ZEIS – Zonas Especiais de Interesse Social AEIS – Áreas Especiais de Interesse Social
• São Instrumentos Urbanísticos que definem regras para o uso e a ocupação do
solo nas cidades e estabelecem áreas da cidade destinadas para construção de moradia popular.
• As condições de ocupação do solo e a taxa de solo natural nas ZEIS
obedecerão a parâmetros específicos definidos em Plano Urbanístico elaborado para cada ZEIS pelo Órgão Municipal responsável pela urbanização destas zonas, com a participação das instâncias de gestão das ZEIS. O QUE SÃO PREZEIS PREZEIS – Plano de Regularização das Zonas Especiais de Interesse Social
• Mais que um conjunto de mecanismo, regras e procedimentos para
regular e regularizar as ZEIS consiste em um instrumento de planejamento e gestão e, por isso, depende, para sua efetividade, das articulações e confrontos entre diferentes agentes e interesses que influenciam as estratégias e políticas governamentais nas diversas conjunturas e que participam da produção do espaço urbano O QUE É HIS HIS – Habitação de Interesse Social
De acordo com a Lei Complementar 2927/2018 de Ribeirão Preto
Art. 3º. A Habitação de Interesse Social (HIS) é a solução de moradia ou a unidade habitacional, entendida como moradia digna, regular e atendida por equipamentos e serviços urbanos, destinada às famílias com renda familiar bruta mensal máxima de 6 (seis) salários mínimos. FINALIDADE • Incorporar a cidade clandestina à cidade legal; • Reconhecer a diversidade local no processo de desenvolvimento urbano; • Estender o direito à cidade e à cidadania; • Associar desenvolvimento urbano à gestão participativa; • Estimular a produção da Habitação de Interesse Social; • Estimular a regularização fundiária; • Estimular ampliação da oferta de serviços e equipamentos urbanos. RECIFE A primeira implantação de ZEIS foi em Recife em 1980. O QUE DIZ A LEGISLAÇÃO MUNICIPAL § 2º - Para o reconhecimento de ZEIS pelo Poder Público, será necessário o cumprimento dos seguintes requisitos: I - ter uso predominantemente habitacional; II - apresentar tipologia de população com renda familiar média igual ou inferior a 3 (três) salários mínimos; III - ter carência ou ausência de serviços de infra-estrutura básica; IV - possuir densidade habitacional não inferior a 30 (trinta) residências por hectare; V - ser passível de urbanização. ÁREAS ATINGIDAS FORMAS DE CONTROLE • Dentre os instrumentos de inibição, destacam-se os que estabelecem os lotes mínimos e os que proíbem os remembramentos, reforçando a conservação das características das ocupações locais, bem como o perfil social dos ocupantes. RESULTADOS ALCANÇADOS • A Lei do Prezeis (1987 atualizada em 1995) contribuiu para evitar a prática de governantes de remover a população pobre de zonas periféricas da cidade para distante do mercado de trabalho e dos equipamentos coletivos. Assim como contribuiu para promover a participação direta da população nas etapas de planejamento e implantação da urbanização e regulamentação fundiária das ZEIS – com a criação da Comissão de Urbanização e Legalização da Posse da Terral (COMUL) e Fórum do Prezeis. Atualmente existem 61 ZEIS, num universo de 94 bairros na cidade do Recife. ANÁLISE CRÍTICA • APONTAMENTO DAS POSITIVIDADES Controle dos tipos de habitações, perfil social dos habitantes e sem permitir que a especulação imobiliária influencie sobre o empreendimento. • APONTAMENTO DAS FRAGILIDADES Da mesma forma que é uma positividade, este fato também se torna uma fragilidade, visto que, não existe a possibilidade de melhorias da área que visa um padrão socioeconômico dos habitantes pré definido. DIADEMA As AEIS foram implantadas a partir da aprovação do Plano Diretor em 1994. O QUE DIZ A LEGISLAÇÃO MUNICIPAL • São aquelas destinadas à implantação ambientalmente sustentável de Empreendimentos Habitacionais de Interesse Social (EHIS) e Planos de Reurbanização de Interesse Social (PRIS), voltados ao atendimento da demanda da população de baixa renda através da produção habitacional e regularização fundiária e urbanística. Tabela – 1 Evolução da População de Diadema e % da TGCA ÁREAS ATINGIDAS Ano População Domicílios TGCA %
Tabela – 2 Evolução das Favelas e População nas Favelas
AEIS 1 Ano N° de Núcleos População*
1968 02 Sem informação AEIS 2 1970 31 12271 1980 128 79271 1991 197 95000 Mapa de Diadema em 1994 2000 207 103.800 Áreas de Interesse Social 1 – Vazias Áreas de Interesse Social 2 – Favelas Fonte: Prefeitura Municipal de Diadema (PMD) * Estimativa da PMD FORMAS DE CONTROLE • Os municípios do Grande ABC: Santo André, São Bernardo do Campo, Diadema e Mauá, utilizaram em seus planos diretores estabelecidos pós Constituição de 1988, o instrumento de Áreas Especiais de Interesse Social com função de regularizar as favelas e flexibilizar o padrão dos lotes das HIS, bem como facilitar a regularização fundiária.
• Porém somente Diadema conseguiu colocar Habitações de Interesse Social
nas AEIS. RESULTADOS ALCANÇADOS • Quando o plano foi aprovado a prefeitura procurou criar um canal negociação entre os movimentos de luta por moradia e os agentes do mercado imobiliário, um espaço que objetivava explicitar os conflitos da luta pela terra.
• Pela primeira vez os agentes produtores do espaço social urbano
poderiam planejar o desenvolvimento da cidade, pelo menos no que se referia a questão a política habitacional.
• O desenho inicial das Áreas Especiais de Interesse Social I - AEIS-
1 em Diadema era o de atender esta demanda favelada, desadensar as favelas e urbanizá-las, e procurar dar respostas ao movimento de luta por moradia. ANÁLISE CRÍTICA • APONTAMENTO DAS POSITIVIDADES O município já desenvolvia práticas de gestão participativa, por exemplo, a definição de investimentos através do Orçamento Participativo e no caso da habitação os investimentos da política habitacional são definidos através do Fundo e Conselho Municipal de Habitação de Interesse Social – FUMAPIS, neste caso a prática da escolhas das áreas onde haveria intervenção bem como aos recursos que deveriam ser investidos em infraestrutura.
• APONTAMENTO DAS FRAGILIDADES
Alguns problemas começaram a aparecer, por exemplo, sem a intermediação do poder público local, os agentes do mercado imobiliário se apropriaram do instrumento, e especulava sobre os preços dos terrenos, causando a comercialização desenfreada. RIBEIRÃO PRETO O QUE DIZ A LEGISLAÇÃO MUNICIPAL De acordo com a Lei 2927/2018 de Ribeirão Preto:
ZEIS 1 - áreas internas ao Perímetro Urbano desocupadas,
subutilizadas ou então glebas ainda não parceladas, cujo entorno está servido de equipamentos e infraestrutura, com grande potencial para produção de habitação de interesse social; ZEIS 2 - áreas ocupadas por comunidades em assentamentos precários e irregulares, com grande potencial de urbanização e produção de habitação de interesse social.
Classificação se aplica em todas as cidades
ÁREAS ATINGIDAS FORMAS DE CONTROLE • Só prevê o uso do solo e o perfil socioeconômico a serem utilizados, porém as outras restrições urbanísticas como tamanho do lote, gabarito, recuos, etc, são definidas pelo Plano Diretor da cidade. RESULTADOS ALCANÇADOS • Criação de grandes bairros, cuja localização se da próxima ou além do anel viário, esses bairros não possuem estrutura viária para ligação a cidade, o que eventualmente causa problemas com o trânsito e com transporte público. ANÁLISE CRÍTICA • APONTAMENTO DAS POSITIVIDADES Possibilidade teórica de garantia a habitações de interesse social.
• APONTAMENTO DAS FRAGILIDADES
Disponibilidade de terrenos extremamente restritas.