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Faculdade Dom Pedro II

Curso: Administração
Disciplina: Negócios Internacionais
Professor: Mestrando Wiliam Reimão M. Pinto

Câmbio
MERCADO DE DIVISAS E COMÉRCIO EXTERIOR
 Todos os países do mundo fazem comércio exterior, visto que não
produzem todos os seus produtos internamente, logo precisam comprar
fora do país e necessitam vender no mercado internacional seus bens e
serviços elaborados nacionalmente;

 Nestas relações internacionais, as moedas nacionais são aceitas


plenamente nas fronteiras dos países, portanto é necessário haver uma
intermediação de troca no chamado mercado de divisas;
 “O mercado de divisas são os mercados nos quais se compram e vendem
as moedas de diferentes países“ (TROSTER e MOCHÓN, 1994).
 “O preço da moeda nacional em relação as moedas estrangeiras se comporta
como qualquer outro mercado, ou seja, responde aos movimentos de oferta e
demanda. Caso a oferta seja maior que a demanda, o preço tende a cair e a
moeda nacional tende à valorização frente à moeda estrangeira” (MATESCO et
all., 2011)
MERCADO DE DIVISAS E COMÉRCIO EXTERIOR

FONTE: FSP (2015)


TAXA DE CÂMBIO
 “Pode ser definida como o preço da moeda estrangeira em termos da
moeda nacional ou vice-versa” (VICENCONTI e NEVES, 2003);

 “É simplesmente o preço de uma divisa em termos de outra, e, na


ausência da intervenção oficial, ela é determinada como qualquer outro
preço, pelas leis da oferta e da procura” (STANLAKE, 1985)

 A moeda de conversão mundial é o dólar (US$), isto é, a maioria dos


países (como o Brasil) adota a referência e a comparação de uma
moeda estrangeira forte como padrão em relação a moeda nacional,
que é chamada Convenção Incerta;

 A Convenção Certa é quando a moeda nacional é adotada como


padrão em relação a moeda estrangeira, como o dolár (EUA) e a libra
(Inglaterra), ou seja são as moedas externas que valorizam ou não em
comparação com a moeda nacional e não o contrário;
Notas de Dólar e
Libra Esterlina
OFERTA E DEMANDA DE DIVISAS
 OFERTA: são, principalmente, as empresas exportadoras (que
trocam as moedas nacionais pelas estrangeiras nas transações
comerciais), os turistas estrangeiros (que trocam os valores
externos em seu poder para comprar produtos e serviços no
país), e o Governo (nas suas relações internacionais, como o
recebimento de empréstimos de fora);

 DEMANDA: são, principalmente, as firmas importadoras (que


necessitam trocar as moedas internas por divisas externas nas
suas transações comerciais), os turistas nacionais em viagem no
exterior (permutam seus valores internos em moedas estrangeiras
para poder comprar produtos e serviços fora do país), e os
Governos (nas suas relações internacionais, como o pagamento
de empréstimos externos e doações para outras nações).
MERCADO DE CÂMBIO
 São instituições autorizadas legalmente pelas
Autoridades Monetárias (geralmente, o Banco Central
de um país), a comercializar as moedas estrangeiras
e nacionais;

 Envolvem hotéis, agências de câmbio, financeiras,


bancos e outras entidades fiscalizadas e autorizadas;

 Cabe as Autoridades Monetárias a definir a


legislação, limites e regras de funcionamento.
EXEMPLOS DE CONVERSÃO
DETERMINAÇÃO DO CÂMBIO

FONTE: USP (2003)


P = Preço da Divisa estrangeira em moeda nacional = Taxa de Câmbio na Convenção Incerta
Q = Quantidade de Divisas
TAXAS DE CÂMBIO FLUTUANTE
 “No mercado livre, a taxa de câmbio será determinada pelas forças da
demanda e da oferta. Nesta circunstância, diz-se que a taxa de câmbio é
flexível ou flutuante” (TROSTER e MÓCHON, 1994)
 Não existe intervenção, há autorização para a existência de um mercado com
taxas flexíveis pelos órgãos de Política Monetária (Banco Central);
 As flutuações da taxa de câmbio podem ser consideradas puras (autorizadas
livremente pelo Banco Central), ou sujas (em inglês, dirt floating), no qual o
Banco Central permite a flexibilidade do câmbio, mas se reservam ao direito
de ingerir quando acreditar que a taxa está sobrevalorizada ou subestimadas;
 Quando uma nação adota a taxa de câmbio flexíviel, o saldo da Balança de
Pagamentos (BP), automaticamente estará em equilíbrio, já que o total de
divisas compradas será igual ao total de divisas vendidas;
 Quando a taxa de câmbio flexível aumenta o valor, ocorre uma depreciação
da moeda nacional, isto é, ela perde seu valor em relação a moeda
estrangeira ou vice versa;
 O Brasil adota desde do Plano Real, as taxas flutuantes de câmbio.
TAXAS DE CÂMBIO FLUTUANTE
FLUTUAÇÃO DAS TAXAS POR DIVISAS
A procura e oferta por divisas será influenciada pelos fatores:
a. O nível de produto interno (Y): quando mais elevado o produto
interno, maior será a demanda por importações para a nação, logo
haverá uma busca maior por moeda estrangeira;

b. O nível geral do preço interno (Pi) e externo (PE): caso o preço


interno inflacione, o preço real das importações em moeda
diminuirá, caso o preço externo se eleve, a demanda por divisas
externas aumentará, e as importações desestimuladas;

c. Taxa de juros interna (iI) e externa (IE): se a taxa interna se eleva,


há um incentivo da entrada de capitais no país e um desincentivo a
saída de divisas, se a taxa externa aumentar, há um estímulo a
saída de capitais e um desfavorecimento a permanência de
divisas.
TAXAS FIXAS
 “A taxa de câmbio é denominada fixa quando, em vez de ser determinada
pelo mercado, seu valor é fixado pelo Banco Central do país, que se
compromete a comprar e vender qualquer quantidade de divisas a esta
taxa” (VICECONTI e NEVES, 2003);
 Significa que, na prática, a taxa de câmbio é tabelada pelo órgão principal
de Política Monetária (Banco Central);
 Historicamente, foi o primeiro modelo de taxa de câmbio, antes baseado
no padrão-ouro (gold standard), que durou até 1971;
 O mercado de taxas fixas se estrutura em três modalidades:
a) puro, quando o Banco Central ordena um padrão de taxa de câmbio;
b) Crawling Peg, quando o Banco Central tenta corrigir a da desvalorização
da moeda interna pela diferença inflação nacional e da inflação externa
(usado no Brasil de 1960/1994);
c) Bandas Cambiais, o Banco Central permite que a taxa flutue com limites
de máximos e mínimos, caso passe, o Banco Central intervém (vigorou no
Brasil de 1995/1999 e outras nações latino-americanas)
TAXAS FIXAS
BANCO CENTRAL
 É a principal autoridade monetária de um nação e responsável pela política monetária,
vinculada ao Governo Central ou Governo Federal, além de fiscalizar as instituições
financeiras e controlar a inflação;

 Cada país tem uma instituição com estes poderes, nos Estados Unidos é o Federal
Reserve System (Sistema de Reservas Federais), na Costa Rica é o Banco Central de
Costa Rica e na Argentina é o Banco Central de la Republica Argentina. No Brasil esta
atribuição é exercida pelo Banco Central do Brasil (BACEN), uma autarquia federal com
autonomia administrativa criada em 1964 (antes as funções eram exercidas pelo Banco
do Brasil e outras entidades da União);

 São funções principais dos Bancos Centrais são desempenhar como;


 Banco dos Bancos: o Banco Central empresta aos Bancos Comerciais e regula a transferência
de fundos de um banco para outro;
 Banco do Governo: e quando necessita de recursos emite títulos que são vendidos pelo
Banco Central como agente financeiro do Governo.
 Controle da Oferta Monetária: é a cerne do Banco Central que regulamenta o monopólio da
emissão do papel-moeda, reservas obrigatórias, operações de mercado aberto (open market),
e política de redesconto.
 Depositário das Reservas Internacionais do País: resguarda a reservas internacionais do país
ao controlar a entrada e saída das moedas nacionais e estrangeiras
FONTE: FSP (2019)
ENADE – TECNÓLOGO DE GESTÃO FINANCEIRA (2015)

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