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MPS
MÓDULO 10.1
TRATAMENTO DE ÁGUA
VERSÃO
2018
DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DE
PROJETOS DE SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
TRATAMENTO DE ÁGUA
SUMÁRIO
1. OBJETIVO ....................................................................................................................................... 3
2. NORMAS ......................................................................................................................................... 3
3. ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ÁGUA ................................................................................... 5
2.1 ETAS CONVENCIONAIS................................................................................................................ 8
2.2 ETAS COMPACTAS.................................................................................................................... 10
2.3 ETAS MODULARES ................................................................................................................... 10
2.4 OUTRAS SOLUÇÕES ................................................................................................................... 11
4. POÇOS E MINAS .......................................................................................................................... 12
5. ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE LODO .................................................................................. 13
5.1 CÁLCULO DE QUANTIDADE DE RESÍDUO GERADA ........................................................................ 13
5.2 TANQUES DE EQUALIZAÇÃO ....................................................................................................... 14
5.3 ADENSAMENTO DE LODO ........................................................................................................... 15
5.4 DESAGUAMENTO DE LODO ......................................................................................................... 16
5.4.1 Deságue Natural .............................................................................................................. 16
5.4.2 Deságue Mecanizado ...................................................................................................... 18
5.5 SKID PARA ADENSAMENTO E DESÁGUE MECANIZADO.................................................................. 18
6. PRODUTOS QUÍMICOS................................................................................................................ 20
6.1 CASA DE QUÍMICA ..................................................................................................................... 22
6.1.1 Reservatórios de Produtos Químicos .............................................................................. 22
7. ANÁLISES ..................................................................................................................................... 23
7.1 LABORATÓRIOS ......................................................................................................................... 24
7.1.1 Diretrizes para Laboratório Físico-Químicos Simplificado .............................................. 27
7.1.2 Diretrizes para Laboratório Físico-Químicos Completo .................................................. 29
7.1.3 Diretrizes para Laboratório Bacteriológico ...................................................................... 31
7.2 ANALISADORES DE PROCESSO................................................................................................... 32
1. OBJETIVO
2. NORMAS
DOCUMENTO TÍTULO
NBR 8196 Desenho técnico – Emprego de escalas
NR´s Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho
Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho 12 - Máquinas
NR 12
e equipamentos.
Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho 17 - Ergonomia.
17.2. Levantamento, Transporte e Descarga Individual de Materiais
17.3. Mobiliário dos Postos de Trabalho
NR 17
17.4. Equipamentos dos Postos de Trabalho
17.5. Condições Ambientais de Trabalho
17.6. Organização do Trabalho
NR 33 Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinado
NR 35 Trabalho em Altura
Indústria do petróleo e gás natural – Perfis
ABNT NBR 15708-1 pultrudados. Materiais, métodos de ensaio e
tolerâncias dimensionais.
Indústria do petróleo e gás natural – Perfis
ABNT NBR 15708-2
pultrudados. Guarda-corpo.
Indústria do petróleo e gás natural – Perfis
ABNT NBR 15708-3
pultrudados. Grade de Piso.
Indústrias do petróleo e gás natural — Perfis
ABNT NBR 15708-5
pultrudados: Perfis estruturais
ABNT NBR 15708-6 Indústria do petróleo e gás natural – Perfis
Estudos de alternativas
Para ETAs existentes o Estudo de alternativas deve prever no mínimo três soluções
para as inconformidades apresentadas no diagnóstico e/ou já relatadas no termo de
referência específico da contratação, apresentadas em forma de relatório para
avaliação da Sanepar e decisão conjunta da alternativa ótima.
Para novas ETAs o Estudo de alternativas deve prever no mínimo três soluções,
incluindo:
Projeto de Engenharia
Nos dimensionamentos de cada unidade deverão ser seguidas, além dos critérios da
norma vigente (NBR 12.216), as seguintes orientações:
A SANEPAR utiliza ETAs do tipo compactas de ciclo completo, com estrutura padrão
em fibra de vidro (ou metálicas), para vazão de 15 L/s, composto por floco-
decantação e filtração, após aplicação de coagulante em linha.
Caso o contratado opte por utilizar o “módulo padrão” da Sanepar, ele deve reavaliar
todo o dimensionamento, e propor alterações, caso julgue necessário, a fim de
garantir a vazão nominal prevista. Recomendando-se a utilização de dois filtros para
cada floco-decantador. Em relação ao filtro, é possível, também, tratamento com
dupla filtração.
Os resíduos dos floco-decantadores devem ser separados dos resíduos dos filtros,
para possibilitar o encaminhamento adequado de cada um.
Essas estações metálicas poderão ter tratamento convencional ou com flotação por
ar dissolvido, conforme especificação básica da USAG.
4. POÇOS E MINAS
Para isso deverão ser previstos tanques de equalização para receber cada tipo de
resíduo de forma separada: TALF (tanque de acúmulo de água de lavagem de
filtros) e TALD (tanque de acúmulo de água de lavagem de
decantadores/floculadores). Na sequência deverá ser previsto o deságue. Em alguns
casos o bom funcionamento das estruturas previstas para deságue depende da
retirada de lodo de cada unidade, sendo necessárias melhorias na ETA, como
descargas automáticas e temporizadas de decantadores, separação do lodo de
decantadores da água de lavagem de filtros, que podem utilizar um mesmo canal de
saída e nesse caso seria necessário prever válvulas e/ou comportas de entrada em
cada tanque de equalização, para que cada resíduo tenha o destino correto. Por isso
tais melhorias necessárias deverão constar no escopo do projeto.
Para essa estimativa podem ser usadas equações da literatura, sugerindo sempre a
comparação entre elas para verificar qual o valor de massa de sólidos secos será
utilizada no dimensionamento do deságue. Para valores de consumos de produtos
químicos utilizados nas equações, considerar valores do estudo de tratabilidade.
Embora a forma mais comum dos tanques seja prismática, é possível considerar
forma circular dos tanques, para evitar acúmulo de lodo nos cantos. Prever
misturadores apropriados à correta equalização do lodo. O fabricante do
equipamento deverá fornecer todas as medidas e espaçamentos para instalação
adequada.
A água retirada do TALD deverá ser encaminhada para o TALF para também
recircular para o início do tratamento.
O deságue natural do lodo poderá ser feito com uso de leitos de secagem ou lagoas.
Em casos em que a área prevista para as lagoas está em cota inferior ao tratamento,
o uso dos tanques é dispensável, fazendo, apenas, o direcionamento do lodo. Ainda
assim, recomenda-se apenas o projeto do TALF para recirculação da água de
lavagem, sem passar pela lagoa.
Para a retirada do clarificado, prever caixa separada por stop logs ajustáveis, de
modo a permitir a passagem apenas da água, e bombas submersíveis, evitando o
uso de estruturas flutuantes. Podem ser utilizadas outras formas de coleta, mediante
aprovação da Sanepar. Prever retorno da água ao início do tratamento em dois
pontos, antes e depois da coagulação, possibilitando essa escolha de entrada a
partir de válvulas, conforme a qualidade do clarificado. Se ainda existir sólidos, é
possível recircular antes do coagulante, para que esse clarificado receba o produto
químico que promoverá a floculação na etapa posterior.
Ainda, considerar pista com camada suporte adequada para escavadeiras para
retirada do lodo após a secagem. Para a impermeabilização para evitar
contaminação do solo, sugere-se concreto compactado a rolo (CCR). Formas
alternativas podem ser utilizadas mediante aprovação da Sanepar.
Ainda, mesmo não sendo muito comum, é possível prever uso de polímeros
também para as lagoas, para melhor secagem.
6. PRODUTOS QUÍMICOS
Polímero auxiliar de floculação: auxiliar na formação dos flocos podem ser usados
ainda polímeros que variam entre aniônicos e catiônicos, sendo que o tipo mais
adequado pode ser confirmado com ensaios em jar-test.
Desinfetante: para a desinfeção os tipos mais comuns de produtos são: cloro gás,
hipoclorito de sódio, hipoclorito de cálcio (hipocal), pastilhas de tricloro, dióxido de
cloro.
O fluossilicato de sódio deverá ser diluído, por possuir baixa solubilidade, devendo
ser prevista agitação adequada no tanque.
Para o ácido fluossilícico, priorizar a aplicação de forma direta, sem diluições, para
minimizar erros na aplicação. Para isso, atentar para o tipo de bomba dosadora que
será utilizada, com melhor precisão.
Quelante: para remoção de ferro e manganês (ou outros metais) poderá ser usado o
ortopolifosfato ou prever aplicação de dióxido de cloro.
Os tipos de produtos mais adequados para cada porte de estação estão na Tabela
2.
Ao projetar o volume dos reservatórios, deve ser verificado o volume dos caminhões
que transportam o produto químico.
7. ANÁLISES
DIMENSÕES/ESPAÇO
EPCs E ACESSÓRIOS DIVERSOS
NECESSÁRIO
Chuveiro lava-olhos1 60 X 100 cm
Espaço para usos diversos 150 X 60 cm
Extintor com pó químico capacidade 2a:10b:c (pó abc) de piso ou
100 X 100 cm
parede
Sistema para produção de água deionizada para as análises, (60 X 100 cm) próximo à pia
lavagem de vidrarias, etc. (deionizador de coluna) com uma cuba funda
Quadro de recados e mural de procedimentos Na parede 130 cm
1 – Sempre que existir manipulação de reagentes químicos deverá ser previsto chuveiro lava-olhos,
independente do porte do poço/estação. Prever os itens sempre próximos às bancadas, de fácil
acesso e utilização (evitando degraus e outros obstáculos). Na casa de química e/ou locais de
preparo de soluções, também prever chuveiro e lava-olhos.
NOTA: em casos onde não é possível a instalação imediata, prever inicialmente equipamentos
portáteis até adequação.
MATERIAL NECESSÁRIO
(EQUIPAMENTOS,
ANÁLISE/ ENSAIO DIMENSÕES/ESPAÇO NECESSÁRIO
VIDRARIAS, REAGENTES,
ETC.)
Via titulometria: bureta, vidrarias 60 x 60 cm (altura livre de pelo menos 1,00 m
ALCALINIDADE
e reagentes acima da bancada para manipulação da bureta)
Fotocolorímetro1 mais fotocolorímetro (10 x 25 cm)
acessórios, vidrarias e vidrarias e reagentes (25 x 25 cm)
CLORO
reagentes micropipetas e suporte para micropipetas (20 x
20 cm)
Analisador de cor pelo método colorímetro (30 x 30 cm)
COR visual mais caixa com discos de aquatester (30 x 30 cm)
comparação, mais acessórios Caixa com discos de comparação (20 x 20 cm)
Para lavagens das mãos, prever pia com cuba normal e sabonete ou liquido para
assepsia e suporte para papel toalha.
Para casos em que o laboratório da ETA recebe amostras de água da rede para
análise bacteriológica, prever espaço em bancada para recepção destas amostras e
geladeira com freezer para acondicionamento e congelamento de gelox. Verificar
tamanho necessário para o freezer.