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Comando e Proteção

DISPOSITIVOS DE COMANDO DOS CIRCUITOS


a) Interruptores: É uma chave capaz estabelecer, conduzir e
interromper correntes sob condições normais do circuito,
que podem incluir sobrecargas de funcionamento
especificadas, como também, conduzir por tempo
especificado correntes anormais, como as de curto-circuito. É
uma chave seca de baixa tensão, de construção e
características elétricas adequadas a manobras de circuitos
de iluminação, de aparelhos eletrodomésticos e aplicações
equivalentes.
Os interruptores unipolares, simples, paralelos ou
intermediários, devem interromper unicamente o condutor
fase e nunca o condutor neutro. Isto possibilita reparar e
substituir lâmpadas sem risco de choques, bastará desligar o
interruptor.
Interruptor Simples: É uma peça que permite o
comando de uma lâmpada ou um grupo de lâmpadas a
partir de um ponto.
2) Interruptor “three - Way” ou Paralelo: É usado em
escadas ou dependências, cujas luzes, pela extensão ou
por comodidade, se deseja apagar ou acender de dois
pontos diferentes.
 Interruptor “four-Way” ou Intermediário: Permite o
comando de três ou mais pontos diferentes. Este tipo
de sistema exige, nas extremidades, ou seja, junto à
fonte e junto à lâmpada, interruptores “three- Way”.
Dispositivos de comando de circuitos:
Interruptores unipolares interrompem a corrente no fio
fase;
Circuitos alimentados por dois condutores fase
(bifásico), devem utilizar interruptores bifásicos;
Circuitos alimentados por três condutores fase
(trifásicos), devem utilizar interruptores trifásicos;
Chaves de faca com porta fusíveis: Dispositivos de
proteção e interrupção simultânea
Chave magnética (comandadas a distância):
a) Chave magnética protetora: Combinação de chave magnética
com relés de proteção (sobrecarga);
b) Chave magnética combinada: Associação da chave simples
com relé térmico, fusíveis ou disjuntor (proteção para
motores)
Pressostato: Dispositivo de pressão que opera em
função de pressões predeterminadas;
Termostato: Dispositivo sensível a temperatura que
fecha ou abre automaticamente um circuito;
Contatores: Dispositivos eletromecânicos que
permitem o comando de um circuito a distância;
Relé térmico: Protege um equipamento contra danos
térmicos de origem elétrica.
Relés de subtensão : bobina de mínima tensão que
numa falta ou queda de tensão interrompe a passagem
de corrente;
Relés de tempo: utilizados em manobras temporizadas
de comando, proteção e regulagem
Master switch (chave-mestra): Comanda de um só
ponto várias lâmpadas situadas em locais diferentes;
Relés de partida: atenua o efeito do torque na partida
(principalmente de motores de pequeno porte);
Comando por células fotoelétricas: promovem o
acionamento automático da iluminação em ambientes
abertos.
DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO DOS CIRCUITOS
 Os condutores e equipamentos que fazem parte de
um circuito elétrico devem ser protegido
automaticamente contra curto-circuitos e sobrecargas.
Os dispositivos classificam-se conforme o objetivo a
que se destinam:
a) dispositivos que assegurem apenas proteção contra
curto-circuito;
b) dispositivos que protejam eficazmente apenas
contra sobrecargas;
c) dispositivos que proporcionem segura proteção
contra sobrecarga e curto-circuito.
Dispositivos de proteção contra curto-circuitos
Deve interromper a corrente antes que os efeitos
térmicos e mecânicos danifiquem as instalações;
Descrito na seção 5.3.4 da NBR 5410;
A capacidade de interrupção do circuito deve ser, no
mínimo, igual a corrente de curto presumida;
Dispositivo com capacidade inferior é admitido se outro
com capacidade necessária estiver a montante;
I k  I int

Onde: Ik = Corrente de Curto-circuito presumida.


I int = Corrente de abertura da Proteção.
A fórmula para a determinação desse tempo é dada por:

k2  S2
t
I2
Onde:
t = duração do tempo em segundos;
k = constante que depende do tipo de condutor;
I = corrente de curto-circuito, A;
S = seção do condutor em mm2.
Os dispositivos empregados para a proteção contra curto-circuitos
são:
a) Fusíveis;
b) Disjuntores.
 Os disjuntores termomagnéticos também protegem contra
sobrecargas prolongadas.
Fusíveis:
 Dispositivo adequadamente dimensionado para interromper a
corrente de sobrecarga ou curto-circuito;
 Normalização internacional (IEC 60269) e nacional (NBR’s

11840 a 11849) definem três tipos de fusíveis:


1. gG: para proteção contra sobrecarga e curto-circuitos;
2. gM: apenas proteção contra curto-circuitos (proteção contra
sobrecarga realizada por relé térmico);
3. aM: apenas proteção contra curto-circuitos (proteção contra
sobrecarga realizada por proteção complementar);
 Fusível de rolha: seus contatos ficam numa peça roscada;
 Fusível cartucho: o elemento fusível é encerrado num tubo

protetor de material isolante;


 Zonas de tempo:

Fusível diazed (tipo D): limitador de corrente cujo o tempo é


tão curto que o valor de crista da corrente não é atingido;
Fusível NH: limitador de corrente de alta capacidade de
interrupção, para correntes nominais de 6 a 1.000 A.
Limitação de corrente pelo fusível:
Zonas de fusão e não fusão:
Exemplo de Fusíveis:

Fusível Diazed Fusível tipo NH


Disjuntores:
 Dispositivos de manobras e proteção, capazes de:
1. Estabelecer, conduzir e interromper correntes em condições
normais do circuito;
2. Estabelecer, conduzir por tempo especificado e interromper
correntes em condições anormais do circuito.
 Normalização internacional (IEC 60947-2) e nacional (NBR

IEC 60947-2);
 Operam com disparadores que podem ser térmicos,

eletromagnéticos e eletrônicos;
 Os térmicos atuam na ocorrência de sobrecarga moderada.

Funcionam pela dilatação desigual de suas lâminas;


Alguns possuem uma faixa de corrente ajustável.
 Os magnéticos possuem uma bobina que atrai uma peça

articulada quando a corrente atinge um determinado valor;


Característica típica de um disjuntor termomagnético:
• Os eletrônicos compreendem sensores de corrente, processamento de
sinais e comando de atuadores.

Característica tempo corrente de um disparador eletrônico:


 Escolha do disjuntor:
As seguintes informações devem ser fornecidas pelo
fabricante:
a) Tipo (modelo) do disjuntor;

b) Características nominais

- tensão nominal em Vca;


- nível de isolamento;
- curvas características (tempo x corrente)
- corrente nominal;
- frequência nominal;
- capacidade de estabelecimento em curto-circuito;
- capacidade de interrupção em curto-circuito;
- ciclo de operação.
Correntes convencionais de não-atuação (Int), de atuação (I2) e tempo convencional
para disjuntores BT.
Diferentes categorias de disjuntores de BT
EXEMPLO DE DISJUNTORES TERMOMAGNÉTICOS

DISJUNTORES MONO, BI, E TRIPOLAR


Dispositivo diferencial-residual (DR)
 Equipamentos de seccionamento mecânico destinado a
abertura dos contatos quando ocorre corrente de fuga à terra;
 Sua finalidade é proteger vidas humanas contra choques

elétricos (correntes ≤ 30 mA);


 Não protege o circuito contra sobrecorrentes ou curto-

circuitos;
 Necessita da conexão com o neutro;
 Locais que devem possuir o dispositivo DR:
 Circuitos de banheiros ou chuveiros;

 Circuitos de tomadas externas;

 Circuitos de utilização residencial (cozinha, copa...);

 Circuitos em edificações não-residenciais com tomadas que

sirva cozinha, copa, lavanderias, áreas de serviço, garagens e


áreas internas molhadas.
Princípio de funcionamento:
Constituição:
Contatos fixos e contatos móveis;
Transformador diferencial;
Disparador diferencial
 Observações sobre as aplicações dos dispositivos DR
1. Para o esquema TT, se a instalação for protegida por um único
DR, este deve ser colocado na origem da instalação;
2. Outra opção é o uso de vários dispositivos, um em cada
derivação;
3. Neste esquema, deve-se levar em consideração o valor da
resistência de aterramento RA, para não ocorrer tensões entre
essa e a corrente de fuga de vários DR’s;
4. Cada instalação de um prédio deve possuir proteção diferencial
própria:
 Administração, apartamentos, lojas, devem possuir DR’s

localizados nas respectivas origens ou nos quadros de


distribuição.
5. O condutor de proteção é o único que não deve passar pelo DR;

6. Cuidados na instalação de equipamentos CC.


 Seleção dos equipamentos DR de acordo com o esquema de
aterramento:

Esquema TN: as massas podem ser protegidas por DR. Não há


a necessidade de ligá-las ao condutor de proteção, desde que
ligadas a um eletrodo de aterramento;

Esquema TT: se protegido por um único dispositivo DR, este


deve ser colocado na origem da instalação;

Esquema IT: a corrente residual de não atuação do dispositivo


deve ser igual ou maior à corrente que circula quando uma
primeira falta franca à terra afete um condutor fase.
Seletividade
Escolha adequada de fusíveis e disjuntores de tal forma
que, na presença de um defeito na instalação, uma
mínima parte seja afetada;
A proteção mais próxima do defeito deve ser a primeira a
atuar;
Coordenação dos tempos de atuação dos dispositivos de
proteção;
Formas de seletividade:
1. Seletividade entre fusíveis;
2. Seletividade entre disjuntores;
3. Seletividade entre disjuntores e fusíveis em série.

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