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FACULDADE DA ESCADA

Diabetes Mellitus Tipo I

Doença Celíaca
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Definição
Diabetes Mellitus Tipo I (DM1) é uma doença
metabólica autoimune de carácter multifatorial e
multisistêmica resultante da deficiência de produção
de insulina. Caracteriza-se pelo excesso de glicose
no sangue.
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Epidemiologia
• Atualmente, estima-se que a população mundial com diabetes é da
ordem de 382 milhões de pessoas e que deverá atingir 471 milhões
em 2035;

• Cerca de 80% desses indivíduos com DM vivem em países em


desenvolvimento, onde o grupo etário mais afetado é o jovem;

• No Brasil, em 2013, estimou-se que existiriam 11.933.580 pessoas, na


faixa etária de 20 a 79 anos, com diabetes no Brasil.

• O diabetes apresenta alta morbi-mortalidade, com perda importante na


qualidade de vida. É uma das principais causas de mortalidade,
insuficiência renal, amputação de membros inferiores, cegueira e
doença cardiovascular.
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Fisiopatologia
• O termo tipo 1 indica destruição da célula β que eventualmente leva ao
estágio de deficiência absoluta de insulina;
• Sendo necessária a administração de insulina para prevenir cetoacidose,
coma e morte.

• A destruição das células β é geralmente causada por processo


autoimune, que pode se detectado por autoanticorpos circulantes como
anti-descarboxilase do ácido glutâmico (anti-GAD), anti-ilhotas e anti-
insulina;
• Algumas vezes, está associado a outras doenças autoimunes como a
Tireoidite de Hashimoto, a Doença de Addison e a Miastenia Gravis.
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Fisiopatologia
• O desenvolvimento do diabetes tipo 1 pode ocorrer de forma
rapidamente progressiva;
• Principalmente, em crianças e adolescentes (pico de incidência entre 10 e 14 anos);
ou
• De forma lentamente progressiva, geralmente em adultos, (LADA, Latent
Autoimmune Diabetes in Adults; Doença Autoimune Latente em Adultos).

• Esse último tipo de diabetes, embora assemelhando-se clinicamente ao


diabetes tipo 1 autoimune, muitas vezes é erroneamente classificado
como tipo 2 pelo seu aparecimento tardio.

• Estima-se que 5-10% dos pacientes inicialmente considerados como


tendo diabetes tipo 2 podem, de fato, ter LADA.
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Fisiopatologia
• Em alguns casos onde foi possível examinar as lesões pancreáticas
foram observadas necrose celular e infiltração das ilhotas por células
mononucleares;
• Esta condição antecede a doença clínica e persiste por semanas ou
meses antes que uma destruição significativa das células β ocorra.

• Essa lesão é chamada de Insulite, onde os macrófagos e as células T


CD4+ e T CD8+ após serem ativadas secretam mediadores solúveis
(citocinas, óxido nítrico, radicais livres do oxigênio) que provavelmente
contribuem para a disfunção e morte da célula β.
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Imagem mostra as células mononucleares se


infiltrando no pâncreas, causando a Insulite.
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Patogênese
• Alguns estudos sugerem que infecções virais podem preceder o início
da diabetes tipo 1
• Por iniciar a lesão celular, induzindo inflamação e expressão de
coestimuladores e desencadeando uma resposta autoimune.

• No entanto, dados epidemiológicos sugerem que infecções repetidas


protegem contra diabetes tipo 1
• Postula-se que uma das razões para o aumento da incidência da
diabetes do tipo 1 em países desenvolvidos é o controle das
doenças infecciosas.
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Sinais e Sintomas
• Cerca de 50% da população com diabetes não sabe que são
portadores da doença, algumas vezes permanecendo não
diagnosticados até que se manifestem sinais de complicações;

• O diabetes é caracterizado por hiperglicemia, resultante de defeitos na


secreção de insulina e/ou em sua ação.

• A hiperglicemia se manifesta por sintomas como:

POLIÚRIA

4 P’s
POLIDIPSIA

PERDA DE PESO

POLIFAGIA
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Sinais e Sintomas
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Diagnóstico
• O diagnóstico do diabetes baseia-se
fundamentalmente nas alterações da
glicose plasmática de jejum ou após uma
sobrecarga de glicose por via oral.

• O resultado é baseado na avaliação da


quantidade de glicose ou hemoglobina
glicosilada no sangue.

• A diabetes mellitus do tipo 1 distingue-se


da do tipo 2 pela presença
de autoanticorpos.
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Complicações
• As complicações crônicas da DM1
incluem:

• Aterosclerose progressiva das


artérias;
• Necrose isquêmica de
membros e órgão internos;
• Obstrução microvascular;
• Danos à retina, glomérulos
renais e a nervos periféricos;
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Tratamento Clínico
• A terapêutica no DM1 historicamente tem seguido a tríade
insulina/alimentação/ atividade física.
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Tratamento Fisioterapêutico
• As abordagens fisioterapêuticas listadas na literatura podem ser
agrupadas em duas categorias: abordagem focada nas complicações
decorrentes da Diabetes Mellitus e abordagem preventiva.

• A categoria relacionada às práticas focadas nas complicações da


doença foram subdivididas em alterações vasculares, alterações
osteomusculares e alterações neurológicas.

• A categoria referente à abordagem preventiva envolveu tanto ações


destinadas à prevenção primária do DM1, ou seja, relacionada à
prevenção da doença em indivíduos que não apresentam a mesma,
quanto ações referentes à prevenção secundária, as quais buscam
prevenir complicações decorrentes do DM1.
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Definição
A Doença Celíaca é uma doença inflamatória da mucosa do intestino
delgado causada por respostas imunes contra proteínas do glúten
ingeridas e presentes no trigo. Caracteriza-se por atrofia total ou subtotal
da mucosa do intestino delgado proximal e consequente má absorção de
alimentos, em indivíduos geneticamente susceptíveis.
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Fatores Imunológicos
• Os pacientes produzem anticorpos IgA e IgG específicos para o glúten,
bem como autoanticorpos IgA e IgG para transglutaminase 2A, uma
enzima que modifica a proteína gliadina do glúten.

• Acredita-se que esses autoanticorpos surjam quando células B


específicas para transglutaminase endocitam transglutaminase do
hospedeiro associada à gliadina e, então, apresentam os peptídeos da
gliadina para as células T auxiliares.
• As células T por sua vez, auxiliam a resposta de anticorpos
antitransglutaminase.
• Existe forte evidência de que as respostas de células T CD4+ à gliadina
estejam envolvidas na patogenia da doença;
• Células T e suas citocinas são encontradas no processo inflamatório no
intestino delgado.
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Imagem de uma biópsia do intestino delgado onde a doença celíaca se


manifesta por deformações nas vilosidades, hiperplasia e infiltração de
linfócitos nas criptas.
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Classificação
• A doença celíaca pode ter as seguintes formas clínicas de
apresentação:

Clássica

Não Clássica

Latente

Assintomática
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Sinais e Sintomas
Clássica
A forma clássica que se inicia nos primeiros anos de vida, manifestando- se com
quadro de diarreia crônica, vômitos, irritabilidade, falta de apetite, déficit de
crescimento, distensão abdominal, diminuição do tecido celular subcutâneo e
atrofia da musculatura glútea. Após semanas ou meses da introdução de glúten
na dieta, as fezes tornam-se fétidas, gordurosas e volumosas, e o abdome
distendido.

Não Clássica
A forma não clássica caracteriza-se por ausência das
manifestações digestivas ou, quando presentes,
ocupam um segundo plano. Os pacientes deste grupo
podem apresentar manifestações isoladas, como por
exemplo: baixa estatura, anemia por deficiência de
ferro, artralgia ou artrite, constipação intestinal,
hipoplasia do esmalte dentário, osteoporose e
esterilidade.
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Sinais e Sintomas
Latente
A forma latente é caracterizada por ausência de anormalidades morfológicas da
mucosa, enquanto o indivíduo faz uso de dieta com glúten. Apresentam doença
celíaca latente, aqueles pacientes com biopsia jejunal normal consumindo
glúten, sendo que, em outro período de tempo, que pode ser anterior ou
posterior, apresentam atrofia subtotal das vilosidades intestinais, que reverte à
normalidade com a utilização dieta sem glúten.

Assintomática
A forma assintomática, comprovada fundamentalmente entre familiares de
primeiro grau de pacientes celíacos, vem sendo reconhecida com maior
frequência nas últimas duas décadas. Portadores da forma assintomática,
caracterizam-se por apresentar mucosa jejunal com alterações características,
com atrofia subtotal das vilosidades intestinais, que revertem à normalidade com
a introdução de dieta isenta de glúten.
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Diagnóstico
• Anamnese detalhada associada a exame físico cuidadoso
permitem estabelecer o diagnóstico de suspeita naqueles
casos que cursam com sintomatologia clássica.

• Sua investigação diagnóstica pode ser dividida nos


seguintes estudos: função digestivo/absortiva, sorológico e
histopatológico do intestino delgado.
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Tratamento Clínico
• O tratamento da doença
celíaca é basicamente
dietético;

• Deve-se excluir o glúten da


dieta durante toda a vida,
tanto nos indivíduos
sintomáticos, quanto
assintomáticos.
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Tratamento Fisioterapêutico
• A abordagem fisioterapêutica nesta patologia seria focada
no tratamento de deficiências e limitações funcionais do
sistema musculoesquelético e na prevenção do surgimento
de complicações decorrentes da patologia base:
• Alongamentos
• Exercícios ativos
• Exercícios resistivos
• Hidrocinesioterapia
• Termoterapia
• Terapias holísticas
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Referências Bibliográficas
[1] SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. A Epidemiologia e prevenção do
diabetes mellitus. 2014-2015.

[2] TEIXEIRA, Luzimar. DOENÇA CELÍACA: a evolução dos conhecimentos desde


sua centenária descrição original até os dias atuais.

[3] SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. Diagnóstico e Tratamento do


Diabetes Tipo 1. Posicionamento Oficial SBD nº1. 2012.

[4] PHYSIOPEDIA. Celiac Disease. Disponível em: <https://www.physio-


pedia.com/Celiac_Disease_(Coeliac_Disease)> Acesso em: Junho 2019.

[5] PORTES, L. H. Abordagem do fisioterapeuta no diabetes mellitus: revisão de


literatura. Arquivos de Ciências da Saúde, v. 22, n. 3, p. 9-14, 2015.

[6] BRASIL. Ministério da Saúde. Diabetes Mellitus. Cadernos de Atenção Básica,


nº 16. Brasília, 2006.

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