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MÓDULO 4

A EUROPA NOS SÉCULOS XVII E XVIII –


SOCIEDADE, PODER E DINÂMICAS COLONIAIS

Unidade 3

Triunfo dos Estados e dinâmicas económicas nos séculos XVII e XVIII


Módulo 4: Unidade 3:Triunfo dos Estados e dinâmicas económicas nos séculos XVII e XVIII

Henri Testelin
Jean Baptiste Colbert (1619-1683) presente les membres de l'Academie
royale des Sciences au roi Louis XIV in 1667
Módulo 4: Unidade 3:Triunfo dos Estados e dinâmicas económicas nos séculos XVII e XVIII

CONTEXTUALIZAÇÃO
• No século XVII a afirmação da grandeza do Estado e do poder real tornou mais
evidente a recessão económica que se abateu sobre a Europa. Procurando ultrapassá-la,
elaborou-se a primeira teoria económica consistente, que ficou conhecida como
mercantilismo.
• Partindo do principio que a riqueza de uma nação se media pela quantidade de metal
precioso arrecadado nos seus cofres, os mercantilistas procuram obtê-lo através de um
saldo positivo da balança comercial, fomentando as exportações e reduzindo as
importações.
• Esta política económica, altamente protecionista e competitiva, contribuiu para agudizar
as tensões entre os estados europeus, que se envolveram numa negra série de conflitos
pelo domínio das áreas coloniais e das carreiras marítimas.
• Destes conflitos sai vitoriosa a Inglaterra que, em meados do século XVIII, se impõe
como potência hegemónica. Senhora de um grande império, plena de vigor económico e
de espírito inovador, será ela a inaugurar a era industrial, consolidando assim, por muito
tempo, a sua superioridade económica.
• Integrado nesta Europa turbulenta, Portugal continua a ter no comércio o seu principal
sustento. Porém, também no nosso país se tomam medidas concertadas de fomento
industrial: primeiro, sob a orientação do conde Ericeira, como forma de debelar a grave
crise do final do século XVII; depois, sob a mão forte do marquês de Pombal,
empenhado em eliminar o enorme défice da nossa balança comercial que, durante meio
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MERCANTILISMOSistema económico-
Séculos XVII-XVIII

Princípios
• Abundância de metais preciosos no reino
• Balança comercial positiva
• Protecionismo económico
• Incremento industrial
• Intervenção do Estado na economia
• Desenvolvimento do comércio externo
• Regime de exclusivo colonial
• Disputa dos mercados coloniais
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Mercantilismo em França
COLBERT (colbertismo)
Fomento industrial
• Novas indústrias
• Importação de técnicas
• Manufaturas reais
• Controlo da atividade
industrial

Jean-Baptiste Colbert
Módulo 4: Unidade 3:Triunfo dos Estados e dinâmicas económicas nos séculos XVII e XVIII

Mercantilismo na Inglaterra
CROMWEL
Fomento Comercial
• Atos de Navegação
• Companhias de
Comércio
• Expansão comercial nas
colónias

Oliver Cromwell
Módulo 4: Unidade 3:Triunfo dos Estados e dinâmicas económicas nos séculos XVII e XVIII

SUPREMACIA BRITÂNICA
Século XVIII
• Revolução agrícola
• Primeira Revolução Industrial (algodão, metalurgia,
energia a vapor)
• Revolução demográfica
• Afirmação do Parlamentarismo
• Afirmação da burguesia industrial
• Vitórias militares ( guerra dos Sete Anos -1756-1763)
• Comércio triangular
• Progressos no sistema financeiro
• Criação de um mercado nacional
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Mercantilismo em Portugal
Conde de Ericeira

Surto industrial (1670-92)


• Proteção às manufaturas
• Importação de técnicas
• Contratação de artífices
estrangeiros
• Leis Pragmáticas
• Desvalorização monetária
• Companhias monopolistas
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Primeira metade do século XVIII-Portugal

• Interrupção da política industrializadora


• Abundância de metal precioso do Brasil
• Tratado de Methuen ( compra dos panos
ingleses com o ouro do Brasil)
Manuel Teles
da Silva (1641-
1709)
1º Marquês do
Alegrete,
negociador
português do
Tratado de
Methuen
Tratado de
Methuen(documento histórico)
• "I. Sua Majestade ElRey de Portugal promete tanto em Seu proprio Nome, como no de
Seus Sucessores, de admitir para sempre daqui em diante no Reyno de Portugal os
Panos de lãa, e mais fábricas de lanificio de Inglaterra, como era costume até o tempo
que forão proibidos pelas Leys, não obstante qualquer condição em contrário.
• II. He estipulado que Sua Sagrada e Real Magestade Britanica, em seu proprio Nome e
no de Seus Sucessores será obrigada para sempre daqui em diante, de admitir na Grã
Bretanha os Vinhos do produto de Portugal, de sorte que em tempo algum (haja Paz ou
Guerra entre os Reynos de Inglaterra e de França), não se poderá exigir de Direitos de
Alfândega nestes Vinhos, ou debaixo de qualquer outro título, directa ou
indirectamente, ou sejam transportados para Inglaterra em Pipas, Toneis ou qualquer
outra vasilha que seja mais o que se costuma pedir para igual quantidade, ou de medida
de Vinho de França, diminuindo ou abatendo uma terça parte do Direito do costume.
Porem, se em qualquer tempo esta dedução, ou abatimento de direitos, que será feito,
como acima he declarado, for por algum modo infringido e prejudicado, Sua Sagrada
Magestade Portugueza poderá, justa e legitimamente, proibir os Panos de lã e todas as
demais fabricas de lanificios de Inglaterra.
• III. Os Exmos. Senhores Plenipotenciários prometem, e tomão sobre si, que seus Amos
acima mencionados ratificarão este Tratado, e que dentro do termo de dois meses se
passarão as Ratificações."
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Segunda metade do século


XVIIIRetoma das medidas mercantilistas
• Política económica
pombalina
• Reorganização da
indústria
• Reorganização do
comércio

Retrato do Marquês de Pombal, por Louis-


Michel van Loo.

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