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Livro:

A Moreninha
De: Joaquim Manuel de Macedo
Narrador
Presença de um narrador onisciente, pois conhece toda a história e sabe tudo sobre
os personagens inclusive seus pensamentos
Narrado em Terceira Pessoa

[...] A conversação continuou por urna boa hora; o tédio do estudante chegou a
ponto de fazê-lo arrepender-se de ter vindo à ilha de... Três vezes tentou levantar-se;
mas d. Violante sempre tinha novas coisas a dizer: falou-lhe sobre a sua
mocidade… seus pais, seus amores, seu tempo, seu finado marido, sua esterilidade,
seus rendimentos, seu papagaio, e até suas galinhas. Ah! falou mais que um
deputado da oposição, quando se discute o voto de graças.
Tempo

A narrativa se dá em tempo cronológico ( 30 dias)


Existe um recuo ao passado
Cenário

Ilha não nomeada pelo narrador


■ [...] A ilha de... é tão pitoresca como pequena. A casa da avó de Filipe ocupa exatamente
o centro dela. A avenida por onde iam os estudantes a divide em duas metades, das
quais a que fica à esquerda de quem desembarca está simetricamente coberta de belos
arvoredos, estimáveis, ou pelos frutos de que se carregam, ou pelo aspecto curioso que
oferecem. A que fica à mão direita é mais notável ainda fechada do lado do mar por uma
longa fila de rochedos e no interior da ilha por negras grades de ferro está adornada de
mil flores, sempre brilhantes e viçosas, graças à eterna primavera desta nossa boa terra
de Santa Cruz.
Personagens

■ Carolina, a moreninha
■ Augusto
■ D.Ana
■ Filipe
Augusto
Estudante alegre e jovial
Inconstante em seus amores

‘’O que quiserem… Serei incorrigível, romântico ou


velhaco, não digo o que sinto, não sinto o que digo,
ou mesmo digo o que não sinto; sou, enfim, mau e
perigoso, e vocês inocentes e anjinhos. Todavia, eu
a ninguém escondo os sentimentos que ainda há
pouco mostrei: em toda a parte confesso que sou
volúvel, inconstante e incapaz de amar três dias
um mesmo objeto’’
Carolina

Carolina é uma jovem de 14 anos, de pele


morena e cabelos negros
[...] travessa, inconsequente e às vezes
engraçada; viva, curiosa e em algumas
ocasiões impertinente.
D. Ana

‘’A sra. d. Ana, este é o nome da avó de


Filipe, é uma senhora de espírito e
alguma instrução. Em consideração a
seus sessenta anos, ela dispensa tudo
quanto se poderia dizer sobre o seu físico.
Em suma, cheia de bondade e de agrado,
ela recebe a todos com o sorriso nos
lábios’’
Tobias

[...]um crioulo de dezesseis anos, todo vestido de branco com uma cara
mais negra e mais lustrosa do que um botim envernizado, tendo, além
disso, dois olhos belos, grandes, vivíssimos e cuja esclerótica era branca
como o papel em que te escrevo, com lábios grossos e de nácar, ocultando
duas ordens de finos e claros dentes, que fariam inveja a uma baiana; dá-
lhe a ligeireza, a inquietação e rapidez de movimentos de um macaco e
terás frito ideia desse diabo de azeviche, que se chama Tobias’’
Enredo
DIÁLOGO
E a Moreninha existiu?

Supõe-se que a verdadeira identidade da


moreninha é Maria Catarina de Abreu Sodré,com
quem Joaquim Manuel de Macedo se casou
depois de 10 anos de namoro. D. Maria Catarina
era prima-irmã do poeta Álvares de Azevedo.

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