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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS


CAMPUS UNIVERSITARIO DE SINOP
CURSO DE ZOOTECNIA

FISIOLOGIA E BIOTECNOLOGIA
NA REPRODUÇÃO DE PETS

Docente: Fabio Lourenço


Discentes: Heitor Borges de Lima, Juliana Carla de
Oliveira Rodrigues, Lucas Gabriel Iori, Pollyane
Beatriz Cavallari

Sinop - MT
INTRODUÇÃO

• Com o início do interesse da comunidade científica pela


preservação de espécies ameaçadas de extinção, ocorreu um
grande desenvolvimento das biotecnologias da reprodução em
carnívoros (LUVONI, 2000).

• Desde então, canídeos e felídeos domésticos são utilizados


como modelos experimentais (DURRANT et al., 1998).

• A produção in vitro de embriões (PIV) é composta das fases


de maturação in vitro de oócitos (MIV), fertilização in vitro
(FIV), e cultivo in vitro de embriões (CIV).
INTRODUÇÃO

• Em canídeos, MIV apresenta índices limitados, com


valores que variam de 0 a 58% (FARSTAD, 2000).

• Em felinos, cerca de 75% dos oócitos completam a


maturação (NAGANO et al., 2008).

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INTRODUÇÃO

• Os primeiros estudos relacionados ao acompanhamento


da dinâmica folicular em cadelas basearam-se na
remoção ovariana por laparotomia ou necrópsia em
vários estágios do ciclo estral (Wildt et al., 1977).

• Posteriormente em 1989 realizaram marcação ovariana


utilizando esferas de metal após o procedimento de
laparotomia e exames ultrassonográficos para o
monitoramento do desenvolvimento folicular.

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Fisiologia Reprodutiva
da Cadela
• Estes animais são considerados monoéstricos, não estacionais e a
ovulação ocorre um ou dois dias após o pico de LH.

• No início do estro, ocorre luteinização pré-ovulatória dos


folículos, e a concentração plasmática de progesterona aumenta
durante o proestro (REYNAUD et. al., 2005).

• Os oócitos são liberados ainda imaturos para a maturação o


oviduto é responsável por sustentar durante um longo período, a
sobrevivência dos oócitos liberados ainda imaturos até
completarem o seu desenvolvimento, serem fecundados e
atingirem o estágio de blastocisto (FARSTAD et. al., 1989;
LUVONI et al., 2005).
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Seleção dos Oócitos
• Os oócitos podem retomar espontaneamente a meiose in
vitro quando submetidos a adaptações das técnicas de
maturação na tentativa de melhorar os índices, a seleção de
oócitos para a MIV de cães se atenta não somente a aspectos
relacionados ao oócito canino como a fatores inerentes à
fêmea doadora, como a idade e a fase do ciclo estral.

• Por esta razão, na espécie canina, a seleção de oócitos para


o cultivo in vitro se apoia em critérios morfológicos
selecionando outro parâmetro avaliado é o diâmetro
oocitário.
Seleção dos Oócitos
• Os folículos primordiais nas cadelas foram identificados
com 17 a 54 dias após o nascimento, contendo oócitos
pequenos e formados por uma única camada de células da
granulosa.

• Nesse estágio, a comunicação entre o oócito e as células


foliculares é incompleta, e a zona pelúcida (ZP) começa a
ser formada (Songsasen e Wildt, 2007).

• Folículos antrais avançados foram evidenciados em


cadelas jovens, a partir dos seis meses de idade, durante o
proestro (Concannon et al., 1989).
Seleção dos Oócitos

Uma característica intrigante da gametogênese na cadela é


o elevado índice de folículos poliovulatórios (11%); uma
taxa consideravelmente maior do que o da mulher (4%), da
gata (3%).

Essa porcentagem alta dos folículos poliovulatórios talvez


esteja relacionada a uma grande densidade de folículos
primordiais, presentes no córtex ovariano da cadela jovem,
que acabam se coalescendo (Luvoni et al., 2005).

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Seleção dos Oócitos

No final da fase do proestro, durante o período pré-


ovulatório, o tamanho dos folículos ovarianos aumentou
juntamente com o aparecimento de uma quantidade de
fluido os folículos foram classificados como pré-
luteinizados (Fontbonne e Malandain, 2006).

Um dia após a ovulação, foi notada a formação do corpo


lúteo hemorrágico, muito similar ao folículo pré-ovulatório
(Fontbonne e Malandain, 2006).

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Seleção dos Oócitos

• Na fase folicular do ciclo estral, o aumento significativo


da concentração de estradiol foi correlacionado com o
tamanho folicular.

• No entanto, do dia 0 do ciclo estral até o primeiro dia do


diestro, o crescimento médio do diâmetro dos folículos,
em processo de luteinização, foi correlacionado com o
aumento da concentração de progesterona.

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Seleção dos Oócitos

• Nas cadelas são observados dois tipos de luteinização


pré-ovulatória. :

• Primeiramente há uma luteinização de menor


importância, que ocorre de 2 a 3 dias antes da onda pré-
ovulatória de LH, a qual ocorre em pequenos pontos no
interior da parede folicular.

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Seleção dos Oócitos

• Secundariamente há uma luteinização pré-ovulatória


mais notável, que ocorre entre o surgimento da onda
pré-ovulatória de LH até 3 dias após, gerando uma
rápida proliferação das células luteais na periferia de
folículos pré-ovulatórios. Há o aumento dos níveis de
progesterona no período corespondente à ovulação
(Concannon e Verstegen, 2005).

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Característica do Cio das Cadelas

• As fêmeas entram no cio em torno de 6 a 10


meses de idade
• O cio da fêmea tem duração de 15 dias
• Ela aceitará o macho a partir do 7 ou 8 dia
• O ideal é a fertilização no 11 dia (momento
em que 50% dos óvulos são liberados pelos
ovários)
• Atrativos para o macho
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Característica do Cio em Felinos
• O estro dos felinos não é parte de um ciclo regular,
como nas outras espécies: a duração e os intervalos
mudam de acordo com o ambiente;

• As gatas começam a entrar no cio entre os seis e


nove meses de idade – ovulação pós cruza;

• O macho começa a acasalar mais cedo, porém é


dos nove aos doze meses que ele consegue
fecundar a fêmea.
Característica do Cio em Felinos
• Para uma gata entrar no cio, é necessário que haja gatos
machos não castrados na região. Ao sentir o cheiro
deles, o organismo da gata começa a se preparar para a
reprodução;

• O cio dura entre 5 e 20 dias, mas isso pode mudar a


partir dos estímulos ambientais. Se a fêmea continuar na
presença de gatos machos, o ciclo pode ter início
novamente e, como consequência, acabar durando muito
mais.
Ciclo Reprodutivo das Cadelas
P= 0,7 – 2,0 ng/ml
3–21 D PROESTRO
6–9D ESTRO CIO
P= 2,0 – 25 ng/ml

60 D DIESTRO P= Acima de 25 ng/ml

INTERVALOS
120 D DIESTRO ENTRE CIO

P= Menor que 0,1 ng/ml 16


Fertilização in vitro em
cães

Fertilização in vitro (FIV) Devido às dificuldades com


a MIV, os índices de clivagem e blastocistos na FIV de
canídeos ainda são muito baixos. Apenas 2% dos
oócitos inseminados atingiram o estágio de oito
células.

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Fertilização in vitro em felinos
• Recentemente muitas pesquisas foram feitas com PIV
de embriões felinos, e os resultados mostraram-se
satisfatórios;

• Os índices de embriões produzidos in vitro que chegam


até a fase de blastocisto variam de 40-60%;

• Alguns autores relatam que a taxa de embriões obtidos


após FIV de oócitos maturados in vivo, que chegam até
o estágio de blastocisto, é maior que aqueles obtidos de
oócitos maturados in vitro
Clonagem
• Apesar de todas as dificuldades na produção in vitro de
embriões de canídeos, no ano de 2005 foi anunciado o
primeiro clone nesta espécie (LEE et al., 2005)

• Foi obtido por meio de células da orelha de um Afghan


Hound de três anos. O mesmo grupo de pesquisa obteve
o primeiro clone comercial no ano de 2008.

• Há também a possibilidade de um clone por meio da


técnica de transferência nuclear utilizando fibroblastos
fetais sendo o modelo mais eficiente que o descrito
anteriormente. 19
Clonagem
• O primeiro clone felino foi obtido por Shin et al. (2002)
por meio da técnica de transferência de núcleo;

• O material genético de células fibroblásticas da mucosa


oral de um gato doméstico adulto foi transferido para
um oócito de gata doméstica, o qual sofreu maturação in
vitro e teve seu material genético retirado por
micromanipulação.
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Decisão de Acasalamento do Pet

• Considerações:

Descendentes
Custo com assistência veterinária
Custo para manutenção e destino dos filhotes
Custo com exames para Leptospirose e
Brucelose canina que devem apresentar
resultados negativos.
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Escolhendo o Par Ideal

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Escolhendo o Par Ideal

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Inseminação Artificial

A cadela possui um estreitamento da vagina cranial,


associado a um canal cervical quase perpendicular ao lume
vaginal, dificultando a canulação uterina e
consequentemente impedindo a deposição intrauterina do
sêmen (ROSZEL, 1992).

A utilização de cateteres específicos ou endoscópio para a


passagem da cérvix requer experiência do operador.

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Inseminação Artificial

A principal forma de se avaliar a célula espermática in


vitro é determinar suas características morfofuncionais.

A avaliação da motilidade espermática é a mais comum e


pode ser analisada por método subjetivo, utilizando um
microscópio de contraste de fase ou, mais recentemente,
por programas de computador (“Computer Assisted Semen
Analyzer – CASA”) (VERSTEGEN et al., 2002).

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Análise Macroscópica do Sêmen

• Cor
• Motilidade
• Vigor
• Concentração Espermática
• Teste Hiposmótico
• Teste com Sondas Fluorescentes

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Materiais
• Kit de Inseminação:
• Cone de coleta de látex e frasco graduado, seringa
descartável, tubo de inseminação, par de luvas
descartáveis, embalagem de gel lubrificante.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O conhecimento de aspectos básicos sobre a Fisiologia e


Biotecnologia da Reprodução de animais Pets, são de suma
importância, pois, além de nos agregar conhecimento, nos
auxiliam na capacitação para como profissionais nas atividades
de pesquisa e/ou ensino na área de Produção Animal.

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OBRIGADO!
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