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OS TEMAS ESTUDADOS PELA PSICOLOGIA
ORGANIZACIONAL
Fonseca e Vieira (2016) resgatam um pouco da história da Psicologia do
Trabalho e das Organizações, situadas no início do século passado com
pesquisas patrocinadas por empresas interessadas na produtividade dos
funcionários, o que reverberou em uma série de estudos voltados a
temáticas organizacionais, como recrutamento e seleção, motivação e
liderança.
Mas e a saúde como fenômeno a ser compreendido nas organizações,
onde fica?
A SAÚDE EM PSICOLOGIA
Como uma das áreas preocupadas com a saúde do trabalhador e das
relações permeadas pelo trabalho, a Psicologia Organizacional vai se
dedicar, dentre outras atividades, à promoção da saúde mental dos
sujeitos envolvidos em empresas, indústrias e organizações de toda
natureza onde haja a execução de tarefas para consecução de objetivos
alcançados por pessoas.
No Brasil, a Psicologia foi regulamentada em 1962 e desde então tem se
esforçado para disseminar e produzir estudos que promovam a saúde.
Enquanto ciência a Psicologia defende o mesmo conceito da OMS,
reconhecendo que não basta estarmos com o corpo físico sem doenças
para dizer que somos saudáveis. É preciso ir além e considerar o bem
estar psicológico e social, o que invariavelmente passa pela nossa
relação com o trabalho.
A SAÚDE DO TRABALHADOR NO BRASIL
Sato et. al (2006) pontuam que:
• Segundo Bittencourt (2018), o auxílio-doença comum (ou previdenciário) é aquele cuja doença não tem relação com o trabalho e o auxílio-doença
acidentário é aquele cuja doença foi gerada ou relacionada ao trabalho da pessoa que acometida pela enfermidade.
NOTÍCIAS DA SAÚDE DO TRABALHADOR
NOTÍCIAS DA SAÚDE DO TRABALHADOR
NOTÍCIAS DA SAÚDE DO TRABALHADOR
O NORMAL E O PATOLÓGICO
Como vimos até agora, o sofrimento psíquico foi compreendido e incluído mais
tardiamente na Saúde Ocupacional e seu conceito pode ser definido a partir do que
denominamos como doença mental.
Bock (2002, pg. 345), define doença mental como “produto da interação das
condições de vida social com a trajetória específica do indivíduo e sua estrutura
psíquica”.
Apesar de contemporaneamente contarmos com muito acesso à informação, a
compreensão deste tipo de fenômeno ainda pode ser distorcida, tal como em épocas
antigas de nossa sociedade. Sendo assim, é importante atentarmos para a história
dos que padeciam de sofrimentos psíquicos em épocas cuja denominação era a da
loucura.
O NORMAL E O PATOLÓGICO
Mello Filho (2002), pontua que na Idade Antiga, antes de
Hipócrates, considerando o pai da Medicina, a concepção
da doença era marcada por explicações mágico-animistas e
sobre as influências dos elementos da natureza em suas
influências sobre o comportamento humano. Doentes eram
expulsos a pedradas em muitas ocasiões.
Com o surgimento do tratamento Hipocrático, os doentes
passaram a ser ouvidos, inquiridos acerca das circunstâncias
em que surgiram seus sintomas, levantamento de seus hábitos
e estilo de vida.
Para Hipócrates existia uma relação íntima entre o cérebro
e quatro humores no corpo: bile negra, amarela, fleuma e
sangue. Em sua compreensão, o desequilíbrio entre estes
líquidos causavam ou a depressão, ou tensão, ansiedade,
preguiça e alteração de humor.
O NORMAL E O PATOLÓGICO
A Idade Média representa um retrocesso no que compete
ao fenômeno doença-saúde, causado pelos estudos
hipocráticos, e se caracteriza pelas explicações oriundas da
demonologia, onde existia a explicação de que o
comportamento anormal era causado por forças
sobrenaturais. Era comum a prática do exorcismo e morte de
pessoas consideradas “estranhas”.
Segundo Bock (2002, pg. 346), na Idade Média os sujeitos
considerados “loucos” eram raramente internados em
hospitais e recebiam tratamentos “com sangrias, purgações,
ventosas e banhos”.
O NORMAL E O PATOLÓGICO
Na Idade Moderna, a partir do século XVI, o sujeito considerado louco “vivia solto,
errante, expulso das cidades, entregue aos peregrinos e navegantes”, sua
Philippe Pinel classificação como doente ainda não era médica e dependia de institutos religiosos e
familiares, pontua Bock (2002).
Melo Filho (2002) afirma que em algum momento do século XVI houve a introdução
do cuidado humanitário no trato dos doentes mentais, porém, os pacientes muitas
vezes ainda eram vistos como fonte de diversão ou eram aprisionados em hospitais.
Pinel (1792) abriu o primeiro hospital em Paris com a ordem de desacorrentar os
pacientes. Na Inglaterra sabe-se que pela primeira vez fora aberto um retiro rural
onde pacientes eram recomendados a repousar, ter exposição ao ar fresco e contato
com a natureza de forma terapêutica.
O NORMAL E O PATOLÓGICO
BOCK, Ana Mercês et al. Psicologias: uma introdução ao estudo da Psicologia. 13. ed., São Paulo: Saraiva, 2002.
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