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CRITÉRIOS DE

CIENTIFICIDADE
Prof. Gilberto de Andrade Martins

Maio/2015
LEITURA

 Ler é aumentar o conhecimento.


 Ler é trocar
 Ler é dialogar
 Ler é exercitar o discernimento
 Ler é ampliar a percepção

 “Muitos homens iniciaram uma nova era em


suas vidas após a leitura de um livro”
Trabalhos científicos

MONOGRAFIA
DISSERTAÇÃO

ARTIGO
CIENTÍFICO RESENHA CRÍTICA

TESE
Trabalhos científicos
Requisitos fundamentais:
• Questão a responder (pergunta);
• Conjunto de passos para obtenção da
resposta – metodologia;
• Obtenção da resposta; teste de
possíveis hipóteses;
• Atendimento aos critérios de
cientificidade.
Estratégias de Pesquisa

 Pesquisa Bibliográfica
 Pesquisa Documental
 Pesquisa Experimental
 Levantamento
 Estudo de Caso
 Pesquisa Ação
 Pesquisa Etnográfica
 Grounded Theory
Técnicas para coleta de dados

 Observação
 Observação Participante
 Pesquisa Documental
 Entrevista
 Laddering
 Painel
 Focus Group
 Questionário
 Escalas Sociais e de Atitudes
 História Oral e História de Vida
 Análise de Conteúdo
 Análise do Discurso
Critérios de cientificidade

 Não são ciência a ideologia e o senso comum.


Critérios internos de cientificidade são:
 Coerência: propriedade lógica, ou seja: falta de
contradição; argumentação bem estruturada;
apresenta começo, meio e fim.
 Consistência: capacidade de resistir a
argumentações contrárias; difere da coerência
porque esta é estritamente lógica, enquanto a
consistência se liga também à atualidade da
argumentação.
Critérios de cientificidade

 Originalidade: grau em que os resultados


possam surpreender; produção inventiva.
 Objetivação: significa a tentativa – nunca
completa – de descobrir a realidade social
assim como ela é, mais do que como
gostaríamos que fosse.
Critérios de cientificidade
Critérios externos de cientificidade são:
 Intersubjetividade: opinião dominante da
comunidade científica em determinada
época e lugar.
 Discutibilidade:entendido como
característica formal e política, ao mesmo
tempo. Somente pode ser científico, o
que for discutível.
Ciência livre de valores
 Representa uma aspiração, um ideal das práti-
cas científicas.
O núcleo dessa ideia é constituído pela combina-
ção de três componentes: a imparcialidade, a
neutralidade e a autonomia – valores institucio-
nais da ciência – manifestam-se em menor ou
maior grau no decorrer da atividade científica.
Sinteticamente, a imparcialidade diz respeito à
correta aceitação das teorias científicas e dos
conhecimentos nelas representados.
Ciência livre de valores

A neutralidade diz respeito às


implicações lógicas e às
consequências das teorias aceitas e de
suas implicações.
A autonomia se refere às
características da metodologia
científica e do direcionamento da
pesquisa.
Significância do instrumento de
coleta
CONFIABILIDADE
Refere-se à consistência ou estabilidade de
medidas. É a confiança que uma medida
apresenta. Constância dos resultados (ou
fidedignidade).
VALIDADE
Um instrumento de medida é válido na
extensão em que mede aquilo que se
propõe medir.
Técnicas de Aferição da
Confiabilidade
 Técnica do Teste-Reteste: o instrumento de
medidas é aplicado duas vezes a um mesmo
grupo de pessoas. Forte correlação entre as
duas medidas indica um instrumento confiável.
 Técnica das Formas Equivalentes: versão
equivalente ao instrumento é aplicada a um
mesmo grupo de pessoas. Forte correlação
entre as duas medidas (instrumento e versão)
indica um instrumento confiável.
Técnicas de Aferição da
Confiabilidade
 Técnica das Metades Partidas (split-half): a
confiabilidade é analisada pelo nível de
correlação dos escores das `duas metades´. Por
ex.: correlação entre as respostas das questões
ímpares com respostas das questões pares.
Forte correlação indica um instrumento
confiável.
 Confiabilidade a partir de Avaliadores: forte
correlação entre as ´notas´ de dois juízes indica
um instrumento confiável.
Técnicas de Aferição da
Confiabilidade
 Coeficiente Alfa de Cronbach: Alfa é a
média de todos os coeficientes de
correlações entre os escores de cada item
e os escores totais dos demais itens. Varia
de 0 a 100% - Acima de 70% diz-se que o
instrumento de medidas é confiável.
 Coeficiente KR-20: assemelhado ao
coeficiente de Cronbach quando os testes
apresentam respostas dicotômicas.
Técnicas de Aferição da Validade

 Validade Aparente: aparentemente a


medida mede aquilo que se pretende
medir.
 Validade de Conteúdo: grau em que um
instrumento evidencie um domínio
específico de conteúdo do que se pretende
medir.
 Validade de Critério: compara-se o
instrumento de medição com algum
critério externo (padrão). Quanto mais
´próximos´ maior validade de critério.
Técnicas de Aferição da Validade

 Validade de Construto: A validade de


construto será dada pela resposta à
questão: em que medida o construto de
um conceito social de fato reflete seu
verdadeiro significado teórico?
Pesquisa Quanti = Avaliação Quanti

 Dados, informações ou evidências são


mensurados.
 A significância dos resultados pode ser
expressa pelos níveis de significância dos
testes de hipóteses ou níveis de confiança
dos intervalos estatísticos
construídos.(nível de significância do
teste (Alfa) ou nível de confiança do
intervalo ( 1 – Alfa).
Pesquisa Quali. = Avaliação Quali
 Dados, informações ou evidências pedem
descrições, compreensões e interpretações.
 Controle da qualidade durante o processo de
coleta, evitando contaminações e conclusões
apressadas.
 Triangulação de fontes distintas. Se possível de
dados; de pesquisadores; de teorias e de
metodologias.
 Encadeamento de evidências: das conclusões para
as questões iniciais, ou inversamente, das questões
para as conclusões.
Validade (da pesquisa)

 Validade Interna – coerência entre o


problema da pesquisa, a plataforma
teórica escolhida, a metodologia
empreendida, os resultados alcançados e a
indicadores da significância dos achados.
 Validade Externa – coerência entre os
achados da pesquisa e resultados de outros
estudos assemelhados.
Referências

 MARTINS, Gilberto de Andrade, THEÓPHILO,


Carlos Renato. Metodologia da Investigação
Científica para Ciências Sociais Aplicadas. 2ª ed.
São Paulo: Ed. Atlas, 2009.
 MARTINS, Gilberto de Andrade . Estudo de Caso
– Uma Estratégia de Pesquisa. 2ª ed. São Paulo:
Ed. Atlas, 2008.

 martins@usp.br

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