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SUMÁRIO

Prefácio 9
SPERMATOPHYTA - Organização Geral 11

FLOR
Introdução 12
Caracterização e constituição 13
Nomenclatura :.......................................................................... 14
Brácteas 18
Perianto 20
Androceu ,..................................................................................... 26
Gineceu 31
Inflorescência 32
Inflorescência racimosa 39
Inflorescência cimosa 40
Inflorescência composta 42
Prefloração 43
Diagrama e fórmula floral 44
Esporogênese e gametogênese nas Angiospermas 46
Formação do óvulo 48
Fecundação 50

FRUTO
Fruto e semente 56
Constituição 57
Tipos e classificação 58
Frutos simples secos 60
Frutos simples carnosos 64
Frutos múltiplos, pseudofrutos e infrutescências 65

SEMENTE
Definição, constituição e desenvolvimento 67
Tegumentos, res·ervase embrião 68
Partes constituintes 69
Disseminação 71
Germinação. 74

FOLHA
Introdução 76
Generalidades : "................................................................ 77
Nomenclatura :. 78
Limbo \................................................................................................................. 82
Folha composta ~....................................... 90
Filotaxia 91
Folhas reduzidas 92
Folhas modificadas 94
AULE
Introdução ., 96
eneralidades 97
PREFÁCIO
lassificação quanto ao habitat 98
Classificação quanto à ramificação 104 o campo de estudo da Botânica, ou Ciência das Plantas, é muito amplo e
Classificação quanto ao desenvolvimento 105 diversificado. Por meio da investigação descritiva e comparativa da morfologia
Classificação quanto à consistência e à forma e adaptações 106 dos vegetais, procura-se chegar à compreensão da história evolutiva de todo o
Reino Vegetal, nos diferentes períodos geológicos, durante o desenvolvimento
RAIZ de nosso planeta.
Introdução 108 A Organografia Vegetal, que se dedica ao estudo da morfologia externa
Generalidades 109 das plantas, representa não só um plano básico para o conhecimento da Botânica
Morfologia 110 no seu mais amplo sentido, como também constitui-se num campo fecundo para
Classificação quanto à origem e ao habitat 111 o trabalho botânico.
Classificação quanto ao habitat 112 Esta obra, que trata especialmente das plantas superiores, constitui um
Classificação quanto ao habitat e adaptações 114 preparo básico e um treinamento na terminologia para os que iniciam o estudo
Raiz e caule - diferenças 116 da Botânica, com especial ênfase para os que utilizam chaves de identificação de
famílias, no capítulo da Taxonomia.
PLANTA
Classificação quanto à longevidade e ao sexo................................................................ 116
A experiência obtida por vários anos com estudantes levou-nos a ordenar
a matéria de modo simples, prático e objetivo, a fim de que o aluno pudesse
ÍNDICE DAS FIGURAS 117
assimilar o assunto com relativa facilidade. Desse modo, a matéria é totalmente
apresentada sob a forma de quadros sinóticos, acompanhados, integralmente, de
REFERÊNCIAS ,.................. 124 exemplos bem familiares e das respectivas ilustrações. Estas se encontram, ge-
ralmente, na mesma folha do texto ou na página em frente, o que facilita, sobre-
maneira, a consulta e a compreensão.
As ilustrações, cujo número é elevado, são em geral baseadas em exempla-
res de plantas vivas e acompanhadas dos nomes científicos. Os títulos dos assun-
tos, bem como os números das figuras e das páginas, estão colocados de modo a
facilitar sua pesquisa e seu manuseio.
Assim, esperamos que esta 4a edição, revisada e ampliada, mas com a
mesma estrutura da Ia, 2a e 3a, sirva, a exemplo das edições anteriores, de grande
auxílio aos estudantes dos ciclos secundário e superior e constitua, também, fon-
te de recursos para professores.
Agradecemos à Dra Graziela Maciel Barroso e ao Dr. Luiz Emygdio de
Mello Filho pela atenção e paciência na leitura deste livro e pelas criteriosas e
enriquecedoras sugestões. Estendemos também nossos reconhecimentos aos pro-
fessores da área de Botânica Sistemática da UFV pela revisão cuidadosa desta
edição. Finalmente, mas não em último lugar, agradecemos a todos que, de al-
gum modo, de\m a sua contribuição nestas páginas.

Os Autores.
SPERMATOPHYTA - Organização Geral 11

Figura 1- Planta comPlílR - Crotalana zanzibarica Benth. (xiquexique ou guizo-de-cascavel).

Os vegetais superiores apresentam, na sua organização geral, órgãos essencialmente


vegetativos, como raiz, caule e folhas, e órgãos essencialmente reprodutores, como flores e
frutos (Fig. 1). Por apresentarem flores, são chamados .de Fanerógamos (Phanerogamae) e,
por apresentarem sementes, são denominados Espermatófitos (Spermatophyta).
12 FLOR - Introdução FLOR - Caracterização e Constituição l3

- DA FLOR AO FRUTO - reprodução sexual;


IMP RTÂNCIA
{ classificação das plantas (taxonomia);
industrial, medicinal, ornamental etc.

CARA TERES
(iERI\I { constituída de folhas modificadas
tes especializações.
(metamorfose foliar), com diferen-

FIJN(ÃO [ reprodução sexual.

OIU ,EM [ metamorfose foliar progressiva.

I)EFlNIÇÃO um eixo com folhas metamorfoseadas que, em conjunto, constituem


{ o aparelho reprodutor sexual das plantas superiores (Fanerógamos).

brácteas e bractéolas - folhas modificadas, localizadas próximo aos


verticilos florais; geralmente há duas bractéolas nas Dicotyledoneae e
uma nas Monocotyledoneae.
pedúnculo - eixo de sustentação da flor.
receptáculo - porção dilatada do extremo do pedúnculo, onde se
I'ARTE CONS-
inserem os verticilos florais.
'l'ITlJTNTES
( 1 1 '. ~)
I

externos ou [
protetores: cálice: conjunto de sépalas
verticilos perianto ou corola: conjunto de pétalas
florais perigônio

internos ou [androceu: conjunto de estames


reprodutores gineceu: conjunto de carpelos
pedicelo-- eixo de sustentação da flor na inflorescência pluriflora.
N(rJ'A
[ perigônio - existe a tendência de se chamar assim o perianto homocla-
rnídeo, típico em Monocotyledoneae.

"lume
f4~~~IJ.--7"'::-----~ gineceu

pétala

1(" [lI iulo


Figura 2 - Da flor ao fruto. sépala

bractéolas
A seqüência mostrada na Figura 2 indica que as flores produzem frutos. Sem elas,
estes não se formam. !lI lhill '\110 --------c:'---;~
-.,---------- bráctea
O fato de as flores se revestirem das mais variadas e lindas cores, de elas apresentarem
formas perfeitas ou bizarras, ou de desprenderem aromas geralmente agradáveis, como o dos
jasmins ou o das magnólias, revela um mecanismo natural de atração para animais, os quais,
ao visitarem as flores em busca de alimentos, promovem a polinização, marcando o início dos
fenômenos que conduzirão à formação dos frutos.
As flores e as suas variações estruturais serão estudadas detalhadamente nos tópicos
I Iv.111 I I Ccnstituição de uma flor completa.
subseqüentes.
14 FLOR - Nomenclatura FLOR - Nomenclatura
15

ped.unculada e pedicelada - com pedúnculo (Fig. 3) e com


Quanto ao
pedicelo. Ex.: xiquexique (Fig. lia).

r
pedúnculo
e pedi ceio séssil - sem pedúnculo e sem pedicelo, Ex.: cordão-de-
frade (Fig. 12e). '--
cíclica - peças florais dispostas em círculos concêntricos
Quanto à no receptáculo, formando verticilos. Ex.: Angiospermae: lí-
disposição rio, quaresma, flor de couve (Fig. 4a).
das peças
acíclica ou espiralada - peças florais, dispostas em espiral,
florais
em torno do receptáculo. Ex.: magnólia (Fig. 4b),
Gymnospermae.
aperiantada, aclamídea ou nua - ausência dos dois verti-
Quanto ao cilos protetores. Ex.: Gramineae, pimenta-do-reino (Fig. 4c).
número de
monoperiantada, monoclarnídea ou haploclamídea - au-
peças do
sência de um deles. Ex.: mamona (Fig. 4e, f).
perianto
diperiantada, diclarnídea ou diploclarnídea - presença de
cálice e corola. Ex.: lírio (Fig. 4d), brinco-de-princesa (Fig.
4g).
Quanto à hornoioclamídea ou homoclamídea - sépalas e pétalas se-'
homogenei- melh~n.tes eI? número, cor e forma, sendo chamadas tépalas:
dade do Ex.: Imo (FIg. 4d).
perianto [ heteroclamídea - sépalas e pétalas diferentes entre si. Ex.:
brinco-de-princesa (Fig. 4g).
unissexual feminina - ausência do androceu e presença do
NOMENCLA-
gineceu. Ex.: mamona (Fig. 4e).
TURAFLO- Flor cíclica
RAL Quanto ao unissexual masculina - ausência de gineceu e presença de
a) Brassica oleracea L. (couve)
sexo androceu. Ex.: mamona (Fig. 4f).
hermafrodita - dois sexos na mesma flor. Ex.: lírio (Fig.
4d), brinco-de-princesa (Fig. 4g).
estéril e neutra - androceu e gineceu não-funcionais e au-
sentes, respectivamente. Ex.: Arum sp., margarida (Fig. 4m).
oligostêmone - número de estames menor que o de pétalas
Quanto ao
(ou sépalas). Ex.: cardeal.
número de
estames isostêmone - número de estames igual ao de pétalas. Ex.:
em relação café.fumo,
ao de diplostêmone - número de estames em dobro ao de péta-
pétalas las. Ex.: quaresma, lírio, feijão.
polistêmone - número de estames superior (exceto o du-
plo) ao de pétalas. Ex.: goiaba.
hipógina - receptáculo plano a convexo; demais verticilos

t
Quanto à abaixo do gineceu; ovário súpero (Fig. 9i).
posição perígina - receptáculo escavado livre ou às vezes
relativa do concrescer:te até a m:t.ade, do ovário; d~I?ais ver~cilos em
gineceu torno do gmeceu; ovano supero ou semi-ínfero (FIg. 9h, k). Flor acíclica
b) Michelia champaca L. (magnólia)
'l· epígina - receptáculo escavado concrescente com todo o
ovário; demais verticilos acima do gineceu; ovário ínfero,
(Fig.9j).
Nota flor calcarada - aquela dotada de uma espora ou calcar,
situada no cálice, na corola ou em ambos. Ex.: chagas (Fig.
[
4n). Figura 4 - Classificação das flores quanto à disposição das peças florais.
16 FLOR - Nomenclatura FLOR - Nomenclatura l7

. espora
-\ «<0"""7""""--0---'--
,\lcar)

Flor calcarada
n) Tropaeolum majus L. (chagas)

antera reniforme

Flor aperiantada Flor trímera, diperiantada,


c) Piper nigrum L. (pimenta- homoclamídea, hermafrodita
do-reino) d) Hemerocallis fiava L. (lírio)

estames
ramificados

f) Flor Ci' e) Flor 9


Flor pentâmera, diperiantada, heteroclamídea, hermafródità
Flor unissexual, monoperiantada g) Hihiscus rosa-sinensis L. (brinco-de-princesa)
e, f) Ricinus communis L. (mamona)

Figura 4 - Classificação das flores quanto ao número de peças do perianto e quanto ao sexo. ura 4 - Flor - perianto e sexo; calcar; androceu monadelfo com andróforo.
18 FLOR - Brácteas
FLOR - Brácteas 19
férteis - brácteas com flores nas axilas. Ex.: três-marias (Fig. 4h), lírio (Fig,
4d).

vazias - sem flores nas axilas. São também chamada~éreis ou não-fér-


teis.

calículo - também chamado epicálice; um conjunto de brácteas dispostas


em círculo, na base do cálice, dando a impressão de um cálice suplementar.
Ex.: brinco-de-princesa (Fig. 4g).

cúpula - brácteas endurecidas persistentes na base de alguns frutos. Ex.:


TIPOS DE carvalho (Fig. 4i).
BRÁCTEAS
espata - bráctea desenvolvida, protegendo uma inflorescência. Ex.: bana-
na-de-macaco (Fig. 4j).
j) Monstera deliciosa Liebm.
glumas - duas brácteas estéreis que protegem a espigueta ou espícula, que é pólen (banana -de- macaco)
a inflorescência elementar das Gramineae. Ex.: arroz (Fig. 4k). filete

invólucro - conjunto de brácteas próximo à flor ou inflorescência, que as


rodeiam em maior ou menor grau. Ex.: salsa (Fig. 41).

periclínio - conjunto de brácteas que circundam a inflorescência em capí-


tulo. Ex.: margarida (Fig. 4m).
pálea
cúpula - chama-se também cúpula a porção que envolve a base de certos
NOTA frutos em maior ou menor grau, formada pelo eixo floral ou tubo do perianto.
[
Ex.: sassafrás (Fig. 241).

---.,~
gluma superior

k) Oryza sativa L.
(arroz)
periclínio
nvólucro

I) Petroselinum crispum m) Chiysanthemum leucanthemum L.


Bráctea fértil com flor (Mil!.) Nym. (salsa) (margarida)
Inflorescência monoperiantada
h) Bougainvillea glabra Choisy (três-marias)

Figura 4 - Tipo de bráctea. \liRura 4 - Tipos de brácteas.


20 FLOR - Perianto FLOR - Perianto 2\

Quanto à geralmente verde; quando da mesma cor que a da corola, - DURAÇÃO DO CÁLICE -
cor { o cálice é chamado petalóide. Ex.: lírio (Fig. 4d).

gamossépalo, sinsépalo ou monossépalo - quando as


sépalas estão soldadas entre si, em maior ou menor ex- fruto
Quanto à tensão. Ex.: cardeal (Fig. 61).
soldadura dialissépalo, corissépalo ou polissépalo - quando as
das sépalas
f sépalas são livres ou isoladas. Ex.: flor de couve (Fig.
6a).
~, .i' ,',' \)

I I
trímero - quando as sépalas são em número de três ou '1 I

CÁLICE
Quanto ao
número de
de seus múltiplos. Ex.: Monocotyledoneae (Fig. 4d). .)
10 verticilo [ tetrâmero ou pentâmero - com quatro ou cinco sépalas I
sépalas ou seus múltiplos. Ex.: Dicotyledoneae (Fig. 4g).
ou verticilo
protetor
externo caduco - quando cai antes de a flor ser fecundada.
persistente - quando persiste no fruto. Ex.: laranja (Fig. Cálice persistente Cálice marcescente Cálice acrescente
Sa). 11) Citrus aurantium L. b) Psidium guajava L. c) Physalis sp.
Quanto à marcescente - persistente, porém murcha. Ex.: goiaba (laranja) (goiaba) (iuá-de-sapo)
duração (Fig. Sh~
decíduo -'qJlando cai logo após a corola. Ex.: mostarda.
acrescente - além de persistente, desenvolve-se e cerca - SIMETRIA FLORAL -
o fruto. Ex.: juá-êie~o (Fig. Sc).

Quanto à a~tinomorfo ou radial - com vários planos de sime-


simetria tna.
{ zigomorfo ou bilateral- um só plano de simetria.
assimétrico - sem plano de simetria. I

Quanto à branca ou diversamente colorida; quando verde, a corola


{ é chamada sepalóide.
/'.
. <. .'
J
pétala r
'f='.
i .
cor ~
",' I \

" /' :'

~
gamopétala, simpétala ou monopétala - quando aS'pé-
Quanto à talas estão soldadas entre si, em maior ou menor exten- Desmembrada
soldadura são (Fig. 61). - ,
das pétalas dialipétala, coripétala ou polipétala - quando as péta-
f las estão livres entre si (Fig ..6a).
- MORFOLOGIA DA PÉTALA -

COROLA trímera - pétalas em número de três ou múltiplos.


20 verticilo Quanto ao Monocotyledoneae (Fig. 4d).
ou verticilo número de tetrâmera ou pentâmera - quando as pétalas são em
protetor
interno
pétalas
f número de quatro, cinco ou seus múltiplos. Dicotyle-
doneae (Fig. 4g).

Quanto à caduca. -
-.--
duração [ marcescente - rara ocorrência. Ex.: chapéu-de-couro.
?; - -~-
z-:

actinomorfa ou radial- rosa (Fig. Sd).


Quanto à i) Dianthus
zig~m?r~a ou bilateral- ervilha (Fig. Se).
simetria [ assimétrica. Completa chinensis L.
(cravina)
Morfologia [limbo - parte dilatada.
da pétala unha ou ungüícula - parte estreita (Fig, Si).
,) Pisum ,ari~m L.
(ervilha) V,~ "
Desmembrada

Figura S - Duração do cálice (a - e); simetria floral (d - e); morfologia da pétala (i).
FLOR - Perianto 23
22 FLOR - Perianto
_ DIALIPÉTALAS ACTINOMORFAS (a - c)-
DIALIPÉTALAS E ACTINOMORFAS:

crucífera ou cruciforme - pétalas em cruz, opostas 2 a


2. Ex.: flor de couve (Fig. 6a). ~
rosácea - cinco pétalas de unha curta e bordo arredon-
dado. Ex.: rosa (Figs. Sd; 6b). Crucífera
cariofilácea ou cariofilada - cinco pétalas de unha lon- a) Brassica oleracea L.
ga e bordos lacinulados. Ex.: cravina (Figs. Sf; 6c). (couve)

DIALIPÉTALAS E ZIGOMORFAS:

orquidácea ou orquidiforme - com três pétalas: duas


laterais, as asas e uma mediana, o labelo. Ex.: orquídea
(Fig.6d).
papilionada, papilionácea, mariposada ou
amariposada - com cinco pétalas desiguais: uma maior
e superior, chamada estandarte ou vexilo; duas menores
laterais, chamadas asas; duas inferiores mais internas,
envolvidas pelas asas, chamadas carena ou quilha. Ex.:
ervilha (Figs. Se; 6e).

GAMOPÉTALAS E ACTINOMORFAS:

tubulosa ou tubular - pétalas formando um tubo cilín-


drico ou quase, comprido, enquanto o limbo da corola é
ALIPÉTALAS ZIGOMORFAS (d - e)-
curto ou quase nulo. Ex.: margarida (Fig. 6f).
rotácea, rotada ou rotata - tubo curto, limbo plano, cir- Cariofilácea
COROLA
\~
(cont.)
Tipos cular, ordinariamente inteiro ou lobos arredondados (se-
melhante a uma roda). Ex.: tomate (Fig. 6g).
infundibuliforme - tubo alargando-se gradualmente, da
base para o cimo (afunilado). Ex.: enrola-semana (Fig.
6h).
\;\~\~~\
~ /

/'
c) Dianthus chinensis L.
(cravina)

campanulada - tubo alargando-se rapidamente na base,


\~" ~,\
,Ii\\ >,,~ ,/ <' /
'Â'Yh--
~ 7:/_
/' /':
- ...,
mantendo, depois, o diâmetro constante (em forma de \

sino ou campainha). Ex.: campainha (Fig. 6i).


urceolada - tubo alargando-se rapidamente na base e
estreitando-se para o cimo (em forma de jarro ou urna).
Ex.: Erica sp. (Fig. 6j).
hipocrateriforme - tubo comprido, alargando-se rapi-
damente na parte superior com o limbo plano (em for-
ma de taça ou salva). Ex.: vinca (Fig. 6k).

GAMOPÉTALAS E ZIGOMORFAS:

labiada - limbo dividido em um ou dois lábios. Ex.:


cardeal (Fig. 61).
personada, mascarina ou mascarila - com dois lábios
justapostos; o lábio inferior tem uma dilatação que fe- Papilionácea
cha a abertura da corola. Ex.: boca-de-Ieão (Fig. 6m). e) Pisum sativum L.
Iigulada - limbo em forma de língua, com o ápice Orquidácea (ervilha)
denteado. Ex.: margarida (Fig. 6n). d) Cattleya sp. (orquídea)
digitaliforme - forma de dedal ou dedo de luva. Ex.:
dedal eira (Fig. 60).

ANÔMALA - não se enquadra em nenhum dos tipos Figura 6 - Corolas dialipétalas - actinomorfas (a - c) e zigomorfas (d - e).
anteriores. Ex.: cana-da-índia (Fig. 6p).
24 FLOR - Perianto FLOR - Perianto
25
- GAMOPÉTALAS ACTINOMORFAS (f - k)- - GAMOPÉTALAS ZIGOMORFAS (1- 0)-

Labiada
I) Salvia splendens
Ker-Gawl. (cardeal) Personada
Hipocrateriforme m) Antirrhinum majus L.
k) Lochnera rosea (L.) (boca-de-leão)
Reichenb. (vinca)

-ANÔMALA-

Tubulosa
Digi taliforme
Rotácea f) Chrysanthemum p) Canna sp. (cana-da-índia)
o) Digitalis sp. (dedaleira)
g) Lycopersicum esculentum leucanthemum L.
Mil!. (tomate) (margarida)

Figura 6 - Corolas gamopétalas actinomorfas (f - k). Figura 6 - Corolas gamopétalas zigomorfas (1- o) e coro Ia anômala (p).
26 FLOR - Androceu FLOR - Androceu 27

filete - haste geralmente filamentosa encimada pela


Morfologia do antera.
estame conectivo - tecido pouco ou mu~desenvolvido, que
(Fig.7a) une as tecas da antera.
[ antera - porção dilatada, geralmente com duas tecas,
onde são formados os grãos de pólen.

ANDROCEU
Quanto ao
tamanho
relativo de
estames
homodínamo - esrames do mesmo tamanho. Ex.: to-
mate (Figs. 6g; 7g).
heterodínamo - estames de diferentes tamanhos. Ex.:
enrola-semana (Fig. 7b).
didínamo - quatro estames, dois maiores e dois meno-
res. Ex.: Bignoniaceae (Fig. 7c).
tetradínamo - seis estames, quatro maiores e dois me-
(
filete
Esquema
visto de
Visto de
trás
, \
\,\
~
~\

\;
\\

Conjunto de nores. Ex.: flor de couve (Fig. 7d). ~~


frente
estames
dialistêrnone - estames livres entre siJFig. 7b). ) Partes constituintes do estam e
Quanto à gamostêmone ou adelfo .; estames com filetes solda-
soldadura dos dos entre si, formando um ou mais feixes (Figs. 4g; 7f).
estames [ sinfisandro ou sinandro - estames totalmente solda-
I. dos entre si em um só corpo (Fig. 7e).

monadelfo - filetes soldados em maior ou menor ex-


tensão em um único feixe.Ex.: brinco-de-princesa (Fig.
4g).
Quanto à diadelfo - filetes soldados em dois feixes ou um feixe e Sinfisandro
adelfia um estame livre. Ex.: ervilha (Fig. 7f). e) Lobelia sp,
triadelfo - filetes soldados em três feixes.
poliadelfo - filetes soldados em mais de três feixes. esta~~nores (2)
Ex.: laranja (Fig. 7h). estaminóide
Quanto à simples - filete não-ramificado (Fig. 7b, c).
ramificação do composto (meristêmone) - filete ramificado, termi-
filete . [ nando cada ramo numa antera. Ex.: mamona (Fig. 4f).
, J

livres - anteras livres entre si (Fig. 7b, c).


ESTAMES Quanto à sinanteros ou singenéticos - estames soldados pelas
Órgãos soldadura da anteras, sendo livres os filetes. Ex.: margarida (Fig. 7g).
masculinos antera [ coniventes - filetes livres, e as anteras encostam-se
produtores de umas às outras. Ex.: tomate (Fig. 6g).
grãos de
pólen, donde Quanto à inclusos - estames que não aparecem na garganta da
se originam os posição em corola ou do cálice. Ex.: Allamanda sp., vinca.
gametas relação à excertos - estames que sobressaem na garganta do cá- ~
masculinos coroIa e à [ lice ou da corola. antera
(tubo soldadura epipétalos - estames adnatos às pétalas (Fig. 7b).
polínico)
estarninôides ou estaminôdios - são estames estéreis
geralmente de tamanho reduzido, sem anteras ou com
Sinantero
anteras sem pólen; por vezes se assemelham a pétalas
Diadelfo g) Chrysanthemum Heterodínamo
Nota (Fig.7c). Pisum sativum L. leucanthemum L. b) Ipomoea cairica L. Sweet.
[ andróforo - coluna formada por filetes concrescentes ( rvilha) (margarida) (enrola-semana)
de um androceu monadelfo (Fig. 4g).

lira 7 - Estames - morfologia (a), tamanhos(b - d) e soldaduras (e - g).


~I

28 FLOR - Androceu FLOR - Androceu 29

I - DEISCÊNCIA (d - f) INSERÇÃO (a - c)-

Poricida
f) Cassia speciosa
Schrad. (fedegoso)

I filete

l 1
Poliadelfo
Feixes de
Esquema
a) Apicefixa

estames

Longitudinal
11) Brassica oleracea L.
(couve)
Figura 7 - Androceu poliadelfo.

I' Quanto à
apicefixa - inserção do filete no ápice da antera (Figs.
7c; 8a).
inserção do dorsifixa - inserção do filete na região dorsal da antera
filete na (Fig. 8b, d).
li antera [ basifixa - inserção do filete na base da antera. Ex.:
fedegoso (Fig. 8c, f).

longitudinal ou rimosa - por meio de uma fenda lon-


gitudinal em cada teca e é a mais comum. Ex.: couve
Tipos de (Fig.8d).
ANTERA deiscência valvar - por meio de pequenas valvas. Ex.: abacate
(abertura) (Fig.8e).
poricida - por meio de poros apicais. Ex.: quaresma,
fedegoso (Fig. 8f).
di'
I
Posição de [ introrsa - abertura da antera voltada para o eixo da Vnlvar
acordo com a flor (para dentro). ) I \t/'sea americana
deiscência . extrorsa - abertura voltada para fora. Mill. (abacate)

Quanto ao [monoteca - com uma só teca (Fig. 4g).


número de diteca - com duas tecas (Fig. 8d). 1I!'tI 8 - Anteras - inserção dos filetes (a - c), número de tecas (d - e) e tipos de
tecas tetrateca - com quatro tecas (Fig. 8e). deiscência (d - f).
30 FLOR - ANDROCEU FLOR - Gineceu 31

caracteres apresenta número haplóide de cromossomos; o pó- ovário - parte basilar dilatada, delimitando um ou mais
{ len, em geral, tem coloração amarelada. Morfologia lóculos, onde se acham os óvulos.
é o corpúsculo que dará origem.aos gametas mas- do pistilo estil~te - par~e.tubular, mais ou menos alongada, em conti-
definição { culinos. (Fig.9a)
"'- [ nuaçao ao ovano.
forma - variável, em geral arredondada ou ovóide. GINECEU estigma - parte geralmente superior que recebe o pólen.
quanto ao agrupamento - a) isolado ou simples: Conjunto de
é o mais comum (Fig. 8g); b) em massas chama- dialicarpelar ou apocárpico - constituído. de carpelos livres
carpelos,
das políneos: o políneo possui um pedículo, cha- entre si, formando outros tantos pistilos. Ex.: rosa, folha-da-
morfologia 6rgãos
mado caudícula, preso a um disco glanduloso cha- fortuna (Fig. 9az>.
femininos da Quanto à
mado retináculo (Fig. 8h); c) agrupado ou com- gamocarpelar ou sincárpico - gineceu constituído de
flor que soldadura
ANTERA posto: quando os grãos se agrupam de 2 em 2, 4 carpelos concrescentes entre si, formando um só pistilo (Fig.
formam um dos carpelos
(cont.) Pólen em 4, 8 em 8 etc. (Fig. 8i). ~al); pode ser de carpelos abertos, ovário unilocular (Fig. 9g),
ou mais
ou fechados, ovário com mais de um lóculo. Ex.: espatódea
pistilos
apresenta duas membranas: a externa, chamada (Fig.9d).
exina, é lisa ou possui configurações variáveis e
poros (os poros germinativos), e a interna, cha- UniCarpelar - com um carpelo (Fig. 9c).
Quanto ao
mada intina; no seu interior, o grão de pólen apre- bicarpelar - com dois carpelos (Fig. 9d).
estrutura número de
senta, em geral, dois núcleos no seio do citoplasma, tricarpelar - com três carpelos (Fig. ge).
(Fig.8j) carpelos [
um menor, reprodutivo, e outro maior, nutritivo; pluriearpelar - mais de três carpelos (Fig. 9f).
admite-se que o macronúc1eo envolvido de
citoplasma constitui uma célula: a célula forma- Quanto à { variável- mais comumente cilíndrico.
dora do tubo polínico; o micronúcleo dará ori- ESTILETE forma
gem aos dois microgametas. Por onde terminal - quando sai do ápice do ovário. Ex.: alamanda
passa o tubo Quanto à (Fig.9b3)·
p línico inserção lateral- quando sai lateralmente ao ovário. Ex.: oiti.
[ ginobásico - quando sai aparentemente da base do ovário.
Ex.: cardeal (Fig. 9b).
exina
E TIGMA Quanto à { variável- globosa, ovóide, foliácea etc.
núcleo vegetativo políneo forma
Com papilas
ou indiViso - estigma único.
que recebem Quanto à
iiilIIb:>t.....,....,cron
Ú cleo
o põlen [
divisão [ ramificado - com divisões: bífido, bigloboso etc. (Fig. 9bl,
9bz e 9b4). .

estigma (5)

núcleo reprodutivo
ou Políneos pistilo Q)
estigma
Esquema micronúcleo h) Cattleya sp. e Orchissp. ~
j) Grão de pólen (orquídeas)
estilete

ovário

Esquema Gamocarpelar (5 carpelos) Dialicarpelar (4 carpelos)


g) Pólen simples Esquema a.) Hibiscus rosa-sinensis a) Kalanchoê pinnata' Pers.
i) Pólen agrupado L. (brinco-de-princesa) (folha-da-fortuna)

Figura 8 - Pólen - morfologia (g - i) e estrutura (i). I' gura 9 -Gineceu - morfologia do pistilo e soldadura dos carpelos (a, e a).
32 FLOR - Gineceu FLOR - Gineceu 33

11
b.) Bidens pilosa
L.\picão)

estilete ginobásico

~a

ovário Ovário bicarpelar e bilocular Ovário tricarpelar e trilocular


<--- estilete terminal 11) Spathodea campanulata e) Hemerocallis fiava L. (lírio)
+---
Beauv. (espatódea)

ovário
t---.-
nectário b4) Trimezia
b) Salvia splendens fosteriana
Ker-Gawl. (cardeal) Steyerm. (íris)

Figura 9 - Gineceu ', tipos de estilete e de estigmas.

unilocular - com um só lóculo, vindo de um carpelo


Quanto ao (xiquexique, Fig. 9c) ou mais (cravina, Fig. 9g).
número de bilocular - com dois lóculos. Ex.: espatódea (Fig. 9d).
lóculos trilocular - com três lóculos. Ex.: lírio (Fig. ge).
OVÁRIO (cavidades) [ plurilocular- mais de três lóculos. Ex.: brinco-de-prince-
sa (Fig. 9f).
Encerra os
óvulos no súpero - ovário livre; demais verticilos abaixo (hipóginos: vário unicarpelar e Ovário unilocular, Ovário pluricarpelar e
interior de fumo, Fig.9i) ou em torno do gineceu (períginos: cereja, unilocular bicarpelar plurilocular
cavidades (os rosa, Fig. 9h). ) Crotalaria zanzibarica g) Dianthus chinensis L. f) Hibiscus rosa-sinensis
lóculos) Quanto à Bcnth. (xiquexique) (cravina) L. (brinco-de-princesa)
ínfero - ovário aderente ao receptáculo; demais verticilos
posição
acima do gineceu (epíginos: Fuchsia sp., Fig. 9j).
semi-ínfero - ovário semi-aderente ao receptáculo; demais
verticilos em torno do gineceu (períginos: quaresma, Fig. ura 9 - Gineceu - ovários quanto ao número de carpelos e de lóculos, vistos em secção
L 9k). transversal.
34 FLOR - Gineceu FLOR - Gineceu 35

Definição corpúsculo onde se forma o gameta feminino; após a fecunda-


{ ção, transforma-se em semente.

funículo - cordão que liga o óvulo à placenta.


hilo - inserção do funículo ao óvulo.
integumentos - geralmente dois, primina e secundina, envol-
vendo a nucela, deixando entre si uma abertura, a micrópila.
nucela - tecido sem vasos, cuja base unida aos integumentos
Morfologia se chama calaza. No seu interior está o saco embrionário
(Fig.lOa1) com: seis células (uma oosfera, duas sinérgidas e três
antípodas) e dois núcleos (os núcleos polares, que geralmen-
te se fundem em um só, chamado mesocisto ou núcleo se-
cundário do saco embrionário, que vai originar o albume).
A oosfera é o gameta feminino, que, após a fecundação, vai
Esquema ( VULO formar o embrião da semente.

ortótropo - micrópila, saco embrionário, hilo e calaza acham-se


no prolongamento da mesma linha reta; micrópila voltada para
cima (Fig. lOaz).
anátropo - micrópila aproxima-se da placenta, ficando no ex-
tremo oposto ao da calaza; o funículo, um pouco alongado, tem
grande curvatura e une-se aos integumentos, formando uma li-
Tipos nha de soldadura, a rafe (Fig. lOb).
Esquema campilótropo - eixo da nucela e integumentos curvam-se em
ferradura; assim, a micrópila aproxima-se do hilo, da calaza(Fig.
Flor perígina, ovário súpero Flor hipógina, ovário súpero lOc).
h) Rosa sp. (rosa) i) Nicotiana tabacum L. (fumo) anfitropo - o eixo é reto, mas paralelo à placenta; o funículo,
encurvado junto ao óvulo, parece inserido na sua parte média
(Fig.lOd).

micrópila

oosfera

núcleos polares
saco embrionário
~t-t-t---J~~_._-
antípodas
nuce\a

calaza
Esquema Esquema

Flor perígina, ovário semi-ínfero


k) Tibouchina sp. (quaresma)
I) Esquema
Figura 9 - Gineceu - posição de ovários, vistos em esquemas e em secções longitudinais
de flores. I ura 10 - Estrutura do óvulo.
Gineceu 37
36
\ FLOR - Gineceu '/r,OR -

1'1 ,ACENTA {Definição { região interna do ovário onde se inserem os óvulos.


Esquemas:
Definição { distribuição das placentas no ovário.

axial - óvulos presos ao eixo central, em ovário septado. Ex.:


lírio (Figs. ge; 1Of).
central- óvulos presos numa coluna central, em ovário 1-locular.
Ex.: cravina (Figs. 9g; 10e).
parietal - óvulos presos na parede ovariana. Ex.: xiquexique
Tipos
s.e. (Figs. 9c; ior, i).
I'LACEN- apical - óvulos presos no ápice do ovário. Ex.: abacate (Fig.
I AÇÃO 10g).
basilar - óvulos presos na base do ovário. Ex.: girassol (Figs.
10h; 24i).

c Há quem considere que todo gineceu unicarpelar e dialicarpelar


possui placentação marginal; outros estendem este tipo de
Nota placen tação para alguns gamocarpelares (Cucurbitales). Aqui con-
[ sidera-se placentação parietal aquela situada na parede do ová-
rio ou no prolongamento desta parede.

- PLACENTAÇÃO-
I' quemas:

c) Campilótropo

e) Central g) Apical h) Basilar

b) Anátropo d) Anfítropo

i.) Parietal l-carpelar i1) Parietal 3-carpelar

Figura 10 - Ovários em secções longitudinais (esquerda) e transversais (direita), mos-


trando diferentes tipos de placentações.
Figura 10 - Tipos de óvulos. ,
INFWRESCÊNCIA RACIMOSA
38 INFLORESCÊNCIA

DEFINIÇÃO {é a disposição
\
dos ramos florais e das flores sobre eles.

QUANTO À "axilares - inflorescência na axila de folhas.


{ terminais - inflorescência no fim do ramo.
POSIÇÃO

QUANTO AO [UniflOra~ - uma flor na extremidade do pedúnculo ou eixo. Ex.: brin-


NÚMERO co-de-pnncesa.
plurifloras - várias flores no mesmo pedúnculo ou eixo. Ex.: uva.

PLURIFLO- {simples- eixo primário produz pedicelos com uma flor.


RAS compostas - eixo primário produz pedicelos que se ramificam.

indefinida, racimosa, centrípeta ou Esquemas:


monopodial - quando as flores se abrem, de
baixo para cima (Fig.Lla-e) ou da periferia para
o centro (Fig. l lf-g). Espádice
definida, cimosa, centrífuga ou simpodial - d) Monstera deliciosa Liebm.
TIPOS quando o extremo do eixo primário, cessando (banana-de-macaco)
o seu crescimento, termina numa flor que é a
primeira a abrir-se, o mesmo ocorrendo com Umbela
eixos secundários, que aparecem sucessivamen- Amento ' f) Asclepias curassavica L.
te (Fig. l2a-c) ou quando as flores se abrem do ) Acalypha sp. (falsa-erva-de-rato) Espiga
centro para a periferia (Fig. 12d-g). (rabo-de-macaco) c) Plantago major L.
(língua-de-vaca)
cacho ou racimo- flores situadas em pedicelos,
saindo de diversos níveis no eixo primário e
atingindo diferentes alturas. Ex.: couve,
xiquexique (Fig. lla).
corimbo - flores situadas em pedicelos saindo
de vários níveis do eixo primário e atingindo
todas a mesma altura. Ex.: espatódea (Fig. 11b).
espiga - flores sésseis ou subsésseis, situadas
em diversas alturas sobre um eixo primário.
Ex.: língua-de-vaca (Fig. lIc).
espádice - variação da espiga em que o eixo
primário é carnoso, as flores são geralmente
unissexuais e o conjunto é envolvido por uma
INDEFINI-
grande bráctea chamada espata. Ex.: Araceae,
DAS OU Corimbo
banana-de-macaco (Fig. lId).
RACIMOSAS amento - variação da espiga em que o eixo pri- b) Spathodea campanulata
(SIMPLES) mário geralmente é flexível e pendente e em Beauv. (espatódea)
geral apresenta flores unissexuais. Ex.: casta-
nheira, rabo-de-macaco (Fig. lIe).
umbela - flores situadas em pedicelos que saem
do mesmo ponto do ápice do eixo primário,
atingindo uma altura aproximadamente igual.
Ex.: falsa-erva-de-rato (Fig. 1If).
capítulo - quando o eixo se alarga na extremi-
dade superior, formando um receptáculo côn- Cacho Capítulo
11) Crotalaria zanzibarica Benth. g) Chrysanthemum leucanthemum L.
cavo, plano ou convexo, o toro, onde se insere
um conjunto de flores, rodeado por um con- (xiquexique) (margarida)
junto de brácteas, o periclínio. Ex.: Composuae,
margarida (Figs. 4m; l Ig).
Figura l l - Tipos de inflorescências racimosas.
40 INFLORESCÊNCIACIMOSA lNFLORESCÊNCIA CIMOSA 41

cima unípafa ou escorpióide - os ei- Esquemas:


monocásio -[quan- xos secundários saem
do, abaixo do eixo sempre do mesmo
primário terminado lado. Ex.: miosótis
por flor, forma-se (Fig. 12a).
um só eixo secundá- helicóide - os eixos
rio lateral, também secundários saem de
terminado por flor, e um lado e do outro,
assim sucessivamen- altemadamente. Ex.:
te. lírio (Fig. 12b).
cima bípara ou dicásio - sob a flor terminal
do eixo primário, partem dois secundários
opostos, também terminados por flor, os quais
podem igualmente originar dois outros, e as-
sim sucessivamente; o dicásio pode carecer de
flor terminal. Ex.: begônia (Fig. 12c),
Caryophyllaceae.
DEFINIDAS OU
cima multípara ou pleiocásio - eixo primário
CIMOSAS
termina por uma flor, do qual partem vários
(SIMPLES)
secundários, também terminados por uma flor,
que podem, igualmente, originar vários outros, Cima bípara ou dicásio
e assim sucessivamente. Ex.: ixora, jardineira c) Begonia sp. (begônia)
(Fig.12d).
glomérulo - flores sésseis ou subsésseis, mui-
to próximas entre si, aglomeradas, de configu-
ração mais ou menos globosa. Ex.: cordão-de- Glomérulo
frade (Fig. 12e). ) Leonotis nepetaefolia
ciátio - formado por uma flor feminina, nua, R. Br. (cordão-de-frade) Cima multípara ou
pedicelada, rodeada por várias masculinas, . pleiocásio
constituídas por um estame e todo o conjunto d) Pelargonium sp.
envolvido por um invólucro caliciforme de (jardineira)
brácteas, alternando-se com glândulas. Ex.:
coroa-de-cristo (Fig. 12f).
sicônio - o receptáculo é escavado, formando I:IMA UNÍPARA OU MONOCÁSIO (a e b)-
uma cavidade quase fechada, onde se inserem
flores unissexuais. Ex.: figo (Fig. 12g).

receptáculo

Escorpióide Helicóide
Sicônio a) Heliotropium indicum L. b) Hemerocallis fiava L.
g) Ficus carica (miosótis) (lírio)
L. (figo)
Ciátio
f) Euphorbia splendens Bojer.
(coroa-de-cristo)
Figura 12 - Tipos de inflorescências cimosas. 11m 12- Tipos de inflorescências cimosas.
42 INFLORESCÊNCIA COMPOSTA I'UEFLORAÇÃO 43

homogêneas - ramificação da \I"acimosa, Esquemas: Definição { é a disposição das peças florais (sépalas e pétalas) no
porém do mesmo tipo. Ex.: ~mbela de botão (antes da antese). <,

umbelas (Fig. 13a): panícula (cacho de


cachos, Fig. 13b). valvar- quando as peças florais (sépalas,pétalas) não se
recobrem, mas apenas se tocam pelos bordos (Fig. l4a).
heterogêneas - ramificação racimosa ou SimPles - margens não dobradas (Fig. l4a).
COMPOS-
cimosa, porém entre diferentes tipos. Ex.: induplicada - bordos dobrados para dentro
TAS dicásio de ciátios, como na coroa-de-cristo valvar (Fig.14b).
(Fig.13c). reduplicada - bordos dobrados para fora
I
mistas - mistura entre racimosa e cimosa. I'REFLORAÇÃO
f(Fig. l4c).
torcida, espiralada ou contorta - todas as peças florais
1I Ex.: dicásio de capítulos, como no botão- ou ESTIVAÇÃO são serni-internas (Fig. l4d).
I
de-ouro (Fig. 13d). Tipos imbricada - uma peça externa, uma interna e três serni-
I internas (Fig. l4e).
quincuncial- duas peças externas, duas internas e uma
semi-interna (Fig. 14f).
- INFLORESCÊNCIAS HOMOGÊNEAS -
I cocIear - imbricada, em que a peça externa não é ime-
diata à interna.
I
vexilar - o vexilo é a peça externa (Fig. l4g).
cocIear carenal- uma das peças da carena é a exter-
[
na (Fig. l4h)

""'('
') (r ~) )'",-'~
"r
I

I
'--~ ~J
I

,I
Umbela de umbelas
a) Petroselinum crispum
(Mil!.) Nym. (salsa) ~
a) Valvar simples

.r:
b) V. induplicada

~
c) V.reduplicada

II

d) Espiralada e) Imbricada f) Quincuncial

Dicásio de ciátios
- INFL. MISTA-
Dicásio de capítulos
d) Galinsoga parviflora
Cavo(botão-de-ouro)
n
vexilo

,,::-(v~
c) Euphorbia splendens Bojer. carenas
(coroa-de-cristo)
K)C. vexilar h) C. carenal
Figura 13 - Inflorescências compostas - homogêneas (a, b), heterogênea (c) e mista (d). ura 14 - Tipos de preflorações.
44 DIAGRAMA E FÓRMULA FLORAL li, IUlUlMA E FÓRMULA FLORAL

é a representação esquemática de um corte transver-


Definição sal do botão floral, projetada num plano e represen- ••••..,.------ sépala

v;
[ tando o número, a soldadura, a disposição das peças e
a simetria floral.

DIAGRAMA
FLORAL
Representa-
cortes transversais medianos de: ramo, brácteas,
sépalas, pétalas, anteras e ovário; sépalas e pétalas por
meio de arcos simples, podendo diferenciar-se as pri-
o~ -o:::::a

ção meiras por urna proeminência dorsal ou pela cor; a


(Fig. l Sa-c) ligação entre peças dos verticilos pode ser feita por c::::> ,..•.._-=-- pétala
meio de traços radiais ou laterais; peças abortadas total
ou parcialmente podem ser representadas por simples
pontos ou círculos, respectivamente.

Definição é a representação floral por meio de letras, números e a) Diagrama de: Hypoxis decumbens L. (falsa-tiririca)
[ símbolos.
Flor homoclamídea trímera (Monocotyledoneae)
d) Fórmula: S3 P3 E3 + 3 C(3) ou T 3 + 3 E3 + 3 C(3)
Os verticilos florais, por meio de suas iniciais maiús-
culas:
K ou S = cálice ou sépalas
C ou P = corola ou pétalas
A ou E = androceu ou estames
G ou C = gineceu ou carpelos
P ou T = perigônio ou tépalas

- o número é escrito à esquerda ou à direita de cada


um, usando o zero, quando não existir um verticilo
FÓRMULA qualquer e um ponto para peças atrofiadas; quando o
FLORAL Representa- número de peças for muito grande ou indefinido, usa-
ção se o símbolo infinito (00).
(Fig. ISd-f) - quando há dois verticilos da mesma natureza, inter-
põe-se o sinal + entre os números.
- a soldadura entre elementos do mesmo verticilo ou
de verticilos diferentes é representada por parênteses
para os números e por colchetes para as letras, respec-
tivamente; para a sinanteria e adelfia, pode-se usar
um arco ou traço sobre e sob o número, respectiva-
mente; a posição do ovário leva um traço de fração
acima ou abaixo da letra ou do número, conforme seja c) Diagrama de: Nicotiana tabacum
ínfero ou súpero, respectivamente. L. (fumo)
- a simetria floral pode ser representada por símbo- Flor heteroclamídea pentâmera
los: * para flor actinomorfa ou de simetria radial; J.- b) Diagrama de: Grotalaria zanzibarica gamopétala (Dicotyledoneae)
r
ou % para zigomorfa ou bilateral; para assimétrica; Benth. (xiquexique)
e ~ para acíclica ou espiralada. Flor heteroclamídea pentâmera dialipétala
(Dicotyledoneae)
e) Fórmula: Ss Ps E!.QCl

Figura IS - Tipos de diagramas e fórmulas florais.


46 1'81' ROGÊNESE E GAMETOGÊNESE NAS ANGIOSPERMAS 47
ESPOROGÊNESE E GAMETOGÊNESE NAS ANGIOSPERMAS

DEFINIÇÃO {é o pro.cesso de formação de esporos e gametas, respectivamente, nestes qucmas:


vepetals.
exotécio
micrOSPorogênese - processo que conduz à formação do grão de pó- feixe líbero-Ienhoso
len.
ESPORO-
GÊNESE
f macrosporogênese
nário do óvulo.
- processo que conduz à formação do saco embrio-

exotécio - camada externa ou epiderme da antera.


endotécio ou camada mecânica - subepidérmica, esclerificada, que
exerce papel importante na deiscência da antera.
estrato médio - uma ou mais camadas transitórias, entre o endotécio e
o tapete.
ESTRUTURA tapete ou camada nutritiva - situada em torno dos sacos polínicos. O
DAANTERA tapete e o estrato médio desaparecem na maturidade ao serem, em ge-
(Fig. 16a-b) ral, absorvidos pelas células germinativas.
sacos polínicos - que contêm as células-mãe dos grãos de pólen, cada
uma das quais, após sofrer meiose, irá formar quatro grãos de pólen. Na
antera madura, os quatro sacos polínicos, por fusão dos laterais, são, em
geral,em número de dois e contêm os grãos de pólen maduros.

a célula-mãe do grão de pólen sofre meiose; após a citocinese, for-


mam-se quatro micrósporos (haplóides, Fig. 16c); o núcleo do
micrósporo sofre uma divisão mitótica, resultando em dois núcleos, o
MICROSPO- ) Corte transversal da antera jovem b) Corte transversal da antera adulta
reprodutivo ou micronúcleo ou germinativo e o nutritivo ou
ROGÊNESE macronúcleo ou vegetativo; o micrósporo sofre modificações
(MICROGA- morfológicas, transformando-se em grão de pólen adulto: exina, com
"METO- config~rações e poros; intina, núcleo ou célula reprodutora, núcleo
GÊNESE) vegetanvo ou célula formadora do tubo polínico; o núcleo ou célula


reprodutora divide-se em dois e forma os núcleos sexuais masculinos:
os núcleos gametas ou espermáticos (Fig. 16d).

- FORMAÇÃO DO PÓLEN -
(, lula-mãe
sacos polínicos
Micrósporos

·:.:::··
) Microsporogênese (formação de grãos de pólen)
(2n)

e
estames célula-mãe do )
grão de pólen ou
microsporócito :.~~.:.
MICROSPOROGÊNESE .::.~:.:::
.,... .:.
MICROGAMETOGÊNESE grãos de pólen jo-
vens ou micrós- Micrósporo
poros (n)

.- núcleos
espermáticos J
grão de pólen
--- mitose ---

li) Microgametogênese (formação de microgametas ou núcleos espermáticos)

célula (ou núcleo)


reprodutora
~ Figura 16 - Estrutura da antera (a, b), formação do pólen e do tubo polínico (c, d).
48 FORMAÇÃO DO ÓVULO l'ORMAÇÃO DO ÓVULO 49
Formação da nucela e dos integumentos (Fig, 17a): Esquemas:
surge na parede interna do ovário (região placentária)
Nucela pequeno mamilo que, continuando o seu desenvolvi-
{ mento, acaba por formar um maciço tecido
parenquimatoso, chamado nucela.

em seguida, forma-se, em torno do referido mamilo,


um bordolete circular e, logo após, mais outro, os
Integu- quais, crescendo, vão formar os integumentos que
mentos
[ envolvem a nucela, deixando apenas uma abertura, a
micrópila.

Formação do saco embrionário (Fig. 17b-c):

Paralelamentea este desenvolvimento anteriormente

i
FORMAÇÃO DO
referido, no interior da nucela em formação, observa-
ÓVULO
se, próximo à micrópila, uma célula que se destaca
pelo seu maior volume: a célula-mãe do saco embri-
onário.

a célula-mãe do saco embrionário sofre meiose; após


a ci tocinese, formam- se q ua tro macrósporos Visto não em secção (completo)
(haplóides, Fig. 17b); três destas células degeneram-
Macrospo- se e o núcleo da quarta divide-se, formando dois, de-
pois quatro e depois oito núcleos; destes, seis cercam- ) Formação da nu cela e dos integumentos
rogênese
(macroga- se de citoplasma e dispõem-se da seguinte maneira:
metogê- três células ficam próximas da micrópila: a central é
nese) a oosfera e as duas laterais, sinérgidas; no pólo oposto
ficam as três antípodas; enquanto os dois núcleos

• constituem os núcleos polares ou mesocisto. Está


assim formado o saco embrionário, que contém o
gameta feminino ou oosfera (Fig. 17c).

- FORMAÇÃO DO SACO EMBRIONÁRIO -

nucela
h) Macrosporogênese (célula-mãe - macrósporo)

(2n)
óvulo célula-mãe do saco)
embrionário ou
MACROSPOROGÊNESE macrosporóci to
MACROGAMETOGÊNESE
saco embrionário jo-
vem ou macrósporo
(n)
+- oosfera

Mucrogametogênese (macrósporo - saco embrionário - oosfera)


saco
embrionário
lira 17 - Formação do óvulo (a - c).
FECUNDAÇÃO 51
50 FECUNDAÇÃO
A - POLINIZAÇÃO
- A FECUNDAÇÃO REALIZA-SE NO INTERIOR DAS FLORES -
, quando o agente polinizador é o vento. Ex.:
Definição {
Esquema: Gramineae (Fig. 4k).

Anemofilia flores pequenas; perianto nulo ou quase nulo, sem


aroma, cor e néctar; anteras bem expostas ao ar
Caracteres sobre filetes longos, finos e flexíveis; pólen em
[ grande quantidade; grãos pequenos, lisos e leves;
estigma em geral penado, de grande superfície.

Definição {os agentes polinizadores são animais.


SfNDRO-
MESDE flores com perianto de cores e formas variadas,
POLINI- Caracteres por vezes bizarras ou de c?nformação apropriada
ZAÇÃO [ ao pouso; com aroma e nectar.
Zoofilia
entomófilas - quando são os insetos. EX..: Salvia sp.
Tipos ornitófilas - quando são os pássaros. Ex.: Fuchsia
sp. (Fig. 19a).

rquiropterófilas - quando são os morcegos. Ex.:


Mabea fistulifera Mart.

Hidrofilia {Definição {quando a polinização é feita com auxílio da água.


Ex.: pinheirinho-d'água (Fig. 19b).
I.

Flor hidrófila
FASES DA Polinização - transporte do pólen da antera ao estigma da flor. ) Ceratophyllum demersum L.
FECUNDAÇÃO formação do tubo polínico - o grão de pólen caído no estigma floral (pinheirinho-d'água)
NASANGIOS- germina, através do estilete, formando um tubo, chamado tubo
PERMAE (Fig. polínico.
18)
ffecundação - fusão dos núcleos sexuais.
ura 19 - Polinização - ornitofilia (a), hidrofilia (b).
Figura 18 - Fases da fecundação nas Angiospermae.
52 FECUNDAÇÃO FECUNDAÇÃO 53

autopolinização - quando o pólen é recebido no estigma da mesma


flor; ocorre em plantas autógamas. Ex.: em flores cleistógamas (flores
que possuem os órgãos sexuais ocultos na corola, propiciando a
TIPOS DE polinização na mesma flor, como em ervilha (Fig. 20a).
POLINIZAÇÃO
polinização cruzada - quando a polinização se faz entre flores dife-
rentes de um mesmo indivíduo (geitonogamia) ou de indivíduos di-
ferentes (xenogamia); ocorre em plantas alógamas.Ex.: plantas dióicas.
IIII[ monoicia . {quando as plantas têm flores unissexuais sobre o mes-
mo indivíduo. Ex.: milho, mamona (Fig. 20b).
dióicia
{quando as plantas têm flores unissexuais sobre indi-
víduos diferentes. Ex.: tamareira.
quando os órgãos sexuais da mesma flor amadurecem
em tempos diferentes:
dicogamia protandria - quando o androceu amadurece primeiro
que o gineceu. Ex.: Compositae.
protoginia - quando for o gineceu o primeiro a ama-
FATORES QUE durecer. Ex.: cachimbo-de-turco (Fig. 20c).
FAVORECEM A
. {qUandO há barreira que impede ou dificulta a
POLINIZAÇÃO h ercoganua autopolinização. Ex.: orquídea, íris (Fig. 20d)
CRUZADA
quando uma espécie apresenta dois ou mais tipos de
indivíduos com flores de estames e pistilos de dimen-
f;ões diferentes (Fig. 20e):
heterostilia longestilia - quando o estilete é longo e os filetes são Planta monóica
, I
curtos. h) Ricinus communis L. (mamona)
brevestilia - quando as flores têm estilete curto e file-
tes longos.
auto-inCOm-{quandO as flores não são fecundadas ao serem
patibilidade polinizadas por seu próprio pólen.

Hercogamia
Heterostilia d) Trimezia fosteriana
) Primula sp. (primavera) Steyerm. (íris)
Flor cleistógama

a) Pisum sativum L. (ervilha)


c) Aristolochia sp.
(cachimbo-de- turco)

Figura 20 - Autopolinização (a) e dicogamia protogínica (c). Figura 20 - Monoicia (b), hercogamia (d) e heterostilia (e).
54 FECUNDAÇÃO
FECUNDAÇÃO
B - FORMAÇÃO DO TUBO POLÍNICO
c - FECUNDAÇÃO
o 6tão de pólen, retido no estigma por substâncias mucilaginosas aí
existentes, germina. A intina projeta-se através de um dos poros da os dois núcleos espermáticos penetram no saco embrionário; nas
exina, formando um tubo, o tubo polínico. Angiospermae ocorre uma dupla fecundação (Fig. 21); um dos nú-
cleos espermáticos funde-se com o núcleo da oosfera, formando o
o núcleo vegetativo, que dá origem ao tubo polínico, fica localiza- zigoto (diplóide), que dará origem ao embrião da semente.
FORMAÇÃO DO do próximo da extremidade do tubo.
TUBO POLÍNI- o outro núcleo espermático funde-se com os núcleos polares
CO (Fig. 20f) o tubo polínico desce através do estilete floral, em direção ao ová- DUPLA (mesocisto) e de tal fecundação se originará o albume das sementes,
rio, atravessando o canal ou digerindo o tecido condutor do estilete. I'ECUNDAÇÃO que é um tecido de reserva de natureza triplóide.
(Fig.20g).
o albume, também chamado endosperma secundário, é um tecido
o núcleo germinativo do pólen dá origem, por divisão, a dois nú- triplóide e pode estar ou não presente nas sementes, sendo, quando
cleos espermáticos; há a penetração do tubo polínico no óvulo e o ausente, absorvido durante a formação do embrião.
desaparecimento do núcleo vegetativo.
após a fecundação, em geral, as sinérgidas e as antípodas se desinte-
. [Caso mais geral, quando a penetração no óvulo se dá gram.
P orogamia [pela micrópila (Fig. 20g).
TIPOS DE
semente - origina-se do óvulo fecundado.
PENETRAÇÃO
meSOgamia - quando a penetração se faz pelos fruto - é originado do desenvolvimento do ovário, após ter ocorrido
DO TUBO
. integumentos. a fecundação.
POLÍNICO Aporogamia
[ NOTA
calazogamia - quando a penetração se faz pela calaza. partenogênese - é o desenvolvimento do óvulo, sem fecundação,
ou seja, é o desenvolvimento de um indivíduo a partir de um óvulo
não fecundado.

Esquema: -'---+J tubo


polínico
núcleo
grão de pólen -J@.~j'~~~-"espermático

estigma

.,..~,*-_núcleo
tubo polínico espermático

.r>:
f) Formação do tubo·
estilete polínico

g) Penetração do ulbume (3n) embrião (2n)


tubo polínico r
zigoto (2n)
ovário ~ núcleo espermático (n) .••
+---
oosfera (n)~ saco. ,.
li' embnonano tubo polínico
núcleos polares (2n) ./
núcleo espermático (n) .••.••..
- ~_
Figura 20 - Formação e penetração do tubo polínicc,
11 gura 21 - Fecundação nas Angiospermae.
57
56
FRUTO - Constituição
FRUTO E SEMENTE
é o ovário desenvolvido com as sementes já formadas; ou pode ser
DEFINIÇÃO ainda constituído de diversos ovários e ter ou não estruturas acessó-
[
rias (indúvias).
epicarpo - camada mais externa proveniente da
epiderme externa da parede ovariana.
mesocarpo - camada intermediária proveniente do
mesófilo carpelar. Quase sempre de grande espes-
Pericarpo sura, podendo ou não acumular reservas nos frutos
CONSTITUI- (parede do carnosos ou secos, respectivamente; em geral, é a
çÃO (Fig. 23a-d) fruto) parte comestível.
endocarpo - camada mais interna proveniente da
epiderme interna da parede ovariana que se acha
em contato com as sementes. Quando lenhificado,
constitui o caroço (nas drupas), podendo ser a par-
Semente te comestível, como na laranja.

cndocarpo

mesocarpo

epicarpo
Figura 22 - Diásporos - frutos e sementes.

A finalidade biológica do fruto é ser um envoltório protetor


para a semente, ao mesmo tempo que assegura a propagação e perpe-
tuação das espécies. Como os animais, em seu amor maternal, as plan-
tas protegem a sua prole e cuidam de sua sobrevivência.
Drupa
Realmente, durante o amadurecimento, muitos frutos adqui-
Simples monocárpico,
rem cores chamativas e aromas agradáveis ou tornam-se sucosos, e carnoso indeiscente.
seu sabor é apreciado por animais que, ao se alimentarem deles, des-
pejam as suas sementes à maior ou menor distância. Outros, ao con- b) Mangifera indica L. (manga)
trário, tornam-se frutos secos, porém sofrem diferentes processos de
abertura que permitem a libertação das suas sementes, havendo mes-
mo casos de deiscência explosiva, sendo aquelas lançadas a distância endocarpo Hesperídeo
relativamente grande, na dispersão. Simples sincárpico,
epicarpo
carnoso indeiscente
~-,t-- semente
Muitas vezes os próprios frutos apresentam configurações
mesocarpo a) Citrus aurantium L. (laranja)
morfológicas que lhes permitem participar ativamente na dissemina-
ção das sementes. Assim, são encontrados frutos com espinhos, gan-
chos e outras excrecências que facilmente aderem aos corpos dos ani-
mais ou apresentam-se plumosos ou leves, o que vem, então, facilitar Baga
o seu transporte, em virtude do vento. Simples sincárpico,
carnoso indeiscente
Os frutos têm grandes variações estruturais. Estas, por sua vez,
c) Lycopersicum esculentum Mill.
dependem da natureza ou das variações que existem na organização
do gineceu das flores. Mais ainda, muitas vezes o fruto não é formado (tomate)
unicamente pelo ovário da flor, visto que outras peças podem estar Figura 23 - Partes constituintes dos frutos, vistos em secções (a - c). Frutos simples,
representadas nos frutos, como: pedúnculo, receptáculo, cálice e
carnosos.
brácteas,
58 FRUTO - Tipos e classificação FRUTO - Tipos e classificação

monospérmicos - com uma só semente.


Quanto ao
dispérmicos - com duas sementes.
número de I'''' v,
trispérmicos - com três sementes.
sementes { drupas
polispérmicos - com várias sementes.
s~ente I,: "
receptáculo
Quanto à [ I . ,"' .A.<f---'--
consistência secos - com pericarpo não-suculento.
TIPOS
do pericarpo camosos - com pericarpo espesso e suculento. ~
---
Fruto isolado
Quanto à deiscentes - abrem-se, quando maduros. Corte longitudinal
(drupa)
deiscência [ indeiscentes - não se abrem. do fruto

Quanto ao monocárpicos - provenientes de gineceu unicarpelar.


número de apocárpicos - provenientes de gineceu dialicarpelar.
[ sincárpicos - provenientes de gineceu gamocarpelar.
carpelos

resultam de um ovário apenas, de uma só flor Polidrupa


Simples
(monocárpico ou sincárpico). Ex.: legume
(Fig. 23a-e) [ (monocárpico), hesperídeo (sincárpico).

OU agregados; resultam dos diversos ovários de uma


Múltiplos Múltiplo
flor dialicarpelar (apocárpicos). Cada ovário dá ori-
t) Rubus rosaefolius Smith.
(Fig.23f) [
gem a um aquênio ou uma drupa ou um folículo etc,
CLASSIFICA- (framboesa)
Ex.: framboesa, morango.
çÃO
Compostos OU infrutescências; resultam da concrescência dos
(Fig.23g) ovários das flores de uma inflorescência. Ex.: abaca-
[
xi.

OUpseudofrutos; resultam de uma só flor, quando


C om Iexos . . ,. , , . .
(F P23h) o~tras partes fldtals. (ll~d_uvlas),al~m do ?vano, parn-
19. [ cipam da sua consunuçao, Ex.: pera, caiu.

partenocarpia - é o desenvolvimento do fruto sem que haja fecun-


NOTA [ dação. Ex.: banana, larania-da-bahia etc.

receptáculo

Drupa
Legume
Simples monocárpico,
Simples monocárpico,
carnoso, indeiscente Pomo
·~~~~\--testa seco, deiscente
P"~~~,,-- albume
JL __ :tIi--,\,---valvas
en~ocarpo
-eplcarpo

mesocarpo \IA...-+-- semente


embrião
Pseudofruto Infru tescência
h) Pyrus communis L. (pêra) g) Ananas comosus (L.)
Merril. (abacaxi)
d) Cocos nucifera L. (coco) e) Crotalaria zanzibarica Benth.
(xiquexique) Figura 23 _ Fruto múltiplo com detalhes em secção longitudinal e COI~ o p~queno fruto
Figura 23 - Fruto indeiscente (d) e deiscente (e) co.i. diagrama da deiscência. isolado (f); infrutescência (g); pseudofruto em secçao longitudinal (h).
60 FRUTOS SIMPLES SECOS fil UTOS SIMPLES SECOS 61

UniValvo, com uma deiscência longitudinal,


folículo monocárpico, geralmente polispérmico. Ex.:
[
magnólia, chichá (Fig. 24a).

biValVo, com duas deiscências longitudinais, margem carpelar


legume monocárpico, geralmente polispérmico. Ex.: fei-
[ jão, xiquexique (Fig. 23e).

fruto capsular bivalvo, com quatro deiscências lon-


gitudinais, abrindo-se de baixo para cima,
síliqua
[ sincárpico, geralmente polispérmico. Ex.: mostar-
da, couve (Fig, 24b).

número de valvas e de carpelos variáveis,


sincárpico, em geral polispérmico.

cápsula denticida - fendas por


dentes apicais. Ex.: cravina (Fig.
24d).
Deiscentes
c. loculicida - fendas ao longo das
cápsula nervuras dorsais das folhas
carpelares. Ex.: lírio (Fig. 24e).
deiscência
longitudinal c. septicida - fendas ao longo dos
Folículo
septos, isolando cada lóculo. Ex.: u) terculia chicha St. -
FRUTOS fumo (Fig. 24f). Hill. (chichá) Opecarpo
SIMPLES c) Papauer somniferum L.
c. septífraga - rutura dos septos
SECOS (papoula)
paralela ao eixo dos frutos. Ex.: dentes
estramônio (Fig. 24g).

fruto capsular porífero, deiscente por poros,


opecarpo { sincárpico, geralmente polispérmico. Ex.: papou-
la (Fig. 24c~.

fruto capsular com urna e opérculo, com uma cálice


pixídio deiscência transversal, sincárpico, geralmente
{
polispérmico. Ex.: sapucaia (Fig. 24h).

monocárpico ou sincárpico, monospérmico, se-


aquênio mente presa a um só ponto do pericarpo. Ex.: gi-
{
rassol, picão, serralha (Fig. 24i).
brácteas
sincárpico, monospérmico, tegumento da semen-
cariopse te totalmente ligado ao pericarpo. Ex.: arroz, tri-
{ go, milho (Fig. 24j).
Indeiscen-
tes
monocárpico ou sincárpico, monospé .mico,
sâmara pericarpo com expansão alada. Ex.: olmeiro, cipó-
{
de-asa (Fig. 24k).
Cápsula denticida Síliqua
também chamado bolota, geralmente sincárpico, d) Dianthus chinensis L. (cravina) b) Brassica oleracea L. (couve)
glande monospérmico, pericarpo envolvido na base por
{
uma cúpula. Ex.: carvalho, sassafrás (Fig. 241).

ligura 24 -Frutos simples, secos, deiscentes (a - d) e com diagramas da deiscência (a - b).


FRUTOS SIMPLES SECOS 63
62 FRUTOS SIMPLES SECOS
semente

I!

I;

Cápsula septicida
f) Nicotiana tabacum L.
(fumo)

Aquênios
I) Helianthus annuus L.
(girassol), Bidens pilosa L.
(picão) e Sonchus oleraceus
L. (serralha)
Cápsula loculicida
e) Hemerocallis fiava L. (lírio)
aquênio
/Y/./
'/,J'

Pixídio
h) Lecythis sp.
(sapucaia)
Ilpula

lande
Sâmara
I) Ocotea pretiosa (Nees)
k) Stigmaphyllon sp.
~ez. (sassafrás)
(cipó-de-asa)
Cápsula septífraga , .
, g) Datura stramonium L. (estramônio)
111'1I 24 - Frutos simples, secos, indeiscentes (i -I). Três tipos diferentes de aquênio (i),
o do girassol em secção longitudinal, mostrando o único lóculo e a única
Figura 24 - Frutos simples, secos, dei~c~n~es, com respectivos detalhes em secção trans-
semente.
versal- cápsulas (e - g); pixídio (h).
64 FRUTOS MÚLTIPLOS, PSEUDOFUTOS E INFRUTESCÊNCIAS 65
FRUTOS SIMPLES CARNOSOS

geralmente monocárpico, monospérmico, F. MÚLTIPLOS {como exemplos, têm-se rosa (poliaquênio, Fig. 25e), magnólia
endocarpo endurecido, concrescente, com a se- (polifolículo, Fig. 25g), framboesa (polidrupa, Fig. 23f) etc.
drupa
[ mente formando o caroço. Ex.: azeitona, manga
(Fig. 23b), coco (Fig. 23d), pêssego (Fig. 25a). Como exemplos, têm-se caju (Fig. 25d) e hovênia (Fig. 25f); com-
preendem tipos que, por vezes, recebem nomes especiais:
geralmente sincárpico, polispérmico e endocarpo,
não formando osso ou caroço. Ex.: uva, mamão, SinCárPico, proveniente de um ovário ínfero,
baga goiaba, café, tomate (Fig. 23c). pomo indeiscente, carnoso, sendo a parte carnosa forma-

1Há bagas com nomes especiais: hesperídeo e [ da pelo receptáculo. Ex.: maçã, pêra (Fig. 23h).
FRUTOS PSEUDO-
Indeis- peponídeo.
SIMPLES I'RUTOS SinCárPico, proveniente de um ovário ínfero,
CARNO- centes
SinCárPiCO' proveniente de um ovário súpero. indeiscente; o receptáculo tem grande desenvolvi-
SOS Epicarpo com essências; endocarpo membranoso mento, mas o pericarpo é seco. Tem vários lóculos
hesperídeo revestido, no seu interior, por numerosos pêlos balausta dispostos em dois ou mais andares. A parte comes-
[ repletos de suco, que constituem a parte comestí- [ tível é o episperma das sementes, que é sucoso. Ex.:
vel. Ex.: limão, laranja (Fig. 23a). romã (Fig. 25c).

SinCárPico, proveniente de um ovário ínfero. Às Como exemplos, têm-se jaca e amora; compreendem tipos que, por
peponídeo vezes, pela reabsorção dos septos e da polpa, for- vezes, recebem nomes especiais, a saber:
[ ma-se uma grande cavidade central. Ex.: melão, lNFRUTES- ovário, demais peças florais e eixo da inflorescência
melancia, abóbora (Fig. 25b). sorose
_tNCIAS [ tornam-se carnudos. Ex.: abacaxi (Fig. 23g).

receptáculo carnoso, internamente oco, dentro do


sicônio [ qual acham-se os frutos. Ex.: figo (Fig. 25h).
mesocarpo

pedúnculo
(comestível)

endocarpo

Drupa
Peponídeo
a) Prunus persica (L.) Batsch Pseudofruto
b) Cucurbita pepo L. (abóbora)
(pêssego) d) Anacardium occidentale L. -(caju)
.) Punica granatum L. (romã)

Figura 25 - Frutos simples, carnosos, em cortes longitudinais. Figura 25 - Tipos de pseudofrutos.


66 FRUTOS MÚLTIPLOS, PSEUDOFUTOS E INFRUTESCÊNCIAS 67
SEMENTE - Definição, Constituição e Desenvolvimento

é o óvulo desenvolvido após a fecundação, contendo o embrião, com


DEFINIÇÃO { ou sem reservas nutritivas, protegido pelo tegumento.

Tegumento { testa
ou casca tégmen ou tegma
CONSTITUI- radíCUla
çÃO DA SE- caulículo
MENTE (Fig. 27) Amêndoa embrião gêmula
[
cotilédones
[
reservas: albume ou endosperma ou perisperma
Formação do embrião:
Poliaquênio (múltiplo) o zigoto diplóide (proveniente da fusão do microgameta com a
e) Rosa sp. (rosa) oosfera) divide-se em duas células. A mais externa, encostada à
micrópila, por divisões sucessivas, forma um cordão, o suspensor,
receptáculo ligado por um lado ao saco embrionário, por onde recebe substânci-
as nutritivas; o suspensor tem vida efêmera. A mais interna,
concomitantemente, por divisões sucessivas, forma o embrião, que
DESENVOLVI- é a futura planta.
MENTODA
SEMENTE Formação de reservas:
(Fig.26)
ao mesmo tempo em que os fenômenos acima se verificam, o núcleo
triplóide (proveniente da fusão do microgameta com o mesocisto),
por divisões sucessivas, formará um tecido de reserva, o albume.
fruto
Formação do tegumento:

pedúnculo (comestível) os integumentos dos óvulos, geralmente, vão originar o tegumento,


que é o revestimento protetor da semente.
Pseudofruto
f) Hovenia dulcis Thunb.
(hovênia) célula do
célula do suspensor
embrião
\
albume em
semente formação

:e!b...---- radícula
Sicônio \':.+-~,&---caulículo
r::&fAot:-YJ~,---- gêmula
h) Ficus carica L. (figo) ~!i--- cotilédone
tegumento
albume

Polifolículo
g) Michelia champaca L.
(magnólia)

Figura 2S - Frutos múltiplos (e, g) com detalhes em secção longitudinal (e) e de um fruto
isolado (g); pseudofruto (f); infrutescência (h).
Figura 26 - Esquema de formação do embrião e do albume.
68 SEMENTES - Tegumentos, Reservas e Embrião SUMENTES - Partes Constituintes 69

- TEGUMENTOS - - PARTES CONSTITUINTES-


a) Corte longitudinal de perfil
bitegUmenta~as - constituídas de testa (externo) e tegma (inter-
TIPOS DE
no). Ex.: Angwspermae. a) Ricinus communis L.
SEMENTES unitegumentadas - constituídas de um tegumento. Ex.: (mamona)
QUANTO AO Gymnospermae.
NÚMERO DE albume
[ ategumentadas - sem tegumento, estando a amêndoa protegida di-
TEGUMENTOS retamente pelo pericardo do fruto. Ex.: Loranthaceae.

arilo - excrescência carnosa que se forma no funículo ou no hilo, cotilédone


cobrindo a semente total ou parcialmente. Ex.: maracujá (Fig. 27d).
TEGUMENTO arilóide - excrescência que se origina do tegumento em torno da
SUPLEMENTAR micrópila. Ex.: noz-moscada (Fig. 27e). tegumento
carúncula - excrescência do tegumento, de pequenas dimensões,
junto à micrópila. Ex.: mamona (Fig. 27a). plúmula
hipocótilo

- RESERVAS DA SEMENTE - carúncula


albume ou já definido anteriormente. É posterior à fecunda-
endosperma ção. Pode ocorrer na semente ou desaparecer du-
[
secundário rante a formação do embrião. Ex.: milho.

tecido originado pela parte da nucela, persistente,


TIPOS DE perisperma durante a formação do albume. O perisperma pode
RESERVA [ ser a única reserva da semente (Cannaceae) ou ocor-
re juntamente com o albume (Piperaceae).

endosperma [tecido originado do macrósporo e, portanto,


ou end. haplóide. E anterior à fecundação. Ex.:
primário Gymnospermae.

SEMENTES albUminadaS { com tecidos de reservas.


QUANTO À folhas da gêmula
PRESENÇA DE exalbumi- . sem tecidos de reser ,. Ex.: orquídeas, Af!""'''''''..--
[ nadas { Leguminosae. caulículo
ALBUME
radícula

-EMBRIÃd-

radícula {raiz rudimentar.


gêmula ou é o cone vegetauvo ap.cai, co.. .) prirnórdios das cotilédones
PARTES CONS- plúmula { primeiras folhas propriamente ditas.
TITUINTES
embrião
(Fig.27a-b) cotilédo- ré a primeira ou são as primeiras folhas das
ne r.-' Lr'hanerogumae.
[ caulículo { é a porção caulinar do embrião. b) Phaseolus vulgaris L.
(feijão)
O embrião pode ter:
NÚMERO DE um cotilédone: caracteriza as Monocotyledoneae.
COTILÉDONES [
dois cotilédones: caracterizam as Dicotyledoneae.
vários cotilédones: em muitas Gymnospermae. Ex.: Pinus sp.
Figura 27 - Partes constituintes da semente da mamona (a) e do feijão (b).
70 SEMENTE - Disseminação 71
SEMENTES - Partes Constituintes
- DISSEMINAÇÃO DAS SEMENTES E DOS FRUTOS (DIÁSPOROS) -

Processo pelo qual os diásporos s~o ~is~ersados, isto é, são tra~s?ortados


arilo DEFI- ou lançados a maior ou menor distância da planta que os orrgmou. Os
NIÇÃO [ diásporos são as unidades orgânicas (sementes, frutos ou propágulos) desti-
sr--w-+t--'-semente nadas à propagação das plantas.

An?,oPo- fi' {qUandO é feita pelo homem, acidental ou espon-


cona { de inição taneamente (Fig. 28a).

r definição {quando feita com auxílio dos animais.

frutos e sementes com pêlos e espinhos que ade-


rem ao corpo dos animais. Ex.: carrapicho (Fig.
Zoocoria 28b), picão (Fig. 28c) e carrapicho-de-carneiro
caracteres (Fig. 28d). Outras vezes, são ingeridas por aves,
d) Passijlora sp. macacos e outros animais, sendo as semen tes dis-
(maracujá) seminadas junto com as fezes. Ex.: erva-de-pas-
sarinho.

definição {quando feita com auxílio do vento.


I escutelo sementes e frutos levesou minúsculos. Ex.: semen-
Anemocoria tes de orquídeas. Outras podem ter expansões
e) Myristicafragans
(noz-moscada)
Houtt
\ ''/~H-.:.c..:.o.:.:le:..:óptila
plúmula
caracteres alifonnes: pente-de-macaco (Fig. 28e),ou pêlos com
[ aspecto de pára-quedas: paineira (Fig. 28h), ofi-
cial-de-sala (Fig. 28g) e língua-de-vaca (Fig. 28f).

albume
l· SÍNDRO-
MESDE
definição {quando feita com auxílio da água.
DISSEMI-
NAÇÃO semen~ese frutos com cutícula impermeável, Ex.:
Embrião Hidrocoria coco. E comum apresentarem flutuadores espe-
c) Zea mays L.
(milho) caracteres ciais, como tecido esponjoso ou sacos aeríferos.

plântula
embrião já desenvolvido em conseqüência da ger-
[ minação; plantinha recém-nascida.
rEx.: Hernandia guianensis (ventosa) e pinheirinho-
d'água (Fig. 19b).

definição {quando feita pelo próprio vegetal.


hipocótilo eixo do embrião ou de uma plântula, abaixo da in-
[ serção dos cotilédones. Autocoria frutos que se abrem com grande pressão, lançan-
\
{ caracteres do as sementes a distância. Ex.: beijo-de-frade
[ (Fig.28i).
epicótilo primeiro entrenó da plântula, acima da inserção dos
[ cotilédones.
fdefinição {quando feita pela ação da gravidade.
NOTA bainha fechada do embrião das Gramineae e de ou- Barocoria
tras Monocotyledoneae que representa a primeira Lcaracteres {sementes ou frutos pesados. Ex.: abacate.
coleóptila
(Fig.27c) [ folha da plântula (excluindo o escutelo), dentro da quando os pedúnculos, após a fecundação, enter-
qual está a plúmula. Geocarpia [d'finiç,o ram no solo os próprios frutos, onde amadure-
coleorriza [ cem. Ex.: amendoim (Fig. 28j).
bainha fechada do embrião das Gramineae, dentro
(Fig.27c) [ da qual está a radícula.
escutelo
(Fig.27c) [é o cotilédone das Gramineae.

Figura 27 - Tipos de tegumento suplementar das sementes (d, e) e secção longitudinal do


milho mostrando o embrião e a reserva da semente (c).
72 SEMENTE - Disseminação EMENTE - Disseminação 73

Antropocoria
a) Esquema

Zoocoria
c) Bidens pilosa L. '.,
(picão) ~. . ... " .. .
• ",o

. I" \.
'..
.: ': '. ~
.' II

• '1
','
• ~ I -

't' j

Geocarpia

~\f~
\(. ,','I ,
j) Arachis hypogaea L. (amendoim)

Aberto

Anernocoria
f) Chaptalia nutans (L.) Polak
~ ~~\ \ \ III~'I ,'//
(língua-de-vaca) i\ i'l Ii //~ / L.

~ Igf/j:f?>:4~
JI '( '; i) I~~~~:;talsamina
Zoocoria y; .. r •• ~~'~O~~.frnd')
d) Acanthospermum hispidum De.
II;~~,
~ /Yd
.:/.y~ L/L',,,
'~'..•. \...... ,.,,,,.
--- -
(carrapicho-de-carneiro)

~
I

,/.'
'tI
I

.
~'
;.c '
-:
<,
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" \... • I"
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•. :
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\.:~r . '. \... , , (


( /
(~k,- '\: /. ' ~\ '. C . ' )
/.·í . " .. ' c..., .
,~'-<'t$~>~'
Anemocoria I- '<,

Zoocoria g) Asclepias curassavica


b) Zornia diphylla Pers. Anemocoria L. (oficial-de-sala)
(carrapicho) e) Pithecoctenium echinatum (Jacq.) h) Chorisia speciosa S1.Hill.
Schum. (pente-de-macaco) (paineira)

Figura 28 - Disseminação de sementes e frutos (diásporos). Figura 28 - Disseminação de sementes e frutos (diásporos).
74 SEMENTE - Germi:r ção EMENTE - Germinação 75

- GERMINAÇÃO DAS SEMENTES-


. folha primária
consiste na retomada do processo de desenvolvimento do em-
DEFINIÇÃO brião e da conseqüente saída da plântula do interior da semen-
[
te.

1°) O alimento para a plântula crescer e desenvolver-se é, na


primeira fase da germinação, retirado das reservas contidas na
própria semente.

CARACTERES 2°) Esgotadas as reservas alimentares da semente, a plântula,


nesta segunda fase da germinação, já possui pêlos radiculares e
parênquima clorofiliano nas folhas, de tal modo que já pode
retirar do solo água e princípios minerais e transformá-I os em
matérias orgânicas.

epígea - quando os cotilédones saem da semente e se elevam folha da gêmula--...._


acima do solo. Ex.: feijão, mamo na. .
TIPOS DE GER-
MINAÇÃO [ hipógea - quando os cotilédones permanecem sob a terra. Ex.:
milho, ervilha.

a semente começa a amolecer e intumescer-se, em virtude da


hidratação, o que provoca a rutura do tegumento.

a radícula exterioriza-se em direção geotrópica positiva; o


caulículo expõe-se num geotropismo negativo, elevando os
cotilédones acima do solo.
GERMINAÇÃO
EPÍGEA (FEI- aparecem, na raiz jovem, pêlos absorventes e radicelas, perma-
JÃO) (Fig. 29a) necendo a raiz principal axial, típica das Dicotyledoneae.
8) Phaseolus vulgaris L.
a gêmula desenvolve-se, formando as folhas permanentes; a (Germinação do feijão)
radícula transforma-se em raiz; o caulículo, em hipocótilo e, a
seguir, na base do caule; os corilédones, após serem consumi das
as reservas, atrofiam-se e caem; e a gêmula dá origem ao
epicótilo e ao caule propriamente dito com folhas. primeiras folhas --..

a semente começa a amolecer e intumescer-se, por causa da


hidratação, o que provoca a rutura do tegumento.

a radícula perfura a coleorriza e, aprofundando-se notsolo, co-


bre-se de pêlos absorventes; após um pequeno período funcio-
GERMINAÇÃO nal, atrofia-se, sendo substituída por novas e definitivas raízes,
HlPÓGEA que irão formar as raízes fasciculadas, típicas das coleóptila
4
(MILHO) Monocotyledoneae.
(Fig.29b)
há o alongamento do epicótilo, acima da inserção do cotilédone,
de modo que este permanece soterrado.

a coleóptila desenvolve-se em direção à luz, para cima, deixan-


do, posteriormente, as primeiras folhas aparecerem.
"d"U1' .
h) Zea mays L.
(Germinação do milho)

Figura 29 - Germinação da semente do feijão (a) e do milho (b).


76 FOLHA - Introdução FOLHA - Generalidades 77

-AFOLHA- metabolismo da planta;


purificação do ar;
IMPORTÂNCIA
[ uso alimentar, medicinal,
industrial, em adubação etc.

expansão lateral do caule;


órgão laminar com simetria bilateral;
CARACTERES crescimento limitado;
GERAIS coloração verde (clorofilado);
[ inserção nodal;
gemas nas axilas.

fotossíntese (nutrição);
l'UNÇÕES respiração e transpiração;
[
condução e distribuição da seiva.

RIGEM gêmula do embrião da semente;


{ exógena, como expansões laterais dos caules.

expansão lateral e laminar do caule, de simetria bilateral e cresci-


DEFINIÇÂO mento limitado, constituindo-se num órgão vegetativo com im-
[ portantes funções metabólicas.

limbo - parte laminar e bilateral.


pecíolo - haste sustentadora do limbo.
PARTES CONS- bainha ou estipulas - bainha é a parte basilar e alargada da folha
TITUINTES que abraça o caule. Ex.: tinhorão (Fig. 31a).
(Fig. 31a-b) Chama-se estípula cada um dos apêndices, geralmente laminares
e em número de dois, que se formam de cada lado da base foliar.
Ex.: brinco-de-princesa (Fig. 31b).

Figura 30 - Folha e detalhe de sua anatomia.

Tudo nas folhas - a sua forma achatada favorável à exposição solar; a sua cor
verde forneci da pela clorofila, que possibilita a fotossíntese ou elaboração de alimentos;
as suas nervuras, que contêm células especializadas para transporte da s~va; os seus
"poros" microscópicos, os estômatos, que permitem a circulação de ar e a eliminação de
vapor d'água - mostra estar este órgão perfeitamente adaptado ao exercício das funções Iimbo
metabólicas das plantas: fotossíntese e distribuição dos alimentos, respiração e
transpiração.
Graças a esses órgãos verdes que desprendem o oxigênio para o ar atmosférico,
purificando-o, é que foi possível ao homem aparecer sobre a superfície da terra.
Jamais algum outro órgão vegetativo das plantas alcançou extensa variedade de I~F---- estípula
formas e de estruturas; tais variações estão na dependência de fatores externos e inter-
nos: desde as folhas inferiores e incolores, tais como os cotilédones das sementes e as
escamas dos órgãos subterrâneos, até as folhas superiores normais e verdes, para não se b) Hibiscus rosa-sinensis L.
referir à metamorfose das folhas em flores ou às adaptações a condições extremas de vida, bainha -----.
(brinco-de-princesa)
como as folhas insetívoras das plantas carnívoras!
) Caladium sp. (tinhorão)
A seguir, serão estudadas mais detalhadamente as folhas e suas variações estrutu-
rais. Figura 31 - Partes constituintes da folha.
Nomenclatura 7
78 FOLHA - Nomenclatura FOLHA -

folha incompleta - quando falta uma das três partes constituin-


tes (Fig. 32a).
folha peciolada - quando apresenta pecíolo. Ex.: abóbora (Fig.
32a).
folha séssil- sem pecíolo, Ex.: espada-de-são-iorge (Fig. 32b).
folha amplexicaule - folha cuja base do limbo abraça o caule. Ex.
serralha (Fig. 32c).
folha perfolhada ou perfoliada - quando as duas metades da base
do limbo desenvolvem-se, circundando o caule, de modo que este
parece atravessar o limbo. Ex: Specularia sp. (Fig. 32d).
folhas adunadas - são folhas opostas, sésseis, soldadas por suas
bases, aparentando ser perfuradas pelo caule. Ex.: barbasco (Fig.
32e).
folhas fenestradas -limbo com perfurações. Ex.: costela-de-adão
NOMENCLATU- (Fig.32f).
RAFOLIAR folhas invaginantes - com bainha que envolve o caule em grande
extensão. Ex.: Gramineae, como capim-pé-de-galinha (Fig. 32g).
filódio - pecíolo dilatado e achatado, assemelhando-se ao limbo
que, em geral, é ausente totalmente. Ex.: Acacia sp. (Fig, 32j).
heterofilia - é o polimorfismo marcante das folhas normais. Ex.:
cabomba (Fig. 32k), eucalipto (Fig. 321) e macaé (Fig. 32m).
pecíolo alado - pecíolo com expansões aliformes foliáceas late- Adunada
e) Buddleia brasiliensis J acq.
rais. Ex.: laranjeira (Fig. 32h)
(barbasco)
peciólulo - é o pecíolo dos folíolos das folhas compostas. Ex.:
espatódea (Fig. 32i) e carrapicho (Fig. 38g).
pseudocaule - falso caule, constituído dos restos das bainhas
foliares densamente superpostas. Ex.: bananeira (Fig. 32n).
pulvino ou pulvínulo -é uma porção espessada da base foliar ou
foliolar que provoca, nas folhas, movimentos de curvaturas
(nastias). Ex.: sensitiva, carrapicho (Fig. 38g).

h) Citrus aurantium L.
(laranja)

Amplexicaule
c) Sonchus oleraceus L. Séssil Invaginante
Peciolada (serralha) b) Sansevieria thyrsiflora Thunb. g) Eleusine indica (L.) Gaertn.
a) Cucurbita pepo L. (espada-de-são-jorge) (capim-pé-de-galinha)
(abóbora)

Figura 32 - Folha - tipos e nomenclatura. Figura 32 - Folha - tipos e nomenclatura.


FOLHA - Nomenclatura FOLHA - Nomenclatura, 81
80

Heterofilia
1)Eucalyptus sp.
(eucalipto)

Folha composta
i) Spathodea campanulata
Beauv. (espatódea)

Heterofilia
m) Leonurus sibiricus L. (macaé)

n) Musa paradisiaca L.
(bananeira)

folhas submersas
filamentosas

Heterofilia
k) Cabomba caroliniana A. Gray (cabomba)

Figura 32 - Partes constituintes de folha composta (i), filódio (j) e tipos de heterofilia (k, m). l'IKura 32 - Heterofilia (1)e pseudocaule formado pelas bainhas foliares (n).
82 FOLHA - Limbo
FOLHA - Limbo 83
Quanto às superior, ventral ou adaxial (Fig. 33a);
faces [ inferior, dorsal ou abaxial (Fig. 33a).

folhas uninérveas - com uma única nervura. Ex.:


sagu-de-jardim (Fig. 33b).

folhas paralelinérveas - com nervuras secundári-


as paralelas à principal, quando esta existe. Ex.:
Gramineae, como capim-pé-de-galinha (Fig. 33c).

folhas peninérveas - com nervuras secundárias ao


longo da principal. Ex.: laranjeira, vinca (Fig. 33d).

folhas palminérveas ou digitinérveas- com


Quanto à nervuras que saem todas do mesmo ponto, diver- Uninérvea
nervação gindo em várias direções. Ex.: brinco-de-princesa
(Fig. 3lb), mamoeiro (Fig. 33e).

ESTUDO DO folhas curvinérveas - com nervuras secundárias


LIMBO curvas, em relação à principal. Ex.: língua-de-vaca
(Fig.33f).

folhas peltinérveas - nervuras das folhas peltadas,


com nervuras irradiando do pecíolo que se insere c) Eleusine indica (L.) Gaertn.
no centro ou próximo, na face dorsal do limbo. Ex.: (capim-pé-de-galinha)
mamoneira, chagas (Fig. 33a). b) Cycas revoluta Thunb.
(sagu-de-jardim) d) Lochnera rosea (L.)
camosa ou suculenta - abundante em sucos, em Reichenb. (vinca)
geral, com reservas d'água. Ex.: Crassulaceae.
coriacea -lembrando couro. Ex.: abacateiro.
Quanto à herbácea - consistência de erva.
consistência membranácea - consistência de membrana, sutil
e flexível. Ex.: escamas de rizoma de espada-de-
são-jorge (Fig. 43a).

glabra - desprovida de pêlos.


Quanto à pilosa - revesti da de pêlos
superfície [ lisa - sem acidentes.
rugosa - enrugada.

Curvinérvea

Face dorsal
e) Carica papaya L.
(mamoeiro) f) Plantago hirtella H.B.K.
(língua -de- vaca)

Figura 33 - Folha peltinérvea. Faces foliares ventral e dorsal.


Figura 33 - Classificação da folha quanto à nervação foliar.
84 FOLHA -Limbo FOLHA - Limbo 85

acicular - forma de agulha longa, fina, rígida e pontiaguda (Fig. 33 g).


Cordiforme Ovada
cordiforme - forma de coração, base mais larga, reentrante, com p) Pothomorphe sp. m) Sida micrantha St.
lobos arredondados. Ex.: capeva (Fig. 33p). (capeva) Hill. (vassoura)
deltóide - forma de delta, triangular. Ex.: cardeal (Fig. 331).
elítica - forma de elipse, mais larga no meio, comprimento duas
vezes a largura. Ex.: ficas (Fig. 33k).
ensiforme - forma de espada, longa, bordos paralelos, afilados. Ex.:
espada-de-são-iorge (Fig. 32b).
escamiforme - forma e aspecto de escamas. (Fig. 33h).
espatulada - forma de espátula, ápice mais largo, comprimento maior
que duas vezes a largura. Ex.: escama-de-sapo (Fig. 33s).
falciforme - forma de foice, plana e encurvada (Fig. 321).
hastada ou alabardina - forma de seta, semelhante à sagitada, po-
rém com lobos basilares voltados para os lados (Fig. 33q).
lanceolada - forma de lança, mais larga no meio ou perto da base,
geralmente estreitando-se nas extremidades, comprimento maior que
ESTUDO DO
duas vezes a largura (Fig. 33j).
LIMBOQUAN-
TO À FORMA linear - forma estreita e comprida, bordos paralelos ou quase, com-
primento acima de quatro vezes a largura (Fig. 33c).
oblonga - forma mais longa que larga, bordos quase paralelos, com-
primento 3 - 4 vezes maior que a largura (Fig. 33d).
obovada - forma ovada com a parte mais larga no ápice, isto é, ovada
invertida. Ex.: amendoeira, buxo (Fig. 33n).
orbicular - forma mais ou menos circular (Fig. 33a).
ovada - forma de ovo, mais larga perto da base, comprimento 1-2
vezes maior que a largura. Ex.: vassoura (Fig. 33m). Espatulada Obovada
peltada - forma de escudo, com o pedalo inserido no meio ou pró- Deltóide s) Gnaphalium purpureum n) Buxus sempervirens L.
ximo, na face dorsal do limbo, à maneira de um cabo. Ex.: chagas 1) Salvia splendens L. (escama-de-sapo) (buxo)
(Fig.33a). Ker-Gaw!. (cardeal)
reniforme - forma de rim, mais largo que longo (Fig. 330).
sagitada - forma de seta, base reentrante, com os lobos pontiagudos
voltados para baixo. Ex.: Caladium sp. (Fig. 33r).
subulada - cilíndrica, estreitando-se para o ápice pontiagudo. Ex.:
cebola (Fig. 33i).

escamas -<

Lanceolada
j) Nerium oleander L. Reniforme
(espirradeira) Hastada o) Centella asiatica (L.)
q) Mikania salviaefolia Urban Sagitada
Acicular Elítica
Gaertn. r) Caladium sp.
g) Araucaria excelsa R. k) Ficus microcarpa
Escamiforme (tinhorão)
Br. (árvore-de-natal) Subulada L.f. (ficus)
h) Cupressus sp. i) Allium cepa L.
(cipreste) (cebola)
Figura 33 - Folha - classificação quanto à forma do limbo. Figura 33 - Folha - classificação quanto à forma do limbo.
FOLHA - Limbo 87
86 FOLHA - Limbo

aculeado - com pontas agudas e rígidas na margem do limbo. Ex.:


abacaxi (Fig. 34a).

crenado - com dentes obtusos ou arredondados. Ex.: folha-da-


fortuna (Fig. 34b).

dentado - com dentes regulares não-inclinados. Ex.: roseira, brin-


co-de-princesa (Fig. 34c).
a) Aculeado b) Crenado c) Dentado d) Inteiro e) Ondulado. f) Serrado g) Serrilhado
inteiro -liso, sem deformação ou divisão. Ex.: buxo (Fig. 34d).

ondulado - com ligeiras ondulações. Ex.: magnólia (Fig. 34e).

serrado - dentes como os da serra, inclinados para o ápice. Ex.:


beijo-de-frade (Fig. 34f).

serrilhado ou serrulado - serrado, porém com dentes diminutos.


Ex.: capim-pé-de-galinha (Fig. 34g).

sinuoso - com recortes marginais, com aspecto de seno, isto é,


ondulações mais profundas.
h) Pinatilobada i) Palmatilobada j) Pinatífida k) -Palmatífida
ESTUDO DO lobado - limbo dividido em lobos mais ou menos arredondados.
LIMBOQUAN- Lobos menores que a metade do semilimbo (nas folhas peninérveas)
TOAOBORDO ou do limbo (nas folhas palminérveas). As folhas lobadas chamam-
se, segundo a nervação: pinatilobadas: bico-de-papagaio (Fig.
34h); e palmatilobadas: guaxima (Fig. 34i). O mesmo se diz em
relação ao número de lobos: trilobada, qüinqüelobada, multilobada
etc. As lobadas assemelham-se às fendidas, porém têm lobos
marcantes e arredondados.

fido ou fendido - recortes que chegam próximo ou até a metade


do semilimbo (folhas peninérveas) ou do limbo (folhas
palminérveas). Quanto à nervação, as folhas podem ser: pinatífidas:
folíolo do cinamomo (Fig. 34j); e palmatífidas: batata-doce (Fig. I) Pinatipartida m) Palma tipartida n) Pinatisecta o) Palmatisecta
34k).

partido - recortes que alcançam além da metade do semilimbo


(folhas peninérveas) ou do limbo (folhas palminérveas), sem al- a) Ananas comosus (L.) Merrill (abacaxi); b) Kalanchoii pinnata Pers. (folha-da-fortuna);
cançar a nervura mediana ou a base, respectivamente. Segundo a c) Hibiscus rosa-sinensis L. (brinco-de-princesa); d) Buxus sempervirens L. (buxo); e)Michelia
nervação, as folhas partidas podem ser: pinatipartidas: flor-de- champaca L. (magnólia); f) Impatiens balsamina L. (beijo-de-frade); g) Eleusine indica (L.)
maio (Fig. 341); e palmatipartidas: mamoeiro (Fig. 34m). Quan- Gaertn. (capim-pé-de-galinha); h) Euphorbia pulcherrima Willd. (bico-de-papagaio); i)
do ao número, podem ser: bipartidas, multipartidas etc. Urena lobata L. (guaxima); j) Melia azedarach L. (folíolo de cinamomo); k) Ipomoea bata-
tas Lam. (batata-doce); I) Montanoa pyramidata Sch.-Bip. ex C. Koch (flor-de-maio); m)
secto ou cortado - os recortes alcançam a nervura mediana (fo- Carica papaya L. (mamoeiro); n) Bidens pilosa L. (picão); o) Ipomoea cairica (L.) Sweet.
lhas peninérveas) ou a base (folhas palminérveas). Segundo a (enrola-semana).
nervação, as folhas podem ser: pinatisectas: picão (Fig. 34n); e
palmatisectas: enrola-semana (Fig. 340).

Figura 34 - Folha - classificação quanto aos bordos.


88 FOLHA -Limbo FOLHA -Limbo 89

acuminado = Iimbo estreitando-se gradualmente para o ápi-

&
ce e terminando em ponta, excessivamente agudo. Ex.:
eucalipto (Fig. 35a).
~"

"
agudo - terminando em ângulo agudo. Ex.: espirradeira
"ii~
/~

(Fig.35b). ~ ~ ~
cuspidado - terminando, subitamente, em ponta fina. Ex.: a) Acuminado b) Agudo c) Cuspidado d) Emarginado
cardeal (Fig. 35c).
emarginado - terminando com uma reentrância pouco pro-
Quanto ao
ápice
funda. Ex.: caruru (Fig. 35d).
mucronado - terminando, subitamente, em ponta curta,
. - :,- ',
(1)
dura e isolada. Ex.: vinca (Fig. 35e).
.
. /.
.
obtuso - terminando em ângulo obtuso. Ex.: buxo (Fig.
. ,
'-..
/

35f). ,"
...<:?1 /';';." .. "

retuso - ápice truncado e ligeiramente emarginado, às ve-


zes com um apículo central. Ex.: buxo (Fig. 35g). e) Mucronado f) Obtuso g) Retuso h) Truncado
truncado - ápice parecendo ter sido cortado transversal- /
mente. Ex.: folíolo de carrapicho (Fig. 35h).
/
acunheada ou cuneiforme - em forma de cunha, base de

y/~VI~~
bordos retos e convergentes. Ex.: botão-de-ouro (Fig. 35i).
atenuada - estreitando-se gradualmente. Ex.: espirradeira
(Fig.35j).
LIMBO
auriculada - terminando por partes ou apêndices com for-
(Cont.)
ma de orelha. Ex.: serralha (Fig. 35k).
i) Acunheada j) Atenuada k) Auriculada I) CordadarrÍ) Hastada
cordada - base reentrante, com lobos arredondados. Ex.:
violeta e capeva (Fig, 351).

hastada - base reentrante, com os lobos agudos e voltado


Quanto à para os lados. Ex.: Mikania saltnaefolia Gaertn. (Fig. 35m).
base oblíqua - terminando por lados desiguais, assimétrica. Ex.:
cardeal (Fig. 35n).
obtusa - terminando em ângulo obtuso. Ex.: brinco-de-
princesa (Fig. 350).

reniforme - base reentrante, com lobos largos e arredon-


n) Oblíqua o) Obtusa p) Reniforme q) Sagitada r) Truncada
dados. Ex.: Centella asiatica (L.) Urbano (Fig. 35p).
sagitada - base reentrante, com lobos pontiagudos volta-
dos para baixo. Ex.: tinhorão (Fig. 35q).
a) Eucalyptus sp. (eucalipto );b) Nerium oleander L. (espirradeira); c) Salvia splendens
truncada - base parecendo ter sido cortada em plano trans- Ker-Gawl. (cardeal); d) Amaranthus viridis L. (caruru); e) Lochnera rosea (L.) Reichenb.
versal. Ex.: cardeal (Fig. 35r). .; (vinca); f) Buxus sempervirens L. (buxo); g) Buxus sempervirens L. (buxo); h) Desmodium
fOlha simples - com limbo único, não dividido em folíolos. sp. (carrapicho); i) Galinsoga ciliata (Rafin.) Blake (botão-de-ouro); j) Nerium oleander L.
Quanto à (cspirradeira); k) Sonchus asper (L.). Hill. (serralha); I) Pothomorphe sp. (capeva); m)
Ex.: café, batata-doce (Fig. 34k).
divisão do
limbo

Nota
t folha composta -limbo dividido em folíolos. Ex.: feijão
espatódea (Fig. 32i), paineira (Fig. 36d).

fOlíOIO - cada uma das partes individuais, Iaminares, do-


Mikania saloiaefolia Gaertn.; n) Saluia splendens Ker-Gawl. (cardeal); o) Hihiscus rosa-
sinensis L. (brinco-de- princesa); p) Centella asuuica (L.) U rban.; q) Caladium sp. (tinhorão);
1') Saloia splendens Ker-Gawl. (cardeal).

tadas de articulação, de uma folha composta. Ex.:


[ Figura 35 -Folha - classificação quanto ao ápice (a - h) e base.(i - r).
espatódea (Fig. 32i).
90 FOLHA COMPOSTA
FOLHA - Filotaxia 91

DEFINIÇÃO -limbo dividido em folíolos.


DEFINIÇÃO - é a disposição das folhas no caule.
Unifoliolada { com um folíolo. Ex.: Zollernia sp. Alternas {qUandO só há uma folha em cada nó. Ex.: brinco-de-prin-
cesa (Fig. 37a).
Bifoliolada { com dois folíolos. Ex.: Vicia sp,
com um par de folhas em cada nó, uma em frente da
com três folíolos, podendo ser penada ou palmada. Ex.: outra; com os subtipos:
Trifoliolada [ feijão, carrapicho (Fig. 36c).
opostas dísticas - pares alternadamente superpostos, em
Opostas dois planos. Ex.: Lythrum sp.
folíolos saindo dos dois lados, em toda a extensão do
pecíolo principal ou ráquis. Com os subtipos: opostas cruzadas ou decussadas - se cada par cruza,
TIPOS
Penada ou em ângulo reto, com o par seguinte. Ex.: café, cardeal
paripenada - terminando por um par de folíolos. Ex.: (Fig.37b).
Penaticomposta
fedegoso (Fig. 36a).
imparipenada - com um folíolo terminal. Ex.: roseira, com três ou mais folhas em cada nó, formando um
TIPOS Verti ciladas { verticilo foliar. Ex.: espirradeira (Fig. 37c).
espatódea (Fig. 36b).
Palmada, quandO as folhas, dispostas na base ou no ápice do caule,
com três ou mais folíolos saindo do ápice do pecíolo prin- estão muito juntas por ocorrer em entrenós muito cur-
Digitada ou
[ cipal ou ráquis. Ex.: paineira (Fig, 36d). Rosuladas ou tos, dando a impressão de que todas estão no mesmo nó,
Palma ti composta
Rosetadas com o aspecto de uma roseta. Ex.: falsa-tiririca (Fig. 37d).

NOTA [R=~pom [
quando os folíolos são, por sua vez, compostos, isto é,
são folhas duplamente compostas. Podem ser bipenadas
(duas vezes penadas), tripenadas (três vezes penadas) etc,
rQuando nascem na base, podem ser chamadas de folhas
radicais.

Ex.: muitas mimosas, angico (Fig, 36e). Co~ ~~ par de folhas em cada nó, num mesmo ponto.
Geminadas { Ex .. juá-de-sapo.

com três ou mais folhas num mesmo ponto no nó, isto é,


Fasciculadas { reunidas em feixes. Ex.: Pinus sp. .

Alternas
a) Hibiscus rosa-sinensis L.
(brinco-de-princesa)

Imparipenada
Paripenada b) Spathodea campanulata
a) Cassia bicapsularis L. Beauv. (espatódea)
(fedegoso)

Digitada Recomposta (bipenada)


Trifoliolada
d) Chorisia speciosa e) Piptadenia contorta Opostas cruzadas
c) Desmodium sp.
St. Hill. (paineira) Benth. (angico) b) Salvia splendens Ker-Gawl.
(carrapicho) Rosuladas
d) Hypoxis decumbens L. (cardeal)
(falsa-tiririca)

Figura 36 - Tipos de folhas compostas.


Figura 37 - Tipos de filotaxia.
92 FOLHAS REDUZIDAS FOLHAS REDUZIDAS
93
DEFINIÇÃO - são as que, comparadas com as folhas normais, têm grau menor de orga- Gema terminal
nizaçâo. d) Bougainvillea glabra Choisy
c) Castanea sativa Mill. (três- marias)
(castanheiro )
catafilos - são folhas reduzidas, situadas nas partes inferiores; na sucessão foliar hipsofilo
do caule, estão entre os cotilédones e as folhas propriamente ditas; são, em ~-~ escamas
geral, aclorofiladas, simples, escamiformes. Compreendem as escamas e, para
alguns, também os cotilédones ..
escamas - qualquer órgão foliáceo de forma e consistência parecidas com as
escamas de animais. Encontram-se nos caules subterrâneos (Figs. 38b; 43d),
aéreos e nasgemas (Fig. 38c).
cotilédone - a primeira ou cada uma das primeiras folhas do embrião, também
chamada de folha primordial ou embrionária ou seminal. Em geral, em número
de dois, nas Dicotyledoneae (Figs. 29a; 38a), e um, nas Monocotyledoneae (Fig.
27c).
hipsofilos - são folhas reduzidas situadas entre as folhas e as flores na parte
Tipos superior da planta (Fig. 38d), especialmente as brácteas e bractéolas (Fig. 38e).
estípula - é cada um dos apêndices, em gerallaminares e em número de dois,
que se formam de cada lado da base foliar (Fig. 381).
estipelas ou estipélulas - são as estipulas dos folíolos. Ex.: carrapicho (Fig.
38g).
lígula - é o tipo de apêndice, quase sempre membranoso, de natureza estipular,
que se acha principalmente entre o limbo e a bainha (Gramineae), como no
capim-pé-de-galinha (Fig. 38h).
ócrea - é o conjunto de duas estipulas axilares membranosas e concrescentes
totalmente, por ambos os bordos, circundando o caule como uma bainha e ul- a) Phaseolus vulgaris
trapassando o ponto aparente de inserção da folha. Ex.: erva-de-bicho (Fig. L. (feijão)
38i).

~caule
i)Polygonum acuminatum
H.B.K. (erva-de-bicho)

e) Spathodea campanulata
Beauv. (espatódea)

.....-pecíolo
lígula

·~pulvino
.,.
g) Desmodium sp. rizoma nó
~inha (carrapicho)
I) Hibiscus rosa-sinensis L. b) Sansevieria thyrsiflora Thunb.
h) Eleusine indica (L.) Gaertn. (brinco-de-princesa) (espada-de-são-jorge)
(capim-pé-de-galinha)

Figura 38 - Tipos de folhas reduzidas. figura 38 - Tipos de folhas reduzidas.


FOLHAS AfODIFICADAS 95
94 FOLHAS AfODIFICADAS

DEFINIÇÃO - são as modificações das folhas normais, muitas vezes como conseqüên-
cia das funções que exercem ou por causa da influência do meio físico.
folhas insetívoras - são folhas que aprisionam e digerem pequenos ani-
mais. Ocorrem nas plantas carnívoras - ex.: Drosera sp. (Fig. 39b) - cujas Utrículo
folhas apresentam pêlos glandulares, destinados a tal nutrição. As folhas c) Utricularia sp.
insetívoras compreendem os tipos ascídios e utrículos.
ascídios - metamorfose das folhas vegetativas, total ou parcialmente, con-
vertendo-se em órgãos utriculares ou urceolados. No seu interior, encontra-
se um suco digestivo que é segregado por glândulas especiais e que digere os
animais que aí caem. Ex.: nepentes (Fig. 39a).
utrículos - metamorfose foliar total ou parcial, convertendo-se em peque-
nas vesículas adaptadas à deglutição de pequenos animais aquáticos. Ex.:
TIPOS Utricularia sp. (Fig. 39c).
espinhos - folhas ou partes foliares espinhosas, endurecidas e pontiagudas,
inclusive de estípulas. Ex.: cactos (Fig. 39d), juá (Fig. 3ge).
gavinhas - órgãos filamentosos exclusivos para trepar, enroscando-se no
suporte, resultantes da modificação total ou parcial das folhas, inclusive de
estípulas. Ex.: cipó-de-são-ioão (Fig. 39f).
reservantes - ricas em reservas nutritivas. Ex.: escamas de bulbos, como os
bulbos de cebola (Fig. 43e).
heterofilia - (Fig, 32j-k).
folhas reduzidas - (Fig. 38a-e).

folha insetívora

Espinho
d) Opuntia sp.
(cactos)

Ascídio
a) Nephenthes sp. (nepentes) Espinho
e) Solanum reflexum Schrank.
b) Drosera sp. (juá)

Figura 39 - Tipos de folhas modificadas.


Figura 39 - Tipos de folhas modificadas.
CAULE - Introdução CA ULE - Generalidades 97
96
sustentação de folhas, flores etc.
O CAULE
condução de substâncias alimentares,
IMPOR- ~limen~ar (reservas, açúcar, amido). Ex.: batata-inglesa.
TÂNCIA mdustr:al (borracha, corantes, resinas): lápis, móveis, gomas.
[ comerclal- madeiras.
medicinal- Ex.: gengibre, alcaçuz.
··.L:···.
. ... '. . corpo dividido em nós e entrenós.
presença de folhas e botões vegetativos.
CARAC-
geralmente a:lorofilados ':Exceções: caules herbáceos.
TERES
geralmente aereos. Exceçoes: bulbos, rizomas etc.
GERAIS [ geralmente geotropismo negativo.
fototropismo positivo,
produçãO' e suporte de ramos, flores e frutos.
FUNÇÕES cO'nd~ção da seiva (distribuição do alimento).
[ crescimento e propagação vegetativa.
às vezes, fotossíntese e reserva de alimentos.
na ,gêmula do c~ulículO' do embrião da semente.
ORIGEM { exogena, a partir das gemas caulinares.

DEFINIÇÃO [ órgão vegetativo, geralmente .aéreO',que serve para produzir e suportar fo-
lhas, flO'r~ e frutos, pa,ra a circulação da seiva nutritiva, para armazenar
reservas alimentares e, as vezes, para efetuar a propagação vegetativa.
nó - região caulinar, em geral dilatada, donde saem as folhas,
entrenó ou meritalo - região caulinar entre dois nós consecutivos.

ge~ tenni?al- ~i~ada nO'ápice, constituída por escamas, ponto vegetativo


MORFOLO- (região menstemanca, de forma cônica) e primórdios foliares que O'reco-
GIAEXTER- brem. Pode produzir ramo folioso O'Uflor e promove O'crescimento. Há
NA (Fig. 41) gemas nuas, isto e, sem escamas.
gema lat.eral- de constituição semelhante à anterior e que pode produzir
raJ?O' foh~sO' O'Uflor, Situada na axila de folhas, chama-se também gema
axilar. MUltas vezes, permanece dormente, isto é, nãO' se desenvolve.

Com a conquista da terra firme, as Fanerógamas (Phanerogamae) tiveram estabe-


lecido um eixo do qual uma parte cresce em direção à terra e aí se ramifica: a raiz - outra
parte cresce em direção contrária ao solo e também se ramifica: o caule.
Os caules, por meiO' das suas ramificações, têm o seu trabalho biológico mais bem
executado, uma vez que é distribuído pelos diferentes ramos. Na época da reprodução, os
apêndices laterais dos caules dão origem às flores, que produzirão frutos e sementes.
Com a adaptação cada vez mais acentuada à terra firme, tornou-se possível a esta
plantas produzir caules subterrâneos, como os rizomas, tubérculos ebuibos, que assegu-
ram a estes vegetais o poder de se multiplicarem vegetativamente. ' Castanea sativa Mil!.
Esrudar-se-á a seguir a organização e as variações dos caules. (castanheiro)

Figura 41 - Partes constituintes do caule.


Figura 40 - Caules.
98 CAULE - Classificação quanto ao habitat
CAULE - Classificação quanto ao habitat 99
tronco -Ienhoso, resistente, cilíndrico ou cônico,
ramificado. Ocorre em árvores e arbustos. Ex.:
magnólia (Fig. 42d).
haste - herbáceo ou fracamente lenhificado, pou-
co resistente. Ocorre nas ervas e nos subarbustos.
Ex.: serralha, botão-de-ouro (Fig. 42a).
estipe - também chamado espique ou estípite,
lenhoso, resistente, cilíndrico, longo, em geral não-
Eretos ramificado, com capitel de folhas na extremida-
(desenvolvi- de. É o caule das palmeiras (Fig. 42e), ocorrendo
mentoquase raramente entre Dicotyledoneae. Ex.: mamão.
vertical) colmo - silicoso, cilíndrico, com nós e entrenós
bem marcantes. Pode ser cheio e oco ou fistuloso.
Ex.: Gramineae: milho, bambu, cana-de-açúcar
Aéreos (Fig.42f).
(acima da escapo - o que sai de rizoma, bulbo etc.; não-
superfície ramificado, áfilo e sustenta flores na extremida-
do solo) de. Ocorre em plantas cujo caule é muito reduzi-
QUANTO do ou subterrâneo e suas folhas aparentam nascer
AO diretamente do solo. Ex.: falsa-ti ririca (Fig. 42g).
HABITAT
Rasteiantes [são apoiados e paralelos ao solo, com ou sem raízes,
[de trechos em trechos. Ex.: abóbora (Fig. 42j).

definição - são os que sobem num suporte, por meio Tronco


de elementos de fixação, ou a ele se enroscam. Ex.: d) Michelia champaca L.
por meio de raízes adventícias: hera (Fig. 42b) (magnólia)
ou gavinhas: chuchu, uva (Fig. 42c).
Trepadores volúveis - enroscam-se, mas sem auxílio de ór-
gãos de fixação. Podem ser sinistrorsos (ao passar
por trás do suporte, dirigem-se para a esquerda):
enrola-semana (Fig. 42h) e dextrorsos (dirigem-
se para a direita: madressilva) (Fig. 42i).

broto lateral, em geral longo, formando, de espaço


a espaço, rosetas foliares e raízes fasciculadas, asse-
EstolãO gurando a multiplicação vegetativa; entre as rose-
Nota ou estolho tas foliares há ou não um nó dotado de escama.
[ [ Pode ser aéreo, apoiado sobre o solo, subterrâneo
ou aquático. Ex:: aguapé, morangueiro (Fig. 42k).

Haste

raízes
Trepador grampiformes
b) Ficus sp. (hera)

Figura 42 - Caule trepador com gavinhas.


Figura 42 - Tipos de caules aéreos.
100 CAULE - Classificação quanto ao habitat CA ULE - Classificação quanto ao habitat 101

Rasteianre
j) Cucurbita pepo L.
(abóbora)

Escapo
g) Hypoxis decumbens L.
(falsa-tiririca)

Volúvel dextrorso

i) Lonicera japonica
Thunb.
(madressilva)
h) Ipomoea cairica (L.) Sweet.
(enrola-semana)
,
,

estolão
Colmo
fi) Saccharum officinarum
L. (cana-de-açúcar)
f) Bambusa sp. (bambu) Estipe
e) Roystanea oleracea (jacq.)
Cook. (palmeira-imperial)
Estolão
k) Fragaria vesca L. (morangueiro)

Figura 42 - Tipos de caules aéreos. Figura 42 - Tipos de caules aéreos rastejantes (j), trepadores VO)(IVt i (11, I) t t 1111 li I I
CAULE - Classificação quanto ao habitat 103
102 CA ULE - Classificação quanto ao habitat

rizoma - geralmente horizontal, emitindo, de espaço a


espaço, brotos aéreos foliosos e floríferos; dotado de nós,
entrenós, gemas e escamas, podendo emitir raízes. Ex.:
bambu, bananeira, espada-de-são-jorge (Fig, 43a).
tubérculo - geralmente ovóide, com gemas ou "olhos" Bulbo composto
nas axilas de escamas ou de suas cicatrizes: dotado de
reservas nutritivas, como amido, inulina etc. Ex.: bata-
ta-inglesa (Fig. 43b). O tubérculo pode ser aéreo, como
no cará-do-ar (Dioscorea bulbifera L.).

bulbo sólido ou cheio - prato mais de-


bulbo - senvolvido que folhas; revestido por
Subterrâneos catafilos semelhantes a uma casca. Ex.:
(abaixo da formado por
açafrão, falsa-tiririca (Fig. 43c).
superfície do um eixo cônico
QUANTO bulbo escamoso - folhas (escamas) mais
solo) que constitui o
AO desenvolvidas que o prato, imbrica-
prato (caule), das, rodeando-o. Ex.: açucena, lírio raízes
HABITAT dotado de (Fig.43d).
gema, rodeado bulbo tunicado - folhas (túnicas ou es- f)Allium sativum L. (alho)
por catafilos, camas) mais desenvolvidas que o prato;
em geral com túnicas concêntricas envolvendo com- a) Sansevieria thyrsiflora Thunb.
acúmulo de pletamente o prato; folhas (túnicas) in- (espada-de-são-jorge)
reservas, tendo ternas recobertas totalmente pelas exter-
na base raízes nas. Ex.: jacinto, cebola (Fig. 43e).
fasciculadas. bulbo composto ou bulbilho - apresen-
ta grande número de pequenos bulbos.
Ex.: trevo, alho (Fig. 43f).

Nota caulobulbo ou pseudobulbo - dilatação bulbosa das ba-


{ ses caulinares e foliares adjacentes: orquídeas (Fig. 43g).

Aquáticos { desenvolvem-se em meio líquido.

b) Solanum tuberosum L.
(batata-inglesa)
Bulbo escamoso
ramo estolonífero d) Lilium longiflorum Thunb.
(lírio)

g) Orchidaceae
(orquídea)

Bulbo sólido
c) Hypoxis decumbens L.
(falsa-tiririca)

Bulbo tunicado
cicatriz foliar e) Allium cepa L. (cebola)

Figura 43 - Tipos de caules subterrâneos (as Figuras c, d, e estão também representadas


com seus respectivos cortes longitudinais).
Figura 43 - Partes constituintes do tubérculo (b) e pseudobulbo (g).
104 CAULE - Classificação quanto à ramificação CAULE - Classificação quanto ao desenvolvimento 105

Esquema: erva - pouco desenvolvida, pequena consistência, em virtude da peque-


na ou nenhuma lenhificação. Ex.: crista-de-galo, botão-de-ouro (Fig. 42a).
subarbusto - arbusto pequeno, até I metro de altura (base lenhosa e o
b c restante herbáceo), ramos tenros.
b
arbusto - tamanho médio inferior a 5 m, resistente e lenhoso inferior-
QUANTO mente e tenro e suculento superiormente, sem um tronco predominante,
AO DESEN- porque ramifica a partir da base (Fig. 44b).
a arvoreta - com a mesma arquitetura da árvore, porém alcança no máxi-
VOLVIMEN-
a a moSm.
TO
d) Monopodial
árvore - grande tamanho, superior a 5 m, geralmente com tronco nítido
e despido de ramos, na parte inferior; a parte ramificada constitui a copa
b
b (Fig.42d).
b lia na - cipó trepador sarmentoso, por vezes atingindo muitos metros de
comprimento. Ex.: cipó-de-sâo-joão (Fig. 44c).

a a

c2 d

d c ~d
b b d

f) Em dicásio a
a

Indivisos - não ramificados. Ex.: estipes (Fig. 42e).


Rarnificados - com ramos laterais. Ex.: maioria dos caules.

monopodial - gema terminal persistente; logo, há pre- Liana


domínio do eixo principal sobre os ramos laterais que c) Pyrostegia
surgem abaixo da extremidade. O eixo principal é cons- venusta (Ker-Gawl.) Miers.
tituído, portanto, por tecidos formados pela mesma gema (cipó-de-sâo-joão)
terminal. Ex.: Casuarina sp., pinheiro (Fig. 44a, d).

simpodial- gema terminal de curta duração, substituí-


da por uma lateral, que passa a ser a principal; logo de-
QUANTO
pois esta também é substituída por outra lateral, e assim
À RAMIFI- por diante. Desse modo, a gema principal atrasa seu
CAÇÃO Tipos de
crescimento e uma gema lateral, que cresce mais, colo-
ramificação
ca-se no eixo da planta, deixando para o lado a primeira,
e assim sucessivamente. O eixo principal da planta é for-
mado por tecidos originados das diversas gemas que se Monopodial
substituíram paulatinamente. Ex.: árvores em geral,Ficus a) Arauearia Arbusto
sp. (Figs. 42d; 44e). angustifolia b) Baeeharis
(Bert.) O.K. punctigera DC.
em dicásio - duas gemas laterais do caule principal cres- (pinheiro)
cem mais do que a sua gema terminal, formando ramos;
depois, duas gemas em cada um desses ramos; e assim
por diante. Ex.: típico de plantas inferiores (Fig. 44f).

Figura 44 - Ramificação monopodial do caule (a) e tipos de desenvolvimentos caulinarcs


Figura 44 - Tipos de ramificações caulinares. (b, c).
106 CA ULE - Classificação quanto à consistência e àforma e adaptações
CA ULE - Adaptações
herbáceo - que tem aspecto de erva, principalmente por não ser 107
QUANTO À lenhificado. Ex.: serralha, botão-de-ouro (Fig. 42a).
CONSIS- ~u~lenhQ~o -: duro na base que é lenhificada e tenro, não Ienhificado, no
TÊNCIA apice. Ex .. cnsta-de-galo.
[ lenhoso - consistente e resistente, por causa da lenhificação, e de consi-
derável crescimento em diâmetros transversais. Ex.: árvores.

cilíndrico: palmeira.
cônico: árvores.
QUANTO À comprimido ou achatado: cipó e cactos.
FORMA anguloso: tiririca (trigonal), macaé (tetragonal).
sulcado: cipó-do-rego.
estriado: cactos.
bojudo ou barrigudo: palmeiras, baobá.

-ADAPTAÇÕES DOS CAULES-

. _ [SãO as modificações dos caules normais, muitas vezes como conseqüência


DEFINIÇAO das funções que exercem ou em razão da influência do meio físico.

c1adódios e filocládios - caules carnudos, verdes, achatados ou até


laminares, lembrando folhas que estão ausentes ou rudimentares. Ex.:
cactos (Fig. 45a), tênia (Fig. 45b). . Acúleo
espinhos - órgãos caulinares, endurecidos e pontiagudos. Ex.: limão, e) Rosa sp. (roseira)
laranja (Fig. 45c).
TIPOS gavinhas - são ramos filamentosos, em geral nas axilas de folhas, aptos
a trepar, enroscando-se, em hélice, em torno de suportes. Ex.: maracujá
(Fig. 45d), uva (Fig. 42c).
rastejantes - (Fig. 42j, k).
trepadores - (Fig. 42b, c, h, i).
subterrâneos - (Fig. 43a-f).

aCÚleOs - são tricomas rígidos e pontudos, de origem puramente


NOTA epidérmica, ao contrário dos espinhos, que são lenhificados e dotados de
[
tecido vascular. Ex.: roseira (Fig. 45e).

Gavinha
Cladódio b) H omalocladium platycladium
d) Passiflora sp. (maracujá)
a) Opuntia sp. (cactos) (F.v. Muell.) Bailey (tênia)

Figura 45 - Tipos de adaptações do caule.


Figura 45 - Tipos de adaptações do caule.
108 RAIZ - Generalidades 109
RAIZ - Introdução

-ARAIZ- fixação da planta, absorção e distribuição alimentar.


reserva.
IMPORTÂNCIA
uso medicinal.
! r, [
alimentação e economia.

I I
I
I
I

CARACTERES
GERAIS
corpo não segmentado em nós e entrenós.
sem folhas e sem gemas.
geralmente subterrâneas, com 'exceção das raízes aéreas.
geralmente aclorofiladas, com exceção de orquídeas e aráceas (raízes
aéreas).
com caliptra ou coifa e com pêlos radiculares.
geralmente com geotropismo positivo (Fig. 47a).
crescimento subterminal.

fixação da planta ao solo.


absorção da água e princípios minerais.
FUNÇÕES condução das substâncias alimentares.
[
reservas de alimentos, como batata-doce, cenoura etc.

na radícula do embrião da semente (raiz principal) (Fig. 47a);


ORIGEM endógena, a partir de tecidos profundos (raízes secundárias e a mai-
[ oria das adventícias) (Fig. 47b).

órgão geralmente subterrâneo que fixa a planta ao solo; retira e


DEFINIÇÂO { distribui alimentos e funciona como órgão de reserva.

Figura 46 - A raiz com detalhes dos tecidos condutores.

Por ser uma das finalidades das raízes fixar o vegetal ao solo, estas ramificam-se
ou apresentam-se em feixes, formando, desse modo, um conjunto de raízes chamado de
sistema radicular, ampliando, dessa forma, a base de fixação dos vegetais. Pertinente a raízes
esta função, os tecidos do seu corpo, freqüentemente, desenvolvem um maciço cilindro secundárias
central de resistência e, não raro, produzem células, fibras e esclereídios, que, pela forma
e membrana especiais, são estruturas de resistência mecânica.

No entanto, a raiz destina-se a absorver do solo as substâncias químicas indispen-


sáveis ao metabolismo dos vegetais. Desse modo, ramificando-se, as raízes aumentam raiz principal
sua área de absorção; esta é, por sua vez, ampliada ainda mais pela existência de uma
região do seu corpo, onde se formam pêlos absorventes, que são projeções das células
epidérmicas.
Origem embrionária
a) Phaseolus vulgaris L. (feijão)
Exercendo ainda as funções de transporte e de reserva de alimentos, serão encon-
trados, no âmago do seu corpo, tubos intercomunicantes, no interior dos quais circulam
as substâncias nutritivas, que são, assim, conduzi das e distribuídas para os diferentes
tecidos. ' Origem endógena
b) Esquema
No entanto, se a maioria das raízes enterra-se no solo, muitas não o fazem, permi-
tindo a certos vegetais uma adaptação mais precisa a condições especiais de vida, tais
como o "habitus" epífito, parasita e paludoso; como não poderia deixar de ser, tais raízes
adquirem morfologia e estrutura especializadas.

A seguir serão estudadas com mais detalhes as raízes e as suas variações estruturais. Figura 47 - Origem das raízes.
1JO
RA~z - Morfologia RAIZ - Classificação quanto à origem e ao habitat 111

forma {de dedal ou dedo de luva. CLASSIFICAÇÃO DAS RAÍZES

Normais - são aquelas que se desenvolvem a partir da radícula. São elas a


proteção contra o atrito e a transpiração excessi-
função raiz principal e todas as suas ramificações, isto é, raízes secundárias.
[ va; protege, sobretudo, o tecido meristemático da Adventícias - são aquelas que não se originam da radícula do embrião ou
Caliptra zona lisa. QUANTO À
da raiz principal por ela formada. Podem formar-se nas partes aéreas das
ou coifa ORIGEM
definição [região que reveste e protege o cone vegetativo da plantas e em caules subterrâneos. Ex.: as demais raízes, como grampifonnes,
l!aIz. fúlcreas etc, (Fig 49b).

observação festatoliros são grãos de amido da coifa que indi- cinturas ou estranguladoras - são adventícias que abra-
[caríam a direção da gravidade. çam outro vegetal, e, muitas vezes, o hospedeiro morre.
Ex.: cipós, mata-pau (Fig. 49c).

l
Zona lisa, caracterís- [mUltiPliCação celular (região meristemática);
MORFO- grampiformes ou aderen:tes - são adventícias com a for-
de cresci- ticas desenvolvimento celular (região de alongamen-
LOGIA ma de grampos, que fixam a planta trepadora a um su-
mento ou to), onde as divisões celulares são mais raras.
EXTER- porte (seja outra planta ou não). Ex.: hera (Fig. 49a).
de disten-
NA
são função {promove o crescimento da raiz, que é subterminal. respiratórias ou pneumatóforos - são raízes com
(Fig.48)
geotropismo negativo, que funcionam, ao fornecer oxigê-
caracterís- tpresença de pêlos que são prolongamentos das nio às partes submersas, como órgãos de respiração. Apre-
Zona pilífe- ticas células epidérmicas. Esta região já apresenta teci- sentam orifícios (lenticelas) chamados pneumatódios em
ra ou dos dos diferenciados. toda a sua extensão e, internamente, um aerênquima muito
pêlos absor- função desenvolvido. Estas raízes atingem o nível das marés al-

l
{absorção.
ventes tas. Ex.: plantas de mangues (Fig. 49d).
QUANTO AO
Aéreas
duração {quase efêmera. HABITAT sugadoras ou haustórios - são adventícias, com órgãos
de contato (apressórios), em cujo interior surgem raízes
Zona ,[regiãO geralmente suberificada, onde ocorrem as finas (haustórios), órgãos chupadores que penetram no
caractens- di ,. -
suberosa ou' ticas ra icelas.
. Com a queda dos pelos, esta regiao fica corpo da hospedeira, absorvendo os alimentos, isto é,
de ramifica- protegida pela exoderme. parasitando-a. Ex.: cuscuta, erva-de-passarinho (Fig. 4ge).
ção função {forma as radicelas ou raízes secundárias. suportes ou fúlcreas - são adventícias que, brotando em
direção ao solo, nele se fixam e se aprofundam, podendo
NOTA Colo ou { atingir grandes dimensões. Elas auxiliam a sustentação
{ coleto região de transição entre raiz e caule.
do vegetal. Ex.: pândano (Fig. 49f), milho (Fig. 49g).
tabulares ou sapopemas - são as que atingem grande
desenvolvimento e tomam o aspecto de tábuas perpendi-
culares ao solo, ampliando a base da planta, dando-lhe
maior estabilidade. São em parte aéreas e, em parte, sub-
terrâneas. Ex.: pau-d'alho, ficus (Fig. 49h).
zona de
ramificação

. f-- zona pilífera

t-- zona lisa Raiz adventícia


Morfologia da raiz
b) Kalanchoe pinnata Pers.
a) Esquema (folha-da-fortuna)

Figura 48 - Partes constituintes da raiz. Figura 49 - Raízes adventícias desenvolvendo-se nas margen de uma folha.
112 RAIZ - Classificação quanto ao habitat RAIZ - Classificação-quanto ao habitat 113

Raiz suporte
g) Zea mays L. (milho)

Raiz suporte
f) Pandanus sp.
e) Struthanthus sp.
(pândano)
(erva-de-passarinho)
~

Raiz grampiforme
a) Fieus pumila L. (falsa-hera)

raiz suporte
pneumatóforo
I

Raiz respiratória

Raiz tabular ou sapopema


'~ raízes
h) Ficus microcarpa L. f. (laurel-
pneumatódios da-índia)
ta IIi1'11 JrI
tronco hospedeiro

c) Fieus subg. Urostigma


----
- -

(gameleira)
d) Avicennia tomentosa J ack.

Figura 49 - Tipos de raízes aéreas.


Figura 49 - Tipos de raízes aéreas.
RAIZ - Classificação quanto ao habitat e adaptações 11
114 RAIZ - Classificação quanto ao habitat e adaptações

Aquáticas { quando se desenvolvem na água. Ex.: aguapé (Fig. SOa) Raiz adventícia tuberosa
axial ou pivotante - raiz principal muito desenvolvida e g) Dahlia sp. (dália)
com ramificações ou raízes secundárias pouco desenvol-
vidas, em relação à raiz principal. Típica de Gymnospermae
e Dicotyledoneae. Ex.: quebra-pedra (Fig. SOb).
rarnificada - a raiz principal logo se ramifica em secun-
dárias e estas em terciárias, e assim sucessivamente. Fre-
qüente em Dicotyledoneae (Fig, SOe).
QUANTO AO
HABITAT fasciculada - aquela que, por atrofia precoce da raiz prin-
Subterrâneas cipal, é constituída por um feixe de raízes, onde não se
distingue, nem pela forma nem pela posição, uma raiz
principal, pois todas têm espessura semelhante. Típica de
Monocotyledoneae. Ex.: capim-pé-de-galinha (Fig. 50d).
tuberosa - raiz dilatada pelo acúmulo de reservas nutriti-
vas. Pode ser axial tuberosa, como cenoura (Fig. SOe),be-
terraba, nabo, rabanete (Fig. 50f); ou adventícia tuberosa,
como dália (Fig, 50g); ou secundária tuberosa, como a
batata-doce (Fig. 50h).
ADAPTAÇÕES DA RAIZ
DEFINIÇÃO { s~o as modi~cações das raízes normais, muitas vezes como conseqüên-
era das funçoes que exercem ou por causa da influência do meio físico.
1fiI..,,='::::.--Y1 raiz principal
TIPOS { tuberosa - (Fig. SOe-h). -/,~

raízes aéreas - (Fig. 49a-h). e) Daucus carota L.


(cenoura)

f) Raphanus sativus
L. (rabanete)

Raiz axial
Raiz fasciculada b) Phyllanthus niruri
d) Eleusine indica (L.) Gaertn. L. (quebra-pedra) Raiz ramificada Raiz aquática
(capim-pé-de-galinha) c) Baccharis punctigera De. a) Eichhornia crassipes (Mart.)
Solms-Laubach. (aguapé)

Figura 50 - Raiz ramificada (c) e tipos de adaptações das raízes (a; e - h).
Figura 50,- Raízes subterrâneas - axial (b) e fasciculada (d).
116 RAIZ E CAULE - Diferenças 117
PLANTA - Classificação quanto à longevidade e ao sexo
ÍNDICE DAS FIGURAS
- DIFERENÇAS ENTRE CAULE E RAIZ- Fig, 1 - Crotalaria zanzibarica Benth. (xiquexique). Planta superi?r completa ...
Fig. 2 - Citrus aurantium L. (laranja). Da flor ao fruto. Ramo flondo de laranjeira, corte
Raiz Caule transversal de laranja e inseto.
Diferenças embrionárias Fig. 3 - Constituição de uma flor completa. , . ._

1) Origem: radícula, no embrião. I 1) gêmula do caulículo, no embrião.


Fig. 4a - Flor de Brassica oleracea L. (couve). Flor cíclica, c,on: dIssecça~.
b - Flor de Michelia champaca L. (magnólia). Flor acíclica, com dissecção,
_

c - Piper nigrum L. (pimenta-do-reino). Flor aperiantada.


d - Hemerocallis fiava L. (lírio). Flor completa de Monocotyledoneae.
Diferenças Morfológicas (Macroscópicas) e - Ricinus communis L. (mamona). Flor unissexual 9, monoperiantada.
1) Com coifa. f - Idem. Flor unissexual O; monoperiantada.
1) Sem coifa.
2) Sem gemas terminais e laterais. g - Hibiscus rosa-sinensis L. (brinco-de-princesa ou graxa-de-estudante). Flor com-
2) Com gemas terminais e laterais.
3) Com região de pêlos absorventes. pleta de Dicotyledoneae e em corte longitudinal.. .
3) Sem região de pêlos absorventes.
4) Sem folhas, flores e frutos. h - Bougainvillea glabra Choisy (três-marias). Inflorescência e flor monopenantada
4) Com folhas, flores e frutos.
5) Corpo sem divisão em nós e entrenós. com bráctea fértil.
5) Corpo com divisão de nós e entrenós.
6) Com radicelas de origem endógena. i - Quercus sp. (carvalho). Fruto com a cúpula. " , .
6) Com ramos de origem exógena (nas
j -Monstera deliciosa Liebm. (banana-de-macaco). Inflorescência em espádice com
gemas axilares).
espata.
k - Oryza sativa L. (arroz). Flor com glurnas.
Diferenças Fisiológicas
1- Petroselinum crispum (Mil!.) Nym. (salsa). Inflorescência com invólucro.
1) Absorção da seiva. m - Chrysanthemum leucanthemum L. (margarida). Inflorescência com periclínio.
1) Condução da seiva.
2) Crescimento subterminal. n - Tiopaeolum majus L. (chagas). Flor calcarada.
2) Crescimento terminal.
3) Geotropismo positivo. Fig. 5a - Fruto de Citrus aurantium L. (laranja). Cálice persistente.
3) Geotropismo negativo.
4) Raro fotossintetizantes. b - Fruto de Psidium guajava L. (goiaba). Cálice marcescente.
4) Fotossintetizantes ou não.
5) Fototropismo negativo. c - Fruto de Physalis sp. (juá-de-sapo). Cálice acrescente.
5) Fototropismo positivo.
6) Responsável pela fixação da planta d - Rosa sp. (rosa). Flor actinomorfa completa e desmembrada.
6) Responsável pela sustentação de todos os
ao solo. e - Pisum sativum L. (ervilha). Flor zigomorfa completa e desmembrada.
elementos provenientes da gêmula.
f - Pétala de Dianthus chinensis L. (cravina). Morfologia da pétala.
Fig. 6a - Brassica oleracea L. (couve). Corola crucífera .
. b. - Rosa sp. (rosa). C. rosácea.
-PLANTA-
c -Dianthus chinensis L. (cravina). C. cariofilácea.
d - Cattleya sp. (orquídea). C. orquidácea.
anual- planta que germina, cresce, floresce, frutifica e morre no
e - Pisum sativum L. (ervilha). C. papilionada.
período de até um ano. Ex.: milho, botão-de-ouro, feijão.
QUANTO À f - Chrysanthemum leucanthemum L. (margarida). C. tubulosa.
bianual - planta que completa o seu ciclo de vida num período
LONGEVIDADE g - Lycopersicum esculentum Mill. (tomate). C. rotá~ea. . .
além de um ano, mas sem passar de dois anos.
h -Lpomoea cairica L. Sweet. (enrola-semana). C. infundibuliforme,
perene - planta' que perdura por mais de dois anos. Ex.: árvores,
orquídeas, bromélias. i - Campanula sp. (campainha). C. campanulada.
j - Erica sp. C. urceolada.
monóica ~ planta que tem flores unissexuais, masculinas e femi- k - Lochnera rosea L. Reichenb. (vinca). C. hipocrateriforme.
ninas, sobre o mesmo indivíduo. Ex.: mamona, milho. 1- Salvia splendens Ker-Gawl. (cardeal). C. labiada.
dióica - planta que tem flores unissexuais masculinas em um in- m -Antirrhinum majus L. (boca-de-leão). C. personada.
QUANTO AO divíduo e flores unissexuais femininas em outro indivíduo. Ex.: n - Chrysanthemum leucanthemum L. (margarida). C. ligulada
SEXO tamareira. 0- Digitalis sp. (dedaleira). C. digitaliforme.

hermafrodita - planta que só tem flores hermafroditas sobre o p- Canna sp. (cana-da-índia). C. anômala.
mesmo indivíduo. Ex.: laranjeira. Fig. 7a - Esquema das partes constituintes do estame. ,
poIígama - planta que tem flores unissexuais e hermafroditas so- b -Tpomoea cairica L. Sweet. (enrola-semana). Androceu heterodínamo.
bre o mesmo indivíduo. Ex.: margarida. c - Bignoniaceae. A. di dínamo e antera apicefixa.
d - Brassica oleracea L. (couve). A. tetradínamo.
. {Vivaz - há a tendência de se chamar vivaz (e não perene) a planta e - Lobelia sp. A. sinfisândrico .
NOTA que tem órgãos ~éreos anuais, dotada de rizomas, tubérculos, bul- f - Pisum sativum L. (ervilha). A. diadelfo.
bos etc. Ex.: dália. g - Chrysanthemum leucanthemum L. (margarida). A. sinantero e homodínamo.
h - Citrus aurantium L. (laranja). A. poliadelfo aberto e fechado.
Fig. 8a - Esquema de inserção apicefixa da antera.
118 119

b - Esquema de inserção dorsifixa da antera. e - Leonotis nepetaefolia R. Br. (cordão-de-frade). Glomérulo.


c - Esquema de inserção basifixa da antera. f - Euphorbia splendens Bojer. (coroa-de-cristo). Ciátio.
d - Brassica oleracea c. (couve). Deiscência longi tudinal de antera e an tera dorsifixa. g - Ficus carica L. (figo). Sicônio.
e - Persea americana Mill. (abacate). Deiscência valvar. Fig. 13a - Petroselinum crispum (Mill.) Nym. (salsa). Umbela de umbelas.
f - Cassia speciosa Schrad. (fedegoso). Deiscência poricida e antera basifixa. b - Yucca gloriosa L. (yuca). Panícula.
g - Esquema de pólen simples. c - Euphorbia splendens Bojer. (coroa-de-cristo), Dicásio de ciátios.
h - Cattleya sp. e Orchis sp. (orquídeas). Políneos. d - Galinsoga parviflora Cavo (botão-de-ouro). Dicásio de capítulos.
i - Esquema de pólen agrupado. Fig.14a - Esquema de prefloração valvar simples.
j - Esquema de estrutura de grão de pólen. b - Esquema de prefloração valvar induplicada.
Fig. 9al - Hibiscus rosa-sinensis L. (brinco-de-princesa). Gineceu gamocarpelar. c - Esquema de prefloração valvar reduplicada
a2 - Kalanchoê pinnata Pers. (folha-da-fortuna). Gineceu dialicarpelar. d - Esquema de prefloração espiralada ou contorta.
b - Tipos de estiletes e estigma. e - Esquema de prefloração imbricada.
b, - Bidens pilosa L. (picão). f - Esquema de prefloração quincuncial.
b, - Salvia splendens Ker-Gawl. (cardeal). g - Esquema de prefloração coc1ear vexilar.
b, =Allamanda cathartica L. (alamanda). h - Esquema de prefloração coc1ear carenal.
b, - Trimeziafosteriana Steyerm. (íris). Fig. l5a - Hypoxis decumbens L. (falsa-tiririca). Diagrama floral de Monocotyledoneae,
c - Crotalaria zanzibarica Benth, (xiquexique). Corte transversal de ovário homoc1amídea.
unicarpelar e unilocular b - Crotalaria zanzibarica Benth. (xiquexique). Diagrama floral de Dicotyledoneae,
d - Spathodea campanulata Beauv. (espatódea). Corte transversal de ovário bicarpelar dialipétala, heterolamídea.
e bilocular. Gamocarpelar fechado. c - Nicotiana tabacum L. (fumo). Diagrama floral de Dicotyledoneae, gamopétala,
e - Hemerocallis fiava L. (lírio). Corte transversal de ovário tricarpelar e trilocular. heteroc1amídea.
f - Hibiscus rosa-sinensis L. (brinco-de-princesa). Corte transversal de ovário d - Hypoxis decumbens L. (falsa-tiririca). Fórmula floral.
pluricarpelar e plurilocular. e - Crotalaria zanzibarica Benth. (xiquexique). Fórmula floral.
g - Dianthus chinensis L. (cravina). Corte transversal de ovário bicarpelar e f - Nicotiana tabacum L. (fumo). Fórmula floral.
unilocular. Gamocarpelar aberto. Fig. l6a - Esquema de corte transversal da antera jovem.
h - Rosa sp. (rosa). Corte longitudinal da flor. Flor perígina, ovário súpero. Esque- b - Esquema de corte transversal da antera adulta.
ma de flor perígina. c - Esquema de microsporogênese.
i - Nicotiana tabacum L. (fumo). Corte longitudinal da flor. Flor hipógina, ovário d - Esquema de microgametogênese.
súpero. Esquema de flor hipógina. Fig. l7a - Esquema de formação da nucela e dos integumentos.
j - Fuchsia sp. (brinco-de-princesa). Corte longitudinal da flor. Flor epígina, ová- b - Esquema de macrosporogênese.
rio ínfero. Esquema de flor epígina. c - Esquema de macrogametogênese.
k - Tibouchina sp. (quaresma). Corte longitudinal da flor. Flor perígina, ovário Fig. 18 - Esquema de fecundação.
semi-ínfero. Esquema de flor perígina. Fig. 19a - Fuchsia sp. (brinco-de princesa). Flor ornitófila. .
Fig. IOa. - Esquema de estrutura do óvulo. b - Ceratophyllum demersum L. (pinheirinho-d'água). Flor hidrófila.
a2 - Esquema de óvulo ortótropo. Fig. 20a - Pisum sativum L. (ervilha). Flor c1eistógama.
b - Esquema de óvulo anátropo. b - Ricinus communis L. (mamona). Planta monóica.
c - Esquema de óvulo campilótropo. c - Aristolochia sp. (cachimbo-de-turco). Protoginia.
d - Esquema de óvulo anfítropo .. d - Trimeziafosteriana Steyerm. (íris). Hercogamia.
e - Esquema de placentação central. e - Primula sp. (primavera). Heterostilia.
f - Esquema de placentação axial. f - Esquema de formação do tubo polínico.
g - Esquema de placentação apical. g - Esquema de penetração do tubo polínico.
h - Esquema de placentação basilar. Fig. 21 - Esquema de fecundação.
il - Esquema de placentação parietal, pistilo unicarpelar. Fig. 22 - Quadro sugestivo de dispersão de frutos e sementes.
i, - Esquema de placentação parietal, pistilo tricarpelar. Fig. 23a - Citrus aurantium L. (laranja). Hesperídeo.
Fig. lia -Crotalaria zanzibarica Benth. (xiquexique). Cacho. b - Mangifera indica L. (manga). Drupa.
b - Spathodea campanulata Beauv. (espatódea). Corimbo. c - Lycopersicum esculentum Mill. (tomate). Baga.
c - Plantago major L. (língua-de-vaca). Espiga. d - Cocos nucifera L. (coco). Drupa.
d - Monstera deliciosa Liebm. (banana-de-macaco). Espádice. e - Crotalaria zanzibarica Benth. (xiquexique). Legume.
e -Acalypha sp. (rabo-de-macaco). Amento. f - Rubus rosaefolius Smith. (framboesa). Fruto múltiplo, polidrupa.
f -Asclepias curassavica L. (falsa-erva-de-rato). Umbela. g - Ananas comosus (L.) Merril. (abacaxi). Infrutescência, sorose.
g - Chrysanthemum leucanthemum L. (margarida). Capítulo. h - Pyrus communis L. (pêra). Pseudofruto, pomo.
Fig. l2a - Heliotropium indicum L. (miosótis). Cima escorpióide. Fig. 24a - Sterculia chicha St. Hill. (chichá). Folículo.
b - Hemerocallis fiava L. (lírio). Cima helicóide. b - Brassica oleracea L. (couve). Síliqua.
c - Begonia sp. (begônia). Dicásio. c - Papaver somniferum L. (papoula). Cápsula porífera.
d - Pelargonium sp. (jardineira). Pleiocásio.
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d - Dianthus chinensis L. (cravina). Cápsula denticida. c - Eleusine indica (L.) Gaertn. (capim-pé-de-galinha). Paralelinérvea. F. linear.
e - Hemerocallis fiava L. (lírio). Cápsula Ioculicida. d - Lochnera rosea (L.) Reichenb. (vinca). Peninérvea. F. oblonga.
f - Nicotiana tabacum L. (fumo). Cápsula septicida. e - Carica papaya L. (mamoeiro). Palminérvea.
g - Datura stramonium L. (estramônio). Cápsula septífraga. f - Plantago hirtella H.B.K. (língua-de-vaca). Curvinérvea.
h - Lecythis sp. (sapucaia). Pixídio. g - Araucaria excelsa R. Br. (árvore de natal). Acicular.
i - Helianthus annuus L. (girassol), Bidens pilosa L. (picão) e Sonchus oleraceus L. h - Cupressus sp. (cipreste). Escamiforme.
(serralha). Aquênios. . i -Allium cepa L. (cebola). Subulada.
j -Zea mays L. (milho). Cariopse. j - Nerium oleander L. (espirradeira). Lanceolada.
k - Stigmaphyllon sp. (cipó-de-asa). Sâmara. k - Ficus microcarpa L.f. (ficus). Elítica.
1- Ocotea pretiosa (Nees.) Mez. (sassafrás). Glande. 1- Salvia splendens Ker. - Gawl. (cardeal). Deltóide.
Fig. 25a - Prunus persica (L.) Batsch. (pêssego). Drupa. m - Sida micrantha St. Hill. (vassoura). Ovada.
b - Cucurbita pepo L. (abóbora). Peponídeo. n - Buxus semperoirens L. (buxo). Obovada.
0- Centella asiatica (L.) Urbano Reniforme.
c - Punica granatum L. (romã). Balaústa.
d -Anacardium occidentale L. (caju). Pseudofruto. p =Pothomorphe sp. (capeva). Cordiforme.
e - Rosa sp. (rosa). Poliaquênio. q - Mikania salviaefolia Gaertn. Hastada.
f - Hovenia dulcis Thunb. (hovênia). Pseudofruto. r - Caladium sp. (tinhorão). Sagitada.
g - Michelia champaca L. (magnólia). Polifolículo. . s - Gnaphalium purpureum L. (escama-de-sapo). Espatulada.
h - Ficus carica L. (figo). Sicônio. FIg. 34a -Ananas comosus (L.) Merrill (abacaxi). Bordo aculeado.
Fig. 26 - Esquema de formação do embrião e do albume. b - Kalanchoe pinnata Pers. (folha-da-fortuna). B. crenado.
c - Hibiscus rosa-sinensis L. (brinco-de-princesa). B. dentado.
Fig. 27a -Ricinus communis L. (mamona). Partes constituintes da semente e do embrião.
b - Phaseolus vulgaris L. (feijão). Partes constituintes da semente e do embrião. d - Buxus sempervirens L. (buxo). B. inteiro.
c - Zea mays L. (milho). Partes constituintes do embrião. e - Michelia champaca L. (magnólia). B. ondulado.
d - Passijlora sp. (maracujá). Arilo. f - Impatiens balsamina L. (beijo-de-frade). B. serrado.
e - Myristica fragans Houtt (noz-moscada). Arilóide. g - Eleusine indica (L.) Gaertn. (capim-pé-de-galinha). B. serrulado.
Fig. 28a - Disseminação por antropocoria. h - Euphorbia pulcherrima Willd. (bico-de-papagaio). Pinatilobada.
b - Zornia diphylla Pers. (carrapicho). Zoocoria. i - Urena lobata L. (guaxima). Palmatilobada.
c - Bidens pilosa L. (picão). Zoocoria. j - Melia azedarach L. (folíolo do cinamomo). Pinatífida.
d - Acanthospermum hispidum DC. (carrapicho-de-carneiro). Zoocoria. k - Ipomoea batatas Lam. (batata-doce). Palmatífida.
e - Pithecoctenium echinatum (Jacq.) Schum. (pente-de-macaco). Anemocoria. 1- Mont~noa pyramidata Sch.Bip. ex C. Koch. (flor-de-maio). Pinatipartida.
f - Chaptalia nutans (L.) Polak. (língua-de-vaca). Anemocoria. m - Carica papaya L. (mamoeiro). Palmatipartida.
n - Bidens pilosa L. (picão). Pinatisecta.
g - Asclepias curassavica L. (oficial-de-sala). Anemocoria.
. 0- Ipomoea cairica (L.) Sweet. (enrola-semana). Palmatisecta.
h - Chorisia speciosa St. Hill. (paineira). Anemocoria.
i - Impatiens balsamina L. (beijo-de-frade). Autocoria. FIg. 35a - Eucalyptus sp. (eucalipto). Apice acuminado.
j -Arachis hypogaea L. (amendoim). Geocarpia. b - Nerium oleander L. (espirradeira). A. agudo.
Fig. 29a - Phaseolus vulgaris L. (feijão). Germinação da semente. c - Salvia splendens Ker-Gawl. (cardeal). A. cuspidado.
b - Zea mays L. (milho). Germinação da semente. d -Amaranthus viridis L. (caruru). A. emarginado.
Fig. 30 - Estrutura da folha. e - Lochnera rosea (L.) Reichenb. (vinca). A. mucronado.
Fig.31a - Caladium sp. (tinhorão). Partes constituintes da folha. f - Buxus sempervirens L. (buxo). A. obtuso.
b - Hibiscus rosa-sinensis L. (brinco-de-princesa). Partes constituintes da folha. g - Buxus sempervirens L. (buxo). A. retuso.
Fig. 32a - Cucurbita pepo L. (abóbora). F. peciolada. h - Desmodium sp. (folíolo de carrapicho). A. truncado.
b - Sansevieria thyrsijlora Thunb. (espada-de-são-jorge). F. séssil, ensiforme. i - Galinsoga ciliata (Rafin.) Blake. (botão-de-ouro). Base acunheada.
c - Sonchus oleraceus L. (serralha). F. amplexicaule. j - Nerium oleander L. (espirradeira). B. atenuada.
d - Specularia sp. Perfoliada. k - Sonchus asper (L.) Hill. (serralha), B. auriculada.
e - Buddleia brasiliensis J acq. (barbasco). F. ad unada. 1- Pothomorphe sp. (capeva). B. cordada.
m - Mikania salviaefolia Gaertn. B. hastada.
f - Monstera deliciosa Liebm. (costela-de-adão). F. fenestrada.
g - Eleusine indica (L.) Gaertn. (capim-pé-de-galinha). F. invaginante. n - Salvia splendens Ker-Gawl. (cardeal). B. oblíqua.
0- Hibiscus rosa-sinensis L. (brinco-de-princesa). B. obtusa.
h - Citrus aurantium L. (laranja). Pecíolo alado.
p - Centella asiatica (L.) Urbano B. reniforme.
i - Spathodea campanulata Beauv. (espatódea). F. composta.
j - Acacia sp. Filódio. q - Caladium sp. (tinhorâo). B. sagitada.
k - Cabomba caroliniana A. Gray. (cabomba). Heterofilia. r - Salvia splendens Ker-Gawl. (cardeal). B. truncada.
1- Eucalyptus sp. (eucalipto). Heterofilia. Fig. 36a - Cassia bicapsularis L. (fedegoso). Paripenada.
m - Leonurus sibiricus L. (macaé). Heterofilia. b - Spathodea campanulata Beauv. (espatódea). Imparipenada.
n - Musa paradisiaca L. (bananeira). Pseudocaule. c - Desmodium sp. (carrapicho). Trifoliolada.
I Fig. 33a - Tropaeolum majus L. (chagas). Face ventral e dorsal. F. orbicular, peltada. d - Chorisia lPeciosa St. Hill. (paineira). Digitada.
b - Cycas revoluta Thunb. (sagu-de-jardim). Uninérvea. e - Piptadenia contorta Benth. (angico). Recomposta.

I
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Fig. 37a - Hibiscus rosa-sinensis L. (brinco-de-princesa). Folhas alternas. . b - E~chhornia.crassipes (Mart.) Sloms-Laubach, (aguapé). Morfologia da raiz.
b - Salvia splendens Ker.-Gawl. (cardeal). F. opostas cruzadas. Fig. 49a - Ficus purnila L. (falsa-hera). Raiz grampiforme,
c - Nerium oleander L. (espirradeira). F. verticiladas. b - Kalanchoê pinnata Pers. (folha-da-fortuna). R. adventícia.
d - Hypoxis decumbens L. (falsa-tiririca), F. rosuladas. c - Ficus subg. Urostigma (gameleira). R. cintura.
Fig. 38a - Phaseolus vulgaris L. (feijão). Cotilédone. d -Avicennia tomentosa jack. R. respiratória.
b - Sanseuieria thyrsiflora Thunb. (espada-de-são-jorge). Escama. e - Struthanthus sp. (erva-de-passarinho). R. sugadora.
c - Castanea sativa Mill. (castanheiro). Escama. f - Pandanus (pândano). R. suporte.
d - Bougainvillea glabra Choisy (três-rnarias). Hipsofilo. g -Zea mays L. (milho). R. suporte.
e - Spathodea campanulata Beauv. (espatódea). Bráctea e bractéola. . h - Fi~us mic:ocarpa. L.f. (laurel-da-índia). R. tabular ou sapopema.
f - Hibiscus rosa-sinensis L. (brinco-de-princesa). Estípulas. Fig. SOa- Eichhornia cr~sslpes (Mart.) Solms-Laubach, (aguapé). R. aquática.
g - Desmodium sp. (carrapicho). Estipélulas. b - Phyllanthus nuuri L. (quebra-pedra). R. axial.
h - Eleusine indica (L.) Gaertn. (capim-pé-de-galinha). Lígula. c - Baccharis punctigera De. R. ramificada.
i - Polygonum acuminatum H.B.K. (erva-de-bicho). Ócrea. d - Eleusine indica (L.) Gaertn. (capim-pé-de-galinha). R. fasciculada.
Fig. 39a - Nepenthes sp. (nepentes). Ascídio. e - Daucus carota L. (cenoura). R. axial tuberosa.
b - Drosera sp. Folha insetívora. f - Raphanus sativus L. (rabanete). R. axial tuberosa.
c - Utricularia sp. Utrículo. g - Dahlia sp. (dália). R. adventícia tuberosa.
d - Opuntia sp. (cactos). Espinho. h - Ipomoea batatas (L.) Poir. (batata-doce). R. secundária tuberosa.
e - Solanum reflexum Schrank. (juá). Espinho.
f - Pyrostegia venusta (Ker-Gawl.) Miers. (cipô-de-são-joâo). Gavinha.
Fig. 40 - Caule.
Fig. 41 - Castanea sativa Mill. (castanheiro). Morfologia do caule.
Fig. 42a - Galinsoga parviflora Cavo(botão-de-ouro). Haste, erva.
b - Ficus sp. (hera). Trepador.
c - Vitis vinifera L. (uva). Trepador.
d - Michelia champaca L. (magnólia). Tronco, ramificação simpodial.
e - Roystanea oleracea (jacq.) Cook. (palmeira-imperial). Estipe. Caule indiviso.
fi - Saccharum officinarum L. (cana-de-açúcar). Colmo cheio.
f2 - Bambusa sp. (bambu). Colmo oco.
g - Hypoxis decumbens L. (falsa-tiririca). Escapo.
h - Ipomoea cairica (L.) Sweet. (enrola-semana). Volúvel sinistrorso.
i - Lonicera japonica Thunb. (madressilva). Volúvel dextrorso
j - Cucurbita pepo L. (abóbora). Rastejante.
k - Fragaria vesca L. (morango). Estolão.
Fig. 43a - Sanseoieria thyrsiflora Thunb. (espada-de-são-jorge). Rizoma.
b - Solanum tuberosum L. (batata-inglesa). Tubérculo.
c - Hypoxis decumbens L. (falsa-tiririca), Bulbo sólido.
d - Lilium longiflorum Thunb. (lírio). Bulbo escamoso.
e - Allium cepa L. (cebola). Bulbo tunicado.
f-Allium sativum L. (alho). Bulbilho ou bulbo composto.
g - Orchidaceae (orquídea). Pseudobulbo.
Fig. 44a -Araucaria angustifolia (Bert.) O.K. (pinheiro-do-paranâ). Monopodial.
b - Baccharis punctigera DC. Arbusto.
c -t-, Pyrostegia venusta (Ker-Gawl.) Miers. (cipó-de-são-joão), Liana.
d - Esquema de ramificação monopodial.
e - Esquema de ramificação simpodial.
f - Esquema de ramificação em dicásio.
Fig. 4Sa - Opuntia sp. (cactos). Cladódio.
b - Homalocladium platycladum (F.v.Muell.) Bailey (tênia). Cladódio.
c - Citrus aurantium L. (laranja). Espinho.
d - Passiflora sp. (maracujá). Gavinha.
e - Rosa sp. (roseira). Acúleo.
Fig. 46 - Raiz.
Fig. 47a - Phaseolus vulgaris L. (feijão). Origem embrionária da raiz.
b - Esquema de origem endógena da raiz.
Fig. 48a - Esquema da morfologia da raiz.

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