômico e político da aristocracia sobre os


camponeses e, para sobreviver economicamente, atendeu aos interesses de expansão
do mercado da burguesia mercantil e manufatureira, mas a afastou do poder político.

d) preservou aopropriedade
poder da nobreza
feudal e os interesses dos camponeses, mas, para que isso
se efetivasse, submeteu-se à pressão da burguesia mercantil e manufatureira ao
aproximá-la do poder político, oferecendo cargos públicos a essa classe.
Fim da exploração da classe trabalhadora?
e) não protegeu a aristocracia nem os camponeses que, para sobreviverem,
estabeleceram alianças pontuais com a burguesia comercial em ascensão econômica e
com crescente participação política, com o intuito de obter acesso à terra.
UEG - 2008

Nada havendo de maior sobre a terra, depois de Deus, que os príncipes soberanos, e
sendo por Ele estabelecidos como seus representantes para governarem os outros
homens, é necessário lembrar-se de sua qualidade, a fim de respeitar-lhes e reverenciar-
lhes a majestade com toda a obediência, a fim de sentir e falar deles com toda a honra,
pois quem despreza seu príncipe soberano despreza a Deus, de Quem ele é a imagem na
terra.

BODIN, J. In: MARQUES, A.; BERUTTI, F.; FARIA, R. História moderna através de textos.
São Paulo: Contexto, 1999. p. 61-62.

O documento citado refere-se a uma forma de governo existente na Europa na Idade


Moderna. Sobre ela, responda:

a) Qual era esta forma de governo?


Absolutismo monárquico.
b) Como era justificada ideologicamente?
“Direito divino” e da “soberania do Estado”.
“Um rei, uma fé, uma lei” J. Bossuet
FGV - 2012

“Essencialmente, o absolutismo era apenas isto: um aparelho de dominação feudal


alargado e reforçado, destinado a fixar as massas camponesas na sua posição social
tradicional (...) Por outras palavras, o Estado absolutista nunca foi um árbitro entre a
aristocracia e a burguesia, ainda menos um instrumento da burguesia nascente contra a
aristocracia: ele era a nova carapaça política de uma nobreza atemorizada (...).”

ANDERSON, Perry, Linhagens do Estado Absolutista. Trad. Porto: Afrontamento, 1984, pp. 16-17.

Na perspectiva de Anderson, o Estado absolutista significou um rompimento drástico com


relação à fragmentação política característica do período feudal? Justifique.

Não significou. Para Perry Anderson, a nobreza mantém-se como grupo dominante. Opera-se uma
centralização do poder nas mãos do rei, cuja significação é garantir a estrutura social, a dominação
da nobreza e sua hegemonia sobre os demais setores, sobretudo para se opor às ameaças dos
camponeses (rebeliões). Os privilégios são mantidos, e participam da gestão do novo Estado.
MERCANTILISMO
Conjunto de teorias e práticas intervencionistas empreendidas
pelos estados europeus visando o acúmulo de riquezas, o
fortalecimento de seu próprio poder e que, como decorrência,
levou também ao enriquecimento da burguesia.

 Balança comercial favorável.


 Protecionismo alfandegário.
 Expansão das atividades mercantis, bancárias e manufatureiras.
 Grandes navegações.
 Monopólio comercial.
 Metalismo.
 Colonialismo/Pacto colonial.
 Fortalecimento marítimo e militar.
 Ascensão de novas classes.
FUVEST - 2005

“O pano ou tecido deste Reino... interessa tanto ao soberano quanto ao súdito, ao nobre e ao
plebeu, até mesmo a toda profissão, condição e espécie de homem desta nação”.
Thomas Middleton, 1622.

Por que a produção têxtil inglesa interessava ao rei, à nobreza e aos plebeus?
UFJF MG - 2008

Embora, atualmente, os historiadores tendem a valorizar muito mais as permanências do


que as rupturas existentes entre a sociedade que se estruturou na Europa da Idade
Moderna e aquela que caracterizou a sociedade medieval, o fato é que muitas
transformações substanciais também ocorreram na sociedade europeia dos séculos XVI a
XVIII, tornando esse período distinto do anterior.

Nesse sentido, cite e analise uma alteração perceptível na sociedade europeia da Idade
Moderna quando comparada com o período medieval, no que diz respeito:

a) às atividades mercantis:

b) à mobilidade social:

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