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MACHADO

DE ASSIS

MEMÓRIAS
PÓSTUMAS DE BRÁS
CUBAS
XCIX-CXLVI
 RESUMO
• Brás Cubas é um homem rico e solteiro que, depois de morto, resolve se dedicar à tarefa de narrar sua
própria vida. Dessa perspectiva, emite opiniões sem se preocupar com o julgamento que os vivos podem
fazer dele. De sua infância, registra apenas o contato com um colega de escola, Quincas Borba, e o
comportamento de menino endiabrado, que o fazia maltratar o escravo Prudêncio e atrapalhar os amores
adúlteros de uma amiga da família, D. Eusébia. Da juventude, resgata o envolvimento com uma
prostituta de luxo, Marcela.  Depois de retornar de uma temporada de estudos na Europa, vive uma
existência de moço rico, despreocupado e fútil. Conhece a filha de D. Eusébia, Eugênia, e a despreza por
ser manca. Envolve-se com Virgília, uma namorada da juventude, agora casada com o político Lobo
Neves. O adultério dura muitos anos e se desfaz de maneira fria. Brás ainda se aproxima de Nhã Loló,
parenta de seu cunhado Cotrim, mas a morte da moça interrompe o projeto de casamento.  Desse ponto
até o fim da vida, Brás se dedica à carreira política, que exerce sem talento, e a ações beneficentes, que
pratica sem nenhuma paixão. O balanço final, tão melancólico quanto a própria existência, arremata a
narrativa de forma pessimista: “Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa
miséria”.
 VEROSSIMILHANÇA
• A verossimilhança se estabelece quando nos coloca nos coloca em sintonia
com o que acontece na história do romance sem precisar de referencias
concretas da realidade; na verdade, ela nos dá subsídios para a figuração
inédita de tudo aquilo que ela nos descreve já́ que isso se reporta ao ponto de
vista de uma experiência individual, da subjetividade de um ser. Afinal, nada
mais compreensível para o ser humano leitor do que reconhecer a sua
subjetividade em um ser humano fictício.
 LINGUAGEM
• Em Memórias Póstumas de Brás Cubas, Machado de Assis usa a
metalinguagem para convidar o leitor a refletir e a interagir
criticamente com a obra. Além disso, em diversos momentos, faz o
uso da digressão, interrompendo o fluxo narrativo com reflexões e
analogias criadas pela mente do narrador.
 MOVIMENTO LITERÁRIO

Movimento literário A obra de


Machado de Assis “Memórias Porém, nota-se influências de
Póstumas de Brás Cubas”, como outros movimentos literários.
integrante do Realismo brasileiro,
apresenta atitude crítica diante da
sociedade daquele período.

Classicismo Impressionismo
• Cronológico
TEMPO • Psicológico

ESPAÇO
 TEMPO
• A obra é apoiada em dois tempos. Um é o tempo psicológico, do autor além-túmulo, que, desse modo,
pode contar sua vida de maneira arbitrária, com digressões e manipulando os fatos à revelia, sem seguir
uma ordem temporal linear. A morte, por exemplo, é contada antes do nascimento e dos fatos da vida.No
tempo cronológico, os acontecimentos obedecem a uma ordem lógica: infância, adolescência, ida para
Coimbra, volta ao Brasil e morte. A estranheza da obra começa pelo título, que sugere as memórias
narradas por um defunto. O próprio narrador, no início do livro, ressalta sua condição: trata-se de um
defunto-autor, e não de um autor defunto. Isso consiste em afirmar seus méritos não como os de um
grande escritor que morreu, mas de um morto que é capaz de escrever.
 ESPAÇO/TEMPO
• A história da obra se passa no Brasil durante o século XIX, e é apoiada em dois tempos. Um é
o tempo psicológico, do autor além-túmulo que pode contar sua vida de maneira arbitrária,
com digressões e manipulando os fatos à revelia, sem seguir uma ordem temporal linear. A
morte, por exemplo, é contada antes do nascimento e dos fatos da vida. 
• O outro é o tempo cronológico, onde os acontecimentos obedecem a uma ordem lógica:
infância, adolescência, ida para Coimbra, volta ao Brasil e morte.
• A estranheza da obra começa pelo título, que sugere as memórias narradas por um defunto. O
próprio narrador, no início do livro, ressalta sua condição: trata-se de um defunto-autor, e não
de um autor defunto. Isso consiste em afirmar seus méritos não como os de um grande escritor
que morreu, mas de um morto que é capaz de escrever.
 NARRADOR E FOCO NARRATIVO

• A narração é feita em primeira pessoa possibilitando que a história


seja contada pelo narrador-observador e protagonista, que conduz o
leitor por meio de sua visão de mundo, seus sentimentos e o que
pensa da vida.
 Estilo
• Narrativa alienar;
• Diálogo com o leitor;
• Referências ao próprio ato de narrar;
• Narrador em 1° pessoa;
• Uso da ironia como recurso retórico;
• Uso das digressões.
 PERSONAGENS PARTE 1
• Brás Cubas - É o “defunto-autor”. Narrador que conta a história - suas memórias, na verdade
- depois de ter falecido.
• Virgília - A amante do protagonista escolheu Lobo Neves para esposo em vez de Brás Cubas.
Era filha do Conselheiro Dutra.
• Conselheiro Dutra - Proeminente político e pai de Virgília.
• Lobo Neves - Esposo de Virgília. Tornou-se político.
• Sabina - A irmã de Brás Cubas, casada com Cotrim.
• Cotrim - Esposo de Sabina e tio de Nhã-Loló.
• Nhã-Loló - A sobrinha de Cotrim, pretendente que Sabina arranjou para Brás Cubas. Morreu
em consequência da febre amarela quando tinha 19 anos.
 PERONAGENS PARTE 2
• Luís Dutra - Primo de Virgília.
• Dona Plácida - A velha empregada de Virgília. Ela era álibi da relação adúltera de Virgília
com Brás Cubas.
• Quincas Borba - Filósofo e amigo de infância de Brás Cubas, cujo nome completo é Joaquim
Borba dos Santos. Torna-se um mendigo.
• Marcela - Prostituta e a paixão da juventude de Brás Cubas.
• Eugênia - Filha de D. Eusébia. Manca, foi desprezada por Brás Cubas.
• D. Eusébia - A amiga da rica família de Brás Cubas. Ela era pobre.
• Prudêncio - Foi escravo de Brás Cubas, se tornando depois dono de escravos, a quem agredia.
 DESFECHO
• A obra termina com um capítulo só de negativas. Brás Cubas não se casa, não
consegue concluir o emplasto - medicamento que deseja criar para aliviar a
melancólica humanidade -, acaba se tornando deputado, mas seu desempenho
é medíocre, e não tem filhos para não transmitir, segundo ele, o legado da
nossa miséria.
 CONCLUSÃO
• De cunho realista, mas sem ter as características da crítica agressiva de outros escritores do Realismo
(como Eça de Queirós em Portugal), a força da obra de Machado de Assis está na crítica sutil e na grande
inteligência do autor. Ao contrário do já citado escritor português Eça de Queirós, que batia de frente
com a burguesia, em Memórias Póstumas a crítica é feita focando a burguesia por dentro, ou seja, o
escritor parte de um ponto de vista mais psicológico. Através disso, consegue-se fazer um combate ao
Romantismo em sua essência através de personagens verossímeis que cabe ao leitor julgar e colocando-
se em reflexão, por exemplo, a questão da ociosidade burguesa. 
 Participantes/Alunos
• Ana Beatriz Batista
• Bárbara Braga
• Carolina Campos
• Fernanda Pereira
• Gabriela Monteiro
• Isabela Carrara
• Karen Calzolari
• Luiza Cabral
• Sarah Vivian

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