Você está na página 1de 28

GESTÃO E FISCALIZAÇÃO DE CONTRATOS PÚBLICOS

PRINCÍPIOS DE CONTROLE, RESULTADOS


DA GESTÃO E PREVENÇÃO DE FRAUDES E ERROS

Rodrigo De Bona da Silva


Analista de Finanças e Controle
Núcleo de Ações de Ouvidoria e Prevenção à Corrupção
Controladoria-Geral da União – Regional Santa Catarina
REDE DE CONTROLE DA GESTÃO PÚBLICA

CONTROLE SOCIAL

CONTROLE
EXTERNO
MINISTÉRIO PÚBLICO

CORREGEDORIAS
CONTROLE
INTERNO
CONTROLE INTERNO

CONTROLE  DEFINIÇÃO

“O Controle Interno representa em uma organização o


conjunto de procedimentos, métodos ou rotinas com os
objetivos de proteger os ativos, produzir dados contábeis
confiáveis e ajudar a administração na condução
ordenada dos negócios da empresa”.
ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti.
Auditoria: um curso moderno e completo.
São Paulo: Atlas, 1996.
CONTROLE INTERNO
FUNÇÕES

Garantir a precisão e confiabilidade das
informações;


Salvaguardar o patrimônio;


Estimular a eficiência (resultados x
custos);


Garantir a aderência às normas legais;
CONTROLE INTERNO

SECRETARIA DE TRANSPARÊNCIA E CONTROLE – FPOLIS


•REGIMENTO INTERNO
•CAPÍTULO II: SISTEMA MUNICIPAL DE CONTROLE INTERNO
 
Art. 2º. O Sistema Municipal de Controle Interno
compreende o plano de organização e o conjunto
integrado de métodos e procedimentos adotados pelos
órgãos ou entidades municipais na proteção do
patrimônio público e ainda a promoção da confiabilidade e
tempestividade dos registros e informações, da eficácia e
eficiência das operações dos gestores públicos.
PRINCÍPIOS DE CONTROLE INTERNO
A implementação de mecanismos consistentes de
Controle Interno deve levar em consideração:

• Relação custo / benefício (custo x risco x valor);


• Delegação de poderes e definição de responsa-
bilidades;
• Instruções devidamente formalizadas;
• Segregação de funções;
• Qualificação adequada, treinamento e rodízio;
• Controle sobre as transações;
• Aderência a diretrizes e normas legais;
CONTROLE INTERNO,

TRANSPARÊNCIA,

RASTREABILIDADE DAS TRANSAÇÕES

E A LEI DA FICHA LIMPA


COMPROVAÇÃO DA
REGULARIDADE NA APLICAÇÃO
DE RECURSOS PÚBLICOS
Transparência, acesso à informação e prestação de contas:
O GESTOR DEVE GARANTIR AOS CONTROLES SOCIAL
E INSTITUCIONAL, A COMPLETA RASTREABILIDADE
DAS OPERAÇÕES (FINANCEIRAS OU NÃO),
PERMITINDO A QUALQUER CIDADÃO TESTAR O FLUXO DE
CONTRATAÇÃO E RECEBIMENTO DE BENS E SERVIÇOS,
DESDE SUA ORIGEM ATÉ SUA EFETIVA
UTILIZAÇÃO NA FINALIDADE A QUE SE PROPÕEM.
ENUNCIADO DE DECISÃO N.° 176 / TCU

O ÔNUS DA PROVA É DO GESTOR

“Compete ao gestor comprovar


a boa e regular aplicação
dos recursos públicos,
cabendo-lhe o
ônus da prova.”
COMPROVAÇÃO DA
REGULARIDADE NA APLICAÇÃO
DE RECURSOS PÚBLICOS

CONTROLES ADMINISTRATIVOS FRÁGEIS:

NOTAS FISCAIS, MESMO QUE ATESTADAS,


NÃO COMPROVAM ISOLADAMENTE A
REGULARIDADE DA APLICAÇÃO
DOS RECURSOS.
COMPROVAÇÃO DA
REGULARIDADE NA APLICAÇÃO
DE RECURSOS PÚBLICOS

DEPENDE ACUMULATIVAMENTE DE:


• Notas fiscais atestadas por quem participou do ato de
conferência; ou
• Notas fiscais atestadas com base em comprovantes emitidos
por quem participou do ato de conferência;
• Comprovação das aquisições e destinações mediante
registro nos estoques;
• Documentação arquivada comprovando a entrega ao destino
das mercadorias retiradas dos estoques.
GARGALOS DE TRANSPARÊNCIA NO FLUXO
DE COMPRAS E EXECUÇÃO CONTRATUAL

VA:
O
PR STO
ATE
COMPROVAÇÃO DA
REGULARIDADE NA APLICAÇÃO DE
RECURSOS PÚBLICOS
Acórdão TCU n.°1.600/2011
15. Nesse sentido, registro que não há como aceitar o argumento [...] no
sentido de que há controle natural das entradas e saídas dos
medicamentos. O que, na verdade, foi possível constatar é a ausência de
registros de entrada, saída e controle de estoques de medicamentos. A
verificação física dos estoques não revelou a existência de sinais que
pudessem conduzir à conclusão de que os medicamentos foram
entregues, [...].
Com efeito, o atesto de recebimento da Secretária Municipal de
Saúde nas notas fiscais não é capaz de, por si só, comprovar o
efetivo recebimento dos medicamentos, tendo em vista a ausência
de quaisquer outros indícios de que os produtos tenham sido
entregues.”
ACÓRDÃO N.° 6.558/2010 – TCU – 1° CÂMARA
• Comprovação da boa aplicação é representada pela
evidenciação da entrega das mercadorias compradas e
pagas (somente o atesto não é evidência);
• Comprovação da regular aplicação mediante controle de
estoques (entradas e saídas);
• Demonstrativos de quantidades e valores “nada valem como
comprovantes da execução física e financeira do Programa,
porque simplesmente não estão acompanhados dos
documentos pertinentes que lhes possam emprestar
confiabilidade”;
• Julgamento das contas irregulares com aplicação de multa
ao responsável e determinação de recolhimento do valor não
comprovado, atualizado e acrescido dos juros de mora.
EXEMPLO: PONTE SERRADA/SC

NÃO SABIA QUE PRECISAVA TER CONTROLES?


EXEMPLO: PONTE SERRADA/SC
EXEMPLO: PONTE SERRADA/SC
EXEMPLO: PONTE SERRADA/SC

QUAL O DOLO?
•ELE SABE QUE DEVE TER CONTROLES
•ASSUME O RISCO DE PREJUÍZOS
•AGRAVANTE: HISTÓRICO DE PROBLEMAS

NÃO PRECISOU FICAR COMPROVADO:


•QUE O GESTOR RECEBEU DINHEIRO
•QUE LEVOU OUTRA VANTAGEM
•QUE FALTOU MERENDA OU MEDICAMENTO
PARA A POPULAÇÃO
GARGALOS DE TRANSPARÊNCIA NO FLUXO
DE COMPRAS E EXECUÇÃO CONTRATUAL

VA:
O
PR STO
ATE
IA
N C
R Ê
PA
NS
A
TR
PRINCÍPIOS DE CONTROLE INTERNO
Avaliação de risco em relação a:

• Relação custo / benefício (custo x risco x


valor);
• Delegação de poderes e definição de
responsa-
bilidades;
• Instruções devidamente formalizadas;
• Segregação de funções;
• Qualificação adequada, treinamento e
rodízio;
• Controle sobre as transações;
COMPONENTES DO CONTROLE INTERNO (COSO)
Avaliação de risco em relação a:

• Ambiente de Controle
• Análise e Resposta aos Riscos, feita pelos
Gestores
• Observância/funcionamento dos Controles
Primários
• Gestão do fluxo de Informação e
Comunicação
• Monitoramento/Supervisão, pelos gestores,
sobre os Processos e Fluxos
CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO – CGU
Órgão Central de Controle Interno do Poder Executivo Federal

Ações desenvolvidas

Prevenção

Auditoria e
Fiscalização Correição

Ouvidoria
PROGRAMA DE FISCALIZAÇÃO POR SORTEIOS PÚBLICOS
Causas da grande maioria dos problemas detectados
• FALHAS E IRREGULARIDADES EM LICITAÇÕES (SUPRIM. DE
BENS E SERVIÇOS).

• FALHAS NA FISCALIZAÇÃO OU INEXISTÊNCIA DE FISCAL DE


CONTRATO.

• FALHAS NA ATUAÇÃO DOS CONSELHOS DE CONTROLE


SOCIAL.

• CONTROLES ADMINISTRATIVOS / PRIMÁRIOS INEFICIENTES.

• AUDITORIA INTERNA EXECUTANDO FUNÇÕES DE GESTÃO,


NÃO DE CONTROLE.
• OS GESTORES NÃO PRIORIZAM CONTROLES…
PNAE/PNAC/PNATE/PDDE/PNLD
• CONTROLES INTERNOS DE ITINERÁRIOS, CONSUMO DE
COMBUSTÍVEIS E MOVIMENTAÇÃO DE VEÍCULOS INEFICIENTES;

• CONTROLES DE RECEBIMENTO, ESTOQUE E DISTRIBUIÇÃO DE


ALIMENTOS, LIVROS DIDÁTICOS E MEDICAMENTOS
DEFICIENTES OU INEXISTENTES;

• CONTROLE PATRIMONIAL DOS BENS ADQUIRIDOS COM


RECURSOS DO PDDE DEFICIENTES OU INEXISTENTES;

• AUSÊNCIA DE IDENTIFICAÇÃO DOS PROGRAMAS NAS NOTAS


FISCAIS.

• ATESTOS NÃO EFETUADOS POR QUEM EFETIVAMENTE REALIZA


AS CONFERÊNCIAS.

• DESVIO DE FINALIDADE NA UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS.


PRINCIPAIS CONSTATAÇÕES
SAÚDE – PAB-VARIÁVEL

• Controle de frequência inadequado ou inexistente;

• Descumprimento da carga horária semanal;

• Exercício de atividades profissionais paralelas;

• Sem desconto das horas não trabalhadas;

• Descumprimento de TAC com o Ministério Público;

Você também pode gostar