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PRODUÇÃO MAIS LIMPA NA

INDÚSTRIA DE CELULOSE

Adriane Prevadeli
Bruna Vasconcellos
Jucirlene Azevedo
Luis Carlos Manfrinati
CARACTERÍSTICAS DO SETOR

Grá fico 01. Custos de produçã o no Brasil - 2017

- Produçã o em expansã o com registro de recordes consecutivos.


- Cená rio positivo em 2019 e expectativa de aumento da produçã o.
- Um dos segmentos industriais mais competitivos do país.
- Padrã o de qualidade equivalente aos melhores produtores.
- Setor utiliza madeira plantada (eucalipto e pinus).

Fonte: DEPEC-Departamento de Pesquisas e Estudos Econô micos.


PERFIL DO MERCADO

Esquema 01. Perfil do mercado de celulose no Brasil - 2016

Fontes: DEPEC-Departamento de Pesquisas e Estudos Econô micos.


IBÁ -Indú stria Brasileira de Á rvores.
CARACTERÍSTICAS DO MERCADO

Grá fico 02. Países de destino das exportaçõ es - 2017

- Demanda global.
- Voltado à exportaçã o.
- Concentraçã o em grandes empresas.
- Periodicidade de preços.
- Elevada escala de produçã o (mínimo de 1,5 milhã o de tonelada/ano).
- Demanda externa aquecida, principalmente da China e Europa.

Fontes: DEPEC-Departamento de Pesquisas e Estudos Econô micos.


IBÁ -Indú stria Brasileira de Á rvores.
PRODUÇÃO

- O custo de produçã o de celulose no Brasil é o mais baixo do mundo.


- O eucalipto leva em média 7 anos para crescer, enquanto o pinus leva em média 15 a 20 anos.

Grá fico 03. Produçã o de celulose no Brasil (mil toneladas) - 2017

Fontes: DEPEC-Departamento de Pesquisas e Estudos Econô micos.


IBÁ -Indú stria Brasileira de Á rvores.
PRINCIPAIS PRODUTORES

- O Brasil é o maior produtor mundial de celulose fibra curta, pois o clima favorece o plantio de eucalipto.
- Em demais países produtores a produçã o de celulose fibra longa é maior, pois o clima favorece florestas de pinus.

Grá fico 04. Principais produtores (mil toneladas) - 2017

Fontes: DEPEC-Departamento de Pesquisas e Estudos Econô micos.


IBÁ -Indú stria Brasileira de Á rvores.
ÁREA PLANTADA NO BRASIL

Gráfico 05. Á rea plantada com pinus - 2016 Grá fico 06. Á rea plantada com eucalipto - 2016

Fontes: DEPEC-Departamento de Pesquisas e Estudos Econô micos.


IBÁ -Indú stria Brasileira de Á rvores.
RANKING DOS MAIORES PRODUTORES

As principais empresas brasileiras estã o entre as líderes globais no segmento de celulose.

Tabela 01. Ranking dos maiores produtores de celulose no Brasil - 2015

Fonte: RISI-Consultoria em Produtos Florestais.


ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CELULOSE E PAPEL
-BRACELPA

A Associaçã o Brasileira de Celulose e Papel é a entidade que representa no Brasil e exterior, as indú strias
nacionais produtoras de celulose e do papel. Atualmente, 37 associadas respondem por 100% da produçã o
brasileira de celulose e 85% da produçã o de papel, com atividades em 539 munícipios, de 18 estados.
PROCESSO DE PRODUÇÃO DE CELULOSE
BRANQUEADA: FLUXOGRAMA

Fluxograma 01. Fluxograma das emissõ es e correntes de resíduos do processo produtivo

Fonte: Guia Técnico Ambiental da Indú stria de Papel e Celulose-Série P+L - CETESB.
PROCESSO DE PRODUÇÃO DE CELULOSE
BRANQUEADA

Etapa 01. Pátio de cavacos


- As á rvores sã o derrubadas, desgalhadas e as toras cortadas.
- As toras sã o separadas conforme o tamanho (crité rio de diâ metro).
- As toras sã o lavadas para a remoçã o do material argiloso aderido as cascas.
- A madeira segue para os descascadores, que removem a casca por atrito.
- Nos picadores, a madeira é desagregada com a funçã o de obter cavacos de tamanho uniforme.
- Os cavacos de madeira sã o armazenados a céu aberto.
PROCESSO DE PRODUÇÃO DE CELULOSE
BRANQUEADA

Etapa 02. Digestor


- Os cavacos sã o levados ao digestor para a impregnaçã o com o licor branco.
- Reaçã o do licor branco com a madeira, dissolvendo a lignina e transformando-a em celulose marrom.
Etapa 03. Celulose marrom
- Reaçã o do licor branco com a lignina, formando o licor negro.
- Apó s o cozimento, a massa e o licor passam para o tanque de descarga.
- O licor negro é enviado a evaporaçã o, para remover o excesso de á gua.
- Apó s a queima do licor negro, os constituintes inorgâ nicos (smelt) sã o coletados.
- Ao smelt é adicionada á gua quente ou licor branco fraco, para formar o licor verde.
PROCESSO DE PRODUÇÃO DE CELULOSE
BRANQUEADA

Etapa 04. Lavagem


- Na saída do digestor, a mistura de polpa (fibra) mais o licor negro sofre separaçã o por lavagens.
Etapa 05. Deslignificação
- Na deslignificaçã o, utiliza-se oxigênio puro em meio alcalino.
- Para manter o meio alcalino, adiciona-se licor branco fraco a mistura.
Etapa 06. Branqueamento
- O branqueamento é realizado em vá rios está gios á cidos ou em meio alcalino.
- Usado para impregnar a massa e oxidar qualquer residual de lignina que persista apó s o cozimento.
Etapa 07. Secagem
- A massa (98% de umidade) passa por cilindros aquecidos a vapor.
- Saem em forma de bobina (5% de umidade), cortada em folhas e enfardada para expediçã o.
ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

Etapa Entrada Aspectos Impactos Saída Aspectos Impactos


Consumo de
Energia elétrica água Escassez hídrica
Geração de
Pátio de resíduos Incômodo à
cavacos Madeira bruta químicos Poluição do solo Cavaco picado tratado + casca Ruído população
Emissão de
Consumo de partículas no
Cavaco picado tratado água Escassez hídrica ar Poluição do ar
Condensado Geração de
proveniente efluentes
Vapor do vapor líquidos
Geração de
Emissão de efluentes
Cozimento Energia elétrica vapor Poluição do ar Massa marrom cozida + licor preto orgânicos Poluição da água
Emissão de
Consumo de partículas no
Energia elétrica água Escassez hídrica ar
Emissão de
Geração de substâncias
Lavagem Filtrado da lavagem calor Incômodo à população Massa marrom lavada odoríferas Poluição do ar
ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

Etapa Entrada Aspectos Impactos Saída Aspectos Impactos


Consumo de Emissão de
Massa marrom lavada água Escassez hídrica vapor Poluição do ar
Geração de
Geração de efluentes Poluição da
Deslignificação Vapor calor Incômodo à população Massa marrom + deslignificada líquidos água
Evaporação
Emissão de de produtos
Massa marrom deslignificada vapor Poluição do ar químicos Poluição do ar
Geração de
Consumo de efluentes Poluição da
Energia elétrica água Escassez hídrica orgânicos água
Geração de
Geração de resíduos Poluição do
Branqueamento Vapor calor Incômodo à população Massa de celulose branqueada sólidos solo
MEDIDAS DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA (P+L) E DE
CONTROLE DE EMISSÕES - ÁGUA

Etapa Antes P+L Resultado

Redução no consumo de água

Descascamento à úmido
Pátio de cavacos das toras Descascamento à seco das toras Redução de matéria orgânica dissolvida nas águas residuárias

Lavador à vácuo em
Lavagem formato de tambor Lavador do tipo prensa e/ou difusor Redução de até 70% no consumo de água
MEDIDAS DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA (P+L) E DE
CONTROLE DE EMISSÕES - RESÍDUOS

Etapa Antes P+L Resultado


Descascamento das toras na Descascamento das toras na área de
Pátio de cavacos unidade industrial floresta Redução no custo de transporte e combustível
Caldeira de recuperação sem Elevação da temperatura na fornalha da
temperatura controlada caldeira de recuperação Redução de até 80% na emissão de compostos de enxofre

Substituição por lenha e gás natural


Uso de óleo combustível nas
Cozimento caldeiras auxiliares Uso de precipitadores eletrostáticos Controle na emissão de material particulado
Cloro gasoso e hipoclorito de Produto livre de cloro elementar (ECF)
Branqueamento sódio ou totalmente livre de cloro (TCF) Diminuição dos efluentes líquidos

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