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Colheita da soja

Deyvid Rodrigues Bueno


João Gabriel Faixo
Karina Renostro Ducatti
Leslie Lorival Lindner
ESTADIO DE MATURAÇÃO
• R8 (maturidade completa) – 95% vagens
apresentam-se maduras;
• São necessários de 5 a 10 dias de clima seco
após R8 para que a soja atinja menos de 15%
de umidade;
• Cor de vagem madura nem sempre indica
ponto de colheita para os grãos em seu
interior;
• Com ambiente seco favorável a soja perderá
umidade rapidamente.
UMIDADE DE COLHEITA
• A umidade ideal nos grãos para colheita e
armazenamento é 13%.
• Colheita pode iniciada com maiores
porcentagens de umidade
• Atraso na colheita, com umidade abaixo de
13%, causa aumento nas perdas durante a
colheita e no número de grãos danificados
• Diminui o peso dos grãos para
comercialização.
Funcionamento irregular do mecanismo de recolhimento.
Problema Causa Solução

Vagens caem na frente da barra de corte Velocidade excessiva do molinete Reduzir a velocidade do molinete e adaptá-lo à
Molinete avançado velocidade da colhedeira.
Deslocar o molinete para trás

As plantas cortadas amontoam-se na barra de Molinete muito alto. Baixar o molinete e deslocá-lo para trás, para jogar as
corte ocasionando perdas de grãos Plataforma de corte muito alta e plantas muito plantas cortadas no caracol.
curtas ocasionando alimentação irregular Baixar a plataforma de corte.

As plantas se enrolam no molinete, quando A altura do molinete não está correta. Deslocá-lo para frente e para baixo.
emaranhadas ou com ervas daninhas Velocidade do molinete é excessiva. Reduzir a velocidade do molinete.

Corte irregular Algumas navalhas ou dedos da barra de corte Substituir as peças danificadas da barra de corte.
estão danificadas. Desempenar a barra de corte e alinhar os dedos
Barra de corte empenada Ajustar as placas sem deixar folga excessiva
As placas de retenção das navalhas estão
muito apertadas e as navalhas não desligam
com facilidade.

Vibração excessiva da barra de corte Os dedos não estão alinhados. Alinhar os dedos de forma que fiquem paralelos às
Velocidade incorreta das navalhas. navalhas.
Muita folga entre as peças da barra de corte. Comprovar a velocidade do batedor.
Eliminar o excesso de folga da barra de corte.

As plantas chegam de forma irregular ao A esteira do elevador dianteiro está muito Diminuir a tensão da esteira.
cilindro. esticada, não permitindo flutuação do eixo  
dianteiro.  
As guias do eixo dianteiro estão bloqueadas Limpar as guias do eixo dianteiro.
não permitindo a flutuação do eixo.
Funcionamento irregular do cilindro.
Problema Causa Solução

Trilha irregular ou sobre-carga do cilindro A correia plana patina. Ajustar a correia plana.
Alimentação excessiva do cilindro Reduzir a velocidade da máquinas.
Pouca folga entre o cilindro e o côncavo. Aumentar a folga entre o cilindro e o côncavo.
Velocidade do cilindro muito lenta. Aumentar a velocidade do cilindro através do
variador.

Vagens não trilhadas A plantas não está em condições de ser colhida. Aguardar que as plantas fiquem bem maduras.
Velocidade do cilindro muito lenta. Aumentar a velocidade do cilindro cuidando parra
  que não quebre os grãos.
Muita folga entre o cilindro e o côncavo. Reduzir a folga.
O motor não está na rotação correta. Regular a rotação do motor.

Cilindro bloqueado As plantas não estão muito úmidas ou verdes. Aguardar condições favoráveis para a colheita.
A velocidade do cilindro é muito baixa. Aumentar a velocidade do cilindro.
A cortina retardadora está muito baixa e dificulta a Mudar a posição da cortina.
passagem da palha.

Grande quantidade de grãos partidos no tanque Plantas estão úmidas. Aguardar condições favoráveis.
graneleiro. A velocidade do cilindro é excessiva. Reduzir a velocidade do cilindro.
O côncavo está entupido por resíduos. Limpar o côncavo.
O elevador retrilha leva grande quantidade de Aumentar a abertura da peneira inferior.
grãos ao cilindro. Aumentar a velocidade de marcha.
O volume das plantas que entra no cilindro é
insuficiente.
Funcionamento irregular do saca-palhas.
Problema Causa Solução

Perda de grãos pelo saca-palhas Côncavo mal-ajustado. Ajustar o côncavo.


Côncavo entupido. Limpar o côncavo.
Excesso de retrilha voltando para o Ajustar a peneiras e a corrente de
cilindro. ar.
Correia de acondiciona-mento do Ajustar a correia.
saca-palhas patina. Colocar a cortina mais para a
A cortina retardadora está colocada frente.
muito atrás. Reduzir a velocidade de avanço da
Volume excessivo de palha no máquina.
saca-palha. Colocar a segunda barra logo atrás
Pouco volume de palha no saca- do batedor.
palha. O grão é jogado fora da Limpar bem o saca-palhas.
máquina pelo cilindro.
Aberturas do saca-palhas
obstruídas.

Os grãos trilhados se acumulam Correia frouxa. Ajustar a tensão da correia.


sobre o saca-palhas Velocidade da máquina e do saca- Comprovar a velocidade do
palhas muito lenta. batedor. Se necessário, esticar a
correia planta ou aumentar a
rotação do motor.
Funcionamento irregular do sistema de limpeza
Problema Causa Solução

Perda de grãos pelas peneiras A corrente de ar é muito forte. Diminuir a velocidade do ventilador ou reduzir a
A peneira superior está muito fechada. corrente de ar.
O bandejão está sujo. Abrir mais a peneira e se necessário limpá-la.
O pente do côncavo está muito abaixo. Limpar o bandejão.
A correia de acionamento patina. Levantar o pente.
Ajustar a tensão da correia.

Grãos com excesso de resíduo no tanque grane- A corrente de ar é insuficiente. Ajustar a velocidade do ventilador ou a corrente de
leiro Correias de acionamento do ventilador patinam. ar.
A peneira inferior está muito aberta. Ajustar a tensão das correias.
A peneira superior está muito aberta, Fechar um pouco a peneira inferior.
sobrecarregando a inferior. Fechar um pouco a peneira superior.
A extensão da peneira superior está muito alta. Baixar um pouco a extensão.
Os defletores de ar estão desregulados. Ajustar os defletores de ar.
Muita palha curta sobre-carregando a peneira. Ajustar a folga do côncavo e a velocidade do
Curso insuficiente das peneiras. cilindro.
Comprovar se a velocidade do batedor está
correta.

Muita palha ou grãos na retrilha com possíveis A extensão da peneira está muito levantada ou Baixar a extensão e reduzir sua abertura.
embuchamentos. muito aberta. Aumentar a abertura das peneiras.
Pouca abertura das peneiras. Reduzir a abertura do ventilador.
Corrente de ar muito forte. Aumentar a separação entre o cilindro e o côncavo
Muita palha úmida. ou reduzir a velocidade do cilindro.

Peneiras estão sobrecarregadas Corrente de ar insuficiente. Aumentar a velocidade do ventilador ou a corrente


A peneira inferior está muito fechada ou entupida. de ar.
Defletores de ar mal ajustados. Abrir um pouco a peneira, ou limpá-la se
A correia de acionamento das peneiras patina. necessário. Reposicionar os defletores.
A extensão da peneira superior está muito Ajustar a tensão da correia.
elevada. Baixar um pouco a extensão da peneira superior.
Tipos de perdas

• Pré-colheita
• Na plataforma de corte
• Nos mecanismos internos
– Unidade de trilha
– Saca-palhas
– Peneiras
Perdas pré-colheita

• Ação do vento ou condições climáticas


• Principal causa é o atraso na colheita
– Programação de atividades
– Dimensionamento da maquinaria agrícola
– Utilização de variedades com diferentes ciclos
vegetativos
– Escalonamento da semeadura
Perdas na plataforma de corte

• Pode atingir 80% do total de perdas


• Causas usuais:
– Corte alto
– Debulha, tombamento ou não recolhimento de
plantas pelo molinete
– Queda de grãos devido à velocidade da colhedora
ou pela ação da barra de corte
– População da cultura e/ou presença de plantas
daninhas
Perdas na unidade de trilha

• Não debulha e danos aos grãos e sementes


• Causas usuais:
– Abertura inadequada entre o côncavo e o cilindro
batedor
– Velocidade do cilindro
– Velocidade da colhedora
Perdas no saca-palhas e peneiras

• Grãos descartados junto com a palha


– Quantidade excessiva de material sobre o saca-
palhas
– Velocidade do ventilador incorreta
– Peneiras mal ajustadas
– Máquina trabalhando inclinada sobrecarrega
um dos lados da peneira
Medição das perdas

• Rendimento da lavoura
– Colher manualmente pelo menos três
amostras com mesma área e determinar o
rendimento médio
• Área de coleta (Embrapa):
– Arroz: 1 m2
– Milho e soja: 2 m2
– Milho em espigas: 30 m2
Medição das perdas

• Limite de perdas
– John Deere: 2 a 3 %
– Emater – GO: 1 saco/ha de soja
– Embrapa:
• Arroz e milho: 1,5 saco/ha
• Soja: 1 saco/ha
Medição das perdas

• Perdas pré-colheita
– Antes de iniciar a colheita realizar pelo menos
três medições contando os grãos soltos e os
presentes em espigas cachos ou vagens sobre
o solo.
Medição das perdas

• Perdas na plataforma de corte


– Utiliza-se uma armação com a largura da
plataforma da colhedora e comprimento
suficiente para atingir 1 ou 2 m2
– Colher normalmente com a máquina, parar e
funcionar até que toda a palha tenha saído
– Retroceder a colhedora (< comprimento da
máquina)
– Colocar a armação na área colhida, contar os
grãos e subtrair os grãos perdidos na pré-
colheita
Medição das perdas

• Perdas na plataforma de corte


Medição das perdas

• Perdas na trilha, saca-palhas e peneiras


– Colocar a armação atrás da colhedora e contar os
grãos, determinando a perda total na colheita
– Subtrair o resultado do valor encontrado nas
perdas de pré-colheita e da plataforma de corte
– O picador de palhas deve estar desligado
Medição das perdas

• Perdas na trilha, saca-palhas e peneiras


Determinação da percentagem de perdas

• Pesagem dos grãos coletados


– Dificuldade: balança de precisão
• Tabelas para conversão do número de grãos
em kg/ha
• Copo medidor de perdas e produtividade
Tabelas para conversão do número de
grãos em kg/ha
Redução das perdas na plataforma de
corte

 Pontos a serem observados


 Velocidade de avanço da colhedora
 Altura de corte
 Posição do molinete
 Velocidade do molinete
 Posição do sem-fim
 Posição dos dedos retráteis
Redução das perdas na plataforma de
corte

 Velocidade de avanço da colhedora


 Volume de massa da cultura
 Umidade do produto
 Capacidade de trilha da colhedora
 Largura da plataforma de corte
 Velocidade excessiva:
 Vagens, espigas ou cachos não trilhados e
palha triturada sobrecarregando o saca-
palhas e peneiras
Redução das perdas na plataforma de
corte

 Altura de corte
 Regular a altura de corte de modo que as
vagens e cachos mais baixos sejam
recolhidos
Redução das perdas na plataforma de
corte

 Posição do molinete
 Plantas em pé
 Molinete deve apoiar as
plantas na porção
mediana entre o ponto de
corte e a parte superior
 Molinete posicionado
ligeiramente à frente da
barra de corte
Redução das perdas na plataforma de
corte

 Posição do molinete
 Plantas deitadas
 Molinete mais
avançado
 As plantas devem ser
levantadas, porém
sem enrolar no
molinete
Redução das perdas na plataforma de
corte

 Velocidade do molinete
 Com velocidade adequada o produto cai
imediatamente dentro da plataforma de corte
 Regra geral:
 Plantas em pé: velocidade igual ou um

pouco menor que da colhedora


 Plantas deitadas: velocidade maior que a

velocidade de avanço da colhedora


Redução das perdas na plataforma de
corte

 Baixa velocidade do molinete


 Tombamento do produto à frente da barra de
corte
 Enrolamento do produto no molinete
 Alta velocidade do molinete
 Debulha por impacto
 Produto empurrado para baixo antes de ser
cortado e/ou corte duplo
Redução das perdas na plataforma de
corte

 Posição do sem-fim
 Sem-fim alto: alimentação
desuniforme
 Sem-fim muito baixo: debulha
 Posição dos dedos retráteis
 Avanço excessivo: quebras
e/ou debulha precoce
 Retração excessiva:
deficiência na alimentação
Redução das perdas na trilha

 Velocidade do cilindro afeta:


 Qualidade dos grãos trilhados
 Quantidade de grãos quebrados ou
descascados
Redução das perdas na trilha

 Abertura entre o côncavo e o cilindro afeta:


 Qualidade da ação trilhadora
 Quantidade de grãos separados da palha
através do côncavo
 Camada delgada facilita a separação, com
maior ação trilhadora na parte dianteira do
côncavo
 Com maior espaçamento a trilha ocorre na
parte traseira do côncavo, sobrecarregando o
saca-palhas.
Redução das perdas na trilha

 Saca-palhas:
 Agita e lança a palha para cima e para trás
 Os grãos soltos caem pelas grelhas
 Não tem ação trilhadora, grãos não trilhados
são perdidos
Redução das perdas nas peneiras

 Peneiras separam os grãos da palha com


auxílio da corrente de ar do ventilador
 Grãos e palha mais pesada caem sobre a
peneira superior
 Grãos e um pouco de palha passam para a
peneira inferior
 A palha é lançada para fora. Material não
trilhado é conduzido à retrilha
Redução das perdas nas peneiras

 Peneira superior:
 Muito aberta: sobrecarga na peneira inferior –
retrilha com muita palha
 Muito fechada: excesso de grãos na retrilha e
maiores perdas junto com a palha
 Peneira inferior:
 Muito aberta: excesso de palha no graneleiro
 Muito fechada: excesso de grãos na retrilha
Redução das perdas nas peneiras

 Ventilador:
 Corrente de ar muito forte: grãos soprados
para fora da peneira – pouca palha sobre a
peneira superior
 Corrente de ar muito fraca: perda de grãos
junto com a palha
Transporte e armazenamento
 Grãos limpos:
 Passam pela peneira inferior, vão para o sem-
fim de grãos limpos. O elevador de grãos
limpos os transporta para o graneleiro.
Transporte e armazenamento

 Retrilha:
 Da calha de retrilha atingem o sem-fim que
direciona o material para o elevador de retrilha
que o deposita na parte frontal do cilindro
COLHEDORAS
Introdução:

O primeiro mecanismo de trilha foi inventado na


Escócia no final do século XVIII.
O primeiro mecanismo capaz de recolher, trilhar e
separar o grão da palha foi desenvolvido na Austrália
no século XIX.
As primeiras colhedoras era arrastadas por juntas de
mulas ou bois.
Em 1930 a CLASS desenvolveu a primeira colhedora
arrastada por um trator.
Somente em 1940 apareceram as colhedoras
autopropelidas.
Colhedoras de grãos.

Sistema convencional Trilha e saca-palha.

Sistema Axial Trilha transversal.


Colhedora de Grãos Convencional

John Deere
1550
Colhedora de Grãos Convencional

Esquema geral de colhedora de grãos


Colhedora de Grãos Convencional

Cabine de controle
Colhedora de Grãos Convencional

Plataforma de corte (soja, trigo, sorgo,


etc.)
Barra de corte.
Colhedora de Grãos Convencional

Barra de corte

Faca e contrafaca
Colhedora de Grãos Convencional

Trilha e côncavo
Colhedora de Grãos Convencional

Cilindro batedor e sacapalha


Colhedora de Grãos Convencional

Peneiras e ventilador
Colhedora de Grãos Convencional

Trituração e espalhamento da palha


Colhedora de Grãos Convencional

Picador de
Colhedora de Grãos Convencional

Defletores de palha
Colhedora de Grãos
Convencional

Sistema de
Colhedora de Grãos Axial

Colhedora 9750 STS em corte


Colhedora de Grãos Axial

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