Você está na página 1de 139

Debates sobre a Economia Brasileira

Prof.Francisco Eduardo
Souza
Prof. Margarida Gutierrez

2017
O Brasil em Perspectiva
.
O ciclo político e econômico Crise Petróleo/Brasil em
Milagre Econômico/Ditadura Marcha Forçada (II PND)
Reformas Econômicas/Ditadura
1968/73 1974/80
1964/67

Plano Real dividiu a economia


Problemas herdados: Inflação/Dívida em 2 períodos: alta inflação e
Externa/Dívida Pública/Estagnação baixa inflação “Milagre” Lula

1981/94 1994/01 2003/08

Crise Subprime/Marcha Forçada (Lula e Dilma) Recessão/Inflação Necessidade Reformas


(Dilma)
2009/14 2015/.....???? ????????

Fonte: Daniel Leichsenring


Para voltar a crescer, o Brasil precisa de reformas:
a. fiscal (reforma tributária, previdenciária)
b. reformas que garantam o aumento da produtividade da economia (PIB potencial):
mercado de trabalho, maior abertura comercial, regulação (reduzir as incertezas nos
programas de concessão em infraestrutura, dar mais autonomia às agências reguladoras),
educação (para aumentar a produtividade do trabalho), etc
A necessidade de reformas
Brasil é líder em encargos trabalhistas
Percentual do salário pago em encargos (%)*
Fonte: UHY Moreira
2016 * com base em um salário
anual de U$ 30 mil
80

71,4
Uma pesquisa com 29 países, entre economias desenvolvidas e em
70

desenvolvimento, mostrou que as empresas brasileiras pagam 71,4%


60
do salário dos funcionários em encargos (INSS, contribuição ao FGTS

50 e demais benefícios trabalhistas obrigatórios)


42,7 42
40
38,6
35 33,4
29,9
30 26
23,1
20,720,4
20 18
15,2 15 14,813,7
12 10,810,6
8,8 7,9 7,4
10
4,5 4,3 3,7

0
Dentre os países emergentes, o Brasil é líder em carga
tributária
Carga Tributária
América Latina Fonte: OECD
(%PIB)
2014

35 O Brasil tem a maior carga tributária da América Latina


32,4 32,2

30 28,7
27

25
22,5 21,7
20,3 20,3 19,8 19,8 19,5
19 18,8 18,2
20 18,1 17,5
16,5
15
14,1
12,6

10

7
Dentre os países emergentes, o Brasil tem a economia mais
fechada ao comércio internacional
Corrente de Comércio
2016
Países Emergentes Fonte: Unctad
(Exportações + Importações)/PIB
%
180
166 A baixa corrente de comércio (a soma de exportações e importações) é fruto:
160

140
a. dos elevados impostos de importação
(barreiras tarifárias)
117
120
107 104 b. da ausência de novos acordos comerciais nos últimos anos
100
85 84 c. e do grande número de barreiras não tarifárias
80 73 72 adotadas pelo país

60 53 50
46 45
39 37
40 33 33
28 27 25
21 19
20

0
Corrente de Comércio
2016
Países Emergentes Fonte: Unctad
(Exportações + Importações)/PIB
%
180
166 A média da corrente de comércio para as economias emergentes é de 60%
160
do PIB e de 38% do PIB para os países da América Latina

140

117
120
107 104
100
85 84
80 73 72

60 53 50
46 45
39 37
40 33 33
28 27 25
21 19
20

0
O Brasil é campeão de juros
10
12
14
16
18

0
2
4
6
8
jan/08
abr/08
jul/08

Fonte: BCB
out/08
jan/09
abr/09
jul/09
out/09
Índia

jan/10
Brasil
China

Rússia
México

Turquia
Austrália

abr/10
Indonésia
jul/10
África do Sul

out/10
jan/11
abr/11
jul/11
out/11
jan/12
abr/12
jul/12
out/12
(% ao ano)

jan/13
abr/13
Países Emergentes

jul/13
Taxas Básicas de Juros

out/13
jan/14
abr/14
jul/14
out/14
jan/15
abr/15
jul/15
out/15
jan/16
abr/16
jul/16
out/16
7,5
10,5

jan/17
12,82
Panorama Macroeconômico Brasil
Dúvidas
.

 Estamos chegando ao fim de um ciclo recessivo?

 O Brasil vive uma recessão profunda há 2 anos (2015 e 2016) e há ainda muitas
dúvidas sobre:

 quando vamos retomar o crescimento

 com que intensidade se dará a retomada


Certezas
.

 É preciso recuperar a confiança na política econômica e na capacidade do país


de voltar a crescer

 Para isso, é preciso reduzir a incerteza econômica e política


Certezas
.

 Para recuperar a confiança e reduzir a incerteza que domina o cenário


econômico, é preciso cumprir uma agenda  as Reformas = melhorar as
condições de oferta (produção) no Brasil
As Reformas
.

a. a agenda "mãe", é a fiscal

i. reforma previdenciária

ii. reforma tributária para reduzir a carga de impostos e simplificar o sistema

iii. reduzir o gasto público e, para isso, é preciso reduzir a rigidez dos gastos

iv. estabelecer um “teto” para os gastos públicos (aprovada a PEC 55 em


dezembro de 2016)
As Reformas
.

b. as demais agendas são reformas que aumentem a produtividade para


aumentar o potencial de crescimento da economia brasileira (PIB potencial)
1,50
2,00
4,50
5,00

0,00
0,50
1,00
2,50
3,00
3,50
4,00
1994 T2
1994 T4
1995 T2
1995 T4
1996 T2
1996 T4
1997 T2
1997 T4
1998 T2
1998 T4

Fonte: Souza Júnior, J.R.C


1999 T2
1999 T4
2000 T2
2000 T4
2001 T2
2001 T4
2002 T2
2002 T4
da capacidade produtiva do país

2003 T2
O PIB potencial mostra a evolução

2003 T4
2004 T2
2004 T4
2005 T2
(%)

2005 T4
2006 T2
PIB Potencial

2006 T4
2007 T2
Fluxos em 12 meses

2007 T4
2008 T2
2008 T4
2009 T2
2009 T4
4,36

2010 T2
3 trim/08:

2010 T4
2011 T2
2011 T4
2012 T2
2012 T4
2013 T2
2013 T4
2014 T2
2014 T4
0,17

2015 T2
1 trim/16:

2015 T4
Panorama Macroeconômico

 Quando falamos de panorama macroeconômico, estamos nos referindo à


análise de 4 dimensões macroeconômicas:

a. inflação

b. contas públicas

c. contas externas

d. nível de atividade econômica (PIB)


Panorama Macroeconômico

 “O ambiente macroeconômico não é tudo, mas sem o ambiente


macroeconômico tudo vira nada”

 Existem 3 desequilíbrios macroeconômicos que podem se converter em


“Restrições ao Crescimento”
As 3 Restrições Macroeconômicas

a. a restrição inflacionária:

 reduz o poder de compra  reduz o consumo  reduz a produção  reduz


nível de atividade econômica

 cria um ambiente de incertezas  reduz os investimentos  reduz o nível de


atividade econômica

b. a restrição fiscal

 aumenta os juros da economia  reduz o nível de atividade econômica

 impactos sobre os indicadores de confiança (risco país, taxa de câmbio, juros


futuros e inflação)  reduz o nível de atividade econômica
As 3 Restrições Macroeconômicas

c. a restrição externa

 impactos sobre a taxa de câmbio (o aumento da percepção de risco afugenta


os capitais internacionais)

 impactos sobre os indicadores de confiança (risco país, juros futuros,


inflação)  reduzindo o nível de atividade econômica

 Essas restrições significam redução do crescimento econômico

 A inflação controlada, a disciplina fiscal e a solvência das contas externas são


condições necessárias, mas não suficientes para garantir o crescimento
econômico
Panorama Macroeconômico Brasileiro
O nível de atividade econômica
PIB
Variação Anual
Média 2004/2010: 4,5% ao ano (%)

8,0 7,5
2011/2014  pequena fase de baixo,
crescimento com muitos estímulos
6,1
5,8
6,0
5,1

4,0 4,0
4,0
3,2 3,0

1,9
2,0

0,5

0,0
-0,1

2004/2010  longa fase de crescimento, Média 2011/2016: 0,4% ao ano


impulsionada
-2,0 pelo “boom” dos preços das
commodities e pelo crescimento da China

Fonte: IBGE -3,8 -3,6


-4,0
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
PIB
Variação Anual
(%)

8,0 7,5

6,1
5,8
6,0 2015/2016  profunda recessão
5,1 (a maior da história brasileira)

4,0 4,0
4,0
3,2 3,0

1,9
2,0

0,5

0,0
-0,1
2017  muitas dúvidas sobre a recuperação do crescimento:
i. quando a economia brasileira voltará a crescer? muitas
-2,0
dificuldades

Fonte: IBGE ii. com que intensidade será a retomada? -3,8 -3,6
-4,0
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
2004/2010: Os “anos dourados”

 2003/2010  período de crescimento “fácil” para o Brasil (interrompido pela


crise de 2008, mas rapidamente a economia se recupera a partir de meados de
2009)

 O padrão de crescimento foi baseado no CCC (crédito, consumo e commodities)


2004/2010: Os “anos dourados”

 Esse padrão foi possível num contexto internacional excepcionalmente


favorável a partir de 2003:

a. evolução favorável dos termos de troca (elevação de preços dos preços das
commodities)  Brasil é grande exportador de commodities
300,00
350,00
500,00
550,00

200,00
250,00
400,00
450,00
600,00
31/dez/02
30/abr/03
29/ago/03
31/dez/03
30/abr/04
31/ago/04
31/dez/04
29/abr/05
31/ago/05
30/dez/05
28/abr/06
31/ago/06
29/dez/06
30/abr/07
31/ago/07
31/dez/07
30/abr/08
29/ago/08
31/dez/08
30/abr/09
31/ago/09
30/dez/09
30/abr/10
27/ago/10
30/dez/10
28/abr/11
U$

12/ago/11
21/set/11
27/out/11
Número Índice

570,75
Base 1967 = 100

27/fev/12
mar/11:

12/abr/12
25/mai/12
Preços de Commodities

11/jul/12
27/ago/12
17/out/12
27/nov/12
18/jan/13
06/mar/13
29/abr/13
dependem:

03/jul/13
30/ago/13
25/nov/13
27/mar/14
a. demanda x oferta

30/jun/14
b. da tendência do U$

24/out/14
29/jan/15
c. aversão global a risco
e alimentos

29/mai/15
28/ago/15
Os preços das commodities

29/dez/15
(desvalorização / valorização)

29/abr/16
Inclui energia, metais

30/ago/16
Fonte: CRB

29/dez/16
431,02
2004/2010: Os “anos dourados”

b. taxas de juros internacionais excepcionalmente baixas nos países centrais

 forte liquidez internacional = abundância de capitais internacionais para o


Brasil (crédito, investimentos, etc) = financiamento externo barato e
abundante
Taxas Básicas Juros Taxa FED
Países Centrais Taxa BOE
(% ao ano) Taxa Euro
7
Taxa Japão
Taxa Suíça
6

Fonte: Bancos Centrais


-1
jan/00 jan/01 jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 jan/13 jan/14 jan/15 jan/16
2004/2010: Os “anos dourados”

 A elevação dos preços das commodities + baixas taxas de juros internacionais


= apreciação cambial

 Por quê?

i. a melhora nas relações de troca:

 aumentou o saldo da balança comercial = apreciação cambial

 a melhora do saldo comercial reduziu a percepção de Risco Brasil (menor


risco percebido de insolvência externa)  estimulando a entrada de capitais
internacionais = apreciação cambial

ii. as baixas taxas de juros internacionais (farta liquidez) permitiram sobras de


capitais internacionais em busca de valorização nos países emergentes =
apreciação cambial
Saldo Balança Comercial
U$ milhões

50.000,00
45.119,00
45.037,00
43.425,50
38.483,30
40.000,00

32.538,10

30.000,00 24.957,90 27.625,00


23.748,80 23.801,90

20.000,00
18.491,00 17.419,60 17.669,90

10.000,00

388,6
0,00

Fonte: BCB
-6.629,20
-10.000,00
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Risco Brasil
em pontos base
1000
Crise de 2008
900
Que indicadores medem o risco de um país?
800
24/jan/03: Atualmente temos 3:
758
700 a. EMBI

600 b. CDS

c. as notas das agências de classificação de risco


500

400

300

200

100 01/07/07:
149
Fonte: JP Morgan
0
Taxa de Câmbio
R$/U$
(cotação de final de período)
Plano Real
4,5

4
set/02:
3,8941

3,5

2,5

1,5

jul/94:
0,5 0,938
Fonte: BCB
0
jul/94 jul/95 jul/96 jul/97 jul/98 jul/99 jul/00 jul/01 jul/02 jul/03 jul/04 jul/05 jul/06 jul/07 jul/08 jul/09 jul/10 jul/11 jul/12 jul/13 jul/14 jul/15
2004/2010: Os “anos dourados”

 Além disso, também contribuíram condições domésticas favoráveis:

 em particular, a existência de um grande contingente inicial de trabalhadores


desempregados

 permitiu a contratação de novos trabalhadores sem pressionar os salários


(custo)
11,0
13,0

3,0
5,0
7,0
9,0
fev/03
jun/03
out/03
fev/04

Fonte: IBGE
jun/04
out/04

12,5
fev/05
jun/05
abr/04:
out/05
fev/06
jun/06
out/06
fev/07
jun/07
out/07
fev/08
jun/08
out/08
fev/09
jun/09
(%)

out/09
fev/10
jun/10
out/10
Taxa de Desemprego
Média Móvel 12 meses

fev/11
jun/11
out/11
fev/12
jun/12
out/12
fev/13
jun/13
out/13
fev/14
jun/14
out/14
fev/15
jun/15
4,8

out/15
dez/14:

fev/16
7,2
Produtividade Média do Trabalho x Salário Médio
Indústria
Fluxos em 12 meses Até 2010, os aumentos de
12,0 salários são compatíveis com os
(%) ganhos de produtividade
10,0

8,0

6,0

4,0

2,0

0,0

-2,0

-4,0
Produtividade Média = Produção Mas, a partir de 2010, os aumentos de
Industrial/Pessoal Ocupado Número Índice produtividade da mão de obra na indústria
-6,0 Folha de pagamento Real por trabalhador = são muito inferiores às elevações de
Salário Médio Real Número Índice salários Fonte: IBGE

-8,0
dez/05

dez/07

dez/09

dez/12

dez/14
dez/03

dez/04

dez/06

dez/08

dez/10

dez/11

dez/13

dez/15
ago/04

ago/05

ago/06

ago/07

ago/08

ago/09

ago/10

ago/11

ago/12

ago/13

ago/14

ago/15
abr/05

abr/07

abr/09

abr/12

abr/14
abr/04

abr/06

abr/08

abr/10

abr/11

abr/13

abr/15
2004/2010: Os “anos dourados”

 O contexto internacional favorável e a ociosidade no mercado de trabalho


permitiram/acomodaram uma política econômica de fortes estímulos à demanda
agregada (crédito, política fiscal e salário mínimo)

 com aumento do consumo das famílias e dos gastos de governo


2004/2010: Os “anos dourados”

a. a apreciação cambial manteve a inflação baixa em todo o período:

 o que permitiu a queda das taxas de juros domésticas (Banco Central) =


estímulos ao crescimento

 juros mais baixos = mais crédito = mais crescimento


10
20

12
14
16
18

0
6

2
4
8
jan/03
mai/03
set/03
jan/04

17,24

Fonte: BCB
mai/04

mai/03:
set/04
jan/05
mai/05
set/05
jan/06
mai/06
set/06
jan/07
mai/07
set/07
jan/08
mai/08
set/08
jan/09
mai/09
set/09
jan/10
(%)
IPCA

mai/10
set/10
jan/11
mai/11
Fluxos em 12 meses

set/11
jan/12
mai/12
set/12
jan/13
mai/13
set/13
jan/14
mai/14
set/14
jan/15
mai/15
set/15
jan/16
mai/16
set/16
jan/17
5,35
Selic Meta
(% ao ano)
50

45 45

40

35

30

25

20

15

10 12,25

Fonte: BCB
0
2004/2010: Os “anos dourados”

b. além disso, o crédito consignado (2004) e as modificações na alienação


fiduciária para bens imóveis, num contexto de queda da inflação e do aumento
do emprego geraram:

aumento do crédito (imobiliário e ao consumidor)

aumento do consumo = aumento do PIB

c. a maior entrada de capitais internacionais também estimulou o crédito (bancos


menores tomaram linhas de crédito internacionais para repassar a seus
clientes no Brasil)
20
30
45
55

25
35
40
50
60
jan/03
mai/03

21,8
set/03
jan/04
mai/04
set/04
jan/05
mai/05
set/05
jan/06
mai/06
set/06
jan/07
mai/07
set/07
jan/08
mai/08
set/08
jan/09
mai/09
set/09
jan/10
mai/10
set/10
jan/11
Crédito Total/PIB

mai/11
set/11
jan/12
mai/12
set/12
jan/13
mai/13
set/13
jan/14
mai/14
set/14
jan/15
mai/15
set/15
jan/16
mai/16
set/16
jan/17
Fonte: BCB
48,69
2004/2010: Os “anos dourados”

d. os empréstimos do BNDES também aumentaram a partir de 2007


Desembolsos do BNDES
R$ bilhões
Fonte: BNDES
200 190,4
187,8
180
168,4

160
155,9

136,3 138,8 135,9


140

120

100 90,9 88,3

80
64,9
60 51,3
47,1
38,2 35,1 40
40

21,3 20 23,4 25,7


19,1
20

0
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
2004/2010: Os “anos dourados”

e. a política de valorização do salário mínimo foi compatível com a trajetória


benigna da inflação e com as metas fiscais (já que boa parte dos gastos
públicos está vinculada ao salário mínimo)

 a partir de 2007, o salário mínimo passou a ser reajustado pela seguinte


fórmula:

 reajuste do salário mínimo em t = taxa de inflação t - 1 + variação do PIB em t - 2

 Essa política garantiu ganhos reais expressivos para o salário mínimo =


aumento do consumo
Variação Real do Salário Mínimo
Variação Nominal/IPCA
(%)
14,00 13,11

12,00
10,71
9,79
10,00 9,17
7,83
8,00 7,42
6,57
6,00
4,77
3,94
4,00 3,56
3,13 2,92
1,83
2,00 1,13
0,68 0,78 0,90
0,34 0,27 0,17
0,00

-2,00 -1,26
Fonte: IPEADATA
-3,97
-4,00
1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
2004/2010: Os “anos dourados”

f. a aceleração do crescimento e a maior formalização da economia (que vem


como consequência do maior crescimento)  aumentaram a carga tributária
em todo o período
Carga Tributária Total Brasil
(%PIB)

34
33,53 33,39
33,31
33 32,68 32,66
32,47 32,42
32,27
32
31,8

31 30,66

30

29,01
29

28 27,75
27,26
27 26,74

26
Fonte: Receita Federal

25
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
2004/2010: Os “anos dourados”

 a elevação da carga tributária foi compatível com o aumento contínuo dos


gastos públicos (sustentando os programas sociais):

i. sem comprometer as metas fiscais

ii. e sem provocar a elevação da dívida pública/PIB


Receitas e Despesas Primárias
Receita Primária Líquida Governo Central
Despesa Primária (%PIB)
20,0%
19,7%

19,0%

18,0%

17,7%
17,0%

16,0%

15,0%

14,3%
14,0%
14,2%

13,0%
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
2004/2010: Os “anos dourados”

g. as políticas expansionistas provocaram um crescimento da demanda


doméstica acima do PIB (demanda cresceu mais que a oferta)  ....
PIB x Demanda Doméstica
Fluxos em 12 meses PIB

(%) Demanda Doméstica

3 trim/10:
10,52
10,00

5,00

0,00

-3,59
-5,00
Quando a demanda doméstica cresce acima
da oferta, 2 desequilíbrios tendem a aparecer: 4 trim/16:
-5,3
a.aumento da inflação
Fonte: IBGE
-10,00
b.e/ouaumento das importações, provocando
uma piora das contas externas
PIB x Demanda Doméstica
Fluxos em 12 meses PIB

(%) Demanda Doméstica

3 trim/10:
10,52
10,00

5,00

0,00

Entre 2004 e 2010, nenhum dos 2 desequilíbrios -3,59


ocorreu:
-5,00
4 trim/16:
a. a inflação foi mantida baixa (pela apreciação
cambial)
-5,3

b. e o
Fonte: saldo das contas externas não se deteriorou
IBGE
-10,00 porque houve uma melhoria nas relações de troca
10
20

12
14
16
18

0
6

2
4
8
jan/03
mai/03
set/03
jan/04

17,24

Fonte: BCB
mai/04

mai/03:
set/04
jan/05
mai/05
set/05
jan/06
mai/06
set/06
jan/07
mai/07
set/07
jan/08
mai/08
set/08
jan/09
mai/09
set/09
jan/10
(%)
IPCA

mai/10
set/10
jan/11
mai/11
Fluxos em 12 meses

set/11
jan/12
mai/12
set/12
jan/13
mai/13
set/13
jan/14
mai/14
set/14
jan/15
mai/15
set/15
jan/16
mai/16
set/16
jan/17
5,35
Saldo Externo
U$ bilhões

30,0

11,3 13,5 13,0


10,0 0,4

-10,0

-23,5
-30,0 -26,3
-30,6

-50,0

-59,4
-70,0

Entre 2004/2010, já havia uma tendência à -75,8 -74,2 -74,8


-77,0
deterioração do saldo externo
-90,0
No entanto, o comportamento favorável dos
termos de troca
Fonte: BCB “escondeu” essa tendência
-110,0
-104,2
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
2004/2010: Os “anos dourados”

h. a apreciação cambial permitiu que o BCB acumulasse reservas internacionais,


através da compra maciça de U$ no mercado de câmbio, reduzindo a
percepção de risco de insolvência da dívida externa (e, atraindo mais capitais
internacionais)  ...
50.000

0
150.000
250.000
350.000

100.000
200.000
300.000
400.000
dez/90
jul/91
fev/92
set/92
abr/93
nov/93
jun/94
jan/95
ago/95
mar/96
out/96
mai/97
dez/97
jul/98
fev/99
set/99
abr/00
nov/00
jun/01
jan/02
ago/02
mar/03
out/03
mai/04
U$ milhões

dez/04
jul/05
fev/06
Reservas Internacionais

set/06
abr/07
nov/07
jun/08
jan/09
ago/09
mar/10
out/10
mai/11
dez/11
jul/12
fev/13
set/13
abr/14
nov/14
Fonte: BCB

jun/15
jan/16
357.507
2004/2010: Os “anos dourados”

 No período 2004/2010, o Brasil cresceu (demanda) acima da sua capacidade de


oferta sem:

i. aumento da inflação (pela apreciação cambial)

ii. a deterioração do déficit externo (pela elevação dos termos de troca)

iii. a deterioração das contas públicas (pela elevação da carga tributária)


2004/2010: Os “anos dourados”

 O ciclo de alta das commodities propiciou um crescimento fácil, que escondeu a


necessidade de reformas estruturais (para aumentar a capacidade de oferta) e
criou falsas expectativas de crescimento
2011/2014: “O fim dos anos dourados”

 Ao longo de 2011/2014, o modelo deu sinais de esgotamento :

a. as condições internacionais excepcionais mudaram:

i. os preços das commodities tinham “batido” no teto


300,00
350,00
500,00
550,00

200,00
250,00
400,00
450,00
600,00
31/dez/02
30/abr/03
29/ago/03
31/dez/03
30/abr/04
31/ago/04
31/dez/04
29/abr/05
31/ago/05
30/dez/05
28/abr/06
31/ago/06
29/dez/06
30/abr/07
31/ago/07
31/dez/07
30/abr/08
29/ago/08
31/dez/08
30/abr/09
31/ago/09
30/dez/09
30/abr/10
27/ago/10
30/dez/10
28/abr/11
U$

12/ago/11
21/set/11
27/out/11
Número Índice

570,75
Base 1967 = 100

27/fev/12
mar/11:

12/abr/12
25/mai/12
Preços de Commodities

11/jul/12
27/ago/12
17/out/12
27/nov/12
18/jan/13
06/mar/13
29/abr/13
03/jul/13
30/ago/13
25/nov/13
27/mar/14
30/jun/14
24/out/14
29/jan/15
e alimentos

29/mai/15
28/ago/15
29/dez/15
29/abr/16
Inclui energia, metais

30/ago/16
Fonte: CRB

29/dez/16
431,02
2011/2014: “O fim dos anos dourados”

a. as condições internacionais excepcionais mudaram (cont)

ii. perspectivas de normalização da política monetária nos países centrais: (EUA)


2011/2014: “O fim dos anos dourados”

a. as condições internacionais excepcionais mudaram (cont)

iii. a taxa de câmbio se desvalorizou:

 2011  maior aversão global a risco (segundo mergulho da economia dos EUA
e da zona do Euro?)  razões malignas

 2013  expectativa de normalização das políticas monetárias nos países


centrais (EUA)  razões benignas
Taxa de Câmbio
R$/U$
(cotação de final de período)
Plano Real
4,5

4
set/02:
3,8941

3,5

2,5

1,5

jul/94:
0,5 0,938
Fonte: BCB
0
jul/94 jul/95 jul/96 jul/97 jul/98 jul/99 jul/00 jul/01 jul/02 jul/03 jul/04 jul/05 jul/06 jul/07 jul/08 jul/09 jul/10 jul/11 jul/12 jul/13 jul/14 jul/15
2011/2014: “O fim dos anos dourados”

b. as condições domésticas também mudaram

 o mercado de trabalho já tinha uma taxa de desemprego bem mais baixa


11,0
13,0

3,0
5,0
7,0
9,0
fev/03
jun/03
out/03
fev/04

Fonte: IBGE
jun/04
out/04

12,5
fev/05
jun/05
abr/04:
out/05
fev/06
jun/06
out/06
fev/07
jun/07
out/07
fev/08
jun/08
out/08
fev/09
jun/09
(%)

out/09
fev/10
jun/10
out/10
Taxa de Desemprego
Média Móvel 12 meses

fev/11
jun/11
out/11
fev/12
jun/12
out/12
fev/13
jun/13
out/13
fev/14
jun/14
out/14
fev/15
jun/15
4,8

out/15
dez/14:

fev/16
7,2
2011/2014: “A tentativa de manter o crescimento”

 Quando as condições externas mudaram e o mercado de trabalho começou a


dar sinais de pleno emprego, o PIB perdeu fôlego 
-4,00

-6,00
-2,00
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
2 trim/96
4 trim/96
2 trim/97
4 trim/97

Fonte: IBGE
2 trim/98
4 trim/98
2 trim/99
4 trim/99
2 trim/00
4 trim/00
2 trim/01
4 trim/01
2 trim/02
4 trim/02
2 trim/03
4 trim/03
2 trim/04
4 trim/04
2 trim/05
4 trim/05
2 trim/06
4 trim/06
2 trim/07
(%)

4 trim/07
2 trim/08
4 trim/08
2 trim/09
4 trim/09
2 trim/10
PIB trimestral x PIB 12 meses

4 trim/10
2 trim/11
4 trim/11
2 trim/12
7,53

4 trim/12
4 trim/10:

2 trim/13
4 trim/13
2 trim/14
4 trim/14
2 trim/15
PIB 12 meses

4 trim/15
2 trim/16
4 trim/16
-3,59
PIB trim/igual trim ano anterior

4 trim/16:
2011/2014: “A tentativa de manter o crescimento”

 O governo muda a política econômica e anuncia uma política baseada no


modelo “novo-desenvolvimentista”:

a. com uma política monetária expansionista (juros baixos)

b. com uma política fiscal expansionista (aumento dos gastos públicos e


desonerações fiscais)

c. com uma política cambial ativa que desse competitividade à indústria (câmbio
desvalorizado)
2011/2014: “A tentativa de manter o crescimento”

a. intensifica as medidas de estímulo ao crescimento para impulsionar a


demanda da economia

i. redução forçada dos juros já num contexto de aceleração da inflação:

 pela desvalorização cambial

 e pelo mercado de trabalho aquecido (este provocando aumento real de


salários acima da produtividade da mão de obra, aumentando muito a inflação
de serviços)
Expectativas de Inflação
Expectativa média de Inflação - IPCA - taxa
x acumulada para os próximos doze meses
Meta Inflação Meta de Inflação 12 meses à frente

x Taxa de juros - Selic acumulada no mês


14,0 30
Selic anualizada

(%)
12,0
O BCB inicia um ciclo de queda da taxa Selic em um 25
momento em que as expectativas de inflação estão
Expectativas x meta Inflação (%)

subindo (é a primeira vez que isso acontece)


10,0

Taxa Selic (% ao ano)


20

8,0

15

6,0

10
4,0

5
2,0

Fonte: BCB
0,0 0
fev/11

fev/16
fev/06
dez/01

dez/06

jun/09

dez/11

jun/14
jun/04
jul/01

jul/06

jul/11
mar/03
ago/03

mar/08
ago/08

mar/13
ago/13
nov/04

nov/09

nov/14
mai/02

abr/05

mai/07

abr/10

mai/12

abr/15
set/05

set/10

set/15
out/07

out/12
out/02

jan/04

jan/09

jan/14
2011/2014: “A tentativa de manter o crescimento”

ii. desvalorização cambial para proteger a indústria nacional:

 com intervenções do BC no mercado de câmbio

 e a imposição de controles de capitais internacionais na entrada


Taxa de Câmbio
R$/U$
(cotação de final de período)
Plano Real
4,5

4
set/02:
3,8941

3,5

2,5

1,5

jul/94:
0,5 0,938
Fonte: BCB
0
jul/94 jul/95 jul/96 jul/97 jul/98 jul/99 jul/00 jul/01 jul/02 jul/03 jul/04 jul/05 jul/06 jul/07 jul/08 jul/09 jul/10 jul/11 jul/12 jul/13 jul/14 jul/15
2011/2014: “A tentativa de manter o crescimento”

iii. aumento dos gastos públicos e desonerações fiscais em um momento em


que a receita tributária já dava sinais de desaceleração
Despesas x Receitas Primárias
Receita
Governo Central
Despesa
Variação Real Anual
(IPCA - % média ao ano por períodos)

7,62 7,93
8,00 6,33 6,65
5,78 5,44
6,00 5,00

3,44
4,00 2,32

2,00

0,00

-2,00

-4,00

-6,00 Fonte: STN/MF


-6,31
-8,00
Média Média 2003/2006 Média 2007/2010 78
Média 2011/2014 2015/2014
1999/2002:
2011/2014: “A tentativa de manter o crescimento”

iv. fortalecimento do BNDES na intermediação dos investimentos com


direcionamento a setores específicos:

 capitalização do BNDES através de transferências de títulos do Tesouro


Nacional num montante superior a R$ 500 bilhões entre 2008 e 2015

 redução das taxas de juros cobradas nos empréstimos (TJLP e PSI)


Desembolsos do BNDES
R$ bilhões
Fonte: BNDES
200 190,4
187,8
180
168,4

160
155,9

136,3 138,8 135,9


140

120

100 90,9 88,3

80
64,9
60 51,3
47,1
38,2 35,1 40
40

21,3 20 23,4 25,7


19,1
20

0
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Desembolsos do BNDES
PSI
R$ bilhões
Fonte: BNDES

90
82,1
80 76,3

70
62,2
60

50
44
40,9
40
33,25

30

18,2
20

10 4,811

0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Desembolsos do BNDES x Taxa de Investimento Desembolsos do BNDES
Fonte: BNDES e IBGE %PIB %PIB
5,00 Taxa de Investimento %PIB
22,00

No período 2008/2015, para aumentar os


4,50
21,00
desembolsos do BNDES, o TN transferiu ao 20,90
4,00
BNDES R$ 500 bi em títulos públicos e a taxa de 20,50
20,00

3,50
investimento não se recuperou
19,00
3,00

2,50 18,07 18,00


17,37
2,00
17,00

1,50 16,40
16,00

1,00

15,00
0,50

0,00 14,00
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Desembolsos do BNDES x Taxa de Investimento Desembolsos do BNDES
Fonte: BNDES e IBGE %PIB %PIB
5,00 Taxa de Investimento %PIB
22,00

Essa transferência tem subsídios implícitos:


4,50
21,00
20,90
a. no caso dos empréstimos do BNDES, a diferença
4,00
20,50
entre a TJLP e a taxa Selic tem que ser paga com 20,00

3,50
recursos do orçamento
19,00
3,00

2,50 18,07 18,00


17,37
2,00
17,00

1,50 16,40
16,00

1,00
b. no caso do programa PSI, a diferença é maior uma vez que as
15,00
0,50 taxas de juros cobradas pelo BNDES nessa modalidade de crédito

0,00 eram menores que a TJLP 14,00


1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Desembolsos do BNDES x Taxa de Investimento Desembolsos do BNDES
Fonte: BNDES e IBGE %PIB %PIB
5,00 Taxa de Investimento %PIB
22,00
Esse gráfico admite 2 leituras:

a. os
4,50 desembolsos do BNDES foram bons porque
21,00
20,90
na sua ausência a taxa de Investimento teria caído
4,00
20,50
muito mais 20,00

3,50

19,00
3,00

2,50 18,07 18,00


17,37
2,00
17,00

1,50 16,40
16,00

1,00

15,00
0,50

0,00 14,00
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Desembolsos do BNDES x Taxa de Investimento Desembolsos do BNDES
Fonte: BNDES e IBGE %PIB %PIB
5,00 Taxa de Investimento %PIB
22,00

b. os desembolsos do BNDES (que custam caro para a


4,50
21,00
sociedade) foram jogar dinheiro fora: a taxa de Investimento 20,90
4,00
saiu de 18,07% para apenas 20,9% do PIB e depois 20,50
20,00

despencou
3,50

19,00
3,00

2,50 18,07 18,00


17,37
2,00
17,00

1,50 16,40
16,00

1,00

15,00
0,50

0,00 14,00
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
2011/2014: “A tentativa de manter o crescimento”

b. aumenta o grau de intervenção do Estado na economia

 proteção ao comércio internacional com elevação das tarifas de importação e


regras de conteúdo local para substituir importações  para estimular a
indústria nacional

 controle direto dos preços como forma de reduzir a inflação e permitir uma
queda forçada das taxas de juros:

i. gasolina, energia elétrica, transportes público

ii. desonerações de IPI para reduzir o preço de automóveis, linha branca e


móveis
2011/2014: “A tentativa de manter o crescimento”

 o uso de bancos públicos para forçar a queda dos spreads bancários (BB e
CEF)

 desonerações fiscais e estímulos ao crédito de forma seletiva para aumentar o


consumo de determinados bens  zeragem de IPI para automóveis, linha branca
e móveis
2011/2014: “A tentativa de manter o crescimento”

 Conforme já vimos, apesar de todos os estímulos, o crescimento da economia


brasileira foi medíocre durante o período de 2011/2014

 A principal razão para a economia não responder aos estímulos concedidos foi
a perda de confiança que a nova política econômica gerou

 A nova política econômica evidenciou a fragilidade das bases do crescimento


do período 2003/2010 e deteriorou os fundamentos macroeconômicos:

i. a inflação subiu

ii. o déficit público explodiu

iii. e o déficit externo aumentou

 A incerteza “minou” o ambiente de negócios e o PIB despencou


IPCA
Fluxos em 12 meses
(%)
20 A inflação subiu:

a. pelo fim da era de apreciação cambial


18
mai/03:
17,24 b. pelas medidas de aumento dos gastos públicos e do consumo
16

c. pela redução forçada dos juros


14
d. pelo aumento dos salários (mercado de trabalho pleno emprego - inflação de
12
serviços)

10

5,35
4

Fonte: BCB
0
set/06

set/07

set/08

set/09
set/03

set/04

set/05

set/10

set/11

set/12

set/13

set/14

set/15

set/16
jan/03

jan/04

jan/05

jan/06

jan/07

jan/08

jan/09

jan/10

jan/11

jan/12

jan/13

jan/14

jan/15

jan/16

jan/17
mai/03

mai/04

mai/05

mai/06

mai/07

mai/08

mai/09

mai/10

mai/11

mai/12

mai/13

mai/14

mai/15

mai/16
Déficit Público
(%PIB)
Fonte: BCB

12

O déficit público subiu:


10,22
a. pelo aumento dos gastos públicos
10

b. pelas desonerações fiscais 8,95

c. pela redução no ritmo de crescimento da arrecadação


8
(queda do nível de atividade)

6,05
6
5,18
4,42
4 3,54 3,57
3,19 2,96
2,88 2,74
2,41 2,47 2,27
1,99
2

0
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Saldo Externo
U$ bilhões

30,0

11,3 13,5 13,0


10,0 0,4

-10,0

-23,5
-30,0 -26,3
-30,6

-50,0

O déficit externo subiu:


-59,4
a.-70,0
pelo fim da alta de preços das commodities
-75,8 -74,2 -74,8
b. pelo agravamento de perda de competitividade -77,0
da indústria (aumento dos salários – mercado de
-90,0
trabalho a pleno emprego)

Fonte: BCB
-110,0
-104,2
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
2011/2014: “A tentativa de manter o crescimento”

 Assim, no governo Dilma aprofundam-se os desequilíbrios macroeconômicos


que já estavam sendo gerados nos governos Lula (mas, estavam escondidos)
Os anos de recessão: 2015/2016
PIB e PIB per capita População
Períodos Selecionados PIB

(%) PIB per capita

0
-0,35 -0,36
-2 -1,41 -1,7
-4 -3,36
-6
-4,55 -5,04 -4,63 -4,4
-5,78
-6,42
-8
-7,75 -7,71
-10 -9,1
-12
Fonte: IBGE
-12,39
-14
O mercado de trabalho
Taxa de Desemprego Aberto
Média Móvel 12 meses PME

13,0
(%) PNAD
abr/04:
12,5
12,0

Em todo o período 2004/2014, houve queda da taxa


11,0 de desemprego, o que acabou se convertendo em
uma restrição ao crescimento: aumento real dos
salários acima da produtividade do trabalho = mais
10,0
inflação

9,0

8,0

7,0

6,0
A partir de 2015, com a crise brasileira, a
taxa de desemprego sobe intensamente
5,0
dez/14:
Fonte: IBGE
4,8
4,0
out/06

out/07

out/11

out/12
out/03

out/04

out/05

out/08

out/09

out/10

out/13

out/14

out/15

out/16
fev/03

fev/04

fev/08

fev/09

fev/14

fev/15
fev/05

fev/06

fev/07

fev/10

fev/11

fev/12

fev/13

fev/16
jun/05

jun/06

jun/10

jun/11

jun/15

jun/16
jun/03

jun/04

jun/07

jun/08

jun/09

jun/12

jun/13

jun/14
Rendimento Médio Real do Trabalho Principal
Habitualmente Recebido
Taxa Variação t/t-12
(%) 2015/16: os salários reais despencam
8,00

6,00

4,00

2,00

0,00

-2,00

-4,00

-6,00

-8,00 2008/2014: os salários reais -7,48


sobem -8,86
Fonte: IBGE
-10,00
abr/08

abr/09

abr/10

abr/11

abr/12

abr/13

abr/14

abr/15
out/13

out/14

out/15
jan/08

out/08

jan/09

out/09

jan/10

out/10

jan/11

out/11

jan/12

out/12

jan/13

jan/14

jan/15

jan/16
jul/08

jul/09

jul/10

jul/11

jul/12

jul/13

jul/14

jul/15
A inflação: 3 momentos
Metas de Inflação Resultado
x
Resultados Limite Superior
14,00
Meta Central
12,53 2004/2010  inflação mais próxima da meta Limite Inferior
central :
12,00
BC mais comprometido com as metas de
inflação e apreciação cambial 10,71

10,00
9,30

8,00 7,67

6,00

4,00

2,00

Fonte: BCB

0,00
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Metas de Inflação Resultado
x
Resultados Limite Superior
14,00
2011/2014  inflação perto do teto de tolerância (6,5%): Meta Central
12,53 Limite Inferior
a. desvalorização cambial
12,00
b. queda forçada das taxas de juros
10,71
c. mercado trabalho pleno emprego (aumento de
10,00
9,30 salários: inflação de serviços)

8,00 7,67

6,00

4,00

2,00

Fonte: BCB

0,00
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Metas de Inflação Resultado
x
Resultados Limite Superior
14,00
Meta Central
12,53 Limite Inferior
2015: ultrapassamos a meta:
12,00 realismo tarifário e desvalorização
cambial
10,71

10,00
9,30
2016: inflação dentro da meta

8,00 7,67

6,00

4,00

2,00

Fonte: BCB

0,00
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
IPCA
Variação Anual
c. desoneração da cesta básica
(%)
A inflação entre 2012 e 2014 só não foi maior porque
o12governo utilizou:

a.”congelamento” de preços administrados (gasolina, 10,71


transportes públicos e energia elétrica)
10
b. redução de IPI de automóveis, eletrodomésticos e
móveis

8 7,6

6,5 6,41 6,29


5,69 5,9 5,91 5,84 5,91
6

4,46 4,31
4
3,14

Fonte: BC

0
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
IPCA
Variação Anual
(%)

12 Em 2015, o atraso dos preços administrados obrigou a um tarifaço:


10,71
energia elétrica, transportes públicos, gasolina

10

8 7,6

6,5 6,41 6,29


5,69 5,9 5,91 5,84 5,91
6

4,46 4,31
4
3,14

Fonte: BC

0
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
As contas públicas

 deterioração fiscal a partir de 2014 


Déficit Público
(%PIB)
Fonte: BCB
2013/2016: o déficit sobe:
12
a. continuidade do aumento dos gastos públicos e
2004/2012, déficit público desonerações fiscais
controlado apesar do 10,22
contínuo aumento dos gastos
públicos
10 (aumento da carga b. recessão da economia (redução da
tributária) arrecadação)
8,95

6,05
6
5,18
4,42
4 3,54 3,57
3,19 2,96
2,88 2,74
2,41 2,47 2,27
1,99
2

0
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Dívida Bruta Governo
(%PIB)
69,64
70 A política fiscal expansionista de 2004/2010 não
aumentou a dívida pública/PIB porque foi
beneficiada pelo aumento da carga tributária
em todo o período 65,45
65

60
59,2

56,7 57,2
55,5 56
55 53,8
51,8 51,3 51,7

50

45

Fonte: BCB

40
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Dívida Bruta Governo
(%PIB)
69,64
Mas, a partir de 2011/2015, a carga tributária
70 perde fôlego e a continuidade do aumento dos
gastos públicos aumenta os déficits e a dívida
pública
65,45
65

60
59,2

56,7 57,2
55,5 56
55 53,8
51,8 51,3 51,7

50

45

Fonte: BCB

40
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Contas externas

 deterioração externa (contas com o resto do mundo)


Saldo Externo
U$ bilhões

30,0 No entanto, o comportamento favorável dos


termos de troca “escondeu” essa tendência
11,3 13,5 13,0
10,0 0,4

-10,0

-23,5
-30,0 -26,3
-30,6

-50,0

-59,4
-70,0 2004/2010, já havia uma tendência à
Entre
deterioração do saldo externo por conta:
-75,8 -74,2 -74,8
-77,0
a. da apreciação cambial
-90,0

b. do elevado ritmo de crescimento da


Fonte: BCB
renda doméstica
-110,0
-104,2
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Saldo Externo
U$ bilhões

30,0

11,3 13,5 13,0


10,0 0,4

-10,0

-23,5
-30,0 -26,3
-30,6

-50,0
Entre 2011/2014, o déficit externo subiu:
-59,4
a. pelo fim da alta de preços das commodities
-70,0

b. pelo agravamento de perda de -75,8 -74,2 -74,8


-77,0
competitividade da indústria
-90,0

Fonte: BCB
-110,0
-104,2
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
100,00
110,00
120,00
130,00
140,00

80,00
90,00
1994.07
1994.12
1995.05
1995.10
1996.03
1996.08
1997.01

Fonte: FUNCEX
1997.06
1997.11
1998.04
1998.09
1999.02
1999.07
1999.12
2000.05
2000.10
2001.03
2001.08
2002.01
2002.06
2002.11
2003.04
2003.09
2004.02
2004.07
2004.12
2005.05
2005.10
2006.03
2006.08
2007.01
2007.06
2007.11
Base Média 2006 = 100

2008.04
2008.09
2009.02
2009.07
2009.12
2010.05
2010.10
2011.03
2011.08
2012.01
2012.06
2012.11
Termos de Troca Preço das Exportações/Preço das Importações

2013.04
2013.09
2014.02
2014.07
2014.12
2015.05
2015.10
2016.03
2016.08
20
60

40
80
100
120
140
jun/94
dez/94
jun/95
dez/95

Fonte: BCB
jun/96
dez/96
jun/97
dez/97
jun/98
dez/98
jun/99
dez/99
jun/00
dez/00
jun/01
dez/01
jun/02
dez/02
jun/03
dez/03
jun/04
dez/04
jun/05
dez/05
jun/06
dez/06
Número Índice

jun/07
Junho 1994 = 100

dez/07
jun/08
Câmbio/Salário na Indústria

dez/08
jun/09
dez/09
jun/10
dez/10
jun/11
dez/11
jun/12
dez/12
jun/13
dez/13
jun/14
dez/14
jun/15
dez/15
jun/16
dez/16
Saldo Externo
U$ bilhões

30,0

11,3 13,5 13,0


10,0 0,4

-10,0

-23,5
-30,0 -26,3
-30,6

-50,0

-59,4
2015/2016:
-70,0

A desvalorização cambial (2015/2016) e a brutal -75,8 -74,2 -74,8


-77,0
queda
-90,0 do PIB estão produzindo o ajuste externo

Fonte: BCB
-110,0
-104,2
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Saldo Externo
U$ bilhões

30,0

11,3 13,5 13,0


10,0 0,4

-10,0

-23,5
-30,0 -26,3
-30,6

2017:
-50,0

Também está havendo uma recuperação nas


-59,4
-70,0
relações de troca: os preços das commodities
-75,8 -74,2 -74,8
estão subindo pela recuperação da economia -77,0
-90,0
global,o que está estimulando as exportações
Fonte: BCB
-110,0
-104,2
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Panorama Macroeconômico Brasileiro

 2011/2014  houve uma deterioração dos chamados “fundamentos


macroeconômicos”
A Deterioração dos Fundamentos Macroeconômicos

FHC I FHC II Lula I Lula II Dilma I Dilma II Dilma II


e Temer
1998 2002 2006 2010 2014 2015 2016

IPCA (%) 1,7 12,5 3,1 5,9 6,4 10,7 6,29

PIB (%) 0,3 3,1 4,0 7,5 0,5 -3,8 -3,6

Taxa 9,7 10,5 8,4 5,3 4,3 6,9 12,0


Desemprego
(**)
Déficit Público 8,0 4,4 3,6 2,4 6,0 10,3 8,95
(%PIB)
Dívida Pública - 76,1 55,5 51,8 57,2 66,2 69,64
Bruta (%PIB)
A perda do grau de investimento

 A partir de 2015 o Brasil sofre uma série de rebaixamentos pelas 3 principais


agências de classificação de risco:

a. em 09/09/2015, a S&P retira o grau de investimento do Brasil (rebaixando a


nota de BBB + para BB +)

b. em 16/12/2015, a Fitch retira o grau de investimento do Brasil (rebaixando a


nota de BBB - para BB +)

c. em 17/02/2016, a S&P reduz novamente a nota do Brasil (de BB+ para BB)

d. em 24/02/2016, a Moody’s retira o grau de investimento do Brasil (rebaixando


em 2 escalas a nota do Brasil: de Baa3 para Ba2)
A deterioração dos fundamentos provocou
Risco Brasil x Emergentes Risco Médio Emergentes
(em pontos base) Risco Brasil
600

A elevação do Risco Brasil


550

500

450

400

350 357

319
300 A partir de março/16, ganha força o
impeachment e o Risco Brasil fica abaixo da
média do Risco dos Emergentes
250

Fonte: JP Morgan A partir de finais de 2015, o Risco Brasil


200
ficou acima da média dos emergentes
Taxa de Câmbio
R$/U$
4,5

24/09/2015:
4,1942

3,5

3
3,1765
A taxa de câmbio também se desvalorizou

2,5 A partir de março/16, ganha força o impeachment

Fonte: BCB
2
30.000
35.000
40.000
70.000
75.000

45.000
50.000
55.000
60.000
65.000
03/01/2011
08/02/2011
18/03/2011
27/04/2011
02/06/2011
71.632
12/01/11:
11/07/2011

Fonte: BM&F
16/08/2011
22/09/2011
31/10/2011
08/12/2011
16/01/2012
24/02/2012
02/04/2012
10/05/2012
18/06/2012
24/07/2012
29/08/2012
05/10/2012
14/11/2012
26/12/2012
05/02/2013
15/03/2013
23/04/2013
31/05/2013
08/07/2013
13/08/2013
18/09/2013

impeachment
24/10/2013
03/12/2013
14/01/2014
(em pontos)

19/02/2014
E o Índice BOVESPA despencou
Índice BOVESPA

31/03/2014
09/05/2014
16/06/2014
23/07/2014
28/08/2014
03/10/2014
10/11/2014
17/12/2014
A partir de março/16, ganha força o

28/01/2015
09/03/2015
15/04/2015
25/05/2015
01/07/2015
07/08/2015
15/09/2015
22/10/2015
30/11/2015
11/01/2016
19/02/2016
29/03/2016
05/05/2016
37.497

13/06/2016
26/01/16:

19/07/2016
57.593
Juros Futuros x Meta Selic
Pré x DI 1 ano (% ao ano)
E os juros futuros subiram (% ao ano)
Meta Selic (% ao ano)
18 Pré x DI 3 anos (% ao ano)

17

16

15

14
14,25

13

A partir de março de 2016, apostas no


12
impeachment avançam 12,29
Todas as recuperações que ocorreram na economia
brasileira pós 1999 foram precedidas de melhoras 11,24
11
nos indicadores de confiança, em particular, dos
Fonte: BCB e BM&F indicadores de confiança financeiros
10
Juros Futuros x Meta Selic
Pré x DI 1 ano (% ao ano)
(% ao ano)
Meta Selic (% ao ano)
A confiança
18 nasce na melhora
Pré x DI 3 anos (% ao ano)

do preço dos ativos financeiros


17
e depois vai migrando para os

agentes
16 econômicos não financeiros

15

14
14,25

13

12 12,29
Os ativos financeiros recuperaram as perdas registradas durante
a segunda metade de 2015 11,24
11

Fonte: BCB e BM&F Mas as turbulências financeiras continuarão fortes: o entorno


10 político deve permanecer tumultuado e há muitas preocupações
com a questão fiscal
Juros Futuros x Meta Selic
Pré x DI 1 ano (% ao ano)
(% ao ano)
Meta Selic (% ao ano)
18 Pré x DI 3 anos (% ao ano)

17

16

15

14
14,25

13

12
E evolução de alguns indicadores de confiança: 12,29
data IBOVESPA R$/U$ CDS
Mínimo do IBOVESPA em 2016 26/01/2016 37.497 4,07 470 11,24
11 Câmara vota o impeachment 17/04/2016 52.894 3,6 332
Senado aprova o impeachment 31/08/2016 57.901 3,23 255
Fonte: BCB e BM&F Eleições minicipais com derrota do PT 02/10/2016 59.461 3,2 265
10 Aprovação PEC 241 em primeiro turno Câmara 10/10/2016 61.668 3,2 261
Os indicadores de confiança na economia real
Índice de Confiança Empresários
Indústria
75,00

O índice varia de 0 a 1
70,00

65,00

60,00

55,00

50,00

45,00 45,7
Índices superiores a 50 refletem expectativas
otimistas
40,00

São pesquisadas em torno de 2.185 empresas


35,00

Fonte: CNI
30,00
60
80

70
90
110
130

100
120
140
set/05
dez/05
mar/06
jun/06

Fonte: FGV
set/06
dez/06
mar/07
jun/07
set/07
dez/07
mar/08
jun/08
set/08

nas principais 7 capitais brasileiras


dez/08
mar/09
jun/09
set/09
dez/09

expectativas em relação aos próximos meses


mar/10
jun/10
set/10

O consumidor avalia sobre a situação atual e as suas


dez/10
mar/11
jun/11
Essa pesquisa tem uma amostra de mais de 2000 domicílios
Consumidor

set/11
dez/11
Índice de Confiança

mar/12
jun/12
set/12
dez/12
mar/13
jun/13
set/13
dez/13
mar/14
jun/14
set/14
dez/14
mar/15
jun/15
set/15
dez/15
mar/16
jun/16
71,3
Como os indicadores macroeconômicos têm evoluído a nível
internacional?
PIB
Brasil x Mundo Mundo
2004/2010: Variação Anual Brasil
(%)
Média mundial: 4,1% ao ano
8
Média Brasil: 4,5% ao ano
7,5

6,1
5,8 5,7
6
5,3 5,4
4,9 5,1
4,6
4 4,2 4
4 3,5 3,3 3,4
3,2 3 3 3,2 3,1

1,9
2

0,5

0
-0,1 -0,1
2011/2016:
-2
Média mundial: 3,5% ao ano
Fonte: FMI/IBGE
Média Brasil: 0,4% ao ano -3,8 -3,6
-4
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
PIB
O ritmo de crescimento mundial
caiu a partir de 2011, o que afetou Brasil x Mundo Mundo
o Brasil por 2 canais: Variação Anual Brasil
(%)
a. fluxos de comércio
8 7,5
b. fluxos de capitais

6,1
5,8 5,7
6
5,3 5,4
4,9 5,1
4,6
4 4,2 4
4 3,5 3,3 3,4
3,2 3 3 3,2 3,1

1,9
2

0,5

0
-0,1 -0,1

-2

Fonte: FMI/IBGE
-3,8 -3,6
-4
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
PIB
Brasil x Mundo Mundo
Variação Anual Brasil
China desacelerou
(%)
Zona Euro não retoma crescimento
8 7,5
EUA: retomada lenta
6,1
5,8 5,7 BCs de vários países centrais estão
6
5,3 5,4
5,1 praticando juros negativos (Euro, Japão,
4,9 Suíça, Suécia, Dinamarca)
4,6
4 4,2 4
4 3,5 3,3 3,4
3,2 3 3 3,2 3,1

1,9
2

0,5

0
-0,1 -0,1

-2

Fonte: FMI/IBGE
-3,8 -3,6
-4
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
PIB
Brasil x Mundo Mundo
Variação Anual Brasil
(%)
Mas, no período 2011/2014,
Brasil cresceu bem abaixo do
8 7,5 PIB mundial

6,1
5,8 5,7
6
5,3 5,4
4,9 5,1
4,6
4 4,2 4
4 3,5 3,3 3,4
3,2 3 3 3,2 3,1

1,9
2

0,5

0
-0,1 -0,1

-2

É a maior queda do PIB em 25 anos


Fonte: FMI/IBGE
-3,8 -3,6
-4
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Participação Relativa no PIB Mundial
%
2015 Fonte: FMI

18 17,1
EUA, China e Zona do Euro detêm
15,8 44,8% do PIB mundial
16

14

11,9
12

10

8
7 Brasil detém a 7 posição

6
4,3
4 3,4 3,3
2,8
2,4 2,3 2 1,9
2 1,4 1,4

0
China EUA Euro Índia Japão Alemanha Rússia Brasil Inglaterra França México Itália Canadá Espanha
Participação Relativa no PIB Mundial
%
O Brasil é grande, mas é pobre Fonte: FMI
2015
b. IDH: 79 posição entre 187
18
a. renda per capita de apenas U$ 15.570 países pesquisados (2014)
17,1 (2014) (72 posição mundial)
15,8 Chile: U$ 21.320
16 EUA: U$ 55.900

Alemanha: U$ 47.460 Uruguai: U$ 20.220


14

Suécia: U$ 46.870 México: U$ 16.840


11,9
12
Dinamarca: U$ 46.850 Venezuela: U$ 17.700

10
Canadá: U$ 44.350 China: U$ 13.170

França: U$ 40.100 Colômbia: U$ 12.910


8
7
Coreia: U$ 33.650 Índia: U$ 5.630
6
4,3
4 3,4 3,3
2,8
2,4 2,3 2 1,9
2 1,4 1,4

0
China EUA Euro Índia Japão Alemanha Rússia Brasil Inglaterra França México Itália Canadá Espanha
Inflação
Economias Avançadas
Economias Emergentes x Economias Avançadas Fonte: FMI
Economias Emergentes
Brasil
12
A partir de 2008, a inflação mundial caiu:
10,7
a. queda dos preços das commodities no mercado
10 9,4
internacional(petróleo)

b. baixo ritmo de crescimento da demanda global


8
7,3
6,6 6,5 6,4
5,9 6,3
5,9 5,9 6 5,8
5,8 5,8
6
5,2
4,5 4,7 4,7 4,5
4,3
4

2,2
1,9
2 1,4
1,3 1,2 1,2
0,8 1 0,8
0,3
0
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Inflação
Economias Avançadas
Economias Emergentes x Economias Avançadas Fonte: FMI
Economias Emergentes
Brasil
12

O Brasil está na contramão do mundo 10,7

10 9,4

8
7,3
6,6 6,5 6,4
5,9 6,3
5,9 5,9 6 5,8
5,8 5,8
6
5,2
4,5 4,7 4,7 4,5
4,3
4

2,2
1,9
2 1,4
1,3 1,2 1,2
0,8 1 0,8
0,3
0
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Dívida Pública
Brasil
Brasil x Emergentes Fonte: FMI
Média Emergentes
(% PIB)

80 A dívida pública brasileira tem crescido e é muito 78,3

mais alta que a média dos países emergentes 73,7

70
65,8 64,9
63,7 63 63,3
61,9 61,2 62,3
60,4
60

50 47,3
44,8
41,1
38,6 38,4 38,1 38,9
40 37,3 37,5
35,2
33,5

30

20
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Dívida Pública
Brasil
Brasil x Emergentes Fonte: FMI
Média Emergentes
(% PIB)
Essa foi uma forte razão que fez o Brasil perder o “investment grade” 78,3
80

pelas 3 principais agências de classificação de risco (em 2015 e 2016) 73,7

70
65,8 64,9
63,7 63 63,3
61,9 61,2 62,3
60,4
60

50 47,3
44,8
41,1
38,6 38,4 38,1 38,9
40 37,3 37,5
35,2
33,5

30

20
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Os Desafios da Economia Brasileira

 Como chegamos ao estágio atual?

 Por que crescemos tão abaixo da média mundial?

 Por que houve a deterioração dos fundamentos macroeconômicos?

 Qual a responsabilidade da política econômica adotada pelo Brasil nos últimos


anos? (a partir de 2011)

Você também pode gostar