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Ambiente do Retorno à Ordem,

Classicismo, Realismo

Aula VI – MAK 0142


Retorno à Ordem ou a retomada do Classicismo
 Tem início na França e na Itália, na segunda metade da década de 1910 e depois se espalha por toda a Europa

 Sua origem estaria no Pós-impressionismo, sobretudo na leitura que Maurice Denis faz das novas correntes artísticas em
seu “Théories (1890-1910: Du Symbolisme et de Gauguin vers um nouvel ordre classique)”

 Salão do Outono de 1905: “La Mediterranée”de Aristide Maillol e grande retrospectiva do trabalho de Ingres – Denis, pela
primeira vez, ao fazer a resenha do salão, vai falar do “Banho Turco” de Ingres

 Também influência de Cézanne da fase final, das grandes banhistas, apresentadas em sua retrospectiva no Salão do Outono
de 1906 – para Denis e Ardengo Soffici (crítico que vai falar pela primeira vez no “ritorno all’ordine” na Itália)

 1912: Guillaume Apollinaire fala das distorções anatômicas de Ingres como uma influência do Cubismo

 Excavações arqueológicas do final do século XIX e início do século XX – descoberta da fase arcaica da Grécia antiga – isto
realimenta a pesquisa sobre os clássicos, por via de certo primitivismo, mais puro para os artistas de vanguarda; descoberta
da arte etrusca

 Um modo de combate ao academismo: redefinição da natureza mesma do classicismo – neste sentido, escritos de
Nietzche são tomados como uma alternativa à interpretação tradicional de Winckelmann

 Anos 1920 – Paris é a capital mundial das artes (Escola de Paris): encontram-se ali artistas franceses, italianos e
espanhóis, entre outros, entre os quais o espírito do Retorno à Ordem é disseminado.

 Alguns temas são recorrentes: composição com figuras, o nu, a paisagem e a natureza-morta, bem como o tema da
maternidade (veja-se Picasso).

 Recuperação dos artistas primitivos (proto-renascimento italiano), tais como Giotto, Paolo Uccello e Piero della Francesca
Pintura Metafísica, Itália, (1913-1920)

 1911-1913: Giorgio de Chirico em Paris – contato com Guillaume Apollinaire e


suas concepções sobre arte (suas qualidades redentoras, atividade mística ou
esotérica)
 1913: Apollinaire designa a pintura de De Chirico como “metafísica”
 1917: Carlo Carrà (inicialmente ligado ao Futurismo) conhece Giorgio de Chirico no
hospital militar de Ferrara (onde os dois se recuperavam de um esgotamento
nervoso) – fundação da Scuola Metafisica: Carrà, De Chirico, Alberto Savinio
(irmão de De Chirico) e Filippo de Pisis (inicialmente poeta)
 Scuola Metafisica: interesse de De Chirico e Savinio pela filosofia de Schopenhauer
(idéia de conhecimento intuitivo), Nietzche (teoria sobre o enigma) e Weininger
(conceito de metafísica geométrica)
 Scuola Metafisica dura até 1920, quando um desentendimento entre Carrà e De
Chirico dispersa o grupo
 Divulgação da pintura metafísica pela publicação Valori Plastici – grande influência
durante a década de 20, sobretudo no grupo conhecido como Novecento Italiano
(em especial Felice Casorati e Mario Sironi) e nos grupos surrealista francês e da
Nova Objetividade na Alemanha

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