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Me.

Rodrigo Cesar Nepomuceno


Termodinâmica Aplicada
Conforto humano

Engenharia Mecânica Maringá - 2019 1


Conforto térmico

Os seres humanos sempre buscam o conforto;


O conforto térmico não é diferente, desde a pré-
história com a utilização de fogo em cavernas tal
principio era parcialmente aplicado;
Dependendo do clima do local diferentes ações
devem ser tomadas, para que o ambiente confinado
seja condizente com o conforto térmico requerido.

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Conforto térmico

Dessa forma, deve ficar claro que o clima de uma


área é impossível de ser controlado, entretanto
podemos controlar um local confinado.

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Conforto térmico

O corpo humano é uma maquina de produção de


calor;
Em media uma pessoa pode gerar em torno de 87 a
230 W de calor, dependendo do tipo de exercício
praticado.

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Conforto térmico

A transferência de calor é proporcional e


diferença de temperatura, dessa forma, em
ambientes frios, o corpo humano regula a
circulação sanguínea e a pessoa tende a se
encolher (minimizando a área de troca de calor);
Tais efeitos não são confortáveis .

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Conforto térmico

Em ambientes quentes o problema e oposto, o


corpo tende a transferir a quantidade máxima de
calor possível;
A transpiração por meio do suor é um exemplo,
onde a partir da evaporação do suor ocorre a
absorção do calor latente do corpo.

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Conforto térmico

O conforto humano depende de três fatores:


• Temperatura de bulbo seco;
• A umidade relativa;
• Velocidade do vento.

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Conforto térmico

Temperatura de bulbo seco:


É o fator mais importante, a maioria das pessoas
se sentem confortável em um ambiente que está
entre 22 a 27 ˚C.

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Conforto térmico

Umidade relativa:
A umidade relativa quantifica a capacidade do ar
em absorver umidade;
Para um umidade relativa alta, não observa-se
uma boa rejeição de calor por evaporação
(sauna);
A maioria das pessoas preferem uma umidade
entre 40 a 60%.
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Conforto térmico

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Conforto térmico
Velocidade do ar:
Remove o ar quente e úmido que fica
concentrado a redor do corpo;
Também proporciona uma troca de calor por
convecção;
Um valor ideal é de 15 m/min.

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Conforto térmico
Neutralidade térmica:
“Estado físico no qual todo o calor gerado pelo
organismo é trocado com o ambiente ao redor,
não havendo acumulo de energia.”;

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Conforto térmico
Fatores pelos quais o conforto térmico é
importante:
• Satisfação do homem;
• A performance humana;
• A conservação de energia.

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Conforto térmico
A performance humana:
Em 1916, a comissão americana de ventilação,
desenvolveu o primeiro estudo sobre a influência
das condições do conforto térmico no
rendimento do trabalhador.

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Conforto térmico
A performance humana:
Observaram:
• Para um trabalho físico, uma variação da temperatura
de 20 para 24 ˚C, diminui o rendimento em 15%;
• A 30 ˚C com uma umidade de 80%, o rendimento cai
em ate 28%.

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Conforto térmico
A performance humana:
• Observações acerca do rendimento do trabalho em minas,
na Inglaterra, mostraram o seguinte: o mineiro rende 41%
menos quando a Temperatura Efetiva é 27°C, com relação
ao rendimento à Temperatura Efetiva de 19°C;
• Na produção industrial, há estudos que correlacionam
ambientes termicamente desconfortáveis com índices
elevados de acidentes no trabalho.

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Conforto térmico
Trocas térmicas entre o corpo humano e o
ambiente:
A quantidade de calor liberado pelo organismo
depende da atividade desenvolvida:
• Trocas sensíveis (condução, convecção e
radiação);
• Trocas latentes (evaporação, transpiração e
respiração).
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Conforto térmico

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Conforto térmico
Variáveis do conforto térmico:

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Conforto térmico
Metabolismo:
Quanto maior a atividade, maior o metabolismo.

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Conforto térmico
Vestimenta: CLO (1 clo = 0,155
𝑚2 ˚C/W)
Impõem uma resistência térmica entre o
corpo e o meio.

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Conforto térmico
Temperatura média radiante: Temperatura uniforme
de um ambiente imaginário que representa o
ambiente real.

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Conforto térmico
Índices biofísicos :
Baseiam-se nas trocas térmicas entre o corpo humano e
o ambiente.
Índices fisiológicos:
Condições fisiológicas originadas das condições de
temperatura, umidade e velocidade do ar.
Índices subjetivos:
Condições subjetivas do conforto térmico.

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Conforto térmico
Índices biofísicos : A carta bioclimática
Diagrama para
1 clo

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Conforto térmico
Carta bioclimática de Olgyay (1963):
Foi a primeira carta a mostrar a relação entre clima e
conforto humano;
A partir da relação entre temperatura de bulbo seco e
umidade propuseram medidas corretivas para se obter o
conforto térmico;
Podendo ser ativas ou passivas, dependendo das
condições climáticas.

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Conforto térmico
Carta bioclimática de Olgyay (1963):

Zona de
Conforto
térmico

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Conforto térmico

Carta bioclimática de Olgyay


(1963):
A zona de conforto térmico é
obtida para um intervalo de
temperatura entre 18 e 29 ˚C;
Umidade relativa entre 20 e
80%.
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Conforto térmico

Ventilação
Ventilação diurna
E noturna

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Conforto térmico

Ventilação
A ventilação pode ser obtida a partir da parte
estrutural, com coberturas altas, janelas, portas e etc;

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Conforto térmico

Ventilação

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Conforto térmico

Resfriamento
evaporativo
4e3

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Conforto térmico

Resfriamento evaporativo

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Conforto térmico

Resfriamento evaporativo

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Conforto térmico

Resfriamento
artificial
5

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Conforto térmico

Resfriamento artificial
Deve ser utilizado quando a
ventilação e o resfriamento
evaporativo não proporcionem as
condições desejadas.

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Conforto térmico

Aquecimento solar por massa


térmica
Utilizar componentes construtivos
com maior inercia térmica e
utilizar elementos com
transmissão solar.

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Conforto térmico

Aquecimento solar por massa


térmica

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Conforto térmico

Aquecimento artificial
Condições utilizada em ambientes
extremamente frios;
Com a utilização de aquecedores e
bombas de calor.

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Termodinâmica Aplicada
Carga térmica

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Carga térmica

O que é carga térmica?


“Carga térmica é a quantidade de calor sensível e
latente que deve ser colocada ou retirada de um recinto
com o intuito de proporcionar condições agradáveis ou
para manter condições ambientais desejáveis”.

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Carga térmica

Carga térmica é introduzida em um recinto por:


a) condução;
b) insolação;
c) dutos;
d) pessoas;
e) equipamentos;
f) infiltração;
g) ventilação.
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Carga térmica

Parcela de calor sensível:


a) condução;
b) insolação;
c) dutos;
d) pessoas;
e) equipamentos;
f) infiltração;
g) ventilação.
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Carga térmica

Parcela de calor latente:


a) condução;
b) insolação;
c) dutos;
d) pessoas;
e) equipamentos;
f) infiltração;
g) ventilação.
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Carga térmica

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Carga térmica

De acordo com a norma ABNT NBR 16401-1 (2008) as


frações sensíveis e latentes devem ser avaliadas
separadamente;
Para o calor sensível leva-se em conta a defasagem no
tempo e o retardamento devido à inércia térmica. Já o
calor latente é considerado diretamente nos cálculos.

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Carga térmica

Inércia térmica
É a capacidade de uma edificação em armazenar e
dissipar calor, provocando uma diminuição das
oscilações e picos de carga térmica.
Defasagem do tempo ou atraso térmico
É o período de tempo em que um fenômeno térmico
leva para se manifestar em uma superfície oposta.

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Carga térmica

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Carga térmica
Parcelas de calor sensível
Condução:
A transferência de energia térmica entre partículas adjacentes
com um nível energético distinto pode ser definida como
condução;
Este meio de transferência de calor pode ocorrer em sólidos,
líquidos e gases, desde que estejam em repouso (CENGEL,
2003).

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Carga térmica
Parcelas de calor sensível
Convecção:
Consiste na transferência de calor entre um fluido e uma
superfície sólida através da movimentação molecular do
fluido; Esse deslocamento molecular ocorre por ação de
uma força externa. Sendo que esse agente externo é
resultante de um gradiente de densidade ou por uma
diferença de pressão gerada (KREITH; MANGLIK; BOHN,
2014).
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Carga térmica
Parcelas de calor sensível
Radiação:
A condução e convecção são dois mecanismos de transferência
de calor que necessitam de um meio material para se propagar;
Já a radiação é transmitida por um corpo sem o auxilio de um
meio interveniente e em virtude apenas de sua temperatura
(CENGEL, 2003).

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Carga térmica
Parcelas de calor sensível
Ganhos de calor em superfícies opacas:
Em materiais opacos como paredes a radiação solar que incide
na superfície é absorvida ou refletida. A parcela de interesse é a
parte absorvida que se transforma em energia térmica e produz
um ganho de calor no recinto (Lamberts et. al, 2016);
Esta parcela de calor absorvida é transmitida para o recinto por
meio da condução.

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Carga térmica
Parcelas de calor sensível
Ganhos de calor em superfícies opacas:
Condução:

𝑞𝑐 = 𝐴𝑈(𝑇𝑎𝑠 − 𝑇𝑖 )

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Carga térmica
Parcelas de calor
sensível
Ganhos de calor em
superfícies opacas:
Condução:

𝑞𝑐 = 𝐴𝑈(𝑇𝑎𝑠 − 𝑇𝑖 )

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Carga térmica
Parcelas de calor sensível
Ganhos de calor em superfícies opacas:
Temperatura ar-sol:
“É a temperatura exterior que engloba os efeitos da radiação e
convecção, substituindo os efeitos da radiação solar. Desta
maneira a temperatura ar-sol representa a mesma taxa de
calor que flui para dentro de uma superfície como faria a
radiação incidente”.

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Carga térmica
Parcelas de calor sensível
Ganhos de calor em superfícies opacas:
Temperatura ar-sol:

• α – absorvidade; ε – emissividade; ℎ𝑐𝑜 - coeficiente convectivo externo;


G – radiação solar incidente; ΔR – é a diferença entre a radiação
emitida por um corpo negro e a radiação incidente sobre a superfície.
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Carga térmica
Parcelas de calor sensível
Ganhos de calor em superfícies opacas:
Temperatura ar-sol:

ΔR
• ε. – utiliza-se um valor 4 para as superfícies horizontais e um valor de correção
ℎ𝑐𝑜
0 para as superfícies verticais;
α
• − o valor deste parâmetro depende da cor da superfície, sendo atribuído
ℎ𝑐𝑜
0,026 para uma superfície clara e 0,052 para uma superfície escura.
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Carga térmica

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Carga térmica
Parcelas de calor sensível
Ganhos de calor em superfícies opacas:
Temperatura ar-sol:

• ΔR – utiliza-se um valor 4 para as superfícies horizontais e um valor de correção 0


para as superfícies verticais;
α
• − o valor deste parâmetro depende da cor da superfície, sendo atribuído
ℎ𝑐𝑜
0,026 para uma superfície clara e 0,052 para uma superfície escura.

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Carga térmica
Parcelas de calor sensível
Ganhos de calor em superfícies
transparentes:
Quando a radiação solar incide em
uma superfície semitransparente
ela sofre absorção, reflexão e
transmissão;
As parcelas transmitidas e
absorvidas são as de maior
interesse, pois proporcionam um
ganho de calor no recinto.
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Carga térmica
Parcelas de calor sensível
Ganhos de calor em superfícies transparentes:
Radiação direta e difusa:
A radiação solar pode ser dividida basicamente em radiação
direta e difusa;
Parte da radiação solar quando chega à atmosfera terrestre é
refletida, sendo que parte desta reflexão volta para o espaço e
outra parte fica confinada na atmosfera.
Esta parcela refletida que fica confinada na atmosfera é
denominada radiação difusa;
Já a parcela que não sofre influencia da atmosfera é classificada
como radiação direta.
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Carga térmica
Parcelas de calor
sensível
Ganhos de calor em
superfícies
transparentes:
Radiação direta e
difusa:

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Carga térmica
Parcelas de calor sensível
Ganhos de calor em superfícies transparentes:
Radiação direta e difusa:

𝑞𝑠=𝐴.𝐺.𝐹𝑆

Fator solar (FS) – representa a razão entre a quantidade


de radiação solar que atravessa e a que incide na janela.
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Carga térmica
Parcelas de calor sensível
Fator solar

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Carga térmica
Parcelas de calor sensível
Fator solar

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Carga térmica
Parcelas de calor sensível
Radiação solar
Latitude 25 ˚
2
(𝑊/𝑚 )

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Carga térmica
Parcelas de calor sensível
Radiação solar
Latitude 25 ˚
2
(𝑊/𝑚 )

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Carga térmica
Parcelas de calor sensível
Radiação solar
Latitude 25 ˚
2
(𝑊/𝑚 )

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Carga térmica
Termográfica
Utilização de cores e materiais que visam a minimização
da carga térmica adicionada em um local.

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Carga térmica
Termográfica
Utilização de cores e materiais que visam a minimização
da carga térmica adicionada em um local.

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Carga térmica
Termográfica
Utilização de cores e materiais que visam a minimização
da carga térmica adicionada em um local.

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Carga térmica
Termográfica
Utilização de cores e materiais que visam a minimização
da carga térmica adicionada em um local.

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Carga térmica
Pessoas
A densidade de pessoas contribui para os efeitos da
carga térmica adicionando calor na forma latente e
sensível;
O contratante do projeto deve informar o número de
pessoas presentes no recinto. Caso não seja possível
obter essa informação deve-se utilizar os dados
Indicados pela norma ABNT 16401;

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Carga térmica
Pessoas
NBR 16401

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Carga térmica
Equipamentos
De acordo com a ABNT NBR 16401-1 (2008) a dissipação
de calor por motores elétricos deve ser obtida a partir
de informações obtidas do equipamento como o nível e
o período de funcionamento do motor;
Creder (2004) indica a utilização da seguinte equação:
2
𝑃
𝑄𝑚 = ( − 𝑃2 )
𝜂
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Carga térmica
Iluminação
Para a norma ABNT NBR 16401-1 (2008) a potência das
luminárias devem ser obtida do fabricante;
Além disso, deve-se considerar a maneira de montagem
das luminárias no ambiente e a possibilidade de parte
do calor não se dissipar no meio.

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Carga térmica
Iluminação
Para Creder (2004) a potência adicionada pela
iluminação pode ser estimada:

𝑄𝑚 = 𝑁. 𝑃. 𝐹𝑟

𝐹𝑟 – fator de correção para lâmpadas incandescentes


(Fr=1,2).
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Iluminação
NBR 16401

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Carga térmica
Parcelas de calor sensível
Exercícios 1:
Dada uma parede com transmitância térmica de 2,00
W/m2K, orientada a oeste (latitude 30˚ Sul) com pintura
externa na cor branca, determinar o fluxo de calor para
a pior situação de verão. A temperatura externa é de
30˚C e a interna de 25 ˚C. A parede tem dimensões de
5,00 x 3,00 m.

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Carga térmica
Parcelas de calor sensível
Exercícios 2:
Determine: a) A densidade de fluxo de calor em uma
janela oeste com vidro comum de 3 mm (U = 5,8
W/m2K) . Latitude 25˚ Sul;
b) Substituindo o vidro anterior por vidro cinza fumê de
3 mm;
c) Utilizando persiana fechada.
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Rodrigo Cesar Nepomuceno
Termodinâmica Aplicada
Câmara frigorifica

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Câmara frigorifica
Instalações frigorificas:
São conjuntos de câmaras frias que permitem,
refrigerar, congelar e conservar produtos
perecíveis;
Dessa forma a potência frigorifica é o calor, por
unidade de tempo, que deve ser extraída para
manter as condições de projeto estabelecidas.

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Câmara frigorifica
Instalações frigorificas:

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Câmara frigorifica
Instalações frigorificas:
O calculo de sua carga térmica envolve
basicamente quatro fontes de calor:
• Transmissão de calor através de paredes e teto;
• Infiltração de calor do ar externo;
• Carga térmica representada pelo produto;
• Equipamentos (empilhadeira, motores) e iluminação;
• Pessoas trabalhando.
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Câmara frigorifica
Instalações frigorificas:

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Câmara frigorifica
Para o projeto de uma câmara frigorifica os seguintes
itens devem ser levados em consideração:
• Dimensão da câmara;
• Tipo e espessura do isolamento utilizado (poliuretano, isopor,
fibra de vidro);
• Temperatura interna da câmara;
• Temperatura e condições externas;
• Fator de utilização (numero de pessoas, equipamentos);
• Dados do produto (temperatura de entrada, tempo de
processo).
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Câmara frigorifica
https://ww
w.youtube.c
om/watch?
v=dHBP9Hf
9FH0

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Câmara frigorifica
Parte A: Condução:
Corresponde a quantidade de calor transmitida por
condução pelas paredes;
É importante o cuidado especial na espessura do
isolamento, para que não ocorra a condensação de vapor
na parede externa.

𝑄𝑐 = 𝐴𝑈(𝑇𝑒 − 𝑇𝑖 )
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Câmara frigorifica
Parte A: Condução:
Os painéis frigoríficos são
normalmente constituídas
por duas chapas metálicas e
um núcleo isolante;
Essa construção proporciona
uma construção rápida,
segura e eficiente.

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Câmara frigorifica
Parte A: Condução:
Para fins práticos considera-
se apenas o isolamento para
o calculo do coeficiente
global (U);
No caso de insolação nas
paredes devemos utilizar o
conceito de temperatura Ar-
sol.
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Câmara frigorifica
Parte B: Infiltração
É a parcela de calor que atinge a câmara através de
suas aberturas, toda vez que a porta é aberta;
Em câmaras com movimentação intensa este valor
aumenta muito, sendo indicado a utilização de
cortinas de ar.
𝑄𝑖 = 𝑛𝑉𝑐𝑎𝑚 (ℎ𝑒 −ℎ𝑖 )/𝑣
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Câmara frigorifica
Parte B: Infiltração
𝑄𝑖 = 𝑛𝑉𝑐𝑎𝑚 (ℎ𝑒 −ℎ𝑖 )

n – número de trocas de
ar (tabelado);
𝑉𝑐𝑎𝑚 - Volume da câmara fria;
h- entalpia do ar atmosférico
(carta psicrométrica).
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Câmara frigorifica
Parte B: Infiltração

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Câmara frigorifica

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Câmara frigorifica
Parte C: Parcela do produto
É a parcela correspondente ao calor devido ao
produto que entra na câmara, sendo composto por:
• Antes do congelamento (calor sensível);
• Calor de respiração (só para frutas);
• Congelamento (calor latente);
• Após o congelamento (calor sensível).

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Câmara frigorifica
Parte C: Parcela do produto
Antes do congelamento (calor sensível):

𝑄𝑝1 = 𝑚𝑐𝑠,𝑎𝑐 (Δ𝑇)

Calor de respiração (só para frutas):


𝑄𝑝2 = 𝑚𝑅

Congelamento (calor latente):


𝑄𝑝3 = 𝑚𝐿

Após o congelamento (calor sensível):


𝑄𝑝4 = 𝑚𝑐𝑠,𝑑𝑐 (Δ𝑇)

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Câmara frigorifica

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Câmara frigorifica

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Câmara frigorifica

Parte D: Pessoas
Podemos calcular a parcela referente a ocupação de pessoas a seguinte
equação:
𝑄𝑑 = 𝑛𝑡𝑞𝑜𝑐𝑢
n – Número de pessoas;
t – tempo de permanência;
𝑞𝑜𝑐𝑢 - calor gerado pela ocupação (tabelado)

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Câmara frigorifica

Parte E: Iluminação
Podemos calcular a parcela referente a ocupação de pessoas a seguinte
equação:
𝑄𝑒 = 𝑃𝑖𝑙𝑢. 𝑡

t – tempo de iluminação;
𝑃𝑖𝑙𝑢 - potencia de iluminação.

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Câmara frigorifica

Parte F: Equipamentos
Podemos calcular a parcela referente a ocupação de pessoas a seguinte
equação:
𝑃2
𝑄𝑓 = − 𝑃2 𝑡
𝜂

t – tempo de funcionamento;
𝑃- potência.

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Câmara frigorifica

A carga térmica total é a somatória das parte A a F;


𝑘𝐽 𝑘𝑐𝑎𝑙
A carga térmica é sempre calculada para 24 horas [ 𝑜𝑢 ],
24ℎ 24ℎ
entretanto o sistema não trabalha todas as 24 h, por causa da parada
para degelo;
Assim devemos ter uma potencia de refrigeração um pouco maior:

𝑄𝑡
𝑃𝑟𝑒𝑓 =
𝑁

N – número de horas efetivas de refrigeração, sendo 16 (>0 ˚C) ou 18 a 20 (< 0 ˚C).


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Referências

ÇENGEL, A. Y.; Ghajar, A.J.; Transferência de Calor e Massa: uma


abordagem prática, McGraw Hill, 2012.

KALUME, D. Psicrometria aplicada a refrigeração. Disponível em:


<http://www.resfriando.com.br/psicrometria-aplicada-a-refrigeracao/>.Acesso em:
04/08/2019.

SILVA, J; BORBA, V. Projeto de câmaras frias de pequeno porte. IF-SC, 2018.


Disponível em:<https://wiki.sj.ifsc.edu.br/wiki/images/9/94/Apostila_parte_1.pdf>.
Acesso em: 20/10/2019.
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