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BOMBAS

Hugo Ferraz Lacerda


Metas de Hoje
● Conceitos de Bombas
● Principais componentes
● Classificaçã o das bombas
● Instalaçõ es Elevató rias
● Altura manométrica da instalaçã o
● Diâ metros dos tubos
Conceitos
Sã o má quinas que fornecem energia ao fluido em forma de energia cinética, sempre
com movimento rotativo.
Principais componentes de um bomba
- Rotor: Ó rgã o mó vel que fornece energia ao fluido. É
responsável pela formaçã o de depressã o no seu centro,
para aspirar o fluido, e de sobre pressã o na periferia, para
recalcá -la.

-Difusor: Canal de seçã o crescente, no sentido do


escoamento, que recebe o fluido vindo do rotor e o
encaminha a tubulaçã o de recalque, para transformar
energia cinética em energia de pressã o (Figura abaixo).
Existem difusores de vá rios tipos: tubo reto troncô nico
(bombas axiais); caracol ou voluta (simples ou dupla);
difusor de palhetas diretrizes.
Ó rgã os complementares
-Eixo: transmite potência do motor ao rotor da bomba. Suporta peso do rotor e cargas
axiais e radiais.

-Anéis de desgaste: junta de vedaçã o.


Ó rgã os complementares

-Selo mecânico: composta de duas superfícies polidas que deslizam uma sobre a
outra, estando uma delas fixo ao eixo ao eixo e a outra à carcaça. Quando o selo é novo
o vazamento é desprezível.

-Rolamentos: tem a finalidade de manter o eixo e rotor em alinhamento com as partes


estacioná rias, impedindo o seu movimento na direçã o radial ou na direçã o axial.
Existem vá rios tipos e a sua lubrificaçã o varia de acordo com o fabricante e horas de
trabalho.
Classificaçã o das bombas

- Quanto à trajetó ria do fluido dentro do rotor (classificação mais importante)

a) Bombas radiais ou centrífugas: Caracterizam-se pelo recalque de


pequenas vazõ es, a grandes alturas. A força predominante é a centrífuga. O
fluido entra no rotor na direçã o axial e sai na direçã o radial.
Classificaçã o das bombas

b) Bombas axiais: Caracterizam-se pelo recalque de grandes vazõ es, a pequenas


alturas. A força predominante é a de sustentaçã o (sã o projetadas de acordo com a
teoria de sustentaçã o das asas). O fluido entra no rotor na direçã o axial e sai também
na direçã o axial.
Classificaçã o das bombas

c)Bombas diagonais: Caracterizam-se pelo recalque de médias vazõ es, a médias


alturas. Nesse caso, as forças centrífugas e de sustentaçã o sã o importantes. O fluido
entra no rotor na direçã o axial e sai numa direçã o entre a axial e a radial.
Classificaçã o das bombas

- Quanto ao nú mero de entradas para aspiração ou sucçã o

a) Bombas de sucção simples ou de entrada unilateral: A entrada do líquido da-se


por meio de uma ú nica boca de sucçã o.
Classificaçã o das bombas

b)Bombas de sucçã o simples ou de entrada unilateral: A entrada do líquido da-se por


duas bocas de sucçã o, paralelamente ao eixo de rotaçã o. Esta montagem equivale a
dois rotores simples montados em paralelo.
Classificaçã o das bombas

- Quanto ao nú mero de rotores dentro da carcaça

a) Bomba de simples estágio: Contêm um ú nico rotor dentro da carcaça.


Teoricamente

b) Bomba de múltiplos estágios: Contêm dois ou mais rotores dentro da


carcaça. É resultado da associaçã o de rotores centrífugos ou radiais em série,
dentro da carcaça.

Esta associaçã o permite a elevaçã o do líquido a alturas maiores do que 100 m.


Classificaçã o das bombas
Classificaçã o das bombas

- Quanto ao posicionamento do eixo: Bomba de eixo horizontal e bombas de eixo


vertical

- Quanto à pressã o desenvolvida

a) bomba de baixa pressã o: Hm < 15 m

b) bomba de média pressã o:15m < Hm < 50m

c) bomba de alta pressã o: Hm > 50 m.


Classificaçã o das bombas

- Quanto ao tipo de rotor

a) Rotor fechado: usado no bombeamento de líquidos limpos. Contém discos


dianteiros com as paletas fixas em ambos. Evita a recirculaçã o da á gua.

b) Rotor semi-aberto: contêm apenas um disco, onde sã o afixadas as palhetas

c) rotor aberto: usado para bombas de pequenas dimensõ es. É de pouca


resistência estrutural e baixo rendimento. Dificulta o entupimento, podendo ser
usado para bombeamento de líquidos sujos.
Classificaçã o das bombas
Classificaçã o das bombas
Classificaçã o das bombas
Classificaçã o das bombas
- Quanto à posiçã o do eixo da bomba em
relaçã o ao nível de á gua (N.A.)

a) bomba de sucção positiva: o eixo


da bomba situa-se acima do N.A. do
reservató rio de sucçã o;

b) bomba de sucção negativa ou


afogada: o eixo da bomba situa-se
abaixo do N.A. do reservató rio de
sucçã o.
INSTALAÇÕ ES ELEVATÓ RIAS
Instalaçã o elevató ria típica
Instalaçõ es Elevató rias
Basicamente, a especificaçã o de uma bomba numa instalaçã o de bombeamento é função do
conhecimento de duas grandezas:

● Vazã o a ser recalcada (Q);


● Altura manométrica da instalaçã o (Hm ou H).

O desnível a ser vencido pela bomba é grandeza de fá cil mediçã o, sendo que, no caso mais
complexo (caso de abastecimento de á gua de uma cidade), um mero e simples problema de
topografia.

O material das tubulaçõ es deverá ser funçã o da natureza do fluido recalcado, da economia,
do tipo de instalaçã o (á rea ou subterrâ nea), pressã o desenvolvida pela bomba, etc.
Instalaçõ es Elevató rias
Vazão a ser recalcada:

A vazã o a ser recalcada por uma bomba em uma instalação elevató ria depende,
essencialmente, de três elementos:

● consumo diário da instalaçã o


● jornada de trabalho
● nú mero de bombas em operaçã o (caso das instalaçõ es com bombas associadas em
paralelo).
Instalaçõ es Elevató rias
O consumo diá rio da instalaçã o é, evidentemente, funçã o específica da natureza e fim a
que se destina a mesma.

Quando a á gua é praticamente matéria prima (seja de forma direta ou indireta) na


composição do produto final ou quando apresenta estreita ligaçã o com o mesmo, é o
consumo de á gua fornecido em funçã o da unidade do produto final.

Exemplo:

● - Usina de açú car – 100 litros água/kg de açú car produzido;


● - Cervejaria – 5 litros á gua/ litro de cerveja produzido.
Instalaçõ es Elevató rias
Instalaçõ es Elevató rias
Diâmetros econômicos para uma instalação elevatória

Tendo em vista a equação da continuidade (Q = A.V), sabe-se que uma mesma vazã o pode
ser transportada em tubulaçõ es de diferentes diâ metros, variando-se a velocidade de
escoamento.

A variaçã o do diâ metro, contudo, tem reflexos diretos sobre o investimento e o custo
operacional da instalaçã o, entendendo-se por tais:

● investimento: dinheiro gasto na aquisição dos tubos e equipamentos;


● custo operacional: dinheiro gasto para cobrir as despesas com a operaçã o da
instalaçã o.
Instalaçõ es Elevató rias
Assim:

● quanto maior o diâ metro da instalaçã o, maior será o investimento (o preço dos
tubos varia com o peso da unidade de comprimento).

● quanto maior o diâ metro da instalaçã o menor será o custo operacional. Com o
aumento do diâ metro (para a mesma vazã o), diminui a velocidade de escoamento
e, consequentemente, a perda de carga. Diminuindo esta, a altura manométrica da
instalaçã o será menor, sendo menor a potência necessária ao acionamento e
menor o consumo de energia elétrica (ou de combustível – caso de bombas
acionadas por motores de combustã o).
Instalaçõ es Elevató rias
Em funçã o destas informaçõ es, a necessidade de escolher uma faixa de diâ metros que
conjugue investimento e custo operacional, de forma a levar a um custo mínimo. (Custo total
= investimento + custo operacional).
Instalaçõ es Elevató rias
Baseado no critério de custo total mínimo existem vá rias fó rmulas que permitem o cá lculo do
diâ metro econô mico para uma elevató ria.

em que:

● D = diâ metro, m;
● T = jornada de trabalho, em horas;
● Q = vazã o, m3/s.

Aqui também, nã o coincidindo o diâ metro calculado com um diâ metro comercial, é procedimento
usual admitir o diâ metro comercial imediatamente superior para a linha de sucçã o e o comercial
inferior para a linha de recalque. A fó rmula da ABNT é usada quando o funcionamento é
intermitente.
Instalaçõ es Elevató rias
Velocidade econômica

Em todas as instalaçõ es de bombeamento onde o dimensionamento dos diâ metros


das linhas de sucçã o e recalque obedeceu ao critério de conjugar-se o investimento e o
custo operacional, de forma a obter-se um custo total mínimo, constatou-se que as
velocidades de escoamento ficaram dentro dos seguintes limites:

● Vsucçã o < 1,5 m/s (no má ximo 2,0 m/s)


● Vrecalque < 2,5 m/s (no má ximo 3,0 m/s)

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