Você está na página 1de 26

Especialização em ensino de ciências naturais e matemática

Tópicos especiais para o ensino de Biologia

Abril/2018
APRESENTAÇÃO:

 Discentes:
Objetivo

Promover uma discussão e reflexão sobre


metodologias para o ensino de Biologia, baseada no
artigo “REFLEXÕES SOBRE METODOLOGIAS PARA O
ENSINO DE BIOLOGIA: UMA PERSPECTIVA A PARTIR DA
PRÁTICA DOCENTE”.
METODOLOGIA:

 Apresentação, produção e discussão desse slide,


pesquisas na internet, mais leitura do artigo “REFLEXÕES
SOBRE METODOLOGIAS PARA O ENSINO DE
BIOLOGIA: UMA PERSPECTIVA A PARTIR DA PRÁTICA
DOCENTE”.
REFLEXÕES SOBRE METODOLOGIAS PARA O ENSINO DE BIOLOGIA:
UMA PERSPECTIVA A PARTIR DA PRÁTICA DOCENTE
INFORMAÇÕES GERAIS

 Pesquisa realizada em 4 colégios estaduais de ensino médio do PR; 8


professores.
 Objetivo: analisar e discutir metodologias para o ensino de biologia.
 Organização:
 Levantamento de referencial teórico sobre o tema.
 Análise e discussão de entrevistas e observações.
 Proposição de trabalho em escola.
 Considerações finais.
Biologia pode se uma das disciplinas mais relevantes e merecedoras da atenção dos educandos, ou
uma das mais insignificantes, dependendo do que for ensinado e de como isso for feito (Krasilch
2005).

Níveis de alfabetização biológica:


1. Nominal
2. Funcional
3. Estrutural
4. Multidimensional

Os alunos ao concluírem o EM devem atingir o 4º nível. Alídia Hernandes Ribeiro


Vale (1998): a Ciência é o conhecimento preocupado em determinar as leis gerais que permitem a
compreensão dos fenômenos naturais.

Ciência e educação - Manacorda (2007):


 Concentra-se no mundo capitalista;
 Restante do mundo recebe a Ciência sob forma de produto  custo alto.
 Educação: alternativa para se criar uma sociedade autônoma, sem se isolar da realidade
planetária; fundamentos dessa educação: liberdade, democracia e participação cultural.
 Meio: professores com visão política e instrumentalizados metodologicamente  condições para
transformações sociais.
 Educação científica e tecnológica.
 Educação científica - objetivos (Vale 1998):
 Ser significativa e interessante à todos;
 Ter conteúdos determinados a partir da contextualização da prática social;
 Fomentar o espírito científico frente ao senso comum;
 Criação de capacidade de avaliação crítica dos conhecimentos em função das necessidades sociais, e;
 Permitir a formação de um educando questionador.

 Educação pública  promotora do conhecimento e da cidadania  alcance da transformação


social e da emancipação humana.
 Síntese da quantidade com a quantidade  distanciamento da alienação.
 O trabalho docente exige a pesquisa investigativa: fuga da memorização de conteúdos através
de um aprendizado interativo.
 Na escola devem-se desenvolver os processos de construção da Ciência e não apenas o
entendimento de como isso ocorreu.

 Vigotsky (2000): conceitos científicos surgem e se constituem através do pensamento – no


momento em que se assimila pela primeira vez um significado novo.
 Compreensão da formação de um conceito científico.
 Entendimento da utilidade do pensamento.
 Na biologia: é essencial a abordagem multidisciplinar.
 Períodos históricos x ensino de Ciências (Krasilchik 1987):
 Entre 1950 e 1985: resultados de experimentos eram enfatizados frente à todo o processo.
 1960: utilização de laboratório como forma de discussão da pesquisa.
 Década de 50: atividades como formas ilustrativas, de comprovação, ou ainda para manipulação de
aparatos ou instrumentos.

 As atividades de experimentação devem partir de problemas investigativos relacionados com a


vida de estudantes; ao professor cabe uma atuação diferenciada.
 Delizoicov (2000) destaca que é possível, no nível médio de ensino, uma efetiva aproximação do
conhecimento científico e sua aplicação em situações reais.
Conteúdos e metodologia: a harmonia necessária para o processo de ensino-aprendizagem

 O conteúdo e a metodologia estão intimamente relacionados tanto para o ensino quanto para a
aprendizagem.
 Para selecionar a metodologia adequada, é necessário conhecer a turma, o tempo que dispõem
e os recursos necessários e existentes.
 Aulas de biologia devem promover debates e discussões sobre o papel e as influências exercidas
pelo conhecimento científico na sociedade.
 Adequação situação-conteúdo.
Aulas expositivas
 Função: informação.
 Representam formas econômicas e de controle da turma.
 Exige alto nível de concentração dos alunos.
 Pouca interação entre professor/aluno.
Discussões estruturadas e seminários
 Avanço na construção do diálogo.
 Apresentação de conceitos de forma mais agradável: desafios para os educandos.
 Atenção do docente para não interferir de forma negativa.
 Aprendizagem colaborativa e cooperativa.
Demonstrações
 Exemplo: Apresentação de espécimes ou fenômenos.
 Modalidade utilizada quando se quer economizar tempo ou não se tem material suficiente para
toda a turma.
 Uniformização de conteúdo de forma sincronizada.

 Observação:
 O material em apresentação deve estar visível à todos.
 O material deve ser simples.
 O professor deve conduzir a aula de forma clara e entusiasmada, mostrando o que deseja passo a passo
e repetir enquanto for necessário.
Aulas práticas
 Permite contato direto com fenômenos, manuseio de equipamentos e observação de organismos.
 Oportuniza desafio à imaginação e raciocínio.
 Quatro níveis de encaminhamento:
 Diretivo;
 Alunos recebem o problema e instruções de como proceder;
 Apenas o problema é proposto, e;
 Os alunos decidem o problema.
Excursões
 Pouco utilizadas.
 Possuem uma dimensão cognitiva que não pode ser prevista com antecedência.
Projetos
 Desenvolvidos individualmente ou em equipe.
 Permite aos educandos desenvolvimento de iniciativas, capacidade de decidir, capacidade de
estabelecer roteiro para suas tarefas até a redação do relatório com as conclusões obtidas.
 Fases:
 Definição do problema;
 Organização de um roteiro de trabalho;
 Execução do roteiro, e;
 Elaboração do relatório.
Mapas conceituais
 Estimula o educando a refletir, pesquisar, selecionar, analisar, elaborar o conhecimento e
aprender de uma maneira significativa.
Mídia e ensino
 Qualquer forma de comunicação que utilize um recurso tecnológico.
 Professor mediador: considera que a aprendizagem é um processo vivo/ativo.
METODOLOGIA DA PESQUISA

 Entrevista semiestruturada com oito professores. Pontos investigados:


 Conhecimento sobre contextualização de conteúdos;
 Fatores que interferem no processo de ensino-aprendizagem;
 Relação estabelecida entre metodologia, conteúdo e aprendizagem;
 Tendência metodológica predominantes nas aulas de biologia, e;
 Quais as intervenções mais frequentes quando os alunos não compreendem determinados conteúdos.
 Observação das aulas dos docentes, observando:
 Metodologia utilizada;
 Nível de contextualização dos conteúdos;
 Interação com educandos, e;
 Recursos didáticos utilizados.
ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

1. Contextualização de conteúdos: professores atribuíram grande importância; percebeu-se


necessidade de aprofundamento teórico.
2. Fatores que dificultam ou impedem o aprendizado: condições do ambiente, recursos didáticos,
interesse dos alunos e número de alunos por turma. A metodologia utilizada pelo professor não
foi considerada como fator importante na determinação do sucesso ou fracasso do educando.
3. Tipo de metodologia predominante: tradicional com aulas expositivas (dialogadas e
demonstrativas).
4. Intervenções realizadas quando não há aprendizagem satisfatória: retomada de conteúdo;
trabalho para substituir a prova; atendimento individual.
OBSERVAÇÃO, IN LOCO, DE AULAS DE BIOLOGIA

 Nas 24 aulas observadas, predominou a metodologia tradicional, com exposição oral do


conteúdo.
 Abordagem com esquemas no quadro, questionamentos, demonstrações através de imagens. Um
professor transcreveu conteúdo no quadro para que os educandos copiassem.
 Três professores selecionaram atividades do livro didático; não houve orientação para realização
de exercícios extra classe.
 Metodologia utilizada para o encaminhamento e correção de atividades: cobrança apenas pelo
gabarito das questões.
 Interação: notou-se uma forma respeitosa e amistosa entre professores e estudantes.
OBSERVAÇÃO, IN LOCO, DE AULAS DE BIOLOGIA

 Professores fizeram questionamentos, e quase sempre os responderam.


 “Vencer o conteúdo” colabora para a queda da qualidade das aulas, sem a introdução de abordagens
interdisciplinares.
 Nas aulas onde houve contextualização, verificou-se aumento de interação e possivelmente de
compreensão.
 Recursos didáticos: livros didáticos, quadro e giz, transparências, DVD e laboratório de informática.
O TRABALHO DE IMPLEMENTAÇÃO NAS ESCOLAS

 Projeto: Curso de Extensão Universitária (Metodologias para o ensino de biologia: uma perspectiva a
partir da prática docente, com 32h).
 Elaboração de planejamentos que permitissem a contextualização de conteúdos.
 Avalição do curso pelos docentes participantes (pontos positivos):
 Troca de experiências;
 Esclarecimento de dúvidas sobre os conteúdos através de debates;
 Conhecimento de modalidades didáticas e encaminhamentos metodológicos;
 Uso da mídia como recurso didático;
 Análise do processo de avaliação em biologia;
 Reflexão sobre a prática pedagógica e suas implicações.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

 Para alguns professores, as causas do insucesso da aprendizagem demandam necessidades de


reestruturação na perspectiva profissional individual e no nível de sistema de ensino público.
 Carga horária excessiva dificulta o aprofundamento nos conteúdos.
 Necessidade de momentos de estudo.
 A aplicação de diferentes metodologias e técnicas de ensino, contextualizando conteúdos, colabora
para a aprendizagem.
 O trabalho pretendeu colaborar para a formação de indivíduos críticos, solidários e responsáveis
pelas suas atitudes e pelas implicações decorrentes das mesmas.

Você também pode gostar