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LUMINOTÉCNICA

TÉCNICAS
DE ILUMINAÇÃO
1. NATUREZA, DEFINIÇÃO E PROPRIEDADE DA LUZ
 Luz é uma radiação eletromagnética com propriedades ondulatórias e corpusculares,
capaz de produzir uma sensação visual.
  
 As propriedades fundamentais da luz são:
 Propaga-se no vácuo através de ondas;
 Propaga-se em todas as direções do espaço;
 Propaga-se em linha reta;
 Transmite-se a distância.
  
 As radiações eletromagnéticas resultam de diferentes formas de energia como (calor, luz,
raios x, ultra-violeta, ondas de rádios, etc).
 O que as diferenciam são as relações entre as grandezas:
 Velocidade de propagação (c): É a velocidade com que a radiação se propaga no espaço.
 Período (T): É o tempo que leva a onda para ocupar duas posições idênticas.
 Frequência ( f ): É o número de períodos por segundo.
 Comprimento de onda ( ): É a distância entre dois pontos que se encontram na mesma
posição.
 A velocidade de propagação da luz no vácuo é próxima a 3x10 5 Km/s, sendo que, ao
atravessar um meio material (ar, vidro, água, etc) a velocidade de propagação é reduzida
em função do índice de propagação do meio.

 A velocidade de propagação c da radiação é dada por:


 c=xf onde:  = comprimento de onda (nm).
f = frequência em ciclos/ seg.
 T=1/f c = velocidade da luz, (Km/s).
T = período, (seg.)
ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO
LUZ VISÍVEL E ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO

A luz visível situa-se no espectro eletromagnético entre as radiações


cujos comprimentos de ondas variam entre 380nm à 760nm.
raios raios raios ultra luz infra Micro- ondas
cósmicos gama x violeta visível vermelh ondas radioelétricas
o

violeta azul verde amarelo laranja Vermelho

380 450 490 560 590 630 760


2.AS CORES
As cores são determinadas pela reação do mecanismo de
percepção sensorial aos diversos comprimentos de
ondas. Essa curva está construída baseada na visão
fotóptica, isto é, na visão diurna, e na visão escotóptica,
isto é a visão noturna. As cores de menor comprimento
de onda (violeta, azul) são mais visíveis a noite e as de
maior (laranja, vermelho), de dia.
COMPOSIÇÃO DAS CORES
As diversas cores é formada pela composição aditiva ou
subtrativa das cores fundamentais (vermelho, verde, azul).
EFEITO DA LUZ SOBRE A COR
Cor do Objeto COR DA LUZ
AMARELO VERMELHO AZUL VERDE
AMARELO Amarelo Laranja Marrom Amarelo
brilhante avermelhado claro limão
VERMELHO Laranja Vermelho Vermelho Vermelho
brilhante brilhante azulado amarelado
AZUL Púrpura Púrpura Azul Azul
claro escuro brilhante esverdeado
VERDE Verde Verde oliva Azul Verde
amarelado esverdeado brilhante
A COR NO AMBIENTE DE TRABALHO
A cor no ambiente de trabalho depende de vários fatores: tipo de trabalho,
espaço, iluminação, etc. Algumas dicas importantes:
 
TETO OU FORROS  Devem possuir cores claras, próximas ao branco,
porque a luz refletida é espalhada uniformemente pelo interior, dissipando
sombras e reduzindo ofuscamento.

PAREDES E COLUNAS Devem ter o mesmo tom daquela que o


trabalhador vê quando está concentrado no trabalho, para evitar um
excessivo cansaço visual.
 
PISO  Devem possuir cores mais escuras que teto e paredes.
 
SUPERFÍCIES DE TRABALHO Devem ter acabamento sem brilho para
evitar ofuscamento.
ÍNDICE DE REPRODUÇÃO DE CORES (IRC)
É um número subjetivo de 0 a 100, de uma fonte artificial,
em comparação com a ideal, independe de sua temperatura
de cor (K). Sendo o referencial a luz do sol cujo IRC = 100,
este número mostra o quanto uma fonte de luz reproduz as
cores.
Lâmpada IRC
Incandescente Comun 100
Incandescente Halógena 100
Fluorescente Luz do Dia 64
Fluorescente Branca Fria 85
Vapor de Mercúrio 47
Lâmpada de Led 80
Vapor Múltiplo Metálico 90
Vapor de Sódio (baixa pressão) 30
Vapor de Sódio (alta pressão) 35
TEMPERATURA DE COR (T)
A temperatura do corpo luminoso da lâmpada caracteriza não apenas o
fluxo luminoso que emite mas também a cor da luz.
Quanto maior o valor da temperatura de cor, mais uniforme o espectro
luminoso fria e branca a luz. O fluxo luminoso não está relacionado com a
temperatura da cor, ou seja, maior temperatura da cor não significa maior
fluxo luminoso.
Luz mais quente maior aconchego e relaxamento  Cor avermelhada.
Luz mais fria maior atividade  Cor branca.

Lâmpada T (0K)
Incandescente Comun 2.800
Incandescente Halógena 3.200
Fluorescente Luz do Dia 6.500
Fluorescente Branca Fria 4.200
Vapor de Mercúrio 4.100
Vapor Múltiplo 5.100
Vapor de Sódio (baixa pressão) 3.200
Vapor de Sódio (alta pressão) 2.200
Incidência de Luz com diferentes Temperaturas de
Cores
Efeitos e Aplicações da Temperatura de Cor
LUZ NEGRA
A luz negra é o resultado da incidência da luz comum
sobre o vidro de uma lâmpada especial, mais escura e
sem fósforo. Nas lâmpadas fluorescentes brancas, a
incidência da luz só é possível graças à camada de
fósforo que reveste o tubo de vidro - isso porque a
maior incidência é da luz ultravioleta, que só se torna
visível quando passa pelo fósforo. Quando o fósforo é
retirado e o vidro escurecido, a luz ultravioleta passa
direto pelo vidro. Ao incidir sobre superfícies claras,
elas fazem o mesmo papel do fósforo. Há também
elementos invisíveis em outras superfícies que
também possuem fósforo e, ao serem banhados pela
luz negra, passam a brilhar.
Conheça abaixo alguns desses usos diferentes da luz negra.

ARTE
Para identificar obras falsas, usa-se a luz: tintas atuais contêm fósforo, enquanto
grande parte das antigas não
PERÍCIA
Peritos usam corante fluorescente para detectar impressões digitais. Fluidos corporais
como o sêmen também são sensíveis à luz negra
DINHEIRO
Em muitos países, dentro das cédulas de dinheiro existe uma tira fluorescente invisível.
Nas notas de real, um brasão é visível só à luz negra
ASSEPSIA
Uma variação de luz negra, com ondas de luz curtas, é encontrada em hospitais, onde
serve para matar germes
CARIMBOS
Com tinta invisível fluorescente, alguns parques de diversão e baladas carimbam a mão
dos visitantes para ingresso em algumas atrações
VAZAMENTOS
É possível injetar corante fluorescente no combustível de maquinários com
vazamentos. Com a luz negra circulando, acha-se o buraco
3.ESPECTROS LUMINOSOS E
PRINCIPAIS FONTES
Para explicar algumas limitações das fontes luminosas
artificiais, costuma-se dividir o espectro visível em três
classes.
Contínuo Corpos Aquecidos(Sol, Lâmpadas
Incandescentes).
Raias Lâmpadas Fluorescentes.
Faixas Lâmpadas Vapor de Mercúrio, Sódio.
Efeitos da Luz
Ofuscamento: é a luz que inscide diretamente no
olho, é provocado por exesso de luz ou superfícies
muito polidas.
Deslumbramento: é o aparecimento de sombra no
ambiente.
Vida útil : tempo médio de
funcionamento em horas.
Tipo de lâmpada Vida Útil (horas)
Incandescente Comum 1.000
Incandescente Halôgena 2.000
Mista 4.000
Fluorescente 8.000
Vapor de sódio 24.000
Multivapores Metálicos 12.000
Vapor de mercúrio 12.000
Vapor de sódio de alta pressão 24.000
Lâmpada de Led 50.000
Comparação dos Parâmetros:
SEMICONDUTOR LED
LED é um semicondutor emissor de Luz.
Principais características:
1)IRC ≥ 75;
2) TEMPERATURA DE COR: 3000 a 6000 K;
3) EFICIÊNCIA LUMINOSA: 75 lm/W;
4)VIDA ÚTIL: 50.000 Horas;
5) NÃO EMITE CALOR PARA O AMBIENTE;
6) NÃO TEM OSCILAÇÃO;
7) NÃO EMITE UV.
COMPARAÇÃO ENTRE LÂMPADAS
4. GRANDEZAS UTILIZADAS EM ILUMINAÇÃO
Para fazer os cálculos luminotécnicos, precisamos
conhecer as grandezas fundamentais, baseadas nos
termos de iluminação e na NBR - 5413.

4.1 FLUXO LUMINOSO (  )


“É a quantidade total de luz emitida por segundo por
uma fonte luminosa, e avaliada de acordo com a
sensação luminosa produzida”
A unidade de medida é o lúmen. (lm)
4.2 EFICIÊNCIA LUMINOSA ( )
É a razão entre o fluxo luminoso emitido por uma
fonte, sobre a potência consumida pela mesma.
  =/p
onde:  é o fluxo luminoso emitido pela fonte.
 p é a potência elétrica absorvida pela fonte.
Unidade: (lm/W); lúmens por Watts.
Tipo de lâmpada Eficiência (lúmen / watt)
Incandescente 10 a 20
Infravermelho 15 a 20
Mista 17 a 25
Fluorescente 43 a 84
Vapor de sódio 75 a 105
Multivapores Metálicos 69 a 115
Vapor de mercúrio 40 a 63
Vapor de sódio de alta pressão 68 a 140
Eficiência Luminosa das Lâmpadas
4.3 INTENSIDADE LUMINOSA ( I )
É a quantidade luz em uma determinada direção.
 I= /
onde:  é o ângulo sólido.
  é o fluxo luminoso emitido.
Unidade: (Cd); Candela.
4.4 ILUMINÂNCIA OU ILUMINAMENTO (E)
Por definição a iluminância é a densidade de fluxo
luminoso incidente em uma superfície.
 E=/S
onde:  fluxo luminoso emitido pela fonte;
 S área da superfície na qual o fluxo incide.
unidade: lux = lúmen / metro quadrado.
A iluminância pontual pode ser calculada em um
ponto A da superfície:
  E = I / d 2
 Se a incidência de luz for oblíqua, a iluminância no
ponto B é dada por:
  E = ( I / d2 ) cos 
onde: I é a intensidade luminosa.
 d é a distância entre o lâmpada e o ponto A.
4.5 EXERCÍCIOS:
1) Utilizando a luminária abaixo, qual será a
intensidade luminosa na vertical fornecida por uma
lâmpada de 400 W cujo fluxo luminoso produzido é de
36.000 lm. Qual é a direção que esta luminária emite a
maior intensidade luminosa? Qual é o iluminamento
em um ponto afastado de 5 metros do eixo vertical da
luminária, sendo a altura da luminária de 8 metros?
2) Uma luminária, com duas lâmpadas fluorescentes,
de 40 W, branca fria, cujo fluxo produzido é de
3.000(Lm), acha-se a 3,50m acima do plano de
trabalho. Qual será o iluminamento em um ponto de
uma mesa, embaixo da luminária, e a 2 m afastado da
vertical do plano longitudinal do aparelho?

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