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Sobre a

MentalClean
Ações de Prevenção e Promoção da Saúde
Integral e Implantação e Gestão de
Programas Estruturados nos temas:

• Saúde Mental e Emocional;


• Gerenciamento de Estresse;
• Violência contra a Mulher;
• Dependência Química;
• Qualidade de Vida no Trabalho;
• Implantação e Gestão de Exames
Toxicológicos.
Alguns de nossos clientes
Objetivos do Programa
• Prevenir acidentes e doenças relacionadas ao uso indevido de álcool e drogas;
• Informar, conscientizar e mobilizar os empregados e seus familiares sobre o uso
indevido de álcool e drogas;
• Garantir e uniformizar ações de prevenção e tratamento do uso indevido de álcool e
drogas, diminuindo problemas decorrentes do uso nocivo de substâncias psicoativas;
• Facilitar os fatores de proteção e reverter ou reduzir os fatores de risco que levam ao
uso de substâncias;
• Propiciar tratamento especializado aos empregados que apresentam uso nocivo ou
dependência de substâncias psicoativas;
• Propiciar a reinserção do dependente na empresa, na família e na sociedade.
Público Alvo
• Empregados Nexa e seus familiares (primeiro grau);
• Contratados (ações educativas) e análise toxicológicas (para grupos específicos);
• Importante estimular as empresas contratadas a implantarem programas para
prevenção e tratamento para o uso indevido de álcool e drogas.
Respeito
e
Cooperação
Todas as áreas do conhecimento têm a
sua importância!

Não se deve trabalhar de forma isolada,


apenas com base em sua especialidade,
mas sim todos com um objetivo comum
Ética e Sigilo Profissional
Ética e Sigilo Profissional
Ética:  Ética: 
Ética: 
Comportamento individual em relação a sociedade que Comportamento individual em relação a sociedade que
Comportamento individual em relação a sociedade que
garante o bem-estar social; garante o bem-estar social;
garante o bem-estar social;
• Define como o indivíduo deve comportar-se diante de • Define como o indivíduo deve comportar-se diante
• Define como o indivíduo deve comportar-se diante
um determinado meio social; de um determinado meio social;
de um determinado meio social;
• Todos os profissionais da Saúde possuem um • Todos os profissionais da Saúde possuem um
• Todos os profissionais da Saúde possuem um
Código de Ética para seguir e para cumprir suas Código de Ética para seguir e para cumprir suas
Código de Ética para seguir e para cumprir suas
funções sem desrespeitar os direitos dos demais; funções sem desrespeitar os direitos dos demais;
funções sem desrespeitar os direitos dos demais;
Sigilo Profissional: Sigilo Profissional:
Sigilo Profissional:
• Está previsto no Código de Ética de todas as • Está previsto no Código de Ética de todas as
• Está previsto no Código de Ética de todas as
profissões; profissões;
profissões;
• Trata da manutenção da privacidade da informação que • Trata da manutenção da privacidade da informação
• Trata da manutenção da privacidade 7 da informação
possui sua divulgação restrita. que possui sua divulgação restrita.
que possui sua divulgação restrita.
Definição de
Dependência Química
 Doença crônica;
 Uso descontrolado de uma ou mais
substâncias psicoativas;
 Repercussões negativas nas áreas
da vida:

 Familiar

 Física

 Social

 Emocional

 Financeira

 Legal

 Profissional
Definição de Dependência Química
A Dependência Química possui sinais e sintomas específicos:
 Há perda do controle sobre o uso,
 Associado com sintomas de Abstinência e Tolerância.

Para evitar o surgimento de tais sintomas, os usuários passam a


consumir a substância constantemente e a privilegiar o consumo em
detrimento de outras atividades que antes valorizava.

Um diagnóstico definitivo de Dependência Química deve ser


considerado somente se:
 3 (três) ou mais dos seguintes requisitos tenham sido apresentados
 a qualquer momento no período de 12 meses.
Critérios Diagnósticos – DSM - V
1.Tolerância

2.Abstinência

3.A substância é frequentemente consumida em maiores quantidades ou por um período mais


longo do que o pretendido;

4.Existe um desejo persistente ou esforços mal sucedidos no sentido de reduzir ou controlar o


uso da substância;

5. Muito tempo é gasto em atividades necessárias para a obtenção da substância (por ex.,
consultas a múltiplos médicos ou fazer longas viagens de automóvel), na utilização da
substância (por ex., fumar em grupo) ou na recuperação de seus efeitos;

6. Importantes atividades sociais, ocupacionais ou recreativas são abandonadas ou reduzidas


em virtude do uso da substância;

7. O uso da substância continua, apesar da consciência de ter um problema físico ou


psicológico persistente ou recorrente que tende a ser causado ou exacerbado pela
substância (por ex., uso atual de cocaína, embora o indivíduo reconheça que sua depressão
é induzida por ela, ou consumo continuado de bebidas alcoólicas, mesmo reconhecendo que
uma úlcera piorou pelo consumo do álcool).
Avaliação do grupo
Onde esta história
começa?
Padrões de Consumo
• O que é um padrão “normal “ de consumo ?

• O que seria “normal” consumir em um churrasco no


final de semana?

• Beber todo final de semana é “normal”?


Padrões de Consumo

Quais são os tipos de Padrão de Consumo de Risco ?

Como posso saber se uma pessoa tem um

Padrão de Consumo de Risco ou se

já desenvolveu a Dependência Química?


Padrões de Consumo

De acordo com a OMS,

Organização Mundial de Saúde,

não existe um nível seguro

para o consumo de álcool!


Dose Padrão

Latinha de cerveja (+/- 350 ml)

Taça de vinho (140 ml)

40 ml de uísque, cachaça ou vodka

85 ml de licor
Padrões de Consumo

RISCO INTENSO
+ de 2 doses por dia Exceder 3 doses/dia;
+ de 14 doses por Beber 5 doses pelo
semana (homens) menos uma vez por
+ de 7 doses (mulheres) semana
não deixar de beber pelo
menos 2 dias na semana
Padrões de Consumo

BINGE/borracho
COMPULSIVO
Ingestão intensa durante
um período prolongado Consumo de 5-6 doses
de álcool em uma

Escolhido de maneira única ocasião ao

propositada conhecido menos uma vez por

como “porre” e “pileque” mês.


O que são substâncias
psicoativas?

São substâncias que agem no


cérebro, produzindo alterações de:

Comportamento, humor e
cognição, podendo causar
dependência.
Classificação das Drogas
Depressoras:

Diminuem a capacidade mental, fazendo com que o cérebro funcione de forma mais lenta.
Ex: Álcool, sedativos, opióides (morfina, heroína, codeína), solventes ou inalantes.

Estimulantes:

Aumentam a atividade mental, fazendo com que o cérebro funcione de forma mais
celerada.
.Ex: Cafeína, nicotina, anfetaminas, cocaína e crack.

Perturbadoras:

Alteram a percepção, isto é, fazem com que o cérebro passe a trabalhar de forma
desordenada, provocando confusões da visão, na audição e no tato.
Ex: Maconha, LSD e ecstasy, ayahuasca, chá de lírio, chá de cogumelo

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Depressoras do Sistema
Nervoso Central

Diminuem a atividade mental,


fazendo com que o cérebro
funcione de forma mais lenta.

• Álcool
• Benzodiazepínicos
• Calmantes
• Inalantes
• Morfina
• Sedativos
Uso, Abuso e Dependência
Padrões de
Consumo
Beber de risco:

• + de 2 doses por dia


• + de 14 doses por semana (homens)
• + de 7 doses (mulheres)
• não deixar de beber pelo menos 2 dias na
semana.

Beber pesado episódico (Bing):

• Consumo de 5-6 doses de álcool


• em uma única ocasião
• ao menos uma vez por mês
Lapsos e Recaídas
• Antes da recaída existe o lapso, que não necessariamente precisa terminar numa recaída;

• Lapso é o uso da substância sem que atinja os níveis anteriores à abstinência;

• Recaída é a volta ao consumo da substância nos mesmos padrões anteriores à abstinência;

• O lapso e a recaída fazem parte do processo de mudança e não significam fracasso, mas devem
ser entendidos e discutidos para se evitar próximas recaídas.
Tolerância e Abstinência
Tolerância:

• Após o consumo prolongado de substâncias psicoativas o corpo é “forçado” a se adaptar.

• O sujeito passa a fazer uso de quantidades cada vez maiores da droga para
experimentar as sensações que obtinha no início do uso.

Abstinência:

• Conjunto de sintomas que surgem após a interrupção do uso de substâncias psicoativas,


quando tomadas repetidamente, geralmente por um longo período de tempo e em altas
doses.

• A abstinência pode estar acompanhada por vários distúrbios e alterações fisiológicas e


psicológicas.
Álcool
Droga com efeito bifásico.

Logo após a ingestão do álcool aparecem efeitos estimulantes como:


• Euforia
• Desinibição
• A pessoa sente-se disposta
• Reduz seus reflexos

Aumentando a quantidade da bebida começam a aparecer os


efeitos depressores como:

• Diminuição da resposta aos estímulos


• Prejuízo na coordenação motora, atenção e julgamento
• Sonolência
• Fala pastosa
Intoxicação aguda por álcool

• Hálito etílico
• Lapsos de memória
• Alteração de consciência
• Irritabilidade
• Pavio curto
• Impulsividade
• Queimação no estômago, sede
• Dor de cabeça
• Moleza no corpo
• Náuseas, vômitos, sensação de mal-estar
• Ressaca
Síndrome de
Abstinência Alcoólica
Irritabilidade, inquietação, insônia
Fraqueza
Sudorese
Taquicardia
Tremores
Náuseas, vômitos
Tontura
Boca seca;
Perturbações no sono;
Desorientação temporal e espacial
Estimulantes do Sistema Nervoso Central

Aumentam a atividade mental, fazendo


com que o cérebro funcione de forma
mais acelerada
• Anfetaminas
• Cafeína
• Cocaína, crack
• Tabaco

Escultura feita com 15 mil bitucas de


cigarros no Conjunto Nacional – SP (2009)
Cocaína / Crack

• A cocaína é uma substância extraída das


folhas de uma planta originária da
América do Sul (Erythroxylon coca)

• Pode ser consumida na forma de um sal


(cloridrato de cocaína), um pó que é
inalado ou dissolvido em água e injetado,
ou sob a forma de uma base que é
fumada (crack e merla)
Diferenças entre as vias de consumo

Cheirada:
• Efeito em 00:30 com duração de 01:00
a 01:30
Injetável:
• Efeito em 30-45 segundos com duração
de 00:20
Fumada:
• Efeito em 8-10 segundos com duração
de 00:20
Efeitos
Cocaína / Crack
• Sensação intensa de euforia, poder e excitação
• Hiperatividade
• Perda da sensação de cansaço
• Insônia
• Falta de apetite
• Aumento da libido
• Aceleração do pensamento
Efeitos
Cocaína / Crack
Com doses maiores:
Irritabilidade
Agressividade
Delírios e alucinações (psicose cocaínica)
Aumento da temperatura e convulsões
Intoxicação Aguda – Cocaína / Crack

• Sintomas de paranóia (nóia), pânico

• Dilatação das pupilas (piora da visão)

• Tremores, aumento da temperatura

• Convulsões, derrame cerebral

• Aumento da pressão arterial, infarto

• Insuficiência renal aguda

• Problemas pulmonares (crack/merla/oxi)


Síndrome de Abstinência
de Cocaína / Crack

Primeira fase = Crash


Quando se interrompe o uso da droga, pode-se prolongar até o quarto dia:
• Disforia / depressão
• Ansiedade, diminuição da energia
• Lentificação, fadiga
• Fissura intensa e diminui ao longo de 4 horas
• Necessidade de sono (hipersonia) por vários dias até normalização do
humor
Síndrome de Abstinência
de Cocaína / Crack
Segunda fase = Abstinência
Pode durar até 10 semanas.
• Anedonia (perda de sentir prazer) é o mais marcante
• Ansiedade
• Hiper ou hiposonia
• Aumento de apetite
• Tremores, dores musculares
• Movimentos involuntários
Síndrome de Abstinência
de Cocaína / Crack

Terceira fase = Extinção

• Resolução completa dos sinais e sintomas físicos;

• A fissura é residual e pode durar meses ou anos.


Problemas Crônicos no uso
de Cocaína / Crack

• Dependência, depressão, psicose

• Necrose de septo nasal (cocaína)

• Doenças pulmonares (crack, merla, oxi)

• Doenças cardíacas

• Isolamento

• Piora no desempenho social e profissional


Drogas Alucinógenas ou Perturbadoras do
Sistema Nervoso Central

Alteram a percepção, fazendo com que o


cérebro passe a trabalhar de forma
desordenada, provocando confusões na
visão, na audição e o tato.
• Maconha
• Êxtase ou ecstasy 
• Ayahuaska
• LSD
• Cogumelo
Maconha

A cannabis sativa - contem mais de 400


componentes ativos. O mais bem estudado
deles é o delta – tetraidrocanabinol (THC).
Tempo do Efeito:
• Se for fumada, o THC vai rapidamente para
o cérebro (15 a 20 min.) e o efeito dura
aproximadamente 5 horas.
• Se for ingerido (space cakes, bolos e
manteigas) o efeito demora para aparecer
(cerca de 1 hora), mas dura
aproximadamente 12 horas.
Maconha - Intoxicação Aguda

• Desatenção, psicose aguda


• Sintomas de pânico (bad trip)
• Falta de coordenação motora,
moleza
• Tremores, suor; sonolência
• Hiperemia conjuntival (olhos
vermelhos)
• Dilatação pupilar
• Diminuição da saliva
• Taquicardia
Maconha - Intoxicação Aguda

• Fome
• Alterações na pressão arterial
• Vertigens e náuseas
• Asma, bronquite, câncer de pulmão
• Diminuição de até 60% na produção
de testosterona dos homens
• Depressão, psicose
• Piora da concentração e do
desempenho intelectual
• Diminuição da resposta imunológica
Síndrome de Abstinência da Maconha

• Dor de cabeça, insônia

• Nervosismo, inquietação, ansiedade

• Irritabilidade, sintomas depressivos

• Redução do apetite

• Mudança repentina de estado de ânimo

• Secreção excessiva de suor

• Sensibilidade a luz
Fatores de Risco e Fatores de Proteção

Fatores de Proteção: Diminuem a probabilidade de uso de drogas

Fatores de Risco:
• Aumentam a probabilidade de uso de • Pressão dos amigos
drogas
• Baixa autoestima
• Necessidade de prazer imediato
• Baixa autoconfiança
• Desestrutura familiar
• Intolerância a frustrações
• Dificuldade de lidar com questões
emocionais • Alguns fatores orgânicos, genéticos
ou hereditários
• Necessidade de transgredir regras
impostas pela sociedade
Fatores de Risco e Fatores de Proteção

Fatores de Risco: Fatores de Proteção:

Aumentam a probabilidade de uso de drogas Diminuem a probabilidade de uso de


• Baixa autoestima; drogas

• Baixa autoconfiança; • Família;


• Pressão dos amigos; • Trabalho;
• Desestrutura familiar;
• Amigos;
• Intolerância a frustrações;
• Auto estima;
• Necessidade de prazer imediato;
• Dificuldade de lidar com questões • Lidar com frustração;
emocionais; • Atividades Física,
• Necessidade de transgredir regras impostas
pela sociedade. • Espiritualidade
O que é família?
A Família:
Como Sistema

• É o primeiro grupo a que cada pessoa pertence

• Está inserida e reproduz regras da sociedade;

• Local de aprendizagem e experimentação de


regras e limites;

• Pode oferecer sensação de proteção, segurança


e bem-estar e

• As gerações transmitem padrões e valores que


serão reproduzidos.
As drogas no Sistema Familiar

• Uso de drogas - Afeta tanto o indivíduo como sua família;

• Vários estudos brasileiros apontam a melhora significativa dos


dependentes de drogas quando suas famílias são incluídas nos
tratamentos;

• Fator de Proteção X Fator de Risco


A importância da Família no tratamento

• Os familiares também sentem o


impacto da dependência e acabam
adoecendo emocionalmente ,
apresentando:

• Estresse

• Culpa

• Raiva

• Medo
A importância da Família no tratamento

• A participação da família no tratamento do


Dependente Químico é fundamental para o:

• Fortalecimento da autoestima e confiança;

• Garantir o engajamento e manutenção do


tratamento, evitando o “boicote”;

• Resgatar o desenvolvimento de
competências e ampliação do repertório;

• Atuar em questões da dinâmica familiar


que surgem como Fatores de Risco.
Codependência
 Transtorno emocional característico de familiares ou de
pessoas da convivência direta e fortemente ligadas
emocionalmente ao dependente químico;

 Há um conjunto de padrões de conduta e pensamentos


patológicos que produzem sofrimento psíquico no
codependente;

 Muitas vezes, ao invés de ajudar o dependente a melhorar, os


codependentes acabam reforçando comportamentos
patológicos.
Facilitação

 Ações que buscam ajudar a pessoa, mas acabam “atrapalhando”!

 Omissão ou fata de oposição para impedir a realização de


determinado ato;

Atitudes tomadas pelo codependente que colaboram com a


continuação da Dependência Química. Estas atitudes são:

 Minimizar

 Controlar

 Proteger

 Assumir responsabilidade

 Compactuar
A Importância de Evitar a Facilitação

A postura assertiva adotada pela família e pela empresa durante o tratamento


favorece:

 Estabelecer limites e favorecer a sensibilização do dependente para o


tratamento;

 Interromper o ciclo da Dependência Química;

 Propiciar condições para uma recuperação adequada.


Quais os fatores que levam uma
pessoa a usar drogas?
Sistema de Recompensa

• Comanda Funções Vitais;

• Essenciais a sobrevivência do indivíduo e


espécie;

• Estímulos ativam este sistema;

• Liberação de Neurotransmissores

• E por fim... sensação de bem estar!


Mecanismo da Dependência

Estimulo prazeroso
Consumo de álcool e drogas

Ativam Sistema de recompensa do SNC

Neuroadaptações
Euforia e bem-estar

Propensão a repetir o consumo


Para manter o “prazer
Sistema de Recompensa Cerebral

Ele “reforça” atividades essenciais a sobrevivência do organismo.

Probabilidade de mantermos comportamentos importantes para a manutenção


da vida e sobrevivência da espécie.
O que fazer ?
• Manter uma postura neutra e compreensiva
e não confrontar;
• Mantê-lo em ambiente seguro, sem objetos
cortantes;
• Vigiar a pessoa se houver risco de fuga ou
autoagressão ou heteroagressão;
• Conversar com a pessoa e não deixá-la
sozinha;
• Não falar muito e ouvir mais, pois muitas
vezes a pessoa só precisa ser ouvida.
O que fazer se o empregado apresentar resistência?

• Não confronte;

• Converse de maneira tranquila, sem


alteração da voz;

• Demonstre que você está preocupado com


ele e quer que ele fique bem;

• Aguarde ele se acalmar para sensibilizar


para a importância do auto cuidado e
tratamento.
Cuidados importantes

• Não abandonar o caso por achar que é


“sem solução”;

• Sensibilizar, orientar e acolher;

• Estar atento aos rótulos e preconceitos;

• Não tomar atitudes precipitadas;

• Não deixar de agir por medo;

• Compartilhar informações.
Identificando
um problema
• Mudanças (marcantes) de comportamento • Pr
• Alterações de humor com frequência sem • Ad
motivo aparente
• Ch
• Comportamentos inadequados
• At
• Faltas e atrasos constantes
• Pi
• Perda de controle, irritabilidade no trato com
o outro
• Problemas de relacionamento com colegas e
chefia
Principais sinais
que sugerem
um problema
• Isolamento – esquivo
• Descuido com a aparência
• Falta de higiene, desleixo, barba por fazer, cabelos
sujos ou despenteados, unhas sujas ou mal cortadas
• Ganho ou perda de peso significativo
• Hálito etílico
• Frequentes ferimentos ou curativos pelo corpo
• Ideias de perseguição (paranoia)
• Intolerância: reações desproporcionais

• Mudança brusca de humor sem motivo aparente


• Frequentes consultas médicas
• Constante dificuldade financeira, empréstimos e
vendas de bens
Principais sinais
que sugerem um
problema
• Alguns sintomas de depressão
• Angústia, principalmente às segundas
• Ansiedade intensa
• Insônia ou dificuldade para dormir
• Reações exageradas à críticas
• Fazer uso de mentiras e histórias para
justificar situações
• Perda de concentração e de memória
• Acidentes de trabalho
• Maior disposição para beber com os
amigos
• Desinteresse em promoção de cargo
Posturas mais adequadas diante do sofrimento do outro

• Enfrente o seu próprio preconceito – se perceber que evita lidar com a situação se pergunte:
PORQUE?

• Se possível, demonstre que não nutre contra ele sentimentos negativos

• Lembre-se: a grande maioria deixa de procurar ajuda por estigma, desinformação, medo e
vergonha (ensine)

• Cuidado com termos pejorativos. Formas irônicas e palavras inapropriadas devem ser combatidas
pois leva o empregado a uma condição de extremo sofrimento e baixa estima – Trate-o com
naturalidade e respeito

• Mostre-se genuinamente interessado e não curioso

• Seja direto, uma conversa franca e aberta é um bom começo

• Seja realista e confiável – garanta o sigilo


O que fazer?

• Eliminar crenças infundadas sobre a Saúde


Mental;

• Alertar sobre perigo da automedicação;

• Reduzir sentimentos de culpa de pessoas com


sinais e sintomas;

• Melhorar a aceitação de pessoas com Transtorno


Mental, por parte dos colegas de trabalho;

• Encaminhar para o Serviço Social e atendimento


psicológico.
Entrevista
Motivacional
• Abordagem de aconselhamento utilizada na
promoção da mudança de comportamento
a favor de um estilo de vida saudável.

• Estilo de comunicação habilidosa que tem


por objetivo evocar as motivações internas
do empregado para fazer mudanças
comportamentais de acordo com os
interesses que este tem para a melhoria de
sua saúde.
5 Princípios Gerais da
Entrevista Motivacional
Expressar empatia Acolher, aceitar e compreender sem fazer julgamentos.

Mostrar para o empregado as diferenças entre suas metas


Desenvolver discrepância de vida e seu comportamento.

Evitar a confrontação Colocar argumentos e convidar o empregado à reflexão.

O empregado não é um adversário a ser derrotado, a


Lidar com a resistência do paciente decisão está nas mãos dele.

Fortalecer a auto-eficácia do paciente Encorajar o empregado a acreditar na sua capacidade de


efetuar mudanças.
Estágios de Motivação
Estágios de Motivação
Pré-Contemplação Só percebe o lado positivo do uso de álcool e outras drogas. Não percebe ou nega
as perdas.

Contemplação Começa a perceber que também há o lado negativo, mas não faz nada para mudar.
Está dividido.

Preparação Começa a se preparar psicologicamente para ficar sem o álcool e outras drogas e faz
algumas tentativas de mudança.

Ação Coloca em pratica a mudança; para com o uso de álcool e outras drogas.

Manutenção Depois de seis (6) meses da mudança. Maior confiança e firmeza.

Pode ocorrer mesmo em ação ou manutenção o que não significa fracasso.


Recaída
Momento para aprender a melhor lidar com situações de risco.
Ambivalência

• A ambivalência é um estado mental


no qual uma pessoa tem sentimentos
conflitantes e até contraditórios a
respeito de um tema;

• Pode levar desde a angústia até a


incapacidade de tomar decisões;

• É uma ocorrência normal, aceitável e


compreensível.
Estimular a Motivação
para a Mudança
Objetivos:

• Auxiliar na resolução da
ambivalência;

• Identificar o Estágio e a
Prontidão para a mudança;

• Lidar com a resistência;

• Reconhecer e fortalecer as
“Falas de Mudança”.
Orientações para uma
Boa Intervenção

• Demonstre sensibilidade e empatia - seja


receptivo às questões abordadas;

• Conscientize sobre os benefícios da mudança:

• Quais seriam as vantagens de você mudar seu


comportamento?

• Encoraje e reforce a auto eficácia:

• Eu acredito que você é capaz! Vamos tentar?


Orientações para uma
Boa Intervenção

Utilize perguntas abertas:


• Faça uma Escuta Reflexiva - modo de
• Facilitam a comunicação;
demonstrar o entendimento do que o
• Fazem com que o empregado esteja mais
receptivo à intervenção: empregado lhe diz:
• Como você se sente sobre o que estamos
• O que você está querendo me dizer é que...
conversando?
• De que forma você acredita que pode • Deixa eu ver se entendi...
modificar este comportamento?
• Então você...
• O que você pensa sobre o que eu disse?
• Fale mais sobre isso.
Orientações para uma
Boa Intervenção

• Demonstre sensibilidade e empatia;

• Garanta que ele não será exposto;

• Mostre-se genuinamente interessado em ajudar;

• Atenção aos termos utilizados - evite palavras pejorativas;

• Tenha uma postura adequada para não reagir ao ouvir;

• Evite piadas e brincadeiras como uma tentativa de “quebrar o gelo”;

• Explique clara e objetivamente os motivos que te levam a conversar com ele;

• Sensibilize o empregado – falando do que é FATO, não o que se imagina.


O que não deve ser feito?
• Omitir e não abordar o empregado que demonstra
sinais de uso indevido de álcool e outras drogas;

• Utilizar qualquer conhecimento a respeito da vida


pessoal do empregado para confrontá-lo;

• Comentar com outras pessoas sobre a abordagem


realizada;

• Negar ou minimizar os problemas relacionados ao uso


de substâncias;

• Evitar posturas protetoras - facilitam a negação do


problema e dificultam que o empregado aceite buscar
ajuda profissional;

• Ficar fazendo muitos rodeios para evitar falar


diretamente sobre o assunto.
O queASSIST
não deve ser feito?
• Omitir e não abordar o empregado que demonstra
• Instrumento desenvolvido para triagem do uso
sinais de uso indevido de álcool e outras drogas;
de substâncias psicoativas;
• Utilizar qualquer conhecimento a respeito da vida
• Composto por 8 questões que abordam o uso e
pessoal do empregado para confrontá-lo;
problemas relacionados a diversas substâncias.
• Comentar com outras pessoas sobre a abordagem
Orealizada;
ASSIST fornece informações sobre:

•• Uso
Negarde
ousubstâncias
minimizar os na vida e relacionados
problemas nos últimos aotrês
uso
meses;
de substâncias;
• Problemas relacionados ao uso de substâncias;
• Evitar posturas protetoras - facilitam a negação do
• Risco atual
problema ou futuros
e dificultam que oproblemas
empregado decorrentes
aceite buscar
do uso;
ajuda profissional;
•• indícios de dependência.
Ficar fazendo muitos rodeios para evitar falar
diretamente sobre o assunto.
ASSIST

• É composto por oito questões. As questões de um a sete abordam o uso e os


problemas relacionados a diversas substâncias (tabaco, álcool, maconha, cocaína,
anfetaminas, inalantes, hipnóticos/sedativos, alucinógenos e opióides). Algumas
drogas adicionais, que não fazem parte deste lista, podem ser investigadas na
categoria de OUTRAS DROGAS.

• O ASSIST deverá ser aplicado no acolhimento quando o empregado procurar ou for


encaminhado para o Programa de Prevenção e Tratamento da Dependência
Química.

• É importante que, inicialmente, o entrevistador explique o conteúdo das questões


do ASSIST, a razão das perguntas e forneça orientações claras para as respostas.

• Antes de iniciar as perguntas, será entregue ao empregado o cartão de respostas


correspondente a cada pergunta. Estes cartões ajudarão o empregado a lembrar as
alternativas de respostas lidas pelo entrevistador.
ASSIST – Cartão de Respostas
ASSIST

Após a aplicação do ASSIST e cálculo da pontuação do empregado para


cada substância, o entrevistador deverá:

• Fornecer uma orientação preventiva, reforçando o comportamento de


BAIXO RISCO para empregados que apresentarem escores menores do que
3 (ou 10 no caso do álcool);
• Aplicar uma intervenção breve para empregados com escores entre 4 e
26 (ou 11 para o álcool).
Sinais de identificação de problemas relacionados
ao uso de substâncias psicoativas na empresa

• Absenteísmo
• São empregados que recebem um maior número de licenças do que os sem problema,
muitas vezes por doenças vagas como resfriados, gripes, enxaquecas, dores
generalizadas;
• Saem mais cedo um número maior de vezes;
• Faltam com maior frequência;
• Apresentam ausências de curta duração, com ou sem comprovantes médicos;
• Apresentam ausências nas segundas, sextas-feiras e dias que antecedem ou sucedem
os feriados;
• Ausentam-se sem autorização.
Sinais de identificação de problemas relacionados
ao uso de substâncias psicoativas na empresa

• Presenteísmo
• Prolongam mais seus tempos de “cafezinho”;
• “Dão uma chegada” aos seus carros nos horários de expediente;
• Frequentam o banheiro, bebedouros, estacionamento e sala de descanso com uma frequência
maior;
• A frequência constante ao banheiro pode ser por náuseas, vômitos, diarreias ou para utilização da
substância
• Estendem os horários de almoço e café;
• Apresentam preocupação frequente, ficando mais “aéreos” no trabalho, com diminuição de
concentração e foco.
Sinais de identificação de problemas relacionados
ao uso de substâncias psicoativas na empresa
• Rendem menos nos horários vespertinos do que nos • Esquecem compromissos de trabalho tais como
matutinos; reuniões e prazos de entrega;

• Apresentam maiores dificuldades para a aquisição de • A liderança recebe com maior frequência queixas
novos conhecimentos; dos colegas e clientes;

• Podem ter uma tendência a serem mais rígidos nos • Começam a necessitar de um tempo maior para a
seus hábitos; realização de tarefas costumeiras;

• Podem apresentar desconforto com mudanças na • Apresentam dificuldade em reconhecer seus erros;
rotina de trabalho;
• Apresentam alternância entre períodos de alta e
• São inclinados a reclamações; baixa produtividade, que se torna cada vez mais
insatisfatória;
• Utilizam mais o convênio médico por apresentarem
problemas diretos e indiretos do abuso ou
dependência de substâncias;

• Apresentam produtividade e desempenho


insatisfatórios;
Sinais de identificação de problemas relacionados
ao uso de substâncias psicoativas na empresa

• Apresentam dificuldades com tarefas complexas;


• Passam a apresentar hábitos de trabalho irregulares;
• Podem apresentar desinteresse em promoção de cargo chegando a indicar terceiros para
substituí-lo no novo cargo.
Alterações Emocionais e Comportamentais

 Alterações de humor com frequência, explosões inoportunas de ira, choro ou


riso;
 Reações exageradas às críticas e envolve-se com mais facilidade em
discussões;
 Criação de mentiras e histórias confusas para justificar situações anormais;
 Ideias de perseguição (se acha alvo de injustiças);
 Lapsos e prejuízo de memória recente;
 Baixa capacidade de concentração;
 Ansiedade intensa;
Comportamento Social e Familiar

 Dívidas constantes, com pedidos de empréstimos frequentes, venda de imóveis e bens;

 Afastamento gradual de amigos e familiares, deixa de atender telefonemas, recusa


convites para encontros familiares, comumente se isola em sua atividade;

 Mudança do grupo de amigos e locais que frequenta;

 Falta de cuidado no trato com familiares e amigos e com seus pertences pessoais;

 Telefonemas para amigos e familiares embriagado, com voz “mole”;

 Queixa-se, vitimiza-se, torna-se repetitivo e “carente”, entre outras atitudes


inconvenientes;

 Postagens frequentes em redes sociais em situações associadas ao álcool.


Comportamento Social e Familiar
 Problemas Familiares
 Brigas frequentes;
 Separação conjugal;
 Violência doméstica;
 Abuso sexual.

 Problemas policiais e judiciais


 Envolvimento em brigas com agressão, furtos e roubos, pequenos delitos;
 Dirigir embriagado.

 Problemas de ordem educacional


 Perda de oportunidades;
 Comprometimento do desempenho escolar dos filhos.
Taxas de Acidentes

 Envolve-se mais em acidentes de


trabalho e fora do serviço (que
afetam a sua produtividade);

 Há frequentes quedas, tropeços em


móveis, portas e tapetes;

 Menor compromisso com o uso de


equipamentos de segurança e presta
menos atenção às instruções de
segurança.
Orientações para uma boa intervenção

 Demonstre sensibilidade e empatia - seja receptivo às questões abordadas;

 Conscientize sobre os benefícios da mudança:

Quais seriam as vantagens de você mudar seu comportamento?

 Encoraje e reforce a auto eficácia:

Eu acredito que você é capaz! Vamos tentar?


Orientações para uma boa intervenção

UTILIZE PERGUNTAS ABERTAS

Facilitam a comunicação;

Fazem com que o empregado esteja mais receptivo à intervenção:

Como você se sente sobre o que estamos conversando?

De que forma você acredita que pode modificar este


comportamento?

O que você pensa sobre o que eu disse?


Orientações para uma boa intervenção

Faça uma Escuta Reflexiva - demonstra o entendimento do


que o empregado lhe diz:

O que você está querendo me dizer é que...

Deixa eu ver se entendi...


Orientações para uma boa intervenção

Preste atenção à comunicação não verbal do empregado e aos sinais de:

 Ansiedade – suor frio, inquietação;

 Resistência – parece não estar ouvindo, fica olhando para a porta, responde sempre com
“mas...”;

 Desinteresse – demonstra querer ir embora logo, senta na ponta da cadeira, diz que não tem
problema, que vive bem assim.
O que fazer se o empregado ...

Se o empregado continuar resistente:

 Não confronte;

 Reforce a sua disponibilidade;

 Peça para o empregado pensar sobre o assunto;

 Marque outro dia e horário para conversarem novamente.


O que não deve ser feito?
 Utilizar qualquer conhecimento a respeito da vida pessoal do
empregado para justificar sua suspeita e encaminhamento;

 Negar ou minimizar os problemas relacionados ao uso de


substâncias;

 Evitar posturas protetoras - facilitam a negação do problema e


dificultam que o empregado aceite buscar ajuda profissional;

 Ficar fazendo muitos rodeios para evitar falar diretamente sobre


o assunto.
HISTÓRICO
Gerenciamento de Caso
O Gerenciamento de Casos (GC) é uma abordagem terapêutica para o
atendimento de pessoas com múltiplas necessidades, desenvolvida nos
EUA em meados de 1960, quando os serviços de Saúde Mental
passaram a ocorrer em ambulatórios localizados em centros
comunitários, com Assistentes Sociais integrando suas equipes.
HISTÓRICO

• Esse modelo se tornou popular em 1990 como uma etapa


essencial no tratamento da Dependência Química no período
de transição entre internação e tratamento ambulatorial.

• É um método pelo qual o profissional – gerente de casos –


avalia as necessidades do paciente e de sua família,
coordenando, monitorando e avaliando múltiplas práticas e
serviços a fim de contemplar as necessidades específicas do
paciente.
CONCEITO

Gerenciamento de Caso pode ser


definido como um conjunto de
intervenções que visa facilitar desfechos
esperados do tratamento.

(Figlie & Laranjeira, 2004)


Gerenciamento de Caso

• Fornece suporte individualizado aos pacientes e seus familiares;


• Auxiliar o paciente na solução de problemas, no suporte da família e na empregabilidade
do mesmo;
• Facilitar o acesso a consultas para tratamentos específicos, se necessário;
• Favorecer a integração e a interlocução entre os profissionais envolvidos no caso.
• Manter-se alerta às mudanças nas necessidades e problemas do paciente durante o
curso do tratamento;
• Informar ao paciente que em caso de abandono ao tratamento, ocorrerá o contato com
ele para sensibilização da importância do retorno ao acompanhamento;
• Após a alta, realizar o Follow-up que é o acompanhamento para reforçar e dar
continuidade ao processo de recuperação, no sentido de fornecer suporte na reabilitação
do paciente na comunidade, identificando precocemente futuras dificuldades.
Manejo dos casos
No ambulatório médico:

• Médico realizará avaliação clínica para investigar


possível causa da agressividade, agitação
psicomotora ou surto psicótico;

• Manter outra pessoa presente durante o


atendimento com empregado;

• Encaminhar o empregado ao Pronto Socorro e se


possível, para um atendimento emergencial
psiquiátrico.

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