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PAPÉIS

• A experiência mostra que, ao longo da evolução do grupo,


os papéis que mais comumente costumam ser adjudicados
e assumidos pelos seus membros são os descritos a seguir.
BODE EXPIATÓRIO

• A “maldade” do grupo fica depositada em um indivíduo que


poderá atuar como depositário, até vir a ser “expulso” e o
grupo sairá em busca de um novo bode.

• Importância de que o grupoterapeuta reconheça e saiba


manejar tais situações.

• Outro exemplo: bode expiatório como “bobo da corte” que


diverte a todos e que o grupo faz questão de conservá-lo.
PORTA-VOZ

• Mostra mais manifestamente aquilo que o restante do


grupo pode estar, latentemente, pensando ou sentindo.

• Comunicação verbal ou não verbal: reivindicações,


protestos, verbalização de emoções ou linguagem
extraverbal das dramatizações, silêncios, etc.
• Exemplo: contestação.

• Importância do grupoterapeuta (da mesma forma que os


pais) diferencie a contestação de ordem obstrutiva
daquela necessária, corajosa e construtiva.
RADAR

• Indivíduo mais regressivo do grupo, como é o


caso de um paciente borderline em um grupo de
nível neurótico, por exemplo.

• Capta os primeiros sinais das ansiedades no


grupo.
• Conhecido como “caixa de ressonância”, o
paciente, por não ter condições de poder
processar simbolicamente o que captou,
pode vir a expressar essas ansiedades em sua
própria pessoa por meio de somatizações,
abandono ou crises explosivas, etc.
INSTIGADOR

• Indivíduo que provoca uma perturbação no campo grupal,


por meio de um jogo de intrigas, por exemplo,
mobilizando papéis nos outros.

• O instigador consegue dramatizar no mundo exterior a


reprodução da mesma configuração que tem o seu grupo
interior, bem como a dos demais que aderiram a esse
jogo.
ATUADOR PELOS DEMAIS

• O grupo delega a um determinado indivíduo a


função de executar aquilo que lhes é proibido,
como, por exemplo, infidelidade conjugal,
aventuras temerárias, hábitos extravagantes,
sedução ao terapeuta, etc.
• Em tais casos, o restante do grupo costuma emitir dupla
mensagem: subjacente à barragem de críticas que eles
dirigem às “loucuras” desse membro, pode-se perceber
um disfarçado estímulo, um gozo prazeroso e uma
admiração pelo seu delegado, executador de seus
desejos proibidos.
SABOTADOR

• O sabotador, por meio de resistências, procura


obstaculizar o andamento exitoso da tarefa
grupal. Em geral, o papel é assumido pelo
indivíduo que seja portador de uma excessiva
inveja e defesas narcisísticas.
VESTAL

• Papel de zelar pela manutenção da “moral e dos bons


costumes”. Um exagero nesse papel constitui a tão
conhecida figura do “patrulheiro ideológico” que obstrui
qualquer movimento no sentido de uma criatividade
inovadora.

• Muitas vezes é exercido pelo próprio grupoterapeuta.


APAZIGUADOR

• Aparece com grande frequência; desempenhado por


algum membro com dificuldade de se confrontar com
situações tensas, ou clima de agressividade.
• GRUPOTERAPEUTA: assinalar o temor à agressão, já que ele
existe em todos os indivíduos que podem reexperimentar
velhas experiências emocionais que foram mal resolvidas na
época, o que pode possibilitar novas significações e uma
nova maneira mais adulta e sadia de enfrentar a
agressividade.
LÍDER

• Nas grupoterapias, o papel de líder surge em dois planos: o


grupoterapeuta e outro entre os membros do grupo.

• Líderes construtivos que exerce o importante papel de


integradores e construtores, até os líderes negativos, nos
quais prevalece um excessivo narcisismo destrutivo.
Referências

• ZIMERMAN, D. E. Fundamentos básicos das


grupoterapias. 2. ed. Porto Alegre: Artes
Médicas Sul, 2000

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