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PROPRIEDADES DE RAIOS X

• 1895 – descoberto por Roentgen –


(radiografia – 10-1 cm)
• 1912 – descoberta da difração de raios X
pelos cristais (10-8 cm) – 0,5 a 2,5 Å
• Radiação eletromagnética
Espectro eletromagnético
Campos elétrico e magnético associados ao
movimento da onda na direção x
Campo elétrico, E no plano polarizado:
• E = A sen 2¶ [(x/λ) –υt]
A – amplitude da onda;
λ – comprimento de onda
υ – freqüência

• λ = c/υ
c – velocidade da luz = 3 x 108 m/seg.
Figura 3 – Variação de E:
(a) com t a um valor de x fixado;
(b) com x a um valor de t fixado.
Caráter da radiação (raios X):
1 – teoria clássica – movimento de onda
2 – teoria quântica – partículas (quanto ou
fótons)
1 foton = hυ
h – constante de Plank (6,63 x 10-34
Joule/seg.)
O Espectro contínuo
• KE = eV = 1/2mv2
Onde:
e – carga do elétron – 1,60 x 10-19 coulomb
V – diferença de potencial - volts
m – massa do elétron – 9,11 x 10-31 kg
v – velocidade – m/seg.
Figura 4 – Espectro de raios X do molibdênio em
função da voltagem aplicada.
• Limite de menor comprimento de onda:
• λSWL = 12,40 x103/V (Å)

• Intensidade do espectro contínuo:


Iespectro contínuo = AiZVm
A – constante de proporcionalidade;
m – const. de valor de aproximadamente 2;
Z – número atômico;
i – corrente do tubo (número de elétrons por
segundo chegando ao alvo)
Figura 5 – Espectro do Mo a 35 kV.
• Intensidade da linha cartacterística:
Ilinha K = Bi(V – VK)n
Onde:
B – constante de proporcionalidade;
VK – voltagem de excitação;
n – constante de valor de cerca de 1,5.

• Lei de Mosley:
• (υ)1/2 = C(Z – σ)
• Onde C e σ – constantes
Figura 6 – Relação de Mosley entre a (υ)-1/2 e Z
para duas linhas características.
Figura 7 – Esquema da transição eletrônica de um
átomo.
• Trabalho requerido para remover elétron da
camada K:
1/2mv2 = WK

• Absorção
Ix = I0e-(µ/ρ)ρx
Onde:
I0 – intensidade do feixe incidente;
Ix – intensidade do feixe transmitido;
µ/ρ – absorção de massa;
ρ – densidade do material.
Figura 8 – Variação do coeficiente de absorção em massa
do Ni com a energia do quantum de raios X.
• Variação do coeficiente de absorção:
µ/ρ = kλ3Z3
Onde:
K – constante de valor diferente para cada
lado da curva;
Z – número atômico do absorvedor

Figura 9 – Arranjo experimental para medir absorção.


• WK = hυK = hc/λK
Onde: υK – freqüência; λK – comprimento de onda;
K – borda de absorção

Figura 10 – Coeficientes de absorção do chumbo, mostrando as


bordas de absorção K e L.
Figura 11 – Níveis energéticos atômicos. Processo de excitação e
emissão indicadas por setas.
• Transição K → LIII
hυKα1 = WK – WLIII
hυKα1 = hυK – hυLIII
1/λKα1 = 1/λK – 1/λLIII
Onde:
K e LIII – referem-se às bordas de absorção
Kα1 – linha de emissão

• Cálculo da voltagem de excitação:


eVK = WK = hυK = hc/λK
VK = hc/eλK
VK = 12,40 x 103/λK
Onde:
VK – voltagem de excitação da camada K
λK – comprimento de onda da borda de absorção K (Å).
Figura 12 – Relação entre a voltagem aplicada no tubo de raios X e o
limite do menor comprimento de onda do espectro contínuo, e a
voltagem de excitação do metal e o comprimento de onda de sua
borda de absorção.
Efeito Auger
• usado em estudos de corrosão catalítica,
segregação de impurezas superficiais → 10Ǻ
da superfície
• Átomo excitado → voltar ao estado
fundamental:
i – emissão de radiação K
ii – emissão de elétron (efeito Auger)
• Fluorescência de campo (ωk)
ωk = (No de átomos que emite radiação x) / (No
de átomos com vacância na camada K)
Figura 13 – Comparação do espectro de radiação do Cu antes (a) e
após (b) a passagem por um filtro de Ni. A linha tracejada é o
coeficiente de absorção em massa do Ni.
Filtros para supressão de radiação kβ
Alvo Filtro Feixe Espessura do filtro p/ I(Kα)t/
incidente I(Kα)/I(Kβ) = 500/1 no I(Kα)i
I(Kα)/I(Kβ) feixe transmitido
mg/cm2 polegadas

Mo Zr 5,4 77 0,0046 0,29


Cu Ni 7,5 18 0,0008 0,42
Co Fe 9,4 14 0,0007 0,46
Fe Mn 9,0 12 0,0007 0,48
Cr V 8,5 10 0,0006 0,49
Produção de raios X
• Tubo de raios X:
i – Tubo de gás (Roetgen)
ii – Tubo de filamento (Coolidge – 1913)

Figura 14 – Tubo de raios X


Figura 15 – Seção transversal de um tubo de raios X
selado de filamento
• Detecção de raios X:
i – Telas fluorescentes - ZnS com traço de
Ni – detecção de raios X
ii – Filme fotográfico
iii – Contadores: proporcional, Geiger,
cintilação e semicondutor

Comportamento do contador:
i – perdas de contagem
ii – eficiência
iii – resolução de energia
Figura 15 – Relação entre a sensibilidade do filme e a forma do
espectro contínuo:
(a) Espectro contínuo do alvo de W a 40 kV
(b) Sensibilidade do filme
( c ) Curva de enegrecimento para o espectro mostrado em (a).
Perdas de contagem
• Tempo de resolução (ts)
Taxa máxima de contagem sem perda – 1/ ts

Figura 16 - Pulsos espaçados de voltagem aleatória produzido por um


contador.
Figura 16 – Efeito da taxa de contagem sobre as perdas de contagem
para três tipos de contador.
Figura 17 – Curva de calibração do contador Geiger.
Radiação Kα do Cu. Folhas de Ni, espessura de 0,01 mm
cada, usadas como absorvedor.
Eficiência de contagem (E)
• E = EabsEdet = [(1 – fabs,w)(fabs, c)][1-fperdas]
fabs,w) – fração da radiação absorvida pela
janela de mica ou berilo
(fabs, c) – fração da radiação absorvida pelo
contador.
• Resolução de Energia

Figura 18 – Valores calculados da eficiência de absorção


Eabs (em porcentagem) de vários tipos de contadores e de

filmes fotográficos (linhas pontilhadas).


• Resolução do contador
R = W/V
W – largura da curva medido na semi-
altura
V – tamanho médio do pulso

Figura 19 – Curva distribuição de tamanho de pulso


Contadores Proporcionais
1 – Câmara de ionização:
• tamanho: 10 x 2 cm
• Voltagem = 200 volts
• corrente de 10-12 amp em R1

2 – Contador proporcional
• Voltagem – 1000 volts → ionização múltipla ou
amplificação do gás
• No. De átomos ionizados por 1 quantum de
raios X – 103 a 105 vezes > câmara de ionização
Figura 20 – Contador de gás (proporcional ou Geiger) e
circuitos básicos de conecção.
Figura 21 – Efeito da voltagem sobre o fator de
amplificação do gás
• Voltagem de operação do contador:
i - escolhe feixe de intensidade constante
ii – aumenta a voltagem até encontrar o
plateau → 100 volts acima do limite do
pleatau.

Figura 22 – Efeito da voltagem aplicada ao contador proporcional


sobre a taxa de contagem observada à intensidade de raios X
constante.
• Contador proporcional: 10.000 cps
→quantum confinado a uma região m≤
0,1mm.

Figura 23 – Diferença entre a extensão da ionização entre os


contadores proporcional e Geiger. Cada símbolo (+/-) representa um
grande número de íons positivos (ou elétrons).
• Contadores Geiger ou Geiger-Müller ou G-M
i – voltagem de aplicação – 1500 volts
ii – fator de amplificação A – 108 a 109 → pulsos
de 1 a 10 volts
ii – alto tempo de resolução – 10-4 seg.

• Contadores de cintilação
Usa NaI ativado com Ta → emite luz ultravioleta
sob bombardeio de raios X, causada pela
ionização de átomos
Dinodos com 100 volts > que o anterior → fator
de multiplicação = 107
Figura 23 – Esquema do contador de cintilação. Não
mostra conecções elétricas.
Figura 24 – Curva da distribuição da altura do pulso para
três tipos de contadores. Radiação incidente Mn Kα (λ =
2,10Ǻ, hν = 5,90 eV) e Mn Kβ (λ = 1,91 Ǻ, hν = 6,5 keV)
• Contadores semi-condutores: 5000 a 1000
cps
Raios gama - Ge(Li))
Raios X - Si(Li)

Figura 25 – Contador Si(Li)e Preamplificador FET. Ambos estão em


espaço resfriado e evacuado e a entrada de raios X se dá através de
uma janela de Be. Operado a 100V (- - elétron, + - buraco)
Análise de altura de pulso
• Discriminador de altura de pulso - DRX
• Analisador de altura de pulso de canal único -
DRX
• Analisador de altura de pulso multicanal (MCA)-
FRX
Computador:
1 – Digitaliza – conversor analógico-digital (ADC)
2 – Seleciona e guarda informações nos canais
3 - Mostra
Figura 26 – Discriminação de altura de pulso e análise. O
espalhamento estatístico do tamanho do pulso, medido
pela largura W da Fig. 19 é sugerido acima, pelas alturas
variáveis de cada pulso.

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