PESQUISA BIBLIOGRÁFICA) VÍDEO: Campanha de Prevenção ao Uso de Drogas As drogas são quaisquer substâncias capturadas na natureza ou sintetizadas em laboratório que alteram as funções naturais do organismo do ser humano. São costumeiramente nomeadas como narcóticos ou entorpecentes e em sua grande maioria têm origem de plantas, como é o caso da maconha, e do ópio. As drogas lícitas são aquelas que o uso, produção e comércio são permitidos por lei e devidamente regulamentados pelo Ministério da Saúde e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária. As drogas ilícitas são aquelas que sua produção, distribuição e consumo não são permitidos em lei, por isso sua comercialização é considerada crime (tráfico de drogas), sendo uma atividade ilícita e reprovável. As drogas depressoras têm como efeito principal a diminuição da atividade do Sistema Nervoso Central (SNC), podendo levar a delírios. Também chamadas de psicodislépticas, podem incluir drogas injetáveis, ingeríveis ou inaláveis, como o álcool. As drogas estimulantes têm como principal efeito biológico a aceleração da atividade do Sistema Nervoso Central (SNC), tendo como consequência o crescimento do estado de vigília e os níveis de adrenalina no sangue. Também conhecidas como drogas psicolépticas, elas levam a um aumento da atividade no pulmão, diminuindo a fadiga e ativando os sentidos. Alguns exemplos de drogas estimulantes, como a cocaína. O último grupo de drogas é a categoria das perturbadoras. Em um primeiro momento, elas geram sensação de bem- estar, diminuindo a fadiga e a sensação de cansaço no corpo. Entretanto, levam também a um estado de alteração profunda na noção de espaço e tempo, podendo causar delírios e alucinações. Conhecidas também como psicodistrópticas ou psicodislépticas, essas drogas despersonalizam a percepção do sujeito, por isso sendo designadas como alucinógenas, como o chá de cogumelo. O profissional que irá tratar do tema deve buscar a melhor maneira de abordar o consumo de drogas, principalmente tomando cuidado para não explanar de forma preconceituosa. É necessário criar um ambiente acolhedor, sem julgamentos e responsável, uma vez que quem se dispõe a trabalhar falando sobre o tema ou diretamente com pacientes usuários de drogas deve entender a responsabilidade por trás dos cuidados e da fala relacionada ao tema. Ademais, é fundamental estabelecer uma boa relação com o ouvinte e com o paciente, por isso julgamentos morais causam um distanciamento e, consequentemente, um obstáculo para que o uso de drogas seja tratado de forma efetiva. Afinal, o uso de drogas deve ser encarado como um problema de saúde pública e não como “crime” ou “falta de caráter”. A prevenção primária quer evitar ou retardar a experimentação do uso de drogas. Portanto, refere-se ao trabalho que é feito junto aos alunos que ainda não experimentaram, ou jovens que estão na idade em que costumeiramente se inicia o uso.
A prevenção secundária tem como objetivo atingir as
pessoas que já experimentaram e que fazem um uso ocasional de drogas, com intuito de evitar que o uso se torne nocivo, com possível evolução para dependeria. Na prevenção secundária o acompanhamento conjunto com especialistas focais muitas vezes é indicado como uma forma preventiva de evitar danos maiores à saúde. A prevenção terciária corresponde ao tratamento do uso nocivo ou da dependência. Portanto, este tipo de atendimento deve ser feito por um profissional de saúde, cabendo à escola identificar e encaminhar tais casos. Estudos com Grau de Evidência B sinalizam que a internação hospitalar para usuários deste tipo de drogas (crack) não é a melhor opção, o estudo aponta para o trabalho preventivo, social e familiar com estes pacientes. No Brasil, de acordo com o último levantamento epidemiológico realizado pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (CARLINI et al., 2010), entre estudantes brasileiros de ensino fundamental II e médio, 42,4% e 9,6% deles relataram já terem feito uso de álcool e tabaco, respectivamente. Em relação ao consumo de drogas ilícitas, 25,5% dos estudantes referiram terem experimentado pelo menos uma vez na vida substâncias como maconha, cocaína, alucinógenos, anfetaminas e inalantes. Esse mesmo estudo evidenciou que as primeiras drogas consumidas são as drogas lícitas (álcool e tabaco), sendo que a idade média de início do consumo de álcool entre adolescentes é de 13 anos e a de tabaco é de 13,3 anos. Dados mais recentes, provenientes da Pesquisa Nacional da Saúde do Escolar (PeNSE), realizada pelo Ministério da Saúde (IBGE, 2016), mostraram que o consumo de cigarro nos últimos 30 dias foi de 18,4%, entre os escolares do 9º ano do ensino fundamental. Em relação à experimentação de álcool, medido pelo uso na vida, 55,5% destes estudantes responderam positivamente e 23,8%, relataram ter bebido nos últimos 30 dias. Além disso, 21,4% dos escolares informaram já terem sofrido algum episódio de embriaguez na vida. É importante destacar que o fenômeno do uso e abuso de drogas é complexo e influenciado por um conjunto de fatores de risco e proteção em diversos domínios, que se interligam de forma recursiva, englobando desde aspectos macroestruturais, como questões socioeconômicas e culturais, passando por problemáticas históricas como as desigualdades raciais e das condições de classe social; chegando a aspectos territoriais, como os contextos comunitárias e a relação com o comércio e tráfico de drogas local; até a dimensão microssocial, ao abarcar o contexto familiar e a história de vida dos sujeitos, incluindo aí efeitos biológicos decorrentes de questões genéticas A prevenção aos problemas relacionados ao uso de álcool e outras drogas nos países de média e baixa renda, incluindo o Brasil, ainda vem sendo abordada no âmbito de ações e programas, colocando em pauta o desafio de se constituir enquanto sistema, regulamentado por políticas que desenvolvam e implementem infraestruturas, intervenções e serviços que venham a impactar na redução dos problemas associados ao consumo de álcool e outras drogas e no retardamento do início do uso. Ainda distante de ser uma política social, organizada por princípios e diretrizes acordados entre as diferentes esferas de governo, no Brasil há inúmeros esforços, empreitados por iniciativas individuais e por instituições diversas, realizados de forma difusa e pouco articulados entre si. Esses projetos, programas e ações muitas vezes se definem como preventivos, ainda que não tenham seu efeito preventivo verificado. Ocorre que nosso país ainda enfrenta a temática como algo relacionado à “guerra às drogas”, no entanto essa não é a melhor forma de tratar o tema, posto que estudos realizados pela Universidade Federal de São Paulo apontam que essa prática não é capaz de reduzir os índices de consumo e combate as drogas. Cabe ao Estado compreender que o problema está muito, além disso, é pauta de saúde pública merecendo o envolvimento de sociedade e da comunidade médica, para tratamento e combate ao uso e comercialização. Normalmente a pauta de drogas acaba sendo uma discussão muito mais política que propriamente científica, chegando a debate no Poder Legislativo por meio da mídia, dos meios de comunicação e da difusão de ideias do senso comum, nem sempre debatem através de estudos aprofundados do tema, dificultando sua solução. ◦ Envolvimento dos membros da comunidade ou da população-alvo, desde os profissionais implementadores, líderes comunitários até o público- alvo do programa. Alguns pesquisadores convidam a comunidade somente para validação da versão adaptada, enquanto outros defendem a inclusão da comunidade na revisão da intervenção. A participação dos membros do novo grupo cultural é importante para aumentar validade social do programa, que se refere à aceitação e à percepção de utilidade pelo público-alvo.
◦ Revisão da literatura e pesquisas a respeito dos
precursores etiológicos do problema a ser prevenido, incluindo os fatores de risco e proteção específicos para o novo público-alvo. Envolvimento de especialistas para apoiar a tomada de decisões – tanto os desenvolvedores do programa com experiência de sua adaptação em outros contextos quanto os especialistas em prevenção do problema-alvo. A avaliação contínua é essencial para garantir a qualificação do processo de adaptação. Os avaliadores devem participar no processo desde o seu início. Os instrumentos e os métodos de avaliação também precisam ser culturalmente adequados – para permitirem coleta de dados necessários, sem onerar o processo e desmotivar os implementadores. VÍDEO
A Caixa - Campanha de Prevenção ao Uso de
Droga VIDEO
Turma da Mônica na Prevenção do Uso de
Álcool e Outras Drogas Dispõe sobre a atualização do Anexo I (Listas de Substâncias Entorpecentes, Psicotrópicas, Precursoras e Outras sob Controle Especial) da Portaria SVS/MS nº 344, de 12 de maio de 1998.
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária, no uso da atribuição que lhe confere o art. 15, III e IV, aliado ao art. 7º, III e IV, da Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999, e ao art. 53, V, §§ 1º e 3º do Regimento Interno aprovado pela Resolução da Diretoria Colegiada - RDC n° 255, de 10 de dezembro de 2018, resolve adotar a seguinte Resolução da Diretoria Colegiada, conforme deliberado em reunião realizada em 5 de fevereiro de 2019, e eu, Diretor-Presidente, determino a sua publicação. LISTA DAS SUBSTÂNCIAS ENTORPECENTES (Sujeitas a Notificação de Receita "A") 1. ACETILMETADOL 2. ALFACETILMETADOL 3. ALFAMEPRODINA 4. ALFAMETADOL 5. ALFAPRODINA 6. ALFENTANILA 7. ALILPRODINA LISTA DAS SUBSTÂNCIAS ENTORPECENTES DE USO PERMITIDO SOMENTE EM CONCENTRAÇÕES ESPECIAIS (Sujeitas a Notificação de Receita "A") 1. ACETILDIIDROCODEINA 2. CODEÍNA 3. DEXTROPROPOXIFENO 4. DIIDROCODEÍNA 5. ETILMORFINA 6. FOLCODINA 7. NALBUFINA 8. NALORFINA 9. NICOCODINA 10. NICODICODINA 11. NORCODEÍNA 12. PROPIRAM 13. TRAMADOL LISTA DAS SUBSTÂNCIAS PSICOTRÓPICAS (Sujeita a Notificação de Receita "A") 1.ANFETAMINA 2.ATOMOXETINA 3.CATINA 4.CLOBENZOREX 5.CLORFENTERMINA 6.DEXANFETAMINA 7.DRONABINOL 8.FEMETRAZINA Vídeo Proteger é preciso - Episódio 7_ Prevenção ao Uso de Drogas FIM