MISTURAS

BETUMINOSAS
TEMA: MATERIAIS USADOS EM
PAVIMENTAÇÃO
Prof. Márcio Muniz de Farias, PhD
 TIPOS DE MISTURAS BETUMINOSAS
Composição: ligante betuminoso, agregados, material de enchimento.

Nas misturas betuminosas o agregado suporta e transmite as cargas

aplicadas, bem como resiste ao desgaste imposto pelas solicitações
de tráfego. O betume é o elemento aglutinante.

Direta Macadame Betuminoso

Por Penetração Simples

Invertida Tratamento Superficial
Duplo
Triplo
Concreto Betuminoso
Misturas Betuminosas
Em A Quente Pré-Misturado Denso
Usina Aberto
Por Mistura Areia Asfalto
Denso
Pré-Misturado
A Frio Aberto
Areia Asfalto
Na Estrada Misturas Graduadas
MISTURAS A QUENTE vs. MISTURAS A FRIO

Misturas a Quente Misturas a Frio

mais duráveis não se aquece oo agregado

Vantagens menos sensíveis à ação da água permitem estocagem
apresentam envelhecimento lento simplicidade de instalações
Baixo custo de fabricação
simplicidade no processo construtivo

difícil fabricação maior desgaste

exigem o aquecimento do agregado envelhecimento mais rápido
Desvantagens alto custo de fabricação exigem cura da mistura
equipamento especial no processo construtivo
não permitem estocagem
 BANHOS DE LIGANTE

 Antes da aplicação de uma camada asfáltica é necessário a

aplicação de um “banho de ligante”, que pode ser para
imprimação ou pintura de ligação

Pintura de ligação

Imprimação
IMPRIMAÇÃO

 É uma pintura betuminosa aplicada sobre a superfície de uma

camada de base para aumentar a sua coesão, permitir uma
ligação mais resistente com a camada de revestimento e proteger
a base da ação das águas superficiais.

 Os materiais betuminosos recomendados são os asfaltos diluídos

de cura média, as emulsões asfálticas de ruptura média e lenta.
Castelo/ES – Fonte Petrobras
PINTURA DE LIGAÇÃO

 Consiste na aplicação de um produto betuminoso sobre a

superfície em que se vai executar um revestimento betuminoso.
Destina-se a promover a aderência entre a camada a ser revestida
e o revestimento.

 Empregam-se, comumente, emulsões asfálticas de rupturas rápida,

média e lenta, ou raramente asfalto diluído de cura rápida.

 Concluída a camada que se destina a receber a pintura de

ligação, procede-se à varredura de sua superfície, aplica-se o
ligante e não se permite o tráfego.
PINTURA DE LIGAÇÃO

Fonte – Dantas Neto (2004)

MISTURAS POR PENETRAÇAO
TRATAMENTO SUPERFICIAL
 Revestimento flexível de pequena espessura, executado por
espalhamento sucessivo de ligante betuminoso e agregado, em
operação simples ou múltipla.

Espessura
ESQUEMA TIPO Ligante
acabada

TSS <10 mm RR 2C
Emulsão
TSD <15 mm com
Polímero
CAP 7
TST <25 mm
TRATAMENTO SUPERFICIAL FASE 1

FASE 1: LIMPEZA DA
BASE
FASE 2
FASE 2: APLICAÇÃO
DO LIGANTE

FASE 3: APLICAÇÃO FASE 3

DO AGREGADO

FASE 4: FASE 4
COMPACTAÇÃO
COM ROLO
PNEUMÁTICO
GRANULOMETRIAS DE AGREGADOS PARA TRATAMENTOS SUPERFICIAIS

4/6 6/10 10/14

A espessura do tratamento Simples é, aproximadamente, igual ao

diâmetro do agregado usado;
Os tratamentos Duplo e Triplo possibilitam a obtenção de
superfícies mais lisas e resistentes.
Primeiro Banho de Ligante
Primeira Camada de Agregado
CAMINHÃO DE APLICAÇÃO SIMULTÂNEA
DE AGREGADOS E EMULSÃO
A compressão de cada camada processa-se com o emprego de rolos
lisos do tipo tandem de duas rodas, com massa de 5 a 8 toneladas
ou, preferencialmente, com rolos pneumáticos autopropulsores que
permitam calibragens de 35 a 120 libras por polegada quadrada.
MISTURAS POR PENETRAÇAO
MACADAME BETUMINOSO
 É um tipo de base ou revestimento em que o ligante penetra
diretamente sobre o agregado devidamente espalhado, nivelado e
comprimido. Constrói-se, inicialmente, uma camada de agregado
graúdo e sobre esta aplica-se o material betuminoso, lança-se nova
camada de agregado de modo a preencher os vazios superficiais da
camada anterior, procedendo-se à sua compressão e a novo banho com
ligante, e assim sucessivamente até obter-se a espessura ou o
acabamento superficial desejado.
MISTURAS BETUMINOSAS
PRÉ-MISTURADOS
 Consiste na mistura íntima, previamente dosada, de material
betuminoso e agregado mineral em usina e na compressão do
produto final, por equipamento apropriado.

A QUENTE
EM USINA
A FRIO

Máquinas
NA ESTRADA
Equipamento próprio
(Road Mix)
USINA GRAVIMÉTRICA DE MISTURAS A QUENTE

Fonte: PETROBRAS (1996)

USINA VOLUMÉTRICA (DRUM MIXER) MÓVEL PARA
FABRICAÇÃO DE MISTURAS A QUENTE

1 – SILOS DE AGREGADOS;
2 – CORREIA DOSADORA;
3 – QUEIMADOR;
4 – SECADOR – MISTURADOR
5 – FILTRO;
6 – SILO DE ARMAZENAMENTO;
7 – CABINE DE COMANDO;
8 – DEPÓSITO PARA LIGANTE MÓVEL
MISTURAS BETUMINOSAS USINADAS A QUENTE
CONCRETO BETUMINOSO
DEFINIÇÃO: MISTURA EXECUTADA QUENTE EM USINA
APROPRIADA, COM CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS COMPOSTA
DE AGREGADO MINERAL GRADUADO, MATERIAL DE ENCHIMENTO
(FILLER) E LIGANTE BETUMINOSO, ESPALHADA E COMPRIMIDA A
QUENTE.

• PODE SER EMPREGADO COMO REVESTIMENTO, BASE,

REGULARIZAÇÃO OU REFORÇO DO PAVIMENTO;
 MISTURAS BETUMINOSAS USINADAS A QUENTE
CONCRETO BETUMINOSO
MATERIAIS EMPREGADOS:
LIGANTE BETUMINOSO:
CIMENTOS ASFÁLTICOS DE PETRÓLEO;
LIGANTES BETUMINOSOS MODIFICADOS;
AGREGADOS
AGREGADOS GRAÚDOS
AGREGADOS MIÚDOS;
MATERIAL DE ENCHIMENTO FILLER;

CBUQ DNER-ES 313/97 Curva Granulométrica dos Agregados - CBUQ

Peneira de Malha quadrada % passando, em peso da faixa C FAIXA C (DNER-ES 313/97)
Abertura 100
Discriminação INFERIOR INTERM. SUPERIOR
mm 80
3/4" 19,1 100 100 100 % Passando
60
1/2" 12,7 85 92,5 100
3/8" 9,5 75 87,5 100 40
N° 4 4,8 50 67,5 85 20
N° 10 2 30 52,5 75 0
N° 40 0,42 15 27,5 40 0,01 0,1 1 10 100
N° 80 0,18 8 19 30 Diâmetro (mm)
N° 200 0,074 5 7,5 10 Faixa Agregados Faixa
MISTURAS BETUMINOSAS USINADAS A QUENTE
CONCRETO BETUMINOSO

Fonte: Bernucci et al.

(2004)
MISTURAS BETUMINOSAS USINADAS A QUENTE
CONCRETO BETUMINOSO

EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES NECESSÁRIAS:

• DEPÓSITO PARA LIGANTE BETUMINOSO;

• DEPÓSITO PARA AGREGADOS;
• USINA PARA MISTURAS BETUMINOSAS;
• CAMINHÕES PARA TRANSPORTE DA MISTURA;
• EQUIPAMENTO PARA ESPALHAMENTO;
• EQUIPAMENTO PARA COMPACTAÇÃO.
MISTURAS BETUMINOSAS USINADAS A QUENTE
CONCRETO BETUMINOSO

ESPALHAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DA MISTURA NA PISTA

MISTURAS BETUMINOSAS USINADAS A QUENTE
CONCRETO BETUMINOSO

COMPACTAÇÃO DA MISTURA EM CAMPO

MISTURAS BETUMINOSAS USINADAS A QUENTE
SMA (STONE MATRIX ASPHALT)

Matriz Pétrea

Fração
Fíler + areia + asfalto
+
SMA

Fibras Mástique

SMA vs. CBUQ

Apud Horst Erdlen, 2004
SMA (STONE MATRIX ASPHALT)
MISTURAS BETUMINOSAS USINADAS A QUENTE
CPA (CAMADA POROSA DE ATRITO)
DEFINIÇÃO: MISTURA EXECUTADA A QUENTE EM USINA APROPRIADA, COM
CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS COMPOSTA DE AGREGADO MINERAL
DESCONTÍNUO (ALTO VOLUME DE VAZIOS), MATERIAL DE ENCHIMENTO (FILLER)
E LIGANTE BETUMINOSO (GERALMENTE MODIFICADO), ESPALHADA E
COMPRIMIDA A QUENTE, SOBRE UMA CAMADA DE BINDER IMPERMEÁVEL
(DENSO).

Curva Granulométrica dos agregados CPA FAIXA

AAUQ DNER-ES 387/99 V (DNER-ES 386/99)
Peneira de Malha quadrada % passando, em peso da faixa C 100

Abertura 80
Discriminação INFERIOR INTERM. SUPERIOR
mm
3/4" 19,1 100 100 100 % Passando 60

1/2" 12,7 100 100 100 40

3/8" 9,5 100 100 100
N° 4 4,8 85 92,5 100 20

N° 10 2 25 62,5 100 0
N° 40 0,42 0 31 62 0,01 0,1 1 10 100
N° 80 0,18 0 6 12 Diâm etro (m m )
N° 200 0,074 5 7 9 FAIXA Agregados FAIXA
CPA com Polímero
CPA na Estrada do Coco, Bahia (Petrobras, 2001)
MISTURAS BETUMINOSAS USINADAS A QUENTE

AREIA-ASFALTO A QUENTE

 Resulta da mistura a quente, em usina apropriada, de agregado

miúdo e cimento asfáltico de petróleo, com a presença ou não de
material de enchimento, espalhado e comprimido a quente.

 É uma modalidade comumente empregada como revestimento,

embora seja usada ainda em serviços de regularização ou
nivelamento.
Curva Granulométrica do Agregado AAUQ
AAUQ DNER-ES 387/99 FAIXA C (DNER-ES 387/99)
100
Peneira de Malha quadrada % passando, em peso da faixa C
Abertura 80
Discriminação INFERIOR INTERM. SUPERIOR
% Passando

mm
3/4" 19,1 100 100 100 60
1/2" 12,7 100 100 100 40
3/8" 9,5 100 100 100
N° 4 4,8 85 92,5 100 20
N° 10 2 25 62,5 100
0
N° 40 0,42 0 31 62
N° 80 0,18 0 6 12 0,01 0,1 1 10 100
Diâm etro (m m )
N° 200 0,074 5 7 9
FAIXA Agregado FAIXA
MISTURAS BETUMINOSAS USINADAS A QUENTE
AREIA-ASFALTO A QUENTE

Fonte: Freitas(2002)
MISTURAS BETUMINOSAS USINADAS A FRIO

PRÉ-MISTURADO A FRIO
 É o produto obtido da mistura de agregado mineral e
emulsão asfáltica ou asfalto diluído em equipamento
apropriado, sendo a mistura espalhada e comprimida a frio.

- PMFA (Pré-misturado a frio aberto)

Para Tráfego Elevado Camada de regularização

base-binder

Para Tráfego Médio Pode ser usado com Binder

Pode ser usado em operações tapa buraco

MISTURAS BETUMINOSAS USINADAS A FRIO

PRÉ-MISTURADO A FRIO

- PMFsD (Pré-misturado a frio semi-denso)

Mesmas aplicações e restrições do PMFA
Maior trabalhabilidade devido a maior quantidade de finos
Usado com polímeros em camadas porosas de atrito (SAM)

- PMFD (Pré-misturado a frio denso)

Adequado para a utilização como revestimento em rodovias
de tráfego médio

Igualmente adequado para trabalhos de remendos superficiais

 USINA DE PRÉ-MISTURADO A FRIO

As usinas para pré-misturado a frio apresentam uma simplificação muito

cômoda que é a inexistência de secadores, pois não há necessidade do
aquecimento do agregado.
MISTURAS BETUMINOSAS USINADAS A FRIO

AREIA-ASFALTO USINADA A FRIO

 Resulta da mistura de asfaltos diluídos e (de curas rápida e média) ou
emulsões asfálticas (de ruptura média e lenta) e agregado miúdo, na presença
ou não de material de enchimento, em equipamento apropriado. O produto é
espalhado e comprimido a frio.
AREIA-ASFALTO A FRIO

Aplicações de AAUF no Ceará (Silveira, 1999)

MISTURAS BETUMINOSAS NA ESTRADA (Road Mixes)
MISTURA NA ESTRADA
MÉTODOS DE EXECUÇÃO:
MISTURA COM LÂMINA;
MISTURAS COM MÁQUINAS PRÓPRIAS;

MATERIAIS ASFÁLTICOS EMPREGADOS:

EMULSÕES TIPO RM;
ASFALTO DILUÍDO TIPO CR;

A mistura com máquinas móveis engloba o emprego dos misturadores

mecânicos, que promovem o movimento do agregado e ligante com algum
tipo de dentes ou pás presos a um eixo rotativo, e a mistura em usina
móvel que permite a dosagem exata dos quantitativos de agregado e
betume.
Fonte: PETROBRÁS (1996)