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ESCOLA TÉCNICA BOM PASTOR

Participantes: Dalby Elste Hubert


Katiucia Borges
Nêmora Brezezinski
Patrícia Kunz

Disciplina: Direito e Legislação da Terra


Professora: Gustavo Rech

Nova Petrópolis, 2014.


LEI Nº 12.561, DE 25 DE MAIO DE
2012.

Dispões sobre a proteção da vegetação Nativa


OBJETIVOS DO TRABALHO

• Apresentar a disposição da Lei;

• Analisar suas principais diretrizes;

• Refletir sobre sua função Social e Econômica.


INTRODUÇÃO

Art. 1º- A. Esta Lei estabelece normas gerais sobre:


• Proteção da vegetação;
• Áreas de Preservação Permanente e
• Reserva Legal;
• Exploração Florestal;
• Suprimento de matéria-prima florestal;
• Controle da origem dos produtos florestais e
• Controle e preservação dos incêndios florestais.

 Prevê instrumentos econômicos e financeiros para o


alcance de seus objetivos. (incluído pela lei nº 12.727, de
2012).
INTRODUÇÃO

• Com a nova lei, foram reconhecidas a história e a


importância do setor rural;
• Exigências de um ambiente ecologicamente
equilibrado foram adequadas à realidade do país.
• A nova Lei fomenta a regularização ambiental dos
imóveis rurais;
– Por um lado, incentivando a recuperação ambiental
das áreas mais relevantes e,
– Por outro, garantindo a segurança jurídica ao
agricultor para que possa continuar exercendo suas
atividades econômicas nas áreas consolidadas.
Lei 12.727 DE 17 DE OUTUBRO DE 2012.
Alterações e complementos na Lei 12.651.

Os Capítulos II, IV e VI motivo desta apresentação,


podem ser considerado a espinha dorsal da Lei.
Área de Preservação Permanente - APP
• Faixas que margeiam os cursos d’água natural contínuo
ou intermitente, desde a borda da calha do leito regular.
Área de Preservação Permanente - APP
• Áreas no entorno de lagos e lagoas naturais, com largura
mínima de:
Área de Preservação Permanente - APP
 Áreas no entorno das nascentes e olhos d’água perenes:
Área de Preservação Permanente - APP
• Áreas no entorno de reservatórios de água artificiais;
• Por barramento ou represamento do curso d’água natural;
• Definidas na licença ambiental do empreendimento.
Recomposição em APP
 Áreas rurais consolidadas:

• Até 22 de julho de 2008;

• APP: apenas podem ser continuadas as atividades


já implementadas se forem atividades
agrossilvopastoris, de ecoturismo e turismo rural.

•  Neste tema, foi criada a chamada “escadinha”,


que significa a margem mínima de proteção dos
cursos d’água naturais que devem ser recompostas:
Recomposição em Lagos e Lagoas Artificiais
 Imóveis Rurais que possuam Áreas Consolidadas em APP no
entorno de lagos e lagoas naturais, a recomposição obrigatória
será de:
Recomposição em Nascentes e Olhos D’água
 Será admitida a continuidade das atividades
agrossilvopastoris, de ecoturismo e de turismo rural.
Recomposição em Relevo
(Encostas e Topos de Morro)
Locais que se trata de borda de tabuleiro (encostas) e topos
de morros;
• Será admitida a manutenção de atividades florestais,
– Cultura de espécies lenhosas perenes ou de ciclo longo (como
maçã, uva, café, banana, cítricos, erva mate, entre outros);
– Infraestrutura física associada ao desenvolvimento de atividades
agrossilvopastoris.
• Pastoreio extensivo dos campos consorciando-se com
vegetação lenhosa perene ou de ciclo longo.

• Vedada a conversão de novas áreas para uso alternativo do


solo.
RESERVA LEGAL - RL

• A Lei define como:

• Área localizada no interior de uma propriedade


ou posse rural, com a função de assegurar o uso
econômico de modo sustentável dos recursos
naturais do imóvel rural, auxiliar a conservação e
a reabilitação dos processos ecológicos e
promover a conservação da biodiversidade, bem
como o abrigo e a proteção de fauna silvestre e
da flora nativa;
RESERVA LEGAL - RL
• Em função da localização do imóvel rural, deve-se
respeitar os seguintes percentuais mínimos de RL:

Se localizado na Amazônia Legal:

• 80% do imóvel situado em área florestal;


• 35% do imóvel situado em área de cerrado;
• 20% do imóvel situado em área de campos gerais.

Nas demais regiões do país:

• 20% do imóvel.
RESERVA LEGAL - RL

• Reserva Legal: área do imóvel rural que, coberta por


vegetação natural, pode ser explorada com o manejo
florestal sustentável, nos limites estabelecidos em lei
para o bioma em que está a propriedade.

• Por abrigar parcela representativa do ambiente


natural da região onde está inserida e, que por isso,
se torna necessária à manutenção da biodiversidade
local.
RESERVA LEGAL - RL
• O primeiro conceito de Reserva Legal  1934, com o
primeiro Código Florestal.

• Foi atualizado em 1965, na Lei Federal nº 4.771


(recentemente revogado)
– Dividia as áreas a serem protegidas de acordo com as
regiões, e não pelo tipo de vegetação como é no atual
Código.

• Fixava um mínimo de 20% a ser mantido nas "florestas


de domínio privado" na maior parte do país, ressalvando
uma proibição de corte de 50% nas propriedades "na
região Norte e na parte Norte da região Centro-Oeste".
RESERVA LEGAL - RL

 Será admitido o cômputo das Áreas de Preservação


Permanente no cálculo do percentual da Reserva Legal do
imóvel, desde que:

• O benefício previsto neste artigo não implique a


conversão de novas áreas para o uso alternativo do
solo;
• A área a ser computada esteja conservada ou em
processo de recuperação, conforme comprovação do
proprietário ao órgão estadual integrante do Sisnama;
• O proprietário ou possuidor tenha requerido inclusão
do imóvel no Cadastro Ambiental Rural - CAR, nos
termos desta Lei.
Observações Importantes
 É possível computar as áreas de APP nas áreas de reserva legal do
imóvel rural, desde que isto não promova novos desmatamentos;

 É possível utilizar os recursos florestais da área de reserva legal,


desde que seja por manejo sustentável;

 A Reserva Legal deverá ser inscrita no CAR, o que desobrigará de


averbação no Cartório de Registro de Imóveis;

 Se para o consumo familiar e de subsistência, é autorizado que


sejam retirados da área de reserva legal produtos florestais como
cipós, frutas, sementes, resinas e óleos;

 Também para o consumo familiar, fica autorizado, sem necessidade


de autorização do órgão ambiental, retirar até 20 m³ de madeira,
anuais.
RESERVA LEGAL

 Poderá ser instituído Reserva Legal em


regime de condomínio ou coletiva entre
propriedades rurais, respeitado o percentual
previsto em relação a cada imóvel.

• No parcelamento de imóveis rurais, a área de


RL poderá ser agrupada em regime de
condomínio entre os adquirentes.
RESERVA LEGAL

 Manejo Sustentável da Reserva Legal:

• Serão adotadas práticas de exploração seletiva


nas modalidades de manejo sustentável sem
propósito comercial para consumo na
propriedade e manejo sustentável para
exploração florestal com propósito comercial.
RESERVA LEGAL
É livre a coleta de produtos florestais não madeireiros;
– tais como frutos, cipós, folhas e sementes.

Devendo-se observar:

• Os períodos de coleta e volumes fixados em


regulamentos específicos, quando houver;
• A época de maturação dos frutos e sementes;
• Técnicas que não coloquem em risco a sobrevivência
de indivíduos e da espécie coletada no caso de coleta
de flores, folhas, cascas, óleos, resinas, cipós, bulbos,
bambus e raízes.
RESERVA LEGAL
Exploração Florestal:

• Eventual sem propósito comercial;


• Para consumo no próprio imóvel,
– Independe de autorização dos órgãos competentes.

• Devendo apenas ser declarados previamente ao


órgão ambiental a motivação da exploração e o
volume explorado;

 Limite de exploração anual a 20 (vinte) metros


cúbicos.
RESERVA LEGAL
Para manutenção da RL:

• Poderão ser computados os plantios de


árvores frutíferas, ornamentais ou industriais,
compostos por espécies exóticas, cultivadas
em sistema intercalar ou em consórcio com
espécies nativas da região em sistemas
agroflorestais.
CAR – Cadastro Ambiental
Rural
•SINIMA - Sistema Nacional de Informação sobre Meio Ambiente
•SICAR - Sistema de Cadastro Ambiental Rural – para integração das
informações.
 Registro público eletrônico de âmbito nacional;
 Obrigatório para todos os imóveis rurais;
 Finalidade: integrar as informações ambientais das
propriedades e posses rurais.
• Base de dados para controle, monitoramento, planejamento
ambiental e econômico e combate ao desmatamento.
• Primeiro passo para a obtenção de qualquer licença ambiental;
• Para uso ou exploração dos recursos naturais da propriedade
Objetivos do CAR
• Promover a identificação e a regularização ambiental
das propriedades e posses rurais
– visando ao planejamento ambiental,
monitoramento,
– combate ao desmatamento e
– a regularização ambiental;

• Incentivar os proprietários rurais a efetuarem o


cadastramento, concedendo a não autuação
referente ao passivo ambiental.
Marco Legal

• Decreto Nº 7.029, de 10 de dezembro de 2009 -


Institui - "Programa Mais Ambiente“

• Art. 3º - São instrumentos do ‘Programa Mais


Ambiente’: ...II - Cadastro Ambiental Rural - CAR:
sistema eletrônico de identificação georreferenciada da
propriedade rural ou posse rural, contendo a
delimitação das áreas de preservação permanente, da
reserva legal e remanescentes de vegetação nativa
localizadas no interior do imóvel, para fins de controle
e monitoramento.
• Para a inscrição no CAR é necessário:

a) Identificação do proprietário/posseiro;
b) Informação dos documentos comprobatórios da
propriedade ou posse;
c) Delimitação do perímetro:
– do imóvel;
– das áreas de interesse social e de utilidade pública;
– das áreas com remanescentes de vegetação nativa;
– APP e área de Reserva Legal;
– Áreas de uso restrito e áreas consolidadas.
• Inscrição no CAR  Obrigatório.

• Devendo ser requerida no prazo de 1 (um) ano


contado da sua implantação;
 prorrogável, uma única vez, por igual período
por ato do Chefe do Poder Executivo.

• A partir de 28 de maio de 2017, obrigatório CAR para


credito agrícola.
• Reserva Legal já averbada na matrícula do
imóvel;

• Averbação identifica o perímetro e a localização


da reserva;

• Proprietário NÃO será obrigado a fornecer ao


órgão ambiental as informações relativas à
Reserva Legal previstas no inciso III do § 1o do
art. 29.
Vantagens do CAR

• Instrumento para planejamento do imóvel rural;

• Comprovação de regularidade ambiental;

• Segurança jurídica para produtores rurais;

• Acesso ao Programa de Regularização Ambiental – PRA;

• Comercialização de Cotas de Reserva Ambiental;

• Maior competitividade no mercado;

• Acesso ao credito agrícola.


Desafio
Supressão de vegetação para uso
alternativo do solo

• Art. 26. A supressão de vegetação nativa para


uso alternativo do solo, tanto de domínio
público como de domínio privado, dependerá
do cadastramento do imóvel no CAR, de que
trata o art. 29, e de prévia autorização do
órgão estadual competente do Sisnama.
Exemplo
Dúvidas Frequentes
Módulos Fiscais
• O que é Módulo Fiscal (MF): unidade de medida expressa
em hectares.

• Tamanho dos MF considera os seguintes fatores:

• Tipo de exploração predominante no município;

• Renda obtida com a exploração predominante;

• Outras explorações existentes no município que, embora


não predominantes, sejam significativas em função da
renda ou da área utilizada.
Módulos Fiscais
CONCLUSÃO

• O estudo analisou as inovações trazidas pelo novo


Código Florestal no ordenamento jurídico brasileiro
através da Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012.

• Considerando-se que o mesmo, entre outras


determinações, passou a exigir a recuperação de
margens de rios e o reflorestamento do que já foi
desmatado.
CONCLUSÃO

• Entre as principais mudanças que geraram


controvérsias sobre o assunto estão: a ampliação das
Áreas de Preservação Permanente (APPs), as alterações
no âmbito da Reserva Legal (RL).

• Assim, com a reforma e redação da Lei criou-se os


parâmetros de sustentabilidade que vêm sendo
implementados para melhorar a situação do país para
que, no mínimo, se deixe um ambiente razoavelmente
habitável para as gerações futuras.
A PRESERVAÇÃO DA TERRA NO AMBITO DO DIREITO (LEI)
E NO AMBITO DO DIREITO NATURAL

Leitura.

APRESENTAÇÃO DO VIDEO

“O Planeta Terra é Você”

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