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OBJETIVOS

1. Listar os mecanismos básicos de lesão por


movimento.
2. Discutir mecanismos de lesão no trauma fechado
e penetrante.
3. Identificar as três colisões associadas com
acidentes automobilísticos e relacionar lesões
potenciais da vítima com deformidade do veículo,
estruturas interiores e estruturas do corpo.
4. Descrever as lesões potenciais associadas com a
utilização correta e incorreta do cinto de
segurança, apoio lateral de cabeça e air bags em
uma colisão frontal.
OBJETIVOS

5. Descrever lesões potenciais derivadas de


colisões de veículo.
6. Descrever os três critérios de avaliação para
desaceleração vertical rápida e correlacioná-los
à antecipação de lesões.
7. Conhecer as duas formas mais comuns de
lesões penetrantes, discutir mecanismos
associados e extensão da lesão.
8. Correlacionar três fatores envolvidos em lesões
por explosão com a avaliação da vítima.
 Um completo, preciso histórico e
apropriada interpretação destas
informações pode proporcionar ao
Socorrista de Resgate predizer mais
de 90% das lesões antes de ter posto
a mão sobre a vítima.
INTERAÇÃO DE ENERGIA
• As lesões podem ser descritas como
interações entre o hospedeiro (vítima) e o
agente (energia) em um ambiente.
• O agente (energia) se apresenta em cinco
formas básicas:
• (1) mecânica ou cinética, (2) térmica, (3)
química, (4) elétrica, e (5) radioativa.
• A energia mecânica ( movimento) permanece
como o agente de lesão mais comum e é o
agente dos acidentes automobilísticos,
quedas, traumatismos penetrante e por
explosão.
Princípios básicos:
o peso de um corpo é diferente da sua
massa, pois está sujeito à atração
gravitacional;
o peso de um corpo em movimento é
diretamente proporcional a sua
velocidade.
p=m.g e = 1/2 m . v2
Teoria da Relatividade e Energia Cinética

Você sabia que:


na Lua o seu peso é aproximadamente
quatro vezes menor do que na Terra?

E que, num acidente automobilístico, onde a velocidade do carro


no momento da colisão é de 100 km/h, uma pessoa que pesa 70
kg, passa a pesar mais de 2 toneladas?
Peso dos Órgãos Humanos
Durante Impacto nos acidentes
por desaceleração súbitas.

(acidentes automobilísticos,
quedas de grandes alturas)
FÍGADO

Peso Peso Durante Impacto (Kg)


Normal
(Kg) 36 Km/h 72 Km/h 108 Km/h

0,25 2,5 10 22,5


CORAÇÃO

Peso Peso Durante Impacto (Kg)


Normal
(Kg) 36 Km/h 72 Km/h 108 Km/h

0,35 3,5 14 31,5


CÉREBRO

Peso Peso Durante Impacto (Kg)


Normal
(Kg) 36 Km/h 72 Km/h 108 Km/h

1,5 15 60 31,5
Órgão Peso Peso Durante Impacto (Kg)
Normal
(Kg)
36 Km/h 72 Km/h 108 Km/h

Corpo 70 700 2800 6300


Mecanismos básicos de lesões
por movimento:

1. Desaceleração frontal rápida.


2. Desaceleração vertical rápida.
3. Penetração de projétil.
Cinemática do trauma
nos acidentes
automobilísticos
Considerar as colisões de veículo como
ocorrendo em três eventos distintos:

1.Colisão da máquina.
2.Colisão do corpo.
3.Colisão dos órgãos
internos.
Colisão da máquina
Colisão do corpo
Colisão dos órgãos internos
Evidências de trauma a observar:

1. Deformidade do veículo (indicação


das forças envolvidas).
2. Deformidade de estruturas
interiores (indicação de onde a vítima
colidiu).
3. Padrões de lesão da vítima
(indicação de quais partes do corpo
podem ter colidido ).
Tipos de colisões

1. Colisão frontal;
2. Colisão lateral;
3. Colisão traseira;
4. Capotagem.
COLISÃO FRONTAL
Ocupante não contido por cinto de
segurança:

• A. Pode ser
direcionado para cima
contra o volante e/ou
pára-brisa;
A.
• B. Pode ser
direcionado para
baixo contra o volante
e/ou painel do veículo.
B.
Padrões de lesões

• Lesões em joelho ou
tíbia em colisão com o
painel;
• Fratura ou luxação de
quadril;
• Lesões na face em
colisão com o volante;
• Se os pé estiverem
apoiados no piso:
luxação ou fratura no pé
e/ou tornozelo.
• A projeção do corpo
colide o tórax contra
o painel ou volante.
Após o tronco parar
seu movimento, a
cabeça continua até
se chocar contra o
pára-brisa, podendo
acarretar
traumatismos da
cabeça e da coluna
cervical.
CORRELAÇÕES ENTRE AS
LESÕES E AS PARTES
INTERNAS DO VEÍCULO
Lesões provocadas pelo
pára-brisas
Lesões pelo pára-brisas

• Ocorrem nos tipos


de eventos por
desaceleração
frontal rápida, o
ocupante, sem cinto
colide fortemente
com o pára-brisa.
A possibilidade de lesões é maior
sob as seguintes condições:

• 1.Colisão da máquina:
deformidade da frente.
• 2.Colisão do corpo:
rachaduras do pára-brisa.
• 3.Colisão de órgãos:
golpe/contragolpe do
cérebro, lesão de partes
moles (couro cabeludo, face,
pescoço), hiperextensão da
coluna cervical.
• A gravidade da
lesão na coluna
cervical poderá
ser determinada
pela posição da
cabeça da vítima
no momento do
impacto.
Lesões por contra-golpe na
desaceleração súbita
• Lesão direta do
tecido cerebral
provocada pelo
impacto do cérebro
contra o osso
frontal.
• Ruptura de veias
devido ao vácuo
formado pelo
deslocamento
brusco do cérebro.
Lesões provocadas pelo volante

• São mais freqüentes no motorista


de um veículo, sem cinto de
segurança após uma colisão
frontal. O motorista posteriormente
pode colidir com o pára-brisa. O
volante é a causa mais comum de
lesões para o motorista sem cinto
e qualquer grau de deformidade
ao volante deve ser tratada com
elevado índice de suspeita para
lesões de face e pescoço,
torácicas ou abdominais .
Utilizando o conceito das três
colisões, verificar a presença do
seguinte:
1. Colisão da máquina:
deformidade frontal.
2. Colisão do corpo: fratura
ou deformidade do painel,
coluna normal / deslocada.
3. Colisão dos órgãos:
tatuagem traumática da pele.

 O volante é capaz de produzir lesões


ocultas, devastadoras. A deformidade do
volante é uma causa de preocupação.
Lesões provocadas pelo volante

• Ruptura pulmonar
provocada por
impacto do tórax no
volante.
• Ocorre quando a
vítima prende a
respiração no
momento da
colisão.
Lesões provocadas pelo volante

Tórax instável
• Possibilidade de
múltiplas fraturas
de costelas (tórax
instável) interferindo
na dinâmica da
respiração.
Lesões viscerais causadas por
impacto do volante:

• Herniação dos
intestinos para o
tórax devido à ruptura
do diafragma.
Lesões viscerais causadas por
impacto do volante:
• Lesões em
válvulas cardíacas
devido à refluxo de
sangue para o
coração por
compressão súbita
dos vasos
sanguíneos
abdominais (aorta).
Lesões viscerais causadas por
impacto do volante:

• Ruptura de aorta
por deslocamento
súbito das
estruturas
intratorácicas ou
por traumatismo
direto no tórax.
Lesões provocadas pelo painel

Ocorrem geralmente no
passageiro não contido.
O painel produz uma
variedade de lesões,
dependendo da área do
corpo que impacte
contra ele. Geralmente
as lesões envolvem a
avaliar danos no painel face e os joelhos, porém
vários tipos de lesões
têm sido descritos.
Lesões provocadas pelo painel

• Quando o joelho é
o ponto de impacto
pode ocorrer fratura
de fêmur e/ou
luxação posterior
de quadril.
Lesões provocadas pelo painel

• No caso do ponto
de impacto ser a
tíbia ocorre danos
aos ligamentos
do joelho.
Lesões provocadas pelo painel

• Possibilidade de
rompimento da
artéria poplítea
com conseqüente
produção de
isquemia abaixo
do local da lesão.
COLISÃO LATERAL
• Em cruzamentos
ou derrapagens os
impactos podem
ser na lateral do
veículo.
• A porta ou a
lateral do
veículo
pode atingir
o ocupante.
Ação sobre o ocupante
O braço e o
Fratura de clavícula ombro tendem
a ser atingidos
em primeiro
lugar, podendo
acarretar
fratura de
úmero e de
clavícula.
• Se o braço estiver
fora do lugar de
impacto e este
atingir o tórax pode
fraturar costelas e
estruturas
intratorácicas.
• O abdome também
sofre impacto, e as
vísceras mais
atingidas são o
baço do motorista e
o fígado do
passageiro.
• O trocanter maior
do fêmur pode
ser atingido
fazendo com que
a cabeça do
fêmur entre no
acetábulo.
• Fraturas de ilíaco
também são
comuns.
• Podem ocorrer
ruptura de bexiga
e lesões uretrais.
Flexão lateral do pescoço e rotação
da cabeça na direção oposta à do
tronco

Risco de dano à coluna cervical


COLISÃO TRASEIRA

• Hiperextensão da
coluna cervical com
dano medular.
• Efeitos da
desaceleração rápida
associados no caso
de frenagem súbita
ou colisão contra
outros veículos ou
obstáculos.
CAPOTAGEM

• Impacto do corpo em todas as direções chocando-se


contra o pára-brisa, teto, laterais e assoalho do
veículo. Quando ejetado do carro a vítima tem 25
vezes mais probabilidades de óbito.
Aspectos do uso do cinto
de segurança veicular
Cinto com fixação em três pontos

• Lesões com risco de


vida são menos
comuns;
• Não evita fraturas ou
luxações no pescoço
ou lesões na medula
espinhal.
• Fratura de
clavícula pode
ocorrer onde a
faixa torácica
cruza.
• Pode ocorrer
lesões de órgãos
internos devido à
movimentação
brusca destes
órgãos ou por
ação da faixa do
cinto de
segurança.
Cinto de segurança abdominal

• Possibilidade de
lesões em órgãos
internos provocados
pela faixa do cinto
abdominal.
• Não protege o tórax,
cabeça e pescoço da
vítima.
Efeito de “faca”
AIR BAGS
Considerações sobre air bags:

1. Reduzem as lesões de face, pescoço e


tórax.
2. Esvaziam-se imediatamente protegendo
contra um só impacto.
3. Não impede movimento para baixo.
Motoristas altos ou de carros baixos
podem sofrer lesões nas pernas, pelve
ou no abdome.
Escoriações provocadas por
air bags
ACIDENTES
MOTOCICLÍSTICOS
Formas de proteção:

1. Manobras evasivas.
2. Uso de capacete.
3. Vestes de proteção (por exemplo,
roupas de couro, capacete, botas).
 O uso de capacete previne traumas
na cabeça.

 75% das mortes são por TCE.

 Capacetes não protegem a coluna


cervical.
Ejeção do motociclista

• Na colisão frontal o
condutor é ejetado para
a frente.
• Suas coxas colidem
contra o guidão da
motocicleta.
• Fraturas nessa região
são muito comuns.
• Fratura de
Fratura de fêmur
fêmur bilateral
bilateral
comum no
acidente
motociclístico.
Manobras evasivas preventivas
executadas pelo motociclista para
evitar colisões
ATROPELAMENTOS
MECANISMOS DE LESÃO

1. Pára-choque atinge o corpo.


2. Corpo acelerado pela transferência de
energia atinge o chão ou outro objeto.
Os danos ocorrem em três
estágios:
• Impacto inicial com o
corpo:
• Nos adultos o
impacto inicial é na
altura do joelho, que
se move na mesma
direção do carro.
• O impacto pode ser
1º ESTÁGIO lateral, anterior ou
posterior.
Após o impacto
inicial a vítima
pode ser lançada
sobre o veículo
sofrendo danos no
tórax e abdome,
dependendo da
posição em que se
encontrava no
2º ESTÁGIO momento do
impacto.
3º ESTÁGIO

• É a queda da vítima sobre o solo,


quando os traumatismos da cabeça e
coluna cervical são mais freqüentes.
Atropelamentos
vítimas crianças
1º ESTÁGIO

• Crianças são
mais baixas e o
pára-choque tem
maior chance de
atingi-las na pelve
ou no tronco.
2º ESTÁGIO

• Lesões
provocadas pelo
impacto
secundário na
cabeça e
pescoço.
3º ESTÁGIO

• Múltiplas lesões
decorrentes do
impacto do corpo
contra o solo ou
provocadas pelas
rodas do veículo.
DESACELERAÇÃO
VERTICAL
- QUEDAS -
Fatores que influenciam:

1. Altura da queda.
2. Área do corpo que sofre o impacto.
3. Superfície atingida.
Área do corpo mais
freqüentemente atingida:

1. Crianças: lesões na cabeça.


2. Adultos: aterrissam sobre os pés e
suas quedas são mais controladas.
3. Sofrem o primeiro impacto nos pés e
depois cai para trás atingindo o solo
com as nádegas e as mãos
estendidas.
Padrões de lesões em adultos:

1. Fraturas dos pés ou das


pernas.
2. Lesões de quadril e pelve.
3. Compressão axial da coluna
lombar e cervical.
4. Forças de desaceleração
vertical para os órgãos.
5. Fraturas de Colles nos
punhos.
Fatores que influenciam:

1. Altura.
2. Ponto de impacto.
Altura:

 Quanto maior a altura, maior o


potencial da lesão. Porém a relação
entre sobrevida e altura da queda não
é absoluta, existem casos de óbito em
quedas da própria altura e de
sobrevida em quedas de grandes
alturas.
Ponto de impacto:
 A densidade da superfície
(concreto versus serragem) e
irregularidade (chão de um ginásio de
esportes versus uma escadaria)
também influencia o potencial de
severidade da lesão. Superfícies que se
deformam permitem dissipação da
energia cinética.
Cinemática do trauma nos
acidentes penetrantes por
arma de fogo
Balística:
 É a ciência que estuda o movimento
de um projétil através do cano de uma
arma de fogo, sua trajetória no ar e
após atingir o alvo.
 O projétil é impulsionado através do
cano de uma arma pela expansão dos
gases produzidos pela queima do
propulsor.
 Quando o projétil atinge o corpo
humano sua energia cinética se
transforma na força que afasta os
tecidos de sua trajetória.
Informações balísticas úteis:
1. Calibre: diâmetro interno do cano e
corresponde à munição utilizada para a arma
em particular.
2. Raia: série de sulcos espirais na superfície
interior do cano de algumas armas. As raias
imprimem uma rotação que estabiliza o
projétil.
3. Munição: cartucho, pólvora e projétil.
4. Construção do projétil: geralmente liga de
chumbo sólida, podendo possuir uma jaqueta
parcial ou completa de aço ou cobre. O nariz
do projétil pode ser macio ou oco (para
expansão ou fragmentação).
Tipos de projéteis

Classificação dos Projéteis pela Velocidade

Categoria Velocidade Exemplo

Baixa < 1.000 pés/s Cal .32, .45

Média 1.000 a 2.000 Cal .38 Especial,


pés/s Magnum 44
Alta > 2.000 pés/s AR-15, AK-47,
FAL
Os fatores que contribuem para o
dano incluem:

1. Tamanho do míssil: Quanto maior o


projétil, maior a resistência e maior a
cavidade permanente.
2. Deformação do míssil: projéteis ocos e de
ponta macia se achatam com o impacto,
resultando em maior superfície envolvida na
troca de energia.
3. Tamanho do míssil: A jaqueta se expande
e se adiciona à superfície.
4. Movimentação do projétil: (oscilação e
rotação).
Feridas por Arma de Fogo
Têm três componentes:

1. Orifício de entrada:
 Ao redor pode ter tatuagem da pólvora,
área de queimadura e abrasão da pele.
Como o projétil empurra os tecidos
para dentro onde estes têm suporte
trata-se de uma ferida oval.
2. Orifício de saída:

a. Nem todos os orifícios de entrada têm um


orifício de saída correspondente, algumas vezes
pode haver múltiplos orifícios de saída devido à
fragmentação óssea e do míssil.
b. Geralmente o orifício de saída é maior e tem as
bordas irregulares para fora.
c. Como o projétil empurra os tecidos para fora,
onde estes estão não têm suporte, trata-se de
uma ferida estreladal.
d. O orifício de saída depende da energia
cinética, deformação, inclinação e
fragmentação do projétil.
e. Se o projétil gastar toda sua energia cinética
cavitando o tecido, o orifício de saída pode
ter aparência inócua ou mesmo não existir.
f. Em outras situações com pouca degradação
da energia cinética mas com inclinação e
deformação do projétil, o orifício de saída
pode ser irregular e maior que o orifício de
entrada.
3. Trajeto do míssil:
a. Projéteis de baixa velocidade infligem
dano principalmente aos tecidos que
estão em contato direto com eles.
b. Projéteis de alta velocidade infligem
dano por contato com o tecido e
transferência de energia cinética aos
tecidos circundantes.
c. Cavitação: durante alguns
milissegundos é criada uma cavidade
temporária 30 a 40 vezes maior que o
diâmetro do projétil.
• Órgãos, vasos sanguíneos e nervos
podem ser lesados sem ter contato
direto com o projétil.
• Fragmentação:
projéteis que se
fragmentam após
penetração nos
tecidos ou após
deixar o cano da
arma produzem
maior lesão.
• Ossos fragmentados
tornam-se novos
projéteis
aumentando a lesão.
FERIMENTOS
POR
ESPINGARDA
Ferimentos por Espingarda

Distância Características

Longa Várias lesões dispersas. Além de 18,7 m existe


distância pouca chance de penetração de cavidades.
> 6,4 m

Curta Geralmente dano visceral. Orifício de entrada maior e


distância circundado por várias feridas.
2,7 a 6,4 m

Distância Dano maciço. Orifício único e irregular com grande


ultracurta destruição tecidual.
< 2,7 m Mortalidade de 85 – 90%.
Ferimentos por arma
branca ou mísseis de baixa
velocidade
Agressão à faca – típica forma
de agressão por mulheres
Agressão à faca – típica forma
de agressão por homens
• Em ambos os casos o
agressor pode
esfaquear sua vítima e
então mover a faca
dentro do corpo.
• A entrada do ferimento
pode ser pequena
mas os danos internos
podem ser extensos.
Traumatismos fechados
Agressão com bastão

• Deformação da
superfície,
retornando
posteriormente ao
normal.
• Não há penetração
da pele pelo objeto.
EXPLOSÕES
Podem lesar 70% das pessoas na
vizinhança, enquanto que uma arma
automática usada contra o mesmo grupo
pode lesar 30%.
Minas, estaleiros, fábricas químicas,
refinarias, empresas de fogo de artifício,
fábrica e elevadores de grãos são áreas
propensas à explosão.
A energia contida pode ser convertida
em luz, calor e pressão.
ESTILHAÇOS
2
3
ONDAS DE CHOQUE
CORPO
PROJETADO

LUZ e CALOR
Luz:

 Pode causar dano ocular, sendo o


primeiro agente a atingir a vítima.
Calor:

 Produzido pela combustão do


explosivo, é influenciado principalmente
pela distância, intensidade e pela
existência de barreiras de proteção
(roupas, paredes) entre a vítima e a
explosão.
Ondas de choque:

1. Irradiam-se da explosão e causam


lesões por três mecanismos:
a. Arremessar objetos próximos à área
da explosão contra a vítima, que
podem causar traumatismos fechados
ou abertos.
b. Deslocamento da própria vítima, que
se transforma em um míssil, se
ferindo ao cair ou se chocar com
outros objetos.
Ondas de choque:

c. Criação súbita e transitória de um


gradiente de pressão entre o ambiente
e o interior do corpo.
d. Os órgãos mais suscetíveis são os
ouvidos e os pulmões.
e. Os tímpanos são forçados para dentro
pelo aumento de pressão, podendo se
romper.
f. A compressão súbita do tórax pode
produzir pneumotórax e hemorragia
pulmonar.
Dados a avaliar na cena de
emergência:
Pergunte-se e tente responder, no local
do acidente, as seguintes questões:

1. O que aconteceu?
2. Procure reconstruir mentalmente como o
acidente ocorreu.
3. Que tipo de força (energia) foi aplicada?
4. Analise as forças que atuaram no evento
(desaceleração, aceleração, queda livre,
projétil de arma de fogo, etc.).
5. Que parte do corpo e em que direção essa
força atuou?
• Observar se atingiu as cavidades
corpóreas.
• Se há ferimentos de penetração e se o
paciente apresenta sinais de lesão de
órgãos internos.
• Quanto de força foi envolvida
(velocidade, massa, peso)?
Procure sempre calcular a quantidade
de energia envolvida, considerando a
velocidade, o peso e a massa dos
objetos e do paciente.
SUSPEITAR DE TRAUMATISMO
GRAVE NAS CONDIÇÕES
ABAIXO:
 Queda de altura superior a 6 metros.

 Colisões a mais de 32 Km/h.

 Ejeção da vítima para fora do veículo.

 Morte de um ocupante do veículo.

 Danos severos ao veículo.

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