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TRAGÉDIAS,

RESPONSABILIZAÇÕES E
A PROCURA DE CULPADOS

Prof. Weser Francisco Ferreira Neto


Professor Universitário
Doutorando em Direito Penal
Mestre em Direito Empresarial
Pos-Graduado em Direito Público e em Ciências Penais
Especialista em Criminologia e em Política e Estratégia
Delegado de Polícia Civil
I – Catástrofe na Cinelândia:
estudo de caso e da legislação

- Desabamento de três prédios RJ


- Mortes e Danos (sem intenção)
- Duas reformas de grande porte e
ausência de registro no CREA
- Obras irregulares
- Pessoas responsáveis

- (diretas e/ou indiretas)


Outros casos:
a) Edifício Palace II – ano 2008 (RJ)
Conclusão: Falhas no projeto de
construção de dois pilares e obra
irregulares na cobertura onde foi
construído uma piscina.
b) Edifício Buritis – ano 2011 (MG)
Conclusão: excesso de água no solo e
movimentação do terreno e outros.
Laudo do Inst. Brasileiro de Avaliações e
Perícias de Engenharia (IBAPE-MG)
Novas Obras Regulares
- Dispensa de licença prévia para
pinturas e pequenos reparos;
- Necessidade de licença da
Prefeitura para mudanças
estruturais de concreto, vigas ou
pilastras (retirada de paredes,
construções, demolições,
reformas de aumento de área)

- Precisa-se do Engenheiro ?
(ART. Anotação de Responsabilidade Técnica)
PRESSUPOSTOS DA
RESPONSABILIDADE CIVIL

 Conduta humana (ação ou omissão)


 Dano (ofensa a um bem jurídico)
 Culpa ou risco ( segundo se trate de
responsabilidade subjetiva ou
objetiva)
 Nexo de causalidade (resultado
lesivo produzido)
II – PROCURA-SE CULPADOS
 Proprietário do prédio
 Engenheiro e/ou Empresa que construiu os
prédios
 Proprietários dos imóveis: 3° e 9° andar
 Sindico do Edifício Liberdade: local das obras;
 Empresa contratada (pessoa jurídica)
 Engenheiro (s) responsável pela obra
 Arquiteto (a)
 Pedreiro (s) e Servente de pedreiro (s)
 Outros: Prefeitura, CREA etc
Art. 422 do Código Civil
Os contratantes são
obrigados a guardar, assim
na conclusão do contrato
como em sua execução, os
princípios da probidade e
da boa fé.
Art. 187 do Código Civil
 A não observância ou a deslealdade
configura ato ilícito ou abuso de direito,
de acordo com o artigo 187 do diploma
civil:
 Art. 187. Comete ato ilícito o titular de
um direito que, ao exercê-lo, excede
manifestamente os limites impostos
pelo seu fim econômico ou social, pela
boa-fé ou pelos bons costumes.
Art. 113 do Código Civil

 Osnegócios jurídicos devem


ser interpretados conforme a
boa-fé e os usos do lugar de
sua celebração.
TRIPLA RESPONSABILIZAÇÃO:

 Responsabilização civil
 Responsabilização
administrativa
 Responsabilização criminal

PESSOA FÍSICA X PESSOA JURÍDICA


III – Hipóteses do Desmoronamento

a) Falha estrutural (tempo transcorrido)


b) Corrosão e infiltração da lage da
cobertura e/ou em outro andar
c) Entulho da obra, que provocou
excesso de peso e o rompimento da
estrutura
d) Retirada de paredes, corte de uma
viga ou pilar, com ruptura brusca
IV – Fiscalização em geral

- Prefeitura (Sec. Municipal de Urbanismo e Defesa Civil)


- CREA: Comissão de Análise e
Prevenção de Acidentes (ADM)
- Conselho Regional de Arquitetura e
Urbanismo
- Clube de Engenharia
- Polícia Civil
- Polícia Federal e outros (sociedade)
ILÍCITOS: existe diferença?
 Ilícitos de natureza penal

 Ilícitos de natureza civil

 Ilícitos de natureza administrativos

 OBJETIVO:
RESSARCIMENTO DO DANO ÁS
VÍTIMAS EM GERAL
Responsabilização Civil
Pessoa Física

- Responsabilidade subjetiva
Art. 186 do CC =) ”Aquele que, por ação
ou omissão voluntária,negligência ou
imprudência, violar direito e causar dano
a outrem, ainda que exclusivamente
moral, comete ato ilícito“.
- Dano material e moral
- Indenização (Bens Particulares)
Responsabilidade da
Pessoa Jurídica
 RESPONSABILIDADE OBJETIVA
 art. 927 do CC =) Aquele que, por ato ilícito
(arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica
obrigado a repará-lo.
 Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar
o dano, independentemente de culpa, nos
casos especificados em lei, ou quando a
atividade normalmente desenvolvida pelo
autor do dano implicar, por sua natureza,
risco para os direitos de outrem.
V – Sugestão para coibir novos acidentes
 Criação de Normas Técnicas nacionais,
com especificações sobre durabilidade e
um prazo para que seja feita a inspeção
rotineira das estrutura (CONFEA)
 Necessidade do CREA guardar uma cópia
de todos os projetos originários de novas
estruturas das obras para futuras
consultas
 Responsabilizar os agentes infratores
 Fiscalização e prevenção
VI - Conclusão

 Reformas: Interna e Externa


 Obras clandestinas

 Obras e acompanhamentos
técnicos na fiscalização
 A importância do Engenheiro

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