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SAÚDE BUCAL

Saúde pública com ênfase em saúde coletiva e da família.


Professor: João Antonio dos Santos Coelho
Saúde Geral X Saúde Bucal
• Gravidez;
• Endocardite bacteriana;
• Diabetes Mellitus;
• Doença Periodontal;
• Edentulismo;
• Halitose.
Gravidez
• A gravidez não e uma doença, mas devido a importantes alterações
fisiológicas que por sus vez interferem na condições bucais é de
grande relevância aborda-las. Sobre esse período cabe dizer que as
transformações que ocorrem na mulher são de natureza sistêmica,
onde os distúrbios hormonais e emocionais tomam destacada
relevância para o profissional de saúde envolvido.
• Em consequência das alterações da gravidez, acontece reposta
exacerbada do tecido mole, ocorrendo gengivite gravídica com sinais
de sangramento, podendo evoluir para uma periodontite se não
houver devidos cuidados. Essa situação pode ser evitável com boa
higiene oral, atitude simples de correta escovação, o uso de fio
dental, enxaguante oral e visitas periódicas ao dentista para uma
profilaxia, a fim de evitar maiores problemas.
• Jorge, Raggio, Prócida (2000) afirmam que a alteração hormonal da
gravidez não é responsável pela perda dentária, o fato determinante
deve estar relacionado com higiene bucal inadequada e hábitos
alimentares prejudiciais. A incidência de cárie em mulheres grávidas é
a mesma das mulheres não grávidas.
• Nesse sentido, ao se analisar as citações acima fica claro que a
manutenção da higiene bucal pode ajudar na prevenção de doenças
no período da gestação, visto que, há várias mudanças no organismo
da mulher durante esse período, em especial as alterações
hormonais, cujas conseqüências refletem-se na boca da futura mãe
de forma evidenciada.
Endocardite Bacteriana
• Ao iniciar essa exposição torna-se relevante evidenciar que a cavidade
bucal serve como porta de entrada do corpo humano é fonte
potencial de microorganismos contendo cerca de mais de 500
espécies componentes do biofilme dentário.
• Conduta clínica como extração dentária, traumatismo na gengiva com
sangramento, manipulação endodôntica que ultrapassa o forame
apical ou doença periodontal grave com traumatismo de tecidos
moles se manifestam como risco para a endocardite bacteriana.
(KRIGER, 1997).
• De acordo Sonis, Fazio, Fang (1985) as conseqüências clínicas da
endocardite bacteriana dão-se primeiramente, pela proliferação da
bactéria, podendo inibir o funcionamento da válvula, gerando
insuficiência da válvula e em conseqüência, insuficiência cardíaca
congestiva.
• O profissional deve estar atento quanto aos questionamentos com o
paciente, uma vez que a manipulação dentária é a principal causa da
bacteremia passageira que resulta em endocardite bacteriana.
Diabetes Mellitus
• Ao paciente diabético, por ser mais susceptível a infecção e sua
defesa orgânica estar diminuída para combater bactérias, mediante
alterações fisiológicas que diminuem a capacidade imunológica e
resposta inflamatória, é extremamente importante um olhar
diferenciado, pois necessita de cuidados especiais. Sabe-se que o
paciente descompensado é um paciente com risco de desenvolver
complicações graves podendo ser ainda letal.
• O dentista pode ter uma participação significativa como indutor
dessas complicações, ou através de uma anamnese correta
diagnosticar tal doença comumente desconhecida pelo paciente.
Uma dica para o dentista é estar atento ao hálito do paciente, uma
vez que esse apresenta um hálito diferenciado com característica
frutada, conhecido como hálito cetônico.

• Hálito Cetônico
Existem algumas condições que fazem com que o hálito adquira um
odor característico adocicado, que muitos comparam com o cheiro de
frutas envelhecidas. Ele é causado pela exalação de corpos cetônicos
pela boca, esses provenientes do ciclo corporal para produção de
energia, e é chamado de hálito cetônico ou hálito de acetona.
Doença Periodontal
• A periodontite é sempre precedida da gengivitea gengivite,
principalmente se não tratada e cuidada, progride para periodontite,
podendo ser reversível se remover a causa. (ANDRADE, 2000)
• A doença periodontal vem apresentando como fator de risco para
complicações de ordem sistêmica, tais como: Doenças respiratórias,
complicações cardíacas, parto de bebê prematuro de baixo peso,
controle do diabetes, sendo a segunda maior causa de patologia
dentária. (KRIGER, 1997).
Edentulismo
• A presença dos dentes na cavidade oral não está apenas associada à
beleza, estética e boa aparência, além de harmonizar a face, os
dentes são importantes para mastigar os alimentos e para falar, pois
sem eles as palavras não se articulam bem.
• De acordo com o Ministério da Saúde mais de seis milhões de pessoas
esperam por uma dentadura, no total, 30 milhões de brasileiros são
desdentados. (BRASIL, 2009).
• A falta de dente pode levar a dores de cabeça, dores musculares na
região do pescoço e disfunção da articulação tempo-mandibular.
(WOLF, 2000)
• De acordo com Jorge Sacff (2008), é comum pacientes com perda de
dente forçar a mandíbula ou mastigar apenas de um lado,
acarretando uma mordida torta, provocando dores.
• Ausência total dos dentes implica de maneira negativa no que se
refere à alimentação e inabilidade física, limitando até na escolha das
comidas, assim, afetando a nutrição e a saúde geral.
Halitose
• De acordo a associação Brasileira de halitose, estima-se que 57
milhões de brasileiros tenham halitose crônica, ou seja, 30% da
população.
• Moura, (2011), afirma existir mais de 50 causas diferentes para
halitose, no entanto, 90% delas têm origem na boca e apenas 1% de
casos no estômago.
• Nem sempre a halitose ocorre por falta de uma boa higiene oral, mas,
uma pessoa que encontra-se estressada, poderá apresentar um fluxo
salivar baixo, comprometendo-se a auto-limpeza e favorecendo a
formação do saburra lingual, possibilitando assim, a manifestação da
halitose.
• 87% das causas da halitose são de ordem bucal, sendo que 32%
estão relacionadas a problemas periodontais.
Modelos de Atenção em Saúde Bucal
• Os profissionais de saúde bucal que compõem as equipes de Saúde
da Família podem se organizar nas seguintes modalidades:
• I – Cirurgião-dentista generalista ou especialista em Saúde da Família e
auxiliar em saúde bucal (ASB);
• II – Cirurgião-dentista generalista ou especialista em Saúde da Família, técnico
em saúde bucal (TSB) e auxiliar em saúde bucal (ASB); e
• III - Profissionais das Modalidades I ou II que operam em Unidade
Odontológica Móvel.
• Independentemente da modalidade adotada, recomenda-se que os
profissionais de saúde bucal estejam vinculados a uma ESF e
compartilhem a gestão e o processo de trabalho da equipe, tendo
responsabilidade sanitária pela mesma população e território que a
ESF à qual integra, e com jornada de trabalho de 40 horas semanais
para todos os seus componentes.
• Cada equipe de Saúde de Família que for implantada com os
profissionais de saúde bucal ou quando se introduzir pela primeira
vez esses profissionais numa equipe já implantada, Modalidade I ou
II, o gestor receberá do Ministério da Saúde os equipamentos
odontológicos, por meio de doação direta ou repasse de recursos
necessários para adquiri-los (equipo odontológico completo).
(PNAB - 2012)
Atribuições do Cirurgião Dentista
• I - Realizar diagnóstico com a finalidade de obter o perfil
epidemiológico para o planejamento e a programação em saúde
bucal;
• II - Realizar a atenção em saúde bucal (promoção e proteção da
saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento,
acompanhamento, reabilitação e manutenção da saúde) individual e
coletiva a todas as famílias, a indivíduos e a grupos específicos, de
acordo com planejamento da equipe, com resolubilidade;
• III - Realizar os procedimentos clínicos da atenção básica em saúde
bucal, incluindo atendimento das urgências, pequenas cirurgias
ambulatoriais e procedimentos relacionados com a fase clínica da
instalação de próteses dentárias elementares;
• IV - Realizar atividades programadas e de atenção à demanda
espontânea;
• V - Coordenar e participar de ações coletivas voltadas à promoção da
saúde e à prevenção de doenças bucais;
• VI - Acompanhar, apoiar e desenvolver atividades referentes à saúde
bucal com os demais membros da equipe, buscando aproximar e
integrar ações de saúde de forma multidisciplinar;
• VII - Realizar supervisão técnica do técnico em saúde bucal (TSB) e
auxiliar em saúde bucal (ASB); e
• VIII - Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o
adequado funcionamento da UBS.
Do Técnico em Saúde Bucal (TSB)
• I - Realizar a atenção em saúde bucal individual e coletiva a todas as
famílias, a indivíduos e a grupos específicos, segundo programação e
de acordo com suas competências técnicas e legais;
• II - Coordenar a manutenção e a conservação dos equipamentos
odontológicos;
• III - Acompanhar, apoiar e desenvolver atividades referentes à saúde
bucal com os demais membros da equipe, buscando aproximar e
integrar ações de saúde de forma multidisciplinar;
• IV - Apoiar as atividades dos ASB e dos ACS nas ações de prevenção e
promoção da saúde bucal;
• V - Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o
adequado funcionamento da UBS;
• VI - Participar do treinamento e capacitação de auxiliar em saúde
bucal e de agentes multiplicadores das ações de promoção à saúde;
• VII - Participar das ações educativas atuando na promoção da saúde
e na prevenção das doenças bucais;
• VIII - Participar da realização de levantamentos e estudos
epidemiológicos, exceto na categoria de examinador;
• IX - Realizar atividades programadas e de atenção à demanda
espontânea;
• X - Realizar o acolhimento do paciente nos serviços de saúde bucal;
• XI - Fazer remoção do biofilme, de acordo com a indicação técnica
definida pelo cirurgião-dentista;
• XII - Realizar fotografias e tomadas de uso odontológico
exclusivamente em consultórios ou clínicas odontológicas;
• XIII - Inserir e distribuir no preparo cavitário materiais odontológicos
na restauração dentária direta, vedado o uso de materiais e
instrumentos não indicados pelo cirurgião-dentista;
• XIV - Proceder à limpeza e à antissepsia do campo operatório, antes e
após atos cirúrgicos, inclusive em ambientes hospitalares; e
• XV - Aplicar medidas de biossegurança no armazenamento, manuseio
e descarte de produtos e resíduos odontológicos.
Do Auxiliar em Saúde Bucal (ASB)
• - Realizar ações de promoção e prevenção em saúde bucal para as
famílias, grupos e indivíduos, mediante planejamento local e
protocolos de atenção à saúde;
• II - Realizar atividades programadas e de atenção à demanda
espontânea;
• III - Executar limpeza, assepsia, desinfecção e esterilização do
instrumental, dos equipamentos odontológicos e do ambiente de
trabalho;
• IV - Auxiliar e instrumentar os profissionais nas intervenções clínicas;
• V - Realizar o acolhimento do paciente nos serviços de saúde bucal;
• VI - Acompanhar, apoiar e desenvolver atividades referentes à saú- de
bucal com os demais membros da equipe de Saúde da Família,
buscando aproximar e integrar ações de saúde de forma
multidisciplinar;
• VII - Aplicar medidas de biossegurança no armazenamento,
transporte, manuseio e descarte de produtos e resíduos
odontológicos;
• VIII - Processar filme radiográfico;
• IX - Selecionar moldeiras;
• X - Preparar modelos em gesso;
• XI - Manipular materiais de uso odontológico; e
• XII - Participar da realização de levantamentos e estudos
epidemiológicos, exceto na categoria de examinador.
• (PNAB – 2012)
Atualização da PNAB
• Em analise na Comissão Intergestores Tripartite (CIT).
Categorias que mais receberam
Número
contribuições
Equipes de Atenção Básica 2586
Modelo de Atenção 1344
Gestão da Atenção Básica 614
Financiamento da Atenção Básica 449
Gestão do Trabalho em Saúde 337
Infraestrutura da Atenção Básica 167
• O Brasil Sorridente - Política Nacional de Saúde Bucal - é o programa
do governo federal que tem mudado a Atenção da Saúde Bucal no
Brasil. De modo a garantir ações de promoção, prevenção e
recuperação da saúde bucal da população brasileira, o Brasil
Sorridente reúne uma série de ações para ampliação do acesso ao
tratamento odontológico gratuito, por meio do Sistema Único de
Saúde (SUS).
• As principais linhas de ação do programa são:

1. Reorganização da Atenção Básica em saúde bucal, principalmente


com a implantação das Equipes de Saúde Bucal na Estratégia Saúde
da Família;

• 2. Ampliação e qualificação da Atenção Especializada, em especial


com a implantação de Centros de Especialidades
Odontológicas e Laboratórios Regionais de Próteses Dentárias. Na
Atenção Especializada encontra-se também a Assistência Hospitalar.
• O Brasil Sorridente contempla ainda o Brasil Sorridente Indígena e
apresenta interface com outras ações desenvolvidas pelo Ministério
da Saúde, o que ajuda a compreender seu alcance.
• Outras ações em Saúde Bucal do governo federal: Programa Saúde na
Escola , Brasil sem Miséria, Plano Nacional para Pessoas com
Deficiência, Qualificação Profissional e Científica e Fluoretação das
Águas de Abastecimento Público.
Centro de Especialidades Odontológicas
• “Com a expansão do conceito de atenção básica, e o conseqüente
aumento da oferta de diversidade de procedimentos, fazem-se
necessários, também, investimentos que propiciem aumentar o
acesso aos níveis secundário e terciário de atenção. Para fazer frente
ao desafio de ampliar e qualificar a oferta de serviços odontológicos
especializados foi criado o Centro de Especialidades Odontológicas –
CEO” Diretrizes da Política Nacional de Saúde Bucal
• CEO são estabelecimentos de saúde, participantes do Cadastro
Nacional de Estabelecimentos de Saúde - CNES, classificadas como
Clínica Especializada ou Ambulatório de Especialidade.
• Os Centros de especialidades Odontológicas estão preparados para
oferecer à população, no mínimo , os seguintes serviços:

» Diagnóstico bucal, com ênfase no diagnóstico e detecção do câncer


de boca.
» Periodontia especializada
» Cirurgia oral menor dos tecidos moles e duros
» Endodontia
» Atendimento a portadores de necessidades especiais
• Os centros são uma das frentes de atuação do Brasil Sorridente. O
tratamento oferecido nos Centros de Especialidades Odontológicas é
uma continuidade do trabalho realizado pela rede de atenção básica
e no caso dos municípios que estão na Estratégia Saúde da Família,
pelas equipes de saúde bucal.
Os profissionais da atenção básica são responsáveis pelo primeiro
atendimento ao paciente e pelo encaminhamento aos centros
especializados apenas casos mais complexos.
Cada Centro de Especialidade Odontológica credenciado recebe
recursos do Ministério da Saúde. A implantação de Centros de
especialidades funciona por meio de parceria entre estados,
municípios e o governo federal, isto é o Ministério da Saúde faz o
repasse de uma parte dos recursos e Estados e municípios
contribuem com outra parcela:
• » Incentivo de implantação - para construção, ampliação, reforma e
aquisição de equipamentos odontológicos:

- R$ 60 mil para CEO Tipo I (com 3 cadeiras odontológicas)


- R$ 75 mil para CEO Tipo II (de 4 a 6 cadeiras odontológicas)
- R$ 120 mil para CEO Tipo III (acima de 7 cadeiras odontológicas)

» Incentivo de custeio - mensal:


- R$ 8.250 mil para CEO Tipo I
- R$ 11.000 mil para CEO Tipo II
- R$ 19.250 mil para CEO Tipo III
OMS
• Organização Mundial da Saúde é uma agência especializada em saúde,
fundada em 7 de abril de 1948 e subordinada à Organização das Nações
Unidas. Sua sede é em Genebra, na Suíça.
• O diretor-geral é, desde julho de 2017, o etíope Tedros Adhanom.
• A Organização Pan-Americana da Saúde é um organismo internacional de
saúde pública, dedicado a melhorar as condições de saúde dos países das
Américas.
• A OPAS/OMS também faz parte dos sistemas da Organização dos Estados
Americanos e da Organização das Nações Unidas.
• O atual Representante da OPAS/OMS no Brasil é o Dr. Joaquín Molina.
• Para o ano de 2000, foram estabelecidas as seguintes marcas a serem
atingidas pelos países:
• Meta número 1: "50% das crianças de 5 anos de idade livres de
cárie."
• Meta número 2: "Valor do índice CPO-D menor ou igual a 3,0 aos 12
anos de idade."
• Meta número 3: "Aos 18 anos de idade, 85% das pessoas devem
apresentar todos os dentes permanentes irrompidos presentes (P =
0)."
• Meta número 4: "Na faixa etária de 35-44 anos, 75% das pessoas
devem apresentar pelo menos 20 dentes em condições funcionais."
• Meta número 5: "Na faixa etária de 65-74 anos, 50% das pessoas
devem apresentar pelo menos 20 dentes em condições funcionais."
Fonte: (Federation Dentaire Internacionale - Global Goals for Oral
Health in the year 2.000. Int. Dent. J., 32(1):74-7, 1982)
• Em 1993 foram definidas as metas para 2010.

• - 90% de pessoas sem cárie na idade de 5 a 6 anos;


• - CPOD menos que 1 aos 12 anos de idade;
• - aos 15 anos de idade, não mais que um sextante1 com CPITN 1 ou 2;
• - não haver perda dental, aos 18 anos de idade, devido à cárie ou doença
periodontal;
• - na idade de 35 a 44 anos não mais que 2% de desdentados;
• - 96% de pessoas com no mínimo 20 dentes funcionais;
• - não mais que 0,25 sextante com CPITN de nível 4;
• - não mais que 5% de desdentados; e
• - não mais que 0,50 sextante com CPITN de nível 4 na idade de 65 a 74 anos.
Doenças Bucais mais Prevalentes
• Placa Bacteriana
• Carie
• Calculo dentário
• Gengivite
• Periodontite
• Lesões Bucais
• Placa bacteriana - Também denominada de biofilme dental pelos
profissionais de odontologia, a placa bacteriana é uma película
viscosa e incolor formada por bactérias e restos alimentares
acumulados na superfície dos dentes e na gengiva. Ela se desenvolve
mais rápido com a ingestão frequente de açúcares. Se não for
removida, pode causar cáries, cálculo dentário, doenças da gengiva e
mau hálito.

• Cárie - É uma das doenças bucais mais comuns no mundo.


Caracteriza-se pela destruição das estruturas calcificadas dos dentes
(esmalte, dentina e cemento). A cárie é silenciosa e causa destruição
progressiva dos dentes. É provocada pelos ácidos produzidos pelas
bactérias da placa bacteriana quando ingerimos açúcar com
frequência e pode causar dor e desconforto.
• Cálculo dentário - Quando a placa bacteriana não é removida
totalmente, através de uma correta escovação, ela calcifica e forma
uma espécie de crosta amarelada e endurecida sobre os dentes. É o
que chamamos de cálculo dentário ou tártaro. O dentista poderá
realizar a limpeza profissional, removendo-o dos dentes.
• Gengivite - Inicialmente, nota-se que a gengiva sangra e a pessoa
sente gosto de sangue. Quando isso ocorre, não se deve parar de
escovar os dentes nas partes próximas da gengiva, pois a situação
piora quando se faz isso. O que se deve fazer é melhorar a escovação
dos dentes e o uso do fio dental. Lembre- se: gengiva sadia não
sangra.
• Periodontite - Nesta etapa, ocorre perda de osso e de outras
estruturas que fazem o suporte dos dentes, produzindo sangramento,
pus, sensibilidade, retração da gengiva, mobilidade e podendo levar à
perda do dente.
• Lesões bucais - Devemos aproveitar os momentos da escovação dos
dentes para observar se existem lesões (manchas, caroços, inchaços,
placas esbranquiçadas ou avermelhadas, feridas), principalmente na
língua, bochecha, lábios, céu da boca, embaixo da língua ou na
garganta. As lesões bucais mais comuns são feridas provocadas por
próteses removíveis, aftas, herpes labial e inflamações gengivais.
• Os principais fatores de risco para o câncer de boca são o uso
frequente de tabaco, nas formas de cigarro, charuto, cachimbo ou
outras; o consumo frequente de bebida alcoólica; uma dieta baseada
na ingestão frequente de alimentos ricos em gorduras e pobres em
proteínas, vitaminas e sais minerais e exposição frequente ao sol, sem
usar protetor (para os casos de câncer de lábio).
Espaços Promotores de Saúde
• Visita Domiciliares
• Sala de espera da USF
• Espaços comunitários
Visita Domiciliar
• Para a execução da VD, o primeiro passo é definir seu foco, que pode
abranger um ou mais dos seguintes objetivos:

• Conhecer o domicílio e suas características ambientais, identificando


socioeconômicas e culturais.
• Verificar a estrutura e a dinâmica familiares com elaboração do genograma ou
familiograma ou ecomapa.
• Identificar fatores de risco individuais e familiares.
• Prestar assistência ao paciente no seu próprio domicílio, especialmente em
caso de acamados
• Auxiliar no controle e prevenção de doenças transmissíveis, agravos e
doenças não transmissíveis, estimulando a adesão ao tratamento,
medicamentoso ou não.
• Promover ações de promoção à saúde, incentivando a mudança de estilo de
vida.
• Propiciar ao indivíduo e à família, a participação ativa no processo saúde-
doença.
• Adequar o atendimento às necessidades e expectativas do indivíduo e de seus
familiares.
• Intervir precocemente na evolução para complicações e internações
hospitalares.
• Estimular a independência e a autonomia do indivíduo e de sua família,
incentivando práticas para o autocuidado.
• Aperfeiçoar recursos disponíveis, no que tange a saúde pública, promoção
social e participação comunitária.
• Planejamento
IDOSOS CRIANÇAS GESTANTES
• Acamados com • Recém-nascidos com • De alto risco
dificuldade de alto grau de distrofia • Desnutridas
deambulação • Com atraso no • Ausências na consulta
• Com doenças crônico- crescimento ou no de pré-natal agendada
degenerativas desenvolvimento
• Sem adesão ao • Ausências no
tratamento Sem atendimento
cuidador programado e/ou
vacinações
Dados da Ficha A do SIAB e escores de risco
Sentinelas do risco Escores do risco

Acamado 3

Deficiência física 3

Deficiência mental 3

Baixas condições de saneamento 3

Desnutrição (grave) 3

Drogadicção 2

Desemprego 2

Analfabetismo 1

Menor de 6 meses 1

Maior de 70 anos 1

Hipertensão arterial sistêmica 1

Diabetes melito 1

Relação morador/cômodo Se maior que 1 3

Se igual 1 2

Se menor que 1 0

Classificação

Risco menor Até 6 pontos

Risco médio De 7 a 9 pontos

Risco máximo Maior que 9 pontos


Sala de espera da USF / Espaços comunitários
• A promoção de saúde, tem três componentes relacionados entre si:
• 1) Educação para a saúde com enfoque integral, incluindo o
desenvolvimento de habilidades para a vida;
• 2) Criação e manutenção de ambientes físicos e psicossociais
saudáveis;
• 3) Oferta de serviços de saúde, alimentação saudável e vida ativa.
• Atividades que podem ser desenvolvidas:
• Palestras;
• Roda de conversa;
• Atividades Físicas;
• Orientação;
• Procedimentos de prevenção;
• Exposições de painéis;
• Entre outros
Diferentes Ciclos de Vida
• Atividades Educativas
• Gestantes
• Orientação sobre aleitamento materno, erupção dentaria, cuidados bucais do RN, etc;
• Escolares
• Técnicas de escovação, cuidados de higiene, escovação e aplicação de flúor, etc.
• Adolescentes
• Doenças bucais, Auto exame da boca, etc.
• Adultos
• Câncer bucal, Etilismo, Tabagismo, Consequências da perca de dentes, etc.
• Idosos
• Edentulismo, Uso de Próteses, Higienização de próteses, Etc.
MUITO OBIGADO
PELA ATENÇÃO

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