1) a hipótese clínica a partir dos sintomas; 2) posicionamento sobre a técnica do estagiário. João, de 6 anos de idade, que apresenta medo de dormir sozinho e do escuro, necessitando ainda dormir com seus pais, desenvolve, na hora lúdica, a seguinte brincadeira e diálogo: Pega uma caixa que contém madeiras de diversas formas e tamanhos e monta o que ele chama de um “dormitório”. Coloca dentro do cercado de madeiras uma cama de casal, duas mesinhas de cabeceira e dois abajures. Procura, noutra caixa, os bonecos da família e, enquanto isso, fala: J – “Este é o pai (boneco maior). Esta é a mãe (mostrando uma boneca). Sabes? Estes pais vão ter um filho!” E – “É mesmo?” J – “Claro, tu não reparou?” E – “E tu, como reparaste?” J – “Olha, fica quieta, que a criança precisa dormir (fala em voz baixa). Ele vai entrar na cama deles. Ele agora está quietinho entre os dois (coloca um boneco pequeno entre os pais e cobre a cama de casal com um pano). Psiu! Silêncio! Vou pegar outro brinquedo. A partir do caso a seguir, diga: 1) a hipótese clínica a partir dos sintomas; 2) posicionamento sobre a técnica do estagiário. Psiu! Ele está dormindo (João pega do armário um jacaré e, mexendo um pouco ansioso nos outros brinquedos, pega também um pequeno boneco, que ele denomina de ‘diabo’). Olha! O que vai acontecer! Este (diabo) está tentando entrar no quarto.” E – “E daí?” J – “Quer pegar a mãe do garoto, quer tirá-la da cama, mas isso não vai acontecer porque....olha! O jacaré lhe morde a perna (faz a encenação) e o arrasta para fora do quarto e o fecha num cercado. Quase perdeu a perna!” João monta um cercadinho com as outras madeiras, sempre fazendo como se fosse o jacaré que estivesse montando o cercado, e coloca dentro deste o diabo. Diz então: “Deu! Tudo em paz”. •