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Wendell Guimarães
Graduando do Curso de Zootecnia - UFU
O que é a estacionalidade da
produção de forrageiras?
• É a alternância do crescimento de plantas forrageiras
com a estação fria e/ou seca, quando as plantas
forrageiras diminuem ou paralisam o ritmo do
crescimento.
• Autores como: WERNER, PEDREIRA e FURLAN,
mostraram que a produção de plantas forrageiras no
Brasil concentra-se em torno de 80% no período
quente e chuvoso(Out. a Março).
Porque contornar essa
estacionalidade?
• Pois a baixa produção de forragens durante os meses
de Abril a Setembro tem sido apontada como um dos
fatores que mais contribui para a baixa produtividade
dos rebanhos, sendo responsável por:
• Déficit hídrico;
À medida que o conteúdo de água do solo diminui, a célula encolhe
cada vez mais e as paredes relaxam, ocasionando a perda de turgidez.
Sendo assim, há limitação não apenas a dimensão das folhas individuais,
mas também o número de folhas de uma determinada planta.
• Curtos fotoperíodos;
Exemplificando:
3. Idade da planta (A planta mais nova produz feno mais rico em proteínas e
minerais, porém mais pobre em fibras, sendo mais palatável e digestível. O
rendimento é tanto menor e qualidade é melhor quanto mais nova a planta);
• Corte e
trituração da
forrageira;
• Silo Aéreo
Requer menor área para
construção e há menor perda de
material, porém é de alto custo.
Tipos de silo:
• Silo Cisterna:
Menor perda do material
ensilado e de fácil
carregamento. Porém é
de alto custo de
edificação e o
descarregamento é
trabalhoso;
• Silo Superfície
É mais barato e de
construção simples.
Entretanto, acarreta
maior perda de material
ensilado.
• As forrageiras devem ser cortadas quando o teor de MS
for de 26 a 38%;
• Os pedaços devem ser triturados de 3-5cm, pois
favorece a compactação e aumenta a superfície de
contato, acelerando a fermentação;
• O silo deve ser cheio em 24 horas, e compactado a
cada 20 a 30 cm;
• A silagem está bem fermentada se apresentar cor verde-
amarelada, cheiro agradável, textura firme e pH próximo
de 3,8.
• O milho, o sorgo e o capim elefante são as forragens
mais utilizadas.
• O fornecimento aos animais deve ser gradativo, até
atingir 8% do peso vivo, para que haja adaptação ao
alimento.
• Embora as silagens produzidas unicamente com milho
ou sorgo sejam considerados alimentos de alta
qualidade do ponto de vista energético, as mesmas
deixam a desejar no quesito Proteína Bruta. Assim,
recomenda-se a adição de 20% de Leucena na silagem,
a qual possui 18-20% de PB.
Resíduos agroindustriais
• Cevada úmida e seca(alto teor protéico);
• Resíduos de maçã e uva(fonte energética);
• Indústria canavieira – melaço, levedura e bagaço de
cana;
• Palhas de milho, arroz, entre outros.
Palha de arroz
Bagaço de cana-de-açúcar
• O bagaço de cana, por exemplo, deve sofrer tratamento
químico para melhorar seu aproveitamento na
alimentação animal, já que cru tem baixo valor nutritivo e
baixa palatabilidade.
• A finalidade do tratamento é a hidrólise, causando o
rompimento da ligação entre a lignina(expulsa do trato
gastrointestinal) e a celulose(consequentemente melhor
aproveitada como fonte de energia).
• O tratamento consiste na amonização, através da
adiação de uréia. Esta incrementa a digestibilidade do
material e pode substituir 35% da proteína necessária.
Irrigação
• Consiste no fornecimento controlado de água às
forrageiras no período de déficit hídrico. Complementa a
precipitação natural e pode enriquecer o solo com a
deposição de elementos fertilizantes.
• ANDRADE et al.(1971) mostraram que a técnica de
irrigação de pastagens, associada à adubação, durante
o “inverno” mostrou aumento de 20 a 70% na produção
sobre a pastagem sem irrigação; o que não foi suficiente
para equilibrar as produções de “verão” e “inverno”. Já
em pesquisa utilizando somente a irrigação, não houve
favorecimento no crescimento da planta de modo a
permitir cortes nesse período. Isso demonstra que na
região do Brasil Central o principal fator que provoca a
estacionalidade da produção de forrageiras é as baixas
temperaturas noturnas.
Conclusões
• Para se contornar a estacionalidade de
produção de forrageiras, deve-se procurar
reduzir as perdas de forragens durante o
período favorável ao crescimento das
mesmas e, posteriormente, elevar o nível
de intensificação de produção, para
ampliar a produtividade.
Referências Bibliográficas:
• PEIXOTO, Aristeu Mendes. PASTAGENS -
Fundamentos da Exploração Racional. 2ª Edição.
Piracicaba: FEALQ, 1994. Pp 533 a 565;
• SANTOS, Rinaldo. A criação da cabra e da ovelha no
Brasil. 1ª Edição. Uberaba. Editora Agropecuária
Tropical. 2004. Pp 218 a 323
• DRUMOND, Luis César Dias; AGUIAR, Adilson de Paula
Almeida. Irrigação de pastagem. 1ª Edição. Uberaba.
Editora FAZU. 2005. Pp 115 a 133.
• Revista Brasileira de Ovinos e Caprinos – O Berro.
Edições: 66, 68, 71, 72, 76, 92, 100, 101 e 140