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 Alguns historiadores julgam que o primeiro vidro

produzido pelo homem veio da Síria,


aproximadamente 3000 anos antes de Cristo;
 Outros apontam o Egito, cerca de 2500 anos a. C.;
 A realidade é que em 1400 a.C. foram descobertas
relíquias de uma fábrica de produtos de vidro, Tel
Amona no Egito;
 Posteriormente, os egípcios auxiliaram os romanos
na produção de vasos, garrafas, jarras e outros
objetos de adorno;
 Graças ao vidro, foi possível uma melhor visão dos
espaço por parte dos astronautas, sua composição
tinha sofisticada tecnologia e revestimento em
óxidos metálicos;
 No século XX, as pesquisas das suas
propriedades físicas e químicas possibilitaram
novos tipos de vidro: vidros temperados, vidros
laminados, fibras de vidro, fibras óticas e vidro
cerâmico;
 Sua estrutura atômica traduz as propriedades
de um líquido super-resfriado;
 No começo do século XX, a fabricação do vidro
para vidraças era feita pelo processo do
cilindro, era lento, descontínuo e resultava um
produto de baixa qualidade;
 Em 1914, surgiu o processo Fourcault, onde o
vidro é estirado verticalmente em uma torre de
10 a 15m de altura, passando pelo debiteuse,
resfriadores à base de água, a espessura da
lâmina depende de 4 fatores:
 Temperatura do vidro;
 Nível de debiteuse;
 Resfriadores;
 Velocidade de estiramento;
 O início do estiramento se dá quando se atira uma
lança no vidro fundido e a eleva verticalmente. A
lâmina se forma devido à tensão superficial e
viscosidade do vidro;
 Problemas na homogeneidade química e térmica,
irregularidades no debiteuse, velocidade de
estiramento, são combinações que podem
contribuir para causar as ondulações características
de todos os vidros estirados;
 O último estágio da produção é o recozimento,
destinado a eliminar as tensões internas que
impediriam o corte dos vidros.
Processo Libby-Owens (com patente I.W. Colbum)
– Introduzido em 1920.
 Nesse processo o vidro se estira na vertical,
mas a uma certa altura, a lâmina se curva sobre
um rolo dobrador, e prossegue na forma
horizontal;
 Não precisa de bebiteuse, não apresenta tantas
inclusões e defeitos quanto o Fourcault, e pode
ter uma região de recozimento maior, o que
melhora a qualidade nessa fase;
 A desvantagem é que a superfície não fica tão
brilhante devido ao rolo dobrador;
Processo Pittsburgh
 Nesse processo a debiteuse é substituída por
um bloco refratário submerso algumas
polegadas abaixo da superfície, com ele
podemos determinar a linha de origem da
lâmina e controlar as correntes de convecção
na câmara.
 Assim a qualidade fica superior à do Fourcault;
Vidro polido - cristal
 Inicialmente foi usado basicamente para fabricação
de espelho, e na indústria automobilística;
 Hoje ele substitui o vidro estirado em todas as
aplicações;
 Antes era um processo semelhante ao do vidro
estirado, acrescentando uma retífica e um
polimento;
 Agora foi substituído pelo float, onde a diferença
principal é a redução de custos pelo polimento não
perder cerca de 20% da espessura do vidro, e ser
feita por um banho de estanho fundido, que produz
uma perfeita planimetria das faces.
Vidro polido - cristal
 Outro tipo de vidro usado é o vidro impresso,
que é translúcido, e no qual geralmente uma
das faces é plana e a outra apresenta um
desenho produzido por um rolo com a forma
desejada.
 Usa-se vidro aramado para resistência ao fogo;
O vidro (estirado) e o cristal (float) possuem
praticamente a mesma composição química e
resistência mecânica.
 A diferença está nas propriedades óticas.
 O vidro possui ondulações que produzem
distorções de imagens.
 O cristal não possui ondulações superficiais,
tem menor percentagem de defeitos e não
distorce imagens porque suas faces são
perfeitamente paralelas.
 Nosreferimos essencialmente ao vidro sob a
forma de:
 chapa plana ou curva, de espessura variável,
utilizado em divisórias, portas, janelas;
 elementos decorativos (espelhos, vidros
impressos);
 e como parte de um sistema construtivo
(fachadas cortina, fachadas pele de vidro e, mais
recentemente o structural glazing);
 Módulo de elasticidade: E = 75000 +/- 5000MPa
 Tensão de ruptura à flexão:
 Vidro recozido: 40 a 45MPa
 Vidro temperado: 180 a 200MPa
 Coeficiente de Poisson: 0,22;
 Peso específico: 2.500kgf/m³;
 Dureza: 6 a 7 na escala Mohs;
 Índice de refração: 1,52;
 Coeficiente de dilatação linear entre: 20°e 100°C;
C = 0,19kcal/kg.°C;
 Tensão admissível à flexão:
 Vidro recozido: 13 a 15MPa
 Vidro temperado: 60 a 64MPa
 Para o caso de lugares frios, utiliza-se vidro
mais transparente para economia de
iluminação artificial;
 Para o caso de lugares quentes, utiliza-se
vidro termorrefletor para economia de
energia na diminuição da temperatura
interna;
 São fabricados desde 1890, o vidro ao sair do forno
passa por dois rolos contendo desenho em um dos dois
onde é gravado na superfície do vidro e esse depois é
levado ao recozimento;
 Tem a mesma composição química do float ou vidro
comum;
 É translúcido por possuir figuras geométricas em uma ou
duas faces, aumentando ou diminuindo os graus de
privacidade;
 Alguns tipos de espessura podem ser temperados para
aumentar de três a cinco vezes sua resistência
mecânica;
 Os vidros impressos gravados e esmaltados são indicados
quando se deseja obter luminosidade sem comprometer
a privacidade;
 Exemplos de aplicação são em painéis decorativos,
janelas, portas, divisórias, fachadas e boxes de
banheiros.
 São vidros que devem ser empregados em locais
onde há perigo de queda ou colisão e que não há
outra proteção específica além do vidro;
 Primeiramente foram normalizados na indústria
automobilística e posteriormente na construção
civil;
 A diferença fundamental do vidro de segurança
para o vidro comum é que, ao ser fraturado, ele
produz fragmentos menos suscetíveis de causar
ferimentos;
 Podem se dividir em: temperado, laminado e
aramado;
VIDRO TEMPERADO
 Tem esse nome por analogia ao aço
temperado, o processo consiste em aquecer
o metal até uma temperatura crítica e
depois resfriá-lo rapidamente;
 A diferença é que no aço a têmpera modifica
a dureza e a resistência, já no vidro a
têmpera produz tensões internas que
aumentam a resistência;
 Essas tensões internas estimulam uma pré-
compressão que podemos comparar com o
concreto protendido;
VIDRO LAMINADO
 Consiste em duas ou mais lâminas de vidro
fortemente interligadas, sob calor e pressão, por uma
ou mais camadas de polivinil butiral – PVB, resina
muito resistente e flexível, ou outra resina plástica
aprovada;
 Dentre uma série de cuidados que deve-se ter ao
produzir o vidro laminado, as chapas devem ser
lavadas, cortadas e secas, são montadas com o
butiral e levadas pra uma estufa que proporciona a
primeira aderência;
 Depois ocorre uma pré-remoção de ar onde as chapas
são pressionadas e o ar entre o laminado é expulso
em parte;
 Posteriormente o conjunto é submetido a um ciclo
que atinge 10 a 15 atmosferas de pressão, a mais de
100°C de temperatura. Depois disso está constituído
o laminado.
VIDRO LAMINADO
 Há dois tipos de vidros de segurança
laminados, os simples e os múltiplos:
 Os simples
 compostos por duas lâminas de vidro e uma película de
PVB, são indicados para locais onde se quer evitar o
risco de queda de lascas de vidro ou lacerações, bem
como penetração de objetos.
 podem ser feitos com PVB colorido e/ou vidros
termorrefletores;
 exemplo: automóveis,fachadas de edifícios, paredes
divisórias, portas, parapeitos, sacadas, vitrines etc.
VIDRO LAMINADO
 Os múltiplos
 compostos de três ou mais lâminas de vidro e duas ou
mais películas de PVB;
 são recomendados em casos de severas exigências de
segurança
 exemplo: pára-brisas e janelas de carros blindados,
visores de cabines de vigilância, torres de segurança,
locomotivas, aeronaves, navios etc.
VIDRO ARAMADO
 Consiste em passar o vidro em fusão
juntamente com uma malha metálica através
de um par de rolos;
 A principal característica desse vidro é sua
resistência ao fogo, sendo considerado um
material antichama. Não estilhaça e não é
corrosivo;
 Pode ser utilizado em portas corta-fogo,
janelas, dutos de ventilação vertical e
passagens de saídas de incêndio, é
recomendado também em locais sujeitos a
impactos e abusos.

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