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Universidade Federal de Campina Grande

Centro de Tecnologia e Recursos Naturais


Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil e Ambiental

Dissertação: Martins (1983)

CAP IV- Correspondência entre Parâmetros de Tensão e


Deformação

Discentes: Albaniza Maria da Silva Lopes


Maria da Vitórias
Docente: Prof. Dr. Olavo Francisco Santos Junior

Campina Grande-PB 2019


Dissertação: Martins (1983)
Princípio da Tensões Efetivas

• Conceito de tensão no meio granular


Na realidade é um meio
Solo considerado como meio contínuo
particulado no qual apresenta
para efeito de cálculo
poros em sua constituição

Fonte: Martins (1983)


Princípio da Tensões Efetivas

• Conceito de tensão no meio granular


• Massa granular seccionada por um plano
imaginário π;

• Plano atravessa os vazios da massa e


interceptara as partículas, seccionando-as,
podendo passar pelo ponto de contato
entre duas partículas.

• Restrição do plano a região limitada por um


Fonte: Martins (1983) quadrado de lado d.

• Redução do sistema de forças a partir das


resultantes.

Normal ao plano π  σ
Projeção do vetor tensão
Tangencial ao plano π  τ
Princípio da Tensões Efetivas

• Conceito de tensão no meio granular

Restrições para o uso do conceito de


tensão em solos

 Forças distribuídas numa área finita;

 No tocante aos solos, a grandeza


tensão assume concepção
macroscópica;

 A variação do valor da tensão for


pequena ao longo de uma distancia
da mesma ordem de grandeza da
maior dimensão da maior partícula
existente na massa.
Princípio da Tensões Efetivas

• Tensão Total e Pressão Neutra

Tais poros podem


Solo - meio
estar preenchidos Pressão neutra ou
particulado no
por água, e esta Poropressão
qual apresenta
submetida a uma
poros em sua “u”
determinada
constituição
pressão.
Princípio da Tensões Efetivas

• Tensão Total e Pressão Neutra


Que influências a existência da pressão neutra trará ao
comportamento dos solos?

• Tensões atuantes na
faces que limitam o
elemento

• Nos poros do elemento


também reina “u”

Fonte: Martins (1983)


Princípio da Tensões Efetivas

• Tensão Total e Pressão Neutra


Que influências a existência da pressão neutra trará ao
comportamento dos solos?

N. A. no piezômetro se elevará a um nível que seja


correspondente a pressão neutra nos vazios do
elemento

P  .d 2 .z Fonte: Martins (1983)


z     .z
A d2

z  zw.d  ( z  zw).sat z  hd .d  hw.sat


u  ( z  zw).w u  hw.w
Princípio da Tensões Efetivas

• Princípio das Tensões Efetivas - Terzaghi

Revela o efeito de “u” sobre o


comportamento de um solo
submetido a um determinado
estado de tensões totais ,
determinando sua magnitude

Dividido em duas partes:


1-Determinacao da equação
fundamental do princípio das
tensões efetivas
2- Efeito das tensões efetivas
Princípio da Tensões Efetivas
Princípio das Tensões Efetivas - Terzaghi

As tensões em qualquer ponto No entanto, se os vazios desse


da massa de solo pode ser solo estiverem preenchidos
pressão neutra (u) que age na
determinada em função das com água, sob um pressão “u”,
água e na parte sólida
tensões totais principais (σ1, σ2 as tensões principais totais
e σ3) consistem de duas parcelas.

Tensão efetiva (σ’) que são


sentidas exclusivamente pelo
esqueleto sólido do solo
Princípio da Tensões Efetivas
Princípio das Tensões Efetivas - Terzaghi

2
Todos os efeitos mensuráveis
acerca de uma mudança de
tensões (compressão, distorção,
resistência ao cisalhamento), são
devidos exclusivamente a
mudanças nas tensões efetivas.
Se é aplicado um carregamento na superfície do
terreno, as tensões efetivas aumentam, o solo se Mas se o nível de uma lagoa se eleva , o aumento da tensão
comprime e parte da água é expulsa de seus vazios, total provocado pela elevação é igual ao aumento da
mesmo que lentamente. pressão neutra nos vazios e o solo não se comprime
Princípio da Tensões Efetivas

• Consequências imediatas ou corolários (Atkinson & Bransby,


1978)

O comportamento (em termos de engenharia) de dois solos, com a


1 mesma estrutura e mineralogia, será o mesmo se eles tiverem a mesma
tensão efetiva.

Se um for solo carregado ou descarregado, sem qualquer variação de


2 volume ou distorção do elemento, não haverá variação da tensão
efetiva.

Um solo irá expandir em volume (e enfraquecer-se) ou comprimir (e


3 fortalecer-se), se a poropressão for aumentada ou diminuída
isoladamente
Princípio da Tensões Efetivas

• Consequências imediatas ou corolários (Atkinson & Bransby,


1978)
O comportamento (em termos de engenharia) de dois solos, com a
mesma estrutura e mineralogia, será o mesmo se eles tiverem a mesma
1 tensão efetiva.

Se um for solo carregado ou descarregado, sem qualquer variação de


volume ou distorção do elemento, não haverá variação da tensão
2 efetiva.

Um solo irá expandir em volume (e enfraquecer-se) ou comprimir


solicitação (e de tensão
isotrópica
fortalecer-se), se a poropressão for aumentada ou diminuída
3 isoladamente
Princípio da Tensões Efetivas

• Consequências imediatas ou corolários (Atkinson & Bransby,


1978)

O comportamento (em termos de engenharia) de dois solos, com a


1 mesma estrutura e mineralogia, será o mesmo se eles tiverem a mesma
tensão efetiva.

Se um for solo carregado ou descarregado, sem qualquer variação de


2 volume ou distorção do elemento, não haverá variação da tensão
efetiva.

Um solo irá expandir em volume (e enfraquecer-se) ou comprimir (e


3 fortalecer-se), se a poropressão for aumentada ou diminuída
isoladamente
Princípio da Tensões Efetivas

• Observações de Atkinson & Bransby (1978) sobre o princípio das


tensões efetivas
Por causa de sua importância na mecânica do solo, os princípios das tensões efetivas freqüentemente assumem o
status de uma lei física e tentativas são feitas para examinar os princípios teoricamente. Estas examinacões dos
princípios, e do significado físico da tensão efetiva encontram dificuldades quando as forças em contatos
interpartículas têm que se expressar na forma de tensão.

Entretanto, se examinarmos a declaração de Terzagui de 1936 do princípio da tensão efetiva, notamos, em primeiro
lugar, que ele não atribui nenhum significado físico a tensão efetiva, além de ser transmitida exclusivamente na fase
sólida do solo e, segundo , que ele limita os princípios a todos os efeitos mensuráveis. Terzagui chegou aos princípios
da tensão efetiva a partir dos resultados de experimentais e via os princípios como uma hipótese de trabalho que era
suficientemente precisa para fins práticos de engenharia.

É importante que sejamos claros sobre o princípio da tensão efetiva e suas conseqüências. Intuitivamente, é bastante
óbvio que, se a tensão total ou a porosidade - ou ambos - forem variados, o comportamento do solo dependerá
apenas de uma combinação dos dois e não dos valores individuais da tensão total e da poropressão. Os princípios de
tensão efetiva afirmam, simplesmente, que as combinações relevantes de tensão total e poropressao são a
diferença(σ – u) e esta diferença é definida como a tensão efetiva σ’. O princípio vai além e afirma que todos os
efeitos mensuráveis ​de uma mudança de tensão se devem exclusivamente a mudanças no valor de σ’.
Parâmetros de Tensões

• Invariantes das tensões


Invariantes escalares do tensor M ou
I1 Mostrar que esses coeficientes
invariantes de tensões I2 são realmente invariantes
I3

Considere um estado de tensão dada pela matriz de tensões M, referida ao sistema (x, y, z):

Existe um sistema de referência (x1, x2, x3) onde a matriz é diagonal:


No ponto considerado:
• três planos ortogonais planos principais
• Tensões que atuam nos planos tensões principais
• Direções das tensões  direções principais
Parâmetros de Tensões

• Invariantes das tensões


Sendo:
ei (i= 1, 2, 3) o vetor unitário de uma direção principal xi
i, j, k vetores unitários das direções x, y z.

Sendo: li, mi, ni  cossenos diretores do vetor ei

O vetor tensão na direção Como a componente


principal xi cujo o vetor cisalhante é nula (tensões
unitário é ei: principais), o vetor tensão
tem a mesma direção que a
normal ao plano considerado

Tensões, direções e planos principais


Fonte: Martins (1983)

No ponto considerado:
• três planos ortogonais planos principais
• Tensões que atuam nos planos tensões principais
• Direções das tensões  direções principais
Parâmetros de Tensões

• Invariantes das tensões

Sendo:
li, mi, ni  cossenos diretores do vetor ei

Relação de Euler: l²+m²+n²=1

O sistema homogêneo só admite soluções diferentes de zero se o seu determinante característico for nulo.

O desenvolvimento conduz a :
Parâmetros de Tensões

• Invariantes das tensões


Para mostrar que os coeficientes são
invariantes foram desenvolvidas equações
a partir do determinante da matriz de
tensor M

Invariantes escalares do tensões M ou


invariantes de tensões

Raízes são as tensões principais:


σ1, σ2 e σ3
Parâmetros de Tensões

• Invariantes das tensões

Resolvendo o sistema

De forma mais genérica pode se chamar de invariantes as tensões os parâmetros de tensão que são
independentes do sistema de referência adotado ( Atkinson & Bransby, 1978)
Parâmetros de Tensões

• Tensões Octaédricas

(oci)

Planos octaédricos e diagonais do espaço


Tensão octaédrica e suas componentes normal e cisalhante

• Direções principais: x1, x2 e x3


• Vetores unitários das tensões principais: + e1, + e2, + e3 Vetores tensão atuantes nas 8 facetas
• 8 facetas do octaedro formam ângulos iguais com as três
Componentes normais
direções principais
• Faces são paralelas duas a duas 4 direções distintas  Componentes cisalhantes
definidas pelos vetores unitários
• 8 vetores unitários normais as facetas 
Parâmetros de Tensões

• Tensões Octaédricas
vetores unitários ( oci) são facetas do octaedro formam
normais as facetas ângulos iguais com as três direções
principais

Cossenos diretores iguais: l=m=n = oci

Relação de Euler: l²+m²+n²=1


Planos octaédricos e diagonais do espaço

8 planos possíveis
Parâmetros de Tensões

• Tensões Octaédricas

O vetor tensão na direção de oc3 é dado por:

M é a matriz referenciada ao sistema x1, x2 e x3,


considerando os vetores unitários nas direções principais
(e1, e2 e e3) para determinar σoct e τoct. Logo:
Parâmetros de Tensões

• Tensões Octaédricas

As componentes escalares σoct e τoct são obtidas por:


Parâmetros de Tensões

• Tensões Octaédricas

Observa – se que as tensões octaédricas totais σoct e


τoct são também invariantes das tensões pois podem ser
expressas em termos de I1, I2 e I3:

Como a pressão neutra age igualmente em todas as


direções, as tensões octaédricas efetivas são:
Parâmetros de Tensões
• Significado físico de σoct, τoct , σ’oct e τ’oct
Os estados de tensão efetivas e neutras em um
ponto na massa de solo podem ser
representados superpondo-se dois sistemas de Representação do estado de tensão do
elemento pelos ponto P e P’
coordenadas , cujos eixos indicam as tensões
principais totais (σ1, σ2 e σ3 )e efetivas (σ’1,
σ’2 e σ’3).

Estado de tensões totais e efetivas que o


elemento de solo está submetido
Parâmetros de Tensões

• Significado físico de σoct, τoct , σ’oct e τ’oct

O estado de tensões efetivas representado Paralela à diagonal do espaço – OQ‘


pelo ponto P’ pode ser descrito
decompondo o vetor OP’ em duas
componentes Ortogonal à diagonal do espaço – QP’

Representação das tensões


octaédricas
Parâmetros de Tensões

• Significado físico de σoct, τoct , σ’oct e τ’oct

Sendo: e1, e2, e e3 os vetores unitários das direções σ1, σ2 e σ3;


OC o vetor unitário da direção da diagonal do espaço

Representação das tensões


octaédricas
Parâmetros de Tensões

• Significado físico de σoct, τoct , σ’oct e τ’oct

Sendo: e1, e2, e e3 os vetores unitários das direções σ1, σ2 e σ3;


OC o vetor unitário da direção da diagonal do espaço

Logo:

Representação das tensões


octaédricas
Parâmetros de Tensões

• Significado físico de σoct, τoct , σ’oct e τ’oct

O artifício de decompor o vetor OP’ Equivale encarar o estado de tensões efetivas, representado
nos vetores OQ’ e QP’ pelo ponto P’ como a união de dois estados de tensão

Um em que todas as tensões


principais ( componentes Outro caracterizado pelas
hidrostáticas) são iguais entre si , componentes desviatórias
não havendo tensões cisalhantes

Decomposição de um estado de tensão


Parâmetros de Tensões

• Significado físico de σoct, τoct , σ’oct e τ’oct

caracterizado pelas
Estado hidrostático componentes desviatórias

Provoca a distorção do elemento


Comprime igualmente o
de solo justamente por gerar
elemento
tensões cisalhantes

Representado no sistema σ1’,


σ2’ e σ3’ por um ponto sobre a
diagonal do espaço ou eixo
hidrostático (OQ’)
Parâmetros de Tensões

• Significado físico de σoct, τoct , σ’oct e τ’oct

Um plano no espaço σ1’, σ2’ e σ3’ Plano desviatório é perpendicular a


perpendicular ao eixo hidrostático tem diagonal do espaço
σ1’+ σ2’ + σ3= cte . (Q’P’)

Todos os pontos deste plano


representam estados de tensões
Depende apenas das componentes
efetivas que se caracterizam por
desviatórias
apresentar a mesma tensão normal
efetiva média (σm ou σ’oct )

Contribuem apenas componentes


hidrostáticas
Parâmetros de Tensões

• Significado físico de σoct, τoct , σ’oct e τ’oct


Ao longo da diagonal do espaço
Logo o estado de tensões efetivas
representado pelo ponto P’ pode
ser identificado pelas distâncias Normal a diagonal do espaço

O estado de tensões totais representado pelo ponto P:


P= P’ + u
Paralela a diagonal do espaço

Conclusões: É possível caracterizar um determinado estado


de tensões num elemento de solo através dos invariantes
σ’oct, τ’oct e a pressão neutra.
Parâmetros de Tensões

• Significado físico de σoct, τoct , σ’oct e τ’oct

CASO PARTICULAR
σ'2= σ’3 P e P‘ se posicionam num plano LMNO
α=0

Roscoe, Schofield e Wroth (1958) definiram os coeficientes p’ e q’


Parâmetros de Tensões

• Significado físico de σoct, τoct , σ’oct e τ’oct

CASO GERAL
σ'2 ≠ σ’3
α≠0

Roscoe, Schofield e Wroth (1958) definiram os coeficientes p’ e q’

Em termos totais

Tendo em vista tais resultados, pode se então, no caso de α=0


representar o estado de tensão de um elemento de solo, de
forma única através dos parâmetros p, p‘ e u
Parâmetros de Tensões
• Caminhos de Tensões
• Material
perfeitamente
elástico quando
carregado e
descarregado
dentro do domínio
elástico, seu
comportamento
dependerá apenas
dos estados de
Fonte: Google, acesso em 07/05/2019
tensão inicial e final.
Parâmetros de Tensões
• Caminhos de Tensões
• O comportamento de um elemento de solo depende não só dos
estados de tensão inicial e final, como também da maneira pela
qual as mudanças no estado de tensão ocorreram.

• História de tensões

Fonte: Google, acesso em 07/05/2019


Parâmetros de Tensões
• Caminhos de Tensões
• A história de tensões a que um elemento é submetido pode, nos casos de
estados de tensão com simetria axial, ser representada num plano cartesiano
em que os eixos representam parâmetros de tensão.

Figura – Evolução do estado de tensões representado por (a) círculos de Mohr


e (b) pela trajetória das tensões.
Parâmetros deTensões
Caminhos de Tensões
• Caminhos de Tensões
• O caminho de tensões é então o lugar geométrico dos pontos que representa
todos os estados de tensão pelos quais o elemento passou durante um
carregamento.

Figura – Evolução do estado de tensões representado por (a) círculos de Mohr


e (b) pela trajetória das tensões.
Parâmetros de Tensões
• Caminhos de Tensões
 Curva I : confinante constante e axial crescente.
 Curva II: confinante decrescente e axial constante.
 Curva III: confinante decrescente e axial crescente com iguais valores
absolutos.
 Curva IV: confinante e axial crescentes numa razão constante.
 Curva V: confinante e axial variáveis em razões diversas.

Figura: Representação de alguns caminhos de tensão.


Parâmetros de Deformação
 Invariantes das Deformações: Procedendo de forma análoga aquela feita
para tensões, pode-se definir como invariante de deformação todo
parâmetro de deformação que independa do sistema de referência adotado.
Parâmetros de Deformação
 Invariantes das Deformações:

ε loct = deformação linear ε roct = deformação angular

Também são invariantes das deformações, pois podem ser expressas


em termos de J1, J2 e J3:

J1
 loct  ( IV .38)
3
2
 roct  J  3J 2
1
2
( IV .39)
3
Parâmetros de Deformação
 Invariantes das Deformações:

 A história das deformações num elemento de solo submetido a um estado


de tensão com simetria axial pode ser contada graficamente através do
caminho de deformações.

 Para que a análise das relações tensão-deformação seja feita de forma


consistente, deve-se, então, tomar o cuidado de selecionar para os eixos
cartesianos parâmetros de deformação associados aos parâmetros de
tensão usados para traçar os caminhos de tensões.
 Quando um elemento de solo se deforma, o trabalho realizado pelas forças
externas é invariante, isto é, seu valor independe do sistema de referência.
 A soma dos produtos dos parâmetros de tensão pelos parâmetros de
deformação associados deve, obrigatoriamente, ser igual ao trabalho
realizado pelas forças externas.
Parâmetros de Deformação
 Invariantes das Deformações:

 No caso de estados com simetria axial, bastam apenas dois invariantes de


deformação para definir o estado de deformação de um elemento de solo.

 v  3  loct ( IV .40)
 s  2  roct ( IV .41)

εv = deformação volumétrica εS = deformação cisalhante


Parâmetros de Deformação
 Deformações Volumétricas:

 A deformação volumétrica desempenha um papel importante no


comportamento de um elemento de solo.
 Se houver variação do estado de tensões efetivas:
Parâmetros de Deformação
 Deformações Volumétricas:

V
 A deformação volumétrica será dada por:

 v   (IV .42)
V
Parâmetros de Deformação
 Deformações Volumétricas:

 Considerando apenas solos saturados


 Se os grãos do solo e a água existente nos poros forem considerados
incompressíveis, o volume do elemento só poderá mudar se houver saída
ou entrada de água no elemento:

V  Vw (IV .43)


Parâmetros de Deformação
 Deformações Volumétricas:

 Outra maneira de se calcular as deformações volumétricas é através do


índice de vazios:
V
e  (IV .44)
Vs
Parâmetros de Deformação
 Deformações Volumétricas:

 Utilizando a equação agora a eq. IV.42

V Vi  V f (Vvi  Vs )  (Vvf  Vs )
 v    
Vi Vi Vs  Vvi
Vvi Vvf

Vvi  Vv f Vs Vs ei  e f
  
Vs  Vvi Vs Vvi
 1  ei
Vs Vs
e
 v   ( IV .45)
1  ei
Parâmetros de Deformação
 Deformações Volumétricas:

 O volume específico (V), é definido como sendo o volume de um elemento


de solo que contenha um volume unitário de grãos.

V  1 e ( IV .46)

V  e ( IV .47)

V
 v   ( IV .48)
V
CORRESPONDÊNCIA ENTRE OS PARÂMETROS DE
TENSÃO E DEFORMAÇÃO
 Relação entre os parâmetros p’, q’ e εv e εs:

 Provar essa associação, requer demostrar que a soma dos produtos dos
parâmetros de tensão pelos parâmetros de deformação escolhidos fornece
o trabalho realizado pelas forças externas.

Figura IV.7 – Trabalho realizado por forças externas.


CORRESPONDÊNCIA ENTRE OS PARÂMETROS DE
TENSÃO E DEFORMAÇÃO
 Relação entre os parâmetros p’, q’ e εv e εs:
 Se as dimensões do elemento de solo diminuírem de Δa, Δb e Δc e se o
volume de água expelido for ΔVw o trabalho realizado pelas forças externas
será:

W  F1a  F2 b  F3c  uVw ( IV .49)

Figura IV.7 – Trabalho realizado por forças externas.


CORRESPONDÊNCIA ENTRE OS PARÂMETROS DE
TENSÃO E DEFORMAÇÃO
 Relação entre os parâmetros p’, q’ e εv e εs:
 Lembrando que ΔV = ΔVw o trabalho realizado por unidade de volume será:

W F1  a  F2  b  F3  c  V
      u ( IV .50)
V bc  a  ac  b  ab  c  V

Figura IV.7 – Trabalho realizado por forças externas.


CORRESPONDÊNCIA ENTRE OS PARÂMETROS DE
TENSÃO E DEFORMAÇÃO
 Relação entre os parâmetros p’, q’ e εv e εs:
 Lembrando que ΔV = ΔVw o trabalho realizado por unidade de volume será:

W
  1 1   2  2   3  3  u v ( IV .51)
V
Mas ,
u v  u (  1   2   3 ) ( IV .52)
Lembrando que :  '    u
log o :
W
  1'  1   2'  2   3'  3 ( IV .53)
V
CORRESPONDÊNCIA ENTRE OS PARÂMETROS DE
TENSÃO E DEFORMAÇÃO
 Relação entre os parâmetros p’, q’ e εv e εs:
 Não é difícil mostrar agora que o trabalho por unidade de volume pode ser
W
calculado por:
 q'  s  p'  v ( IV .54)
V
 No caso particular de simetria axial onde:

 2'   3' e  2   3
 v  (  1   2   3 )
 v  (  1  2 3 ) ( IV .55)
2
 s  (  1   3 ) ( IV .56)
3
1 '
p '  ( 1  2 3' ) ( IV .26)
3
q '  ( 1'   3' ) ( IV .27)
CORRESPONDÊNCIA ENTRE OS PARÂMETROS DE
TENSÃO E DEFORMAÇÃO
 Relação entre os parâmetros p’, q’ e εv e εs:

W
 q'  s  p'  v ( IV .54)
V
 Consequentemente, a eq. (IV.54) se torna:

W
  1' 1  2 3'  3 ( IV .57)
V

W
 Que é igual a eq.   1'  1   2'  2   3'  3 ( IV .53)
V
 No caso em que:  2'   3' e  2   3

 Que é exatamente o resultado desejado.


CORRESPONDÊNCIA ENTRE OS PARÂMETROS DE
TENSÃO E DEFORMAÇÃO
 Comportamento Tensão Deformação de um Solo Ideal:
 Para ilustrar a importância dos invariantes, é interessante examinar o
comportamento de um solo ideal, isotrópico e elástico.
 Esse solo obedece a Lei de Hooke generalizada.
 Obedece ao princípio das tensões efetivas, isto é, as deformações
dependem exclusivamente da variação das tensões efetivas.

 Lei de Hooke generalizada para o solo ideal:

 1 
1
E'
 
 1'  '  2'  '  3' ( IV .58a )

 2 
1
E'

 2'  '  3'  '  1'  ( IV .58b)

 3 
1
E'

 3'  '  1'  '  2'  ( IV .58c)
CORRESPONDÊNCIA ENTRE OS PARÂMETROS DE
TENSÃO E DEFORMAÇÃO
 Comportamento Tensão Deformação de um Solo Ideal:
 No caso particular em que a simetria axial:

 2'   3' e 2  3

 As equações (IV.58) tornam-se:

 1 
1
E'

 1'  2 '  3'  ( IV .59a )

 2   3 
1
E'
 
 3' (1  ' )  '  1' ( IV .59b)
CORRESPONDÊNCIA ENTRE OS PARÂMETROS DE
TENSÃO E DEFORMAÇÃO
 Comportamento Tensão Deformação de um Solo Ideal:
 Logo:

(1  2 ' )
 v  ( 1  2 3 )   1  2 3  ( IV .60a )
E'
3(1  2 ' )
 v  p ' ( IV .60b)
E'
De forma aná log a :
2 2 (1   ' )
 s  (  1   3 )  ( 1'   3' ) ( IV .61a )
3 3 E'
2 (1   ' )
 s  q ' ( IV .61b)
3 E'
CORRESPONDÊNCIA ENTRE OS PARÂMETROS DE
TENSÃO E DEFORMAÇÃO
 Comportamento Tensão Deformação de um Solo Ideal:
 As equações (IV. 60b) e (IV. 61b) são frequentemente escritas como:
1
 v  p ' ( IV .62)
M'
e:
1
 s  q ' ( IV .63)
3G '
Onde :
E'
M ' ( IV .64) Módulo volumétrico
3(1  2 ' )
E'
G'  ( IV .65)
2(1   ' ) Módulo cisalhante
CORRESPONDÊNCIA ENTRE OS PARÂMETROS DE
TENSÃO E DEFORMAÇÃO
 Comportamento Tensão Deformação de um Solo Ideal:
 Conclusões:
 As equações (IV. 62) e (IV. 63) revelam uma propriedade importante de um
material elástico isotrópico. Quando os invariantes de deformação estão
corretamente associados aos invariantes de tensão, os incrementos de
deformação cisalhante Δεs dependem exclusivamente dos incrementos
correspondente Δq’.

 De forma semelhante, os incrementos de deformação volumétrica Δεv só


dependem dos incrementos do invariante de tensões correspondente.

 As equações (IV. 62) e (IV. 63), também valem para materiais elásticos não
lineares, bastando para isso que se façam os incrementos de Δp’ e Δq’
pequenos o suficiente para permitir que M’ e G’ também sejam
considerados constantes nesses pequenos intervalos.

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