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REDAÇÃO

PUBLICITÁRIA
s 1
Prof. M C Taís
2017.2
Paranhos
REVISÃO
DO BIMESTRE
Criatividade na redação

• A associação de palavras como elemento de


sedução na publicidade; 

• Rede semântica; 

• Criatividade em redação;

• Brainstorm.
Criar é fugir do óbvio

• Quem vende o produto são as lojas

• NÓS VENDEMOS DESEJOS, SONHOS E


NECESSIDADES...
Então...

#Comofas ?
Conheça seu público-alvo

Na Publicidade, é essencial uma boa pesquisa de


mercado antes de planejar qualquer ação, para
traçar o perfil de seu público-alvo, até mesmo para
se aprofundar na busca por conhecer o que o seu
cliente quer, e o que você pode fazer para suprir esta
necessidade.
Cuidado com o excesso

Em meio ao processo de sedução, o conquistador não tem a


necessidade de ficar a todo o tempo exaltando suas qualidades, além
de chato, não funciona. Na publicidade, muitas empresas interagem
com seu público apenas com propagandas, tentando a todo tempo
promover e vender seus produtos e/ou serviços. Mostre que sua
empresa tem algo mais, proporcione conteúdo ao seu cliente, procure
utilizar os espaços de contato para que ele conheça mais de sua
empresa, e acima de tudo desenvolva um relacionamento com ele.
Passe a
mensagem
correta
O sedutor é famoso por ser bom de conversa, sabe utilizar as palavras e os argumentos como
ninguém.

Um dos segredos que o diferencia dos conquistadores comuns é que ele não costuma mentir,
exatamente, ao contrário do que muitos pensam, o bom conquistador não precisa prometer
mundos e fundos, o que também não quer dizer que ele estampe na testa todos seus defeitos.

Ele fala apenas verdades que não o prejudicam, que o tornam mais humano e acaba inspirando
a confiança do outro.

Na publicidade, muitas empresas pecam neste aspecto. Buscam mostrar ao público que sua
empresa é perfeita, culpando outros fatores por algumas falhas cometidas, ao invés de se
desculpar e mostrar ao público o seu lado humano.

Assuma suas falhas e diga o que a empresa está fazendo para melhorar, isso te dará
credibilidade.
Saiba usar as
armas
disponíveis
Na sedução, o conquistador se utiliza de vários atributos
para alcançar seu objetivo, entre eles a beleza física,
aromas agradáveis, e até mesmo status social que o
mesmo pode lhe proporcionar. Na publicidade esses
atributos são muito mais importantes, vamos tirar como
exemplo o iPhone, que apesar de ser um ótimo aparelho
na opinião de muitos, tem como um dos fatores principais
para sua compra o status que ele dá a quem o possui.
Sedução é A definição de seduzir é
“incitar o desejo; provocar
ações cativando o alvo”. E é
incitar o exatamente isso que a
publicidade e o sedutor

desejo fazem.
O sedutor provoca seu alvo,
até que o mesmo esteja
totalmente entregue e tomado
pelo desejo.
Da mesma maneira a
publicidade atua por meio das
suas propagandas, ações, e
outros meios. Traz à tona o
desejo, cria uma necessidade
que precisa ser saciada para
gerar uma imediata sensação
de satisfação.
Usamos imagens
pra agradar,
mas o que nos
interessa é o

texto
E aí chegamos no
texto persuasivo
da publicidade
Escrever de qualquer jeito não dá.
Mas não é Da mesma forma que nos
perfumamos e nos arrumamos para

qualquer seduzir alguém, o nosso texto


também precisa de “algo mais”, ou
seja, chamar a atenção do leitor,
texto... para que ele sinta o desejo, a
vontade ou a necessidade de
COMPRAR, COLABORAR,
VOTAR, ASSISTIR, LER...
Acima de tudo: CONSUMIR
POR ISSO A LINGUAGEM
PUBLICITÁRIA TEM
COMO ALIADA A

SEMÂNTIC
A
O TEXTO PERSUASIVO DA
PUBLICIDADE
Texto persuasivo é aquele que organiza
as ideias, visando convencer o receptor
acerca de uma verdade. Estudamos os
processos, os modos de argumentar
para que o discurso seja enunciado de
modo eficiente. Não interessa se o que
afirmamos é verdadeiro ou falso.

Persuadir é sinônimo de convencer, de


submeter. Não significa necessariamente
enganar, mas organizar o discurso de
tal forma que o torne verossímel para
o receptor.

Verossímel é tudo que se constitui em


verdade a partir de uma lógica.
Ars retorica
O estudo do texto
persuasivo é antigo: o
filósofo grego Aristóteles
( 384-322 a.C.) nos deu um
dos manuais clássicos
sobre o assunto: o Ars
Retorica, composto de três
volumes. É um conjunto de
normas, dizendo como são
os textos, como são feitos e
quais os significados dos
procedimentos persuasivos.
Discurso persuasivo

•Figuras de Retórica

•Técnicas de Argumentação
Figuras de retórica
• Metáfora
• Metonímia
• Hipérbole
• Eufemismo
metáfora
Usamos uma palavra
deslocada de seu
sentido próprio para
um sentido simbólico,
figurativo.

Ex: “A glória é uma


droga que vicia mais
do que qualquer
outra” (Gore Vidal)
Metonímia - tipos
• O todo pela parte

• A parte pelo todo

• O continente pelo conteúdo

• A obra pelo autor

• O efeito pela causa


O todo pela parte

O universo em que vivemos está irrespirável!


A parte pelo todo

As velas passavam ao longe


O continente pelo conteúdo

Bebeu uma caneca de cerveja


A obra pelo autor

Ouviu Chico Buarque


O efeito pela causa

Bebeu a morte num copo de veneno


Hipérbole
Consiste no exagero
de uma ideia

Ex: Chorar um rio

Morrer de rir
Falar mil vezes

“Estou com tanta


fome, que comeria
um boi”
Eufemismo

Uso de um termo suave para não chocar o leitor.


Ex: Faltar com a verdade (em vez de mentir)
O raciocínio
na persuasão
Tipos de raciocínio
•Raciocínio Apolítico

Raciocínio Implícito

Raciocínio Dialético

Raciocínio Retórico
Raciocínio apolítico
Possui o tom de
verdade que não
permite
questionamento
por parte do
receptor.
Raciocínio implícito
O imperativo do
verbo não deixa
margem para a
discussão, mas
a verdade fica
condicionada.
Raciocínio dialético
Quebra o
dirigismo de um
raciocínio
apolítico;
apontando para
várias
sugestões, mas
leva o leitor para
“a solução
Raciocínio retórico
É o raciocínio
implícito com
um toque
emocional a
mais, além
do toque
racional.
Discurso persuasivo
•Autoritarismo

Exclusividade

Clareza
autoritarismo
É um discurso
autoritário. Esse
tipo é encontrado
na família, nos
quartéis, nas
igrejas, nas
escolas, nas
prisões, na
propaganda e na
publicidade.
EXCLUSIVIDADE
Quem consome o
texto publicitário
quer exatamente o
melhor; o mais
lindo, o mais limpo,
o mais eficaz, o
mais barato, ou
seja, o produto
deve ser campeão
em alguma coisa
criatividade do texto
• Originalidade
Estereótipos
Polêmicas
Eufemismos
Apelo contra
“inimigos”
Testemunho
Repetição
Slogans
originalidade
• Vem da
necessidade de ser
exclusivo, o melhor,
o mais novo, o mais
bonito, o diferente, o
campeão, o
lançamento, o mais
moderno...
Uso do estereótipo

• O estereótipo é uma afirmação que não


pode ser questionada, sempre vista como
debate. Por exemplo: pessoas bonitas são
necessariamente bem sucedidas e
competentes no trabalho.
A polêmica

• Mexe com os tabus, especialmente os sexuais


eufemismos

• Colocar delicadeza em textos de forma que


coisas desagradáveis tenham menor impacto.
Combate aos inimigos

• Reais ou imaginários, os inimigos devem ser


combatidos, seja com o produto ou o serviço.
testemunho

• Alguém conhecido fala sobre determinado


produto com conhecimento de causa.
repetição

• “Uma mentira repetida 100 vezes passa a ser


uma verdade absoluta”
slogans

• Frases sempre rimadas, palavras


sempre repetidas, de modo que
associemos a frase ao produto.
Teoria, técnica e
prática
As partes de um
texto publicitário
• Título
• Corpo do texto
• Identificação do produto/marca
• Slogan (opcional)
O título
Geralmente é bastante criativo e atraente,
baseado em um jogo de palavras
carregadas de linguagem conotativa,
justamente com o intento de atrair o
consumidor.
O corpo do texto
Nesta parte é desenvolvida a ideia sugerida
no título, com frases curtas, claras e
objetivas, adequando o vocabulário aos
interlocutores destinados.
identificação
Funciona como uma “assinatura” do
anunciante. Pode vir com slogan que fixa o
nome do produto.
As funções da
linguagem
As funções da
linguagem
• Função Referencial,
• Função Emotiva,
• Função Poética,
• Função Fática,
• Função Conativa
• Função Metalinguística.
Função referencial
• Também chamada de Função Informativa ou função
Denotativa, a função Referencial tem como objetivo
principal informar, referenciar algo.

• Como exemplos de linguagem referencial podemos citar


os materiais didáticos, textos jornalísticos e científicos
que por meio de uma linguagem denotativa informam a
respeito de algo, sem envolver aspectos subjetivos ou
emotivos à linguagem.

• Com isso, esse tipo de texto apresenta na terceira


pessoa (singular ou plural) enfatizando seu caráter
impessoal.
Função emotiva
• Também chamada de Expressiva, na função Emotiva,
como o próprio nome já indica, o emissor ao utilizar essa
função tem como objetivo principal transmitir suas
emoções, sentimentos e subjetividades por meio da
própria opinião.

• A partir disso, esse tipo de texto apresenta na primeira


pessoa enfatizando seu caráter pessoal e pode ser
encontrado nos textos poéticos, nas cartas, nos diários
marcada pelo uso de sinais de pontuação, por exemplo,
reticências, ponto de exclamação.
Função poética
• A função Poética é característica das obras literárias, da
utilização do sentido conotativo das palavras, em que o
emissor preocupa-se de que maneira a mensagem
será transmitida por meio da escolha das palavras, das
expressões, das figuras de linguagem.

• De qualquer forma, esse tipo de função não pertence


somente aos textos literários posto que aparece também
na publicidade ou nas expressões cotidianas em que há
o uso frequente de metáforas (provérbios, anedotas,
trocadilhos, músicas).
Função fática
• A função Fática tem como objetivo estabelecer
ou interromper a comunicação de modo que o
mais importante é a relação entre o emissor
e o receptor da mensagem.

• Muito utilizada nos diálogos, por exemplo, nas


expressões de cumprimento, saudações,
discursos ao telefone.
Função conativa
• Também chamada de Apelativa, a função Conativa é
caracterizada por uma linguagem persuasiva com
o intuito de convencer o leitor.

• Por isso, essa função é muito utilizada nas


propagandas, publicidades, discursos políticos, a fim de
influenciar o receptor por meio da mensagem
transmitida.

• A partir disso, esse tipo de texto costuma se apresentar


na segunda ou na terceira pessoas com a presença de
verbos no imperativo e o uso do vocativo.
Função metalinguística
• A função Metalinguística é caracterizada pelo uso da
metalinguagem, ou seja, a linguagem que refere-se à
ela mesma, por exemplo, um texto que descreva sobre
a linguagem textual, um documentário cinematográfico
que fala sobre a linguagem do cinema, dentre outros.

• Em outras palavras, o emissor explica um código


utilizando o próprio código. Como exemplos de textos
metalinguísticos temos as gramáticas e os dicionários.
Briefing
O que é o briefing
• É um conjunto de informações ou uma coleta de dados
passados em uma reunião para o desenvolvimento de
um trabalho ou documento.

• O briefing deve produzir um roteiro de ação para criar a solução


que o cliente procura, ou seja, é como mapear o problema e,
com as pistas identificadas, ter ideias para criar soluções.

• Um briefing eficaz deve ser breve, contendo apenas


informações relevantes. Um briefing muito extenso seria ruim
por não ser seletivo, tornando o processo dispersivo.

• Já um briefing excessivamente curto torna-se incompleto,


dificultando o entendimento quanto aos trabalhos a serem
executados.
Partes de um briefing
• Histórico
• Problema de Marketing
• Objetivos da Pesquisa
• Padrão de Ação
• Áreas de Investigação
• Público-Alvo
• Áreas Geográficas
• Materiais de Prazo e Anexos
• Limitações de Prazo e Custo
O histórico

Aqui é importante que o cliente conte uma


história a respeito de seu mercado (o que
vem acontecendo com ele), da marca, da
empresa, ou outras informações relevantes
que nos ajudem a compor um cenário.
Problema de marketing

Este item pode até vir dentro do anterior ou não,


mas é muito importante. O histórico deve
desembocar no problema que o cliente está
enfrentado no momento, e que é o pano de fundo
para a necessidade que ele identificou para a
condução da pesquisa. Em outras palavras, é o
que ele espera ver resolvido depois da pesquisa.
Objetivo da pesquisa
• Deve ser uma
descrição sucinta
e estar
relacionado com
o problema
anteriormente
definido.Aqui são
apontados aos
tópicos que a
pesquisa deve
cumprir.
Padrão de ação
• Talvez um dos pontos mais importantes e normalmente
menos lembrados pelos clientes. Aqui ele deve definir o
que fará com os resultados da pesquisa,
independentemente do que virá pela frente, ou seja, que
decisão será tomada com os resultados futuros em mãos.

• O Padrão de Ação é um guia fundamental para calibrar e


melhor desenhar o plano de pesquisa, definir os envolvidos
no projeto e para analisar os resultados, incluindo aí as
recomendações estratégicas.

• Importante aqui é não incorrer no risco de definir um padrão


de ação genérico. Isso pode até ser verdade mas na
maioria das vezes é possível ser mais específico. Devemos
nos perguntar: qual o aspecto da estratégia da marca?
Áreas de
investigação
Neste item o cliente
deve incluir todas as
perguntas ou áreas
de informação que
ele precisa/deseja
obter, sempre à luz
do problema
de marketing e dos
objetivos do estudo.
Público-alvo
• Não cabe aqui falar do
target do cliente ou da
sua marca mas sim do
público-alvo da
pesquisa. Atenção
para a eventual
necessidade de
informações além da
descrição sócio-
demográfica básica.
Muitas vezes é
importante considerar
elementos adicionais
do target, a exemplo
de dados de
comportamento e
atitude.
Áreas
geográficas
Definição das
áreas geográficas/ci
dades que o estudo
deverá cobrir.Pode-
se pensar em
bairros, como zonas
nobres ou menos
favorecidas, como
campos geográficos
de delimitação da
pesquisa.
Materiais de
prazo e anexos
Neste item o cliente
deve relacionar os
materiais que farão
parte da pesquisa, a
exemplo de photo
boards (mural de
fotos), cartazes, etc.
Chamados também
de materiais de
apoio. São
referências,
geralmente, aos
trabalhos
anteriores, quando
houver.
Limitações de prazo e custo
Algumas pesquisas
acabam não sendo
planejadas e
conduzidas
idealmente por
limitações de prazo
e/ou custo. Cabe ao
cliente mencionar
alguma restrição no
briefing, se for o
caso.
OUTROS
ITENS
• Cenário atual
• Análise do macroambiente
• Raio-x geral do mercado
• Síntese econômica
• Cultura de consumo
• Empresas competitivas
• Análise Swot
• Ameaças
• Oportunidades
• Pontos fracos
• Pontos fortes
• Diagnóstico
Anúncio institucional
&
anúncio
de varejo
O anúncio
• Sabemos que
publicidade é um meio
de promoção que faz
parte do Homem desde
a Antiguidade Clássica.
Ainda que tenha sofrido
muitas alterações ao
longo dos séculos, conta
hoje com uma definição
mais concreta, definição
essa que se começou a
formar ao longo da
primeira metade do
século XX.
O anúncio institucional
• Por sua vez, a
publicidade institucional
destina-se, sobretudo, a
alertar os consumidores
para determinados
aspectos da vida em
sociedade,
nomeadamente os de
prevenção e
implementação de
regras de vida ( ex:
campanhas de
solidariedade, de
prevenção da Aids, etc.).
características

• O tipo de linguagem
– Linguagem demarcada pelo uso frequente de combinações características da linguagem
da publicidade como, por exemplo, recursos estilísticos ou expressivos.
– Os aspectos ortográficos caracterizam-se por pretender sensibilizar os destinatários
com o seu léxico.

• Aspectos visuais:
– Estruturação do anúncio para induzir à leitura do texto
– Organização do anúncio para aumentar a atenção sobre a mensagem
– Organização do anúncio para dar destaque ao produto ou marca
O anúncio de varejo
• A publicidade
comercial é aquela que
mais nos rodeia e que
nos incentiva
diretamente à compra.
Através de métodos de
persuasão, o consumidor
é convencido a adquirir
um determinado produto
ou serviço (exemplos:
automóveis, espetáculos
de cinema, viagens,
etc.).
características

• O tipo de linguagem
– O conteúdo e estilo de escrito é adaptado ao contexto, situação e tipo de
público.
– Aspectos contextuais, caracteriza-se pela composição do texto publicitário e
pelas informações sobre quem produz o texto e o assunto a ser tratado.

• Aspectos visuais:
– Estruturação do anúncio para ser atraente
– Organização do anúncio para dar destaque ao produto ou marca
Ars retorica
aristóteles
A obra
• Trata-se de uma série de textos do filósofo
grego Aristóteles de Estagira. É composto
por três livros e não há dúvidas acerca da
autenticidade da obra.

• O objetivo de Aristóteles com sua Retórica é


dar um tratamento eminentemente filosófico
ao tema em oposição ao tratamento
descuidado que os oradores daquele tempo
davam ao tema.
Definição "A retórica é a outra face
da dialética; pois ambas se

de retórica ocupam de questões mais


ou menos ligadas ao
conhecimento comum e
não correspondem a
nenhuma ciência em
particular. De fato, todas as
pessoas de alguma
maneira participam de uma
e de outra, pois todas elas
tentam em certa medida
questionar e sustentar um
argumento, defender-se ou
fazer acusações." 
Livro 1
• No livro I, Aristóteles analisa e fundamenta
os três gêneros retóricos: o deliberativo
(que procura persuadir ou dissuadir), o
judiciário (que acusa ou defende) e o
epidítico (que elogia ou censura). Além
disso, argumentos em favor da utilidade
da retórica são apresentados bem como
uma análise da natureza da prova retórica
que é o entimema, um silogismo derivado
que contém uma ou mais premissas.
Livro 2
• O plano emocional é analisado em sua
relação com a recepção do discurso
retórico. Uma série de elementos, como a
ira, amizade, confiança, vergonha e seus
contrários são analisados, bem como o
caráter dos homens (dos jovens, dos ricos,
etc.). Neste livro, também volta-se a
analisar as formas de argumentação, são
apresentados uma série de tópicos
argumentativos, o uso de máximas na
argumentação e o uso dos entimemas;
Livro 3
• O estilo e a composição do discurso retórico são
analisados. Além de elementos como clareza,
correção gramatical e ritmo, o uso da metáfora e
as partes que compõem um discurso também
estão presentes neste livro.

• Com esta obra, Aristóteles lança as bases da


retórica ocidental. Teoricamente, a evolução da
retórica ao longo dos séculos representou muito
mais um aperfeiçoamento da reflexão
aristotélica sobre o tema do que construções
verdadeiramente originais.
Livro 3
• O estilo e a composição do discurso retórico são
analisados. Além de elementos como clareza,
correção gramatical e ritmo, o uso da metáfora e
as partes que compõem um discurso também
estão presentes neste livro.

• Com esta obra, Aristóteles lança as bases da


retórica ocidental. Teoricamente, a evolução da
retórica ao longo dos séculos representou muito
mais um aperfeiçoamento da reflexão
aristotélica sobre o tema do que construções
verdadeiramente originais.
Discurso
deliberativo
definição
• O discurso deliberativo é aquele em que o
orador (a.k.a. Emissor da mensagem)
mostra seus argumentos para uma plateia.

• Aristóteles dividiu esse discurso em quatro


partes: Exórdio; Narração; Provas e
Peroração.
exórdio
• O início
• A introdução
• A curiosidade
• A atração
• O despertar
• A descarga da
adrenalina
• “A primeira
impressão é a
que fica”.
narração
• O texto
• A explicação
• A história
• A informação
• A base dos
argumentos
• Convencer
pela palavra
provas
• A comprovação do
que se está
argumentando
através de textos.

• A afirmativa do fato
ocorrido

• “Contra fatos, não


há argumentos”
peroração
• A recapitulação do
discurso.

• A chamada para a
ação.

• A chamada para a
ATITUDE
A argumentação
definição
• A argumentação é um recurso que tem como propósito
convencer alguém, para que esse tenha a opinião ou o
comportamento alterado.

• Sempre que argumentamos, temos o intuito de


convencer alguém a pensar como nós.

• No momento da construção textual, os argumentos são


essenciais, esses serão as provas que apresentaremos,
com o propósito de defender nossa ideia e convencer o
leitor de que essa é a correta.

• Há diferentes tipos de argumentos e a escolha certa


consolida o texto.
Tipos de argumentação

• Por citação
• Por comprovação
• Por raciocínio lógico
por citação
• Sempre que queremos defender
uma ideia, procuramos pessoas
‘consagradas’, que pensam como
nós acerca do tema em
evidência.

• Apresentamos no corpo de nosso


texto a menção de uma
informação extraída de outra
fonte.

• Tipo mais comum em textos


científicos

• O trecho citado deve estar de


acordo com as ideias do texto,
assim, tal estratégia poderá
funcionar bem.
por comprovação

• A sustentação da argumentação se dará a partir das informações apresentadas (dados,


estatísticas, percentuais) que a acompanham.

• Esse recurso é explorado quando o objetivo é contestar um ponto de vista equivocado.


por raciocínio lógico
• A criação de relações de
causa e efeito é um recurso
utilizado para demonstrar
que uma conclusão
(afirmada no texto) é
necessária, e não fruto de
uma interpretação pessoal
que pode ser contestada.
Características
do texto
argumentativo
características
• Adequação
• Clareza
• Concisão
• Coesão
• Expressividade
• Algo mais...
ADEQUAÇÃ
O
• A adequação gramatical consiste no respeito às
normas e princípios do idioma e às regras
gramaticais e ortográficas. 
Devemos evitar:
• Solecismos (erros de concordância),
• Deformações (os “erros de português),
• Cruzamentos (troca de palavras parecidas),
• Estrangeirismos (emprego abusivo de palavras e
expressões estrangeiras),
• Arcaísmos (emprego de palavras e expressões
antiquadas)
• Neologismos (palavras novas, cujo sentido é ainda
instável).
clareza

• Uma redação é clara quando há transmissão do conteúdo ao interlocutor de


maneira que este compreenda a mensagem. Logo, redações mais
concisas, ou seja, objetivas, tendem a possuir mais clareza.
concisão
• O texto conciso é aquele
que transmite o máximo
de informações com o
mínimo de palavras.

• O esforço de concisão
atende ao princípio da
economia linguística, ou
seja, ausência de palavras
supérfluas, redundâncias,
passagens que nada
acrescentam ao que já foi
dito.

• Mas concisão não quer


dizer pobreza de
vocabulário!
coesão

• As partes devem estar interligadas, ou seja, relacionadas. Não


comece falando de alguma coisa e parta para outra, sempre
termine a ideia inicial sem delongas. Frases com muitas
vírgulas são indício de falta de coesão. Outra questão é não
tentar passar as ideias de acordo com o que vão aparecendo
em sua mente, pois o fluxo mental é intenso. Na hora de
escrever, concentre-se e sempre leia cada parágrafo que
acabou de redigir para verificar se está claro!
expressividade
• Texto expressivo é
aquele em que o leitor
lê e não esquece e
isso não se deve à
memorização, mas
sim porque o texto é
bem elaborado e
prende a atenção do
leitor do começo ao
fim, de forma que o
mesmo é capaz de
recontar com suas
palavras o texto lido.
O algo “a mais”
• Saiba atrair seu leitor.
• Envolva-o com o texto
• Use termos de transição (mas, porém,
contudo, claro, também, pois, porque...)
• Saiba usar a repetição de palavras
• Saiba conectar três termos
• Conheça o público-alvo
• Saiba usar a linguagem figurada
• Use palavras persuasivas: lindo, limpo,
agora, novo, melhor, maior, etc. ou seja,
tudo que dê altas qualidades
A força do
adjetivo
O papel do adjetivo
• Os adjetivos têm papel essencial na
persuasão. Dizer que um produto é novo,
exclusivo ou irresistível nos transmite a
ideia de que, se ainda não possuímos
certo produto ou se possuímos o do
concorrente, estamos ultrapassados e não
estamos desfrutando dos benefícios dos
produtos anunciados. Por essa razão, a
publicidade usa adjetivos para envolver
consumidores em geral.
CRIAÇÃO DE
ANÚNCIOS PARA
JORNAL E
REVISTA
O que vamos analisar
• Descrever as características
linguísticas dos textos em
estudo.  
       
• Identificar a variedade linguística
utilizada e relacionar tal uso com
seu público-alvo.

• Discutir como a linguagem verbal


e a linguagem não-verbal se
relacionam.

• De que forma os textos produzir


sentidos e servir de propósito
para persuadir os leitores .
reflexões
• A afirmação de que a função conativa
ou imperativa é predominante na
linguagem publicitária é incontestável,
pois evidencia forte apelo ao
leitor/consumidor.  

• Através dos textos publicitários, o


locutor/enunciador intenciona
persuadir o interlocutor/enunciatário.
Para que essa persuasão ocorra e, de
fato, o leitor/consumidor torne-se
seduzido pelo produto ou serviço
anunciado, o locutor/enunciador utiliza
inúmeras estratégias.

• A seguir, observaremos quais foram as


estratégias utilizadas  e como elas se
articulam para que se cumpra os
objetivos comunicativos de cada texto.
O anúncio de jornal
• A informação não verbal 
é essencial para a
produção de sentidos,
pois além de chamar a
atenção do consumidor
para realizar a leitura
das informações verbais,
contribui para dar
credibilidade ao
discurso, legitimando e
dando a conhecer o
produto anunciado. A
linguagem utilizada é a
norma-padrão
O anúncio
de revista
• Nota-se que o título apresenta um
enunciado incompleto, dando
margem à interpretação do leitor.
Dessa maneira, o título deixa
subtendido que não é apenas os
lucros que fazem parte dos
interesses do banco, reforçando
ainda mais a missão de “ser o cofre
seguro das classes menos
favorecidas”.

• No texto, predomina  a norma padrão


e a simplicidade da linguagem,
favorecendo a interpretação do leitor.

• O objetivo desse texto publicitário é


passar segurança, credibilidade e
confiança aos leitores / clientes.
Nesse texto, não se trata da
divulgação de um produto, mas do
nome da Instituição e da experiência
adquirida ao longo de 150 anos.
Características gerais
• Elaboração de frases curtas, objetivas e
concisas.
• Linguagem verbal e não-verbal estabelecendo
relação de interdependência na produção de
sentidos.
• Estratégias persuasivas: verbos no imperativo,
cores e letras vibrantes, uso de operadores
argumentativos e de modalizadores, logotipo,
etc.
• Imagens que induzem a leitura do texto.
• Expressões valorativas.
• Tendência ao coloquialismo.
• Intencionam conduzir o leitor à ação de compra.
vantagens
• Visual: a qualidade de impressão e a possibilidade de usar
várias cores permite a produção de anúncios mais
estimulantes.
• Durabilidade/Vida útil: por ser produzida com material mais
resistente e de qualidade superior ao jornal, por exemplo, as
revistas duram mais tempo. Além disso, possuem vida útil
longa, ou seja, dificilmente são lidas por apenas uma
pessoa. A revista pode ser lida em dois dias, três meses ou
em um ano, por exemplo.
• Espaço: as revistas permitem um maior número de
informações sobre produtos, serviços e/ou marcas. Por não
serem lidas as pressas, o conteúdo pode ser farto de
informações.
• Seletividade: permitem direcionar mensagens a públicos
específicos, pois há vários tipos de publicações para os mais
diversos segmentos. Desde revistas que abordam todos os
assuntos, a periódicos que abordam determinado tema.
desvantagens
• Maleabilidade: Além dos anúncios serem
preparados com muita antecedência, não
possui maleabilidade para troca rápida de
anúncios, caso a peça publicitária precise
ser alterada.
• Informação: a cada minuto surge uma
informação nova. E não há como atualizar
o anúncio
• Saturação: devido à quantidade
excessiva de anúncios dentro de uma
revista, a propaganda pode passar
despercebida.
Anúncios ALL TYPE
Outdoor
&
Busdoor
Outdoor
Histórico 130

• No antigo Egito, eram usadas tapeçarias como forma de


arte e comunicação. Com o tempo, assaram a usar
ideogramas entalhados em placas de pedras e nas
paredes.

• Na Mesopotâmia, os comerciantes de vinho anunciavam


em pedras talhadas em relevo. Os gregos gravavam suas
mensagens em rolos de madeira.

• Na Roma Antiga, era mais próxima do atual: retângulos


divididos por tiras de metal instalados em muros e
pintados de cores claras.Em 1772, a propaganda era tão
grande que a profissão de colador foi regulamentada na
Europa.

• Em 1793, a invenção da litografia permitiu aperfeiçoar a


impressão dos cartazes.

• Em 1929, foi criada a primeira empresa brasileira de


outdoor em São Paulo, a Publix (existe até hoje). Naquela
época, os outdoors eram pequenos, recortados de forma
oval e afixados em postes.
Definição 131

Uma abreviatura do
termo publicitário
“outdoor advertising”
(propaganda
ao ar livre);

Pode ser um painel, letreiro luminoso,


letreiro em parede, muro, placa, etc.
Equívoco 132

• No Brasil, muitos cometem o equivoco


de achar que Outdoor são apenas
letreiros gigantes fixados em vias
públicas.

– A arte é feita na proporção de 48 x


16 cm;
– Impresso em gigantografia ou
serigrafia.
– Formato 3 x 9 m, utilizando 32 ou
16 folhas;
– Período de exibição bi-semana (14
dias).
Composição 133

A simplicidade e clareza são requisitos


básicos;
A mensagem tem que ser direta e leitura
fácil;
Cuidado com a legibilidade;
Funciona melhor próximo do ponto de
venda;
O tempo máximo de leitura é 8 segundos;
Deve agregar valor a marcar ou
despertar a curiosidade do público;
Quanto menos convencional for, maior
será o impacto.
Antes do Briefing 134

• Visita a campo: verificar o local onde


o produto será exposto;

• Estudo da concorrência: fotografe


exposições similares para levar para a
reunião;

• Estudo do consumidor: pesquisa


sobre a cultura e o padrão social do
público alvo;

• Visita em empresas: conhecer as


instituições relacionadas ao processo,
incluindo os concorrentes.
Planejamento 135

da exposição
O primeiro passo para se
anunciar em outdoor é
escolher os locais onde
será exposto seu anúncio;

Deve ser compatível com o


público-alvo do
anunciante;

Precisam ser reservados


com a maior antecedência
possível para garantir sua
disponibilidade.
Técnicas de produção 136

• O designer deve trabalhar junto


com a indústria, para incorporar ao
projeto seus recursos. É preciso
conhecer o processo de
fabricação e as técnicas de
impressão;

• Procure descobrir as vantagens de


um material para outro, permitindo
explorar suas possibilidades;

• Nunca se envolva na competição


entre materiais ou tecnologias.
O Diferencial do Outdoor e suas vantagens:

• Full time: O outdoor é uma mídia de grande impacto. E ainda permanece 24 hs,
diariamente, em exposição.

• Cobertura: Atinge, intensamente, em diferentes pontos da cidade, pessoas de todas as


classes sociais e faixas etárias.

• Soluções sob medida: Dependendo do porte da campanha, pode-se usar Outdoor no


quarteirão, no bairro, no estado ou mesmo em todo país. Ou seja, enquanto o outdoor
tem a flexibilidade de ser vendido 1 unidade, alguns veículos não apresentam esta
flexibilidade. Pequenos, médios e grandes anunciantes podem veicular em outdoor.

• O outdoor não pode ser desligado: Praticamente, o outdoor é uma mídia compulsória.
Ela está nas ruas, praças e avenidas, aberta a toda população. Não necessita ser
comprada, nem ligada, nem folheada. Não se cobra ingresso para vê-la.
BUSDOOR
Outbus ou Busdoor é um tipo de mídia exterior para veiculação de anúncios
publicitários. Chama-se outbus toda a veiculação realizada no lado externo dos
ônibus, em particular nas grandes metrópoles, em linhas regulares de
transporte público de passageiros.
A partir do início do 
século XXI, o formato
backbus vem se
popularizando graças às
tecnologias de impressão
eletrônica de adesivos de
grandes formatos.
Sendo uma mídia exterior de
grande índice de lembrança
entre as classes A, B e C,
tem tido grande expansão
no seu uso pelo mercado
publicitário, encontrando-se
versões que permitem
exposição lateral de
publicidade
e até envelopamento
(cobertura total do ônibus).
• Em 1998, após a criação
da Associação das
Empresas de Publicidade
em Ônibus - ANEPO
(www.anepo.com.br) ficou
convencionado que a
propaganda aplicada
através de adesivos no
vidro traseiro dos
coletivos no Brasil seria
chamado de BUSDOOR.
No Nordeste do Brasil,
algumas empresas ainda
o chamam de Outbus.
AS 11 REGRAS DE OURO
PARA REDIGIR UM TEXTO
PARA O OUTDOOR
1)  MENOS É MAIS – Numa arte de outdoor, é
preciso ser muito direto na mensagem
que será passada. Isso porque o outdoor é uma
mídia de rua, que recebe alguns
poucos segundos de atenção do seu público.
Portanto busque o máximo de objetividade tanto
nos textos quanto nas imagens.
2) LEGIBILIDADE – É recomendado utilizar tipos de
letras (fontes) que apresentem fácil leitura. Uma
ótima forma de testar uma arte é simular a
visualização a longa distância. Um erro muito comum
é misturar muitos tipos de letras, isso normalmente
não traz bons resultados. Procure usar no máximo
duas fontes diferentes numa arte. Fontes muito finas
também costumam desaparecer na arte. 
3) IMAGENS ATRAENTES – Existe uma
expressão popular de autoria do filósofo chinês
Confúcio que é muito aplicável para o outdoor
“Uma imagem vale mais do que mil palavras”.
Um outdoor tem o poder de passar grandes
mensagens somente com uma boa foto ou
desenho.
4) ABUSE DAS CORES – Neste ponto vale alguns cuidados
especiais na utilização de algumas cores, como por
exemplo Preto, que tende a deixar a arte apagada.
Recomendamos evitar também o uso da cor Verde em
tons médios e escuros pois muitos painéis estão
localizados próximos a vegetações o que reduzirá o
impacto da arte. A dica é usar cores quentes e vibrantes
sempre com muito contraste.
5) FOCO NA MENSAGEM – Aqui a dica é evitar redundância
ou excesso de informações. Por exemplo: Divulgar dois
telefones para contato não é necessário. Outro erro é
divulgar website, email e facebook na mesma arte, todos
são meios de contato digitais que levarão o cliente para o
mesmo lugar, neste caso escolha o melhor para
divulgar. Também erra-se muito criando grandes frases que
poderiam ser simplificadas com facilidade, trazendo mais
objetividade na informação. 
6) QUEM É O CLIENTE? – Nunca caia na
armadilha de criar anúncios de outdoor levando
em conta seu gosto pessoal. Um anuncio de
outdoor visa atrair um público específico e
portanto deve ser pensado para ele. Sempre se
pergunte “O Cliente vai gostar?”
7) ATENÇÃO PARA A MARCA – Uma
arte deve valorizar a marca de quem
anuncia. O resultado da campanha pode
ficar comprometido se a marca de quem
anuncia  não está bem dimensionada e
clara para o cliente.
8) EQUILÍBRIO DOS ELEMENTOS
EXERCÍCIO:
– Uma boa distribuição dos objetos
CRIE UM
trazem harmonia
ANÚNCIO paraALL
a TYPE
(APENAS TEXTO) leitura e
arte gerando maior
mais fixação
PARA OUTDOORda informação.
9) CHAME A ATENÇÃO – Um outdoor precisa
ser atrativo, isso é possível usando muita
criatividade, contraste de cores, fotos
e desenhos inusitados. Quanto mais criativo
melhor. Uma estratégia que normalmente
funciona na propaganda é usar doses de humor.
Mas sem exageros!
10) REVISE OS TEXTOS – Erros de português
geram propaganda negativa. 
11) DEIXE COM QUEM ENTENDE – Normalmente
o menor custo de uma campanha de outdoor está
na criação da arte. Pouco adianta lotar a cidade com
diversos pontos se a arte não for atrativa. A dica é:
Contrate sempre empresas ou
profissionais especializados como Agências de
Publicidade ou Designers Gráfico.
Evolução do texto
publicitário
História e evolução
• Século XIX
• República Velha (1889-1930) 
• Anos 1930
• Anos 1940 
• Anos 1950
• Anos 1960
• Anos 1970
• Anos 1980
• Anos 1990
• Século XXI
Século xix
(1808-
1889)
O brasil da época
• Em 1808, a chegada da
Família Real ao Brasil
proporcionou a vinda de
faculdades, museus,
teatros e a imprensa
passou a ser liberada no
Brasil.

• Até então, por ser colônia,


era proibida qualquer tipo
de impressão, seja
panfleto, livro ou revista.
As propagandas da época
• Até o ano de 1900, as
propagandas no Brasil
baseavam-se em temas
como compra e venda de
móveis e até de escravos.
Alguns nomes daqueles
anos ainda nos são
familiares, como os Pós da
Pérsia, o Bálsamo
Maravilhoso, Unguento
Santo, o óleo de Fígado
Bacalhau, o Licor de
Alcatrão e a Magnésia
Fluida. Textos, que eram
feitos por poetas como Olavo
Bilac, eram muito extensos,
mas pouco a pouco foram
sendo reduzidos e tornaram-
se mais objetivos. 
República
velha
1889 - 1930
O brasil da época
• Em 15 de novembro de 1889, o
Brasil deixa para trás mais de
300 anos de monarquia e
passa a ser uma república.
Pelos 41 anos seguintes, os
governos seriam oligárquicos,
com o revezamento de poder
entre Minas Gerais e São
Paulo, a chamada Política do
Café-Com-Leite, que dura até a
depressão de 1929 nos
Estados Unidos, maior
consumidor do café brasileiro.
A consequencia imediata é a
revolução de 1930
As propagandas da época
• Em 1913 ou 1914, nasce a
primeira agencia de publicidade,
na verdade não foi uma agencia
desde o começo, era uma firma
que evolui no sentido da
publicidade e logo se transforma
em agencia, a Eclética.

• Na época da Primeira Guerra


Mundial havia cinco agencias
funcionando em São Paulo: a
Eclética, A Pettinati, a Edanée, a
de Valentim Haris e a de Pedro
Didier e Antônio Vaudagnoti.

• Um dos principais anunciantes


da época eram os laboratórios
Bayer, cujos anúncios eram bem
elaborados, agressivos e com
grandes equipes de produção.
Anos
1930
O brasil da época
• Com a ascensão de Vargas ao poder,
o Brasil passou por 15 anos da Era
Getúlio Vargas, chamado pelo povo de
“Pai dos Pobres” por ter implementado
a CLT, que existe até hoje.

• No Mundo, as ideologias começaram


a pegar corpo e ganhar adeptos, como
o Comunismo (União Soviética e Leste
Europeu); Fascismo (Itália) e Nazismo
(Alemanha). No Brasil, grupos como a
Coluna Prestes e o Integralismo
cresciam a olhos vistos.

• Em 1939 estourava a II Guerra, que


terminaria apenas em 1945
As propagandas da época
• A crise de 1929 e as Revoluções de 1930
e 1932 foram acontecimentos não só
abalaram a economia e a vida do país,
mas que também paralisaram a
propaganda totalmente, bem na
passagem do período de especialização
(começo das agências), para a
importação de modelos mais evoluídos.

• A propaganda no Brasil começou antes


das necessidades do mercado e
antecipou-se ao período que eclodiram as
técnicas e a industrialização - A
Revolução de 1932 foi a implementadora
da indústria no país. Antes dessas
comoções, as tentativas resultavam
sempre em falhas. Mas em ecos de
Modernismo que trabalhava o publico. E
com o aparecimento de uma indústria
nacional, em um quadro amplo de
evolução, a propaganda se desenvolveu
mais rapidamente.

• Além dos meios impressos, o Rádio


popularizou-se em poucos anos, trazendo
mais uma fonte de propagandas
Anos
1940
O brasil da época
• O Brasil, ainda sob o governo de
Getúlio Vargas, entrou na
Segunda Guerra em 1944. Até
então, tinha uma posição de
neutralidade. Mas após o
afundamento de alguns navios,
Vargas entrou em acordo com
Franklin Delano Roosvelt, o então
primeiro-ministro da Inglaterra.

• Enquanto isso, o Brasil estava


ainda mais ligado ao Rádio, em
especial ao Repórter Esso, o
primeiro a dar as últimas, e às
radionovelas, a grande febre dos
brasileiros à época.
As propagandas da época
• Na década de 40 as atividades
publicitárias foram as mais turbulentas,
problemas surgiram, o decréscimo
violento no movimento de anúncios pois
até 1945, foram anos de guerra também
para a propaganda, guerra das trocas
comerciais. Já o período de 1945 á 1950,
o paí­s procurando corrigir as falhas no
desenvolvimento econômico e social pós-
guerra.

• Os produtos anunciados viravam brindes


para o auditório, centenas de produtos
eram anunciadas por artistas e
apresentadores, as vitrines se
sofisticavam para atrair mais ainda os
consumidores. Grandes empresas e os
grandes anúncios se multiplicavam, como
por exemplo, a Coca-Cola.

• A guerra influenciava muito na


propaganda, imagens e os textos ligados
a bombas e destruição. Muitos dos
reclames sempre com humor.
Anos
1950
O brasil da época
• O Brasil começa a década coma
reeleição de Getúlio Vargas em
1950. Ele deixara o primeiro governo
em 1945 após 15 anos no poder e
afirmou que voltaria ao poder nos
braços do povo. Dito e feito. Quatro
anos depois, em meio à crise política,
se suicidaria no Palácio do Catete

• Em 1955, após Café Filho terminar o


mandato que seria de Vargas,
Juscelino Kubitscheck foi eleito
presidente prometendo desenvolver
o Brasil com o lema “50 anos em 5”.
Rodovias, industrialização e a
construção/inauguração de Brasília
foram as marcas do “Presidente
Bossa-Nova”
As propagandas da época
• Em 1950 é inauguradas a primeira
emissora de Televisão Brasileira e também
a primeira da América Latina, a TV Tupi
(canal 4) em São Paulo. A iniciativa foi de
Assis Chateaubriand

• No que se diz respeito ao desenvolvimento


de nossas indústrias e bens de consumo,
começamos então uma nova era
eletrônica, era em que importávamos
filmes em latas, as agências McCann
Erikson e a J.W. Thompson, trazem o
“know-how”, criando, redirigindo e
produzindo programas, devido à falta de
profissionais experientes em televisão,
produzíamos ligeiros programas,
comerciais ao vivo, eles adaptavam o
modelo estrangeiro ao modelo brasileiro,

• As garotas-propaganda ganhavam seu


espaço anunciando produtos, tinham muito
prestigio, e mais sucesso do que muitos
locutores do rádio, as que mais se
destacaram foram Idalina de Oliveira,
Meire Nogueira, Wilma Chandler, Odete
Lara e Maria Rosa.
Anos
1960
O brasil da época
• Logo após a inauguração de Brasília, JK
deixa o governo e a chapa eleita naquele
ano foi formada por Jânio Quadros e João
“Jango” Goulart. Sete meses após assumir a
presidência, Jânio renuncia, em agosto de
1961 e Jango assume o poder prometendo
as reformas de base.

• O mundo vivia em clima de Guerra Fria,


com conflitos entre os capitalistas (liderados
pelos Estados Unidos) e os Comunistas
(liderados pela então União Soviética) e as
reformas de base foram tidas como uma
“conspiração comunista” e em 31 de março
de 1964, Jango é deposto do poder.

• A partir de então, e pelos 21 anos seguintes,


as Forças Armadas seguem governando o
Brasil.
As propagandas da época
• Foram muitos os acontecimentos que
marcaram a propaganda brasileira na década
de 60, alguns deles influenciaram bastante sua
estrutura e fez da propaganda o que ela é hoje.
Neste breve relatório mostraremos alguns
destes fatos para que se tenha uma ideia das
mudanças ocorridas e das novas tendências
que viriam.

• Nesta época, agências norte-americanas


ditaram as normas de criação. Algumas
agências brasileiras seguiram. Em certos
casos, a agência projetava um tom individual
em diferentes campanhas, colocando a sua
marca pessoal acima dos produtos e de seus
clientes. Veio então a época mais japonesa
(copiar, diminuir, baratear) que foi muito
positiva, pois resultou em uma melhoria
expressiva do ponto de vista de padrão criativo.
Talvez com todas essas influências, fazendo
um balanço, pode-se dizer que tenha sido o
marco de uma renovação de approach e
linguagem, que se refletiu por esses últimos
anos.

• Outras capitais, como o Recife, começaram a


abrir emissoras de TV (TV Jornal e TV Rádio
Clube, hoje TV Clube) e escritórios/ agências
de publicidade como a Aliança e a Itaity.
Anos
1970
O brasil da época
• Os militares estavam no poder e a
década começou gloriosa para eles e
seus apoiadores: A Seleção Brasileira
de Futebol ganhara o Tricampeonato
Mundial, o “Milagre Econômico” fez o
país crescer com o dinheiro do Fundo
Monetário Internacional e mesmo com
muitas obras custeadas pelo Estado, o
Brasil mergulhou numa grave dívida
externa.

• Também nesta época ocorreram


mortes, exílios e desaparecimentos de
opositores do regime da época. Muitos
desses relatos só passaram a ser
investigados a partir das comissões da
verdade nas casas legislativas do
País, como São Paulo, Rio de Janeiro
e Pernambuco.
As propagandas da época
• O futebol para o brasileiro da época é muito
importante. Em 1970 é a primeira vez que os
brasileiros assistem a Copa do Mundo na
televisão. Em 1974, as imagens já exibem
cores.

• Em 1971, na Festa da Uva em Caxias do Sul, é


a primeira vez que é transmitida em cadeia a
imagem em cores, reunindo várias emissoras. A
primeira telenovela colorida foi "O Bem Amado".

• Nessa época, o outdoor estava se


desenvolvendo rapidamente, só em São Paulo
havia 13 mil outdoors. Como a quantidade era
muito alta, deixou de ser uma mídia tão
eficiente e os grandes anunciantes
abandonaram a técnica. Em 1977, é fundada a
Central de Outdoor regulamentado o tamanho,
feita uma tabela de preço e vários painéis são
retirados das ruas.

• Surge o garoto Bombril, Carlos Moreno. Nova


forma de fazer propaganda para as donas de
casa, linguagem mais simples. Foram
produzidos mais de 180 comerciais. O garoto
propaganda aparece pela primeira vez na TV
Tupi.

• Surgem muitas agências na década de 70:


Adag, CBBA, Caio, Fischer & Justus,
Gruponove, Múltipla, Símbolo, entre outras.
ANO
S
1980
O brasil da época
• Meses antes da nova década começar, o
Brasil decretou a Anistia “Ampla, Geral e
Irrestrita”, que “perdoou delitos” de
“terroristas” e contra-terroristas. Presos
foram soltos e exilados voltaram ao País.

• Prefeitos de capitais e governadores de


estado voltaram a ser eleitos pelo povo em
1982. Em 84, uma campanha nacional
pelas eleições diretas tomou conta do
Brasil, mas o povo só voltaria a votar pra
presidente em 1989.

• Em 1985 o Colégio Eleitoral (Congresso


Nacional) elegeu Tancredo Neves
presidente e Sarney para vice. Mas na
véspera da posse, Tancredo adoece e
morre 20 dias depois, em abril de 1985.

• Sarney assume a presidência e uma


herança econômica trágica: dívida externa,
inflação alta e pobreza extrema do povo.
A propaganda da época
• A década de 80 foi também a época da grana. Ser
rico deixou de ser pecado.  Os yuppies, geração de
jovens executivos e empreendedores em busca
indiscriminada de fama e dinheiro, deram o tom na
administração dos negócios. Assim, grandes fortunas
não pararam de crescer e aparecer.

• Nesse período, a propaganda, enquanto setor,


marcou passo. Em raros momentos, o faturamento
publicitário conseguiu bater expressivamente a gira
galopante da inflação do período. Mas muita coisa
rolou por baixo dessa ponte, a qual demoraram dez
anos para atravessar.

• O começo dos anos 80 seria também o início do


amadurecimento do mercado editorial brasileiro, em
termos mercadológicos. Começaria aí, o fenômeno da
segmentação, e uma série de mudanças editoriais.

• Muita gente já tinha ouvido falar no Brasil de


marketing direto. Mas ele começou oficialmente a
existir no Brasil, quando o Grupo Ogilvy & Mather
aporou aqui com a divisão Direct Response, no início
dos anos 80, depois de comprar a maior empresa
brasileira do setor, a Consuma, que tinha uma boa
equipe de profissionais, especializados na técnica
desconhecida.
ANO
S
1990
O brasil da época
• Em 15 de março de 1990, Fernando Collor
toma posse como o primeiro presidente
eleito em quase 30 anos. No dia seguinte,
seu plano econômico que ninguém
entendia acabou confiscando a poupança
do povo.

• Dois anos e meio depois, o Brasil estava


imerso em uma campanha protagonizada
por jovens estudantes, os Caras-Pintadas,
liderados pelo então estudante de direito
Lindembergh Farias, hoje senador pelo PT
do Rio de Janeiro.

• Em 1994, Itamar Franco lançou o Plano


Real, que finalmente estabilizou a
economia e a segunda metade dos anos
90 foi trazendo novidades, como a internet
e os telefones celulares.
A propaganda da época
• Em 1991, apesar dos pesares, boas coisas aconteceram.
Um dos fatos tecnologicamente do ano foi o início das
transmissões de rádio com o uso de satélite. As três
redes líderes nesse processo, eram a bandeirantes,
Cidade e Transamérica. A Cinemídia, nasceu nesse
mesmo ano, da cabeça e imaginação do então
Superintendente Comercial do SBT, Rubens Carvalho.

• Trinta e oito anunciantes, de janeiro de 1991 a fevereiro


de 1992, com verbas anuais acima de US$ 1 milhão,
haviam mudado de agência. A saída de grandes contas
para agências de porte médio, mais ágeis e mais
criativas, foi a grande tônica do troca troca.

• Em 1994, nos sagramos, tetracampeões mundiais de


futebol. Os negócios também balançaram a rede do
sucesso. Quem investiu na copa, se deu bem.

• A Fischer, Justus foi uma das agências mais ativas do


evento. No acompanhamento in loco de seu cliente
Brahma, transferiu sua equipe de criação para os EUA, e
lá trabalhou em comerciais de oportunidade, ao sabor de
resultados e acontecimentos locais (tudo ancorado em Jô
Soares). Contratou também, praticamente o time inteiro
da Seleção Brasileira de Futebol, para estrelar peças
institucionais da campanha.

• A chegada da internet e dos celulares também aqueceu o


mercado publicitário daquela época.
Século
XXI
O brasil
• O Brasil entrou no terceiro milênio já
embalado nos celulares e a internet
começava a crescer, tanto é que geral
temia o Bug do Milênio, em que os
computadores poderiam não reconhecer o
ano 2000 e achar que voltaria para o ano
de 1900. Mas para alívio de todos, isso
não ocorreu.

• Em 2002, o Brasil elegeu o primeiro


presidente de origem popular. Na quarta
eleição em que se candidatara, Lula dessa
vez ganhou de um candidato tucano. Ele
se reelegeria em 2006 e faria a sucessora
em 2010 e 2014.

• Em 2005, as redes sociais tomaram conta


da internet, especialmente o MSN
Messenger e o Orkut, verdadeiras febres
mundiais. Outra febre identificada foram os
reality-shows, como Big Brother Brasil, No
Limite, Casa dos Artistas entre outros.
A propaganda
• O mercado de publicidade no Brasil (da
década de 2000 em diante), passou a
movimentar mais de 10 bilhões dólares por
ano, todos os anos. Além do grande
investimento financeiro por parte das
empresas, as agências de publicidade
também tem investido cada vez em mais
qualidade, o que tem refletido em várias
premiações internacionais para a publicidade
e propaganda nacional.

• Um fato interessante do mercado de


publicidade e propaganda atual é o fato de
que está cada vez mais fácil montar um
negócio próprio na área, devido a
simplicidade da veiculação e administração
da publicidade via Internet (existem sistemas
como o Adwords do Google, que permitem
um gerenciamento completo e simples). Tais
ferramentas focadas em ação online tem
alavancado o setor de serviços e auxiliou na
proliferação de centenas de pequenas
agências de Web Marketing no Brasil.

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