Você está na página 1de 34

REPÚBLICA DE ANGOLA

MINISTÉRIO DO INTERIOR
DELEGAÇÃO PROVINCIAL DO HUAMBO
COMANDO P.SP.CIVIL E BOMBEIROS
INTRODUÇÃO
A PROTECÇÃO CIVIL EM ANGOLA
1. Enquadramento Legal

Lei nº 14/20 de 22 de Maio.

Lei 28/03 de 7 de Novembro.

Decreto Presidencial nº 30/16 de 3 de


Fevereiro.
SPCB-HBO
OUTROS DIPLOMAS LEGAIS REGULADORES
DA PROTECÇÃO CIVIL EM ANGOLA

- PLANO NACIONAL DE PREPARAÇÃO DE CONTINGÊNCIA,


RESPOSTA E RECUPERAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS.
(Decreto Presidencial nº 205/10 de 21 de Setembro);

- REGULAMENTO SOBRE O FUNCIONAMENTO DA


COMISSÃO NACIONAL DE PROTECÇÃO CIVIL.
(Decreto Presidencial nº 101/11 de 23 de Maio);

- REGULAMENTO SOBRE AS ATRIBUIÇÕES,


COMPETÊNCIAS, COMPOSIÇÃO E MODO DE
FUNCIONAMENTO DOS CENTROS DE COORDENAÇÃO
OPERACIONAL DE PROTECÇÃO CIVIL.
(Decreto Presidencial nº 229/10 de O8 de Outubro).
SPCB-HBO
PROTECÇÃO CIVIL/OBJECTIVOS

É a actividade desenvolvida pelo Estado e pelos Cidadãos,


com objectivo / finalidade de prevenir riscos colectivos
inerentes a situações de acidente grave, catástrofes ou
calamidade, de origem natural ou tecnológica e de atenuar
ou eliminar os seus efeitos e socorrer e assistir as
pessoas e seus bens em perigo quando aquelas situações
acorram.

SPCB-HBO
SIGNIFICADO DO SIMBOLO DA
PROTECÇÃO CIVIL

O triângulo equilátero representa a cooperação


de todos, a união de esforços, com o objetivo
de proteger a vida. A base desse triângulo
representa a segurança e estabilidade. Os dois
vértices representam a prevenção e a ação,
medidas fundamentais para a proteção de toda
a população.
A cor azul remete à tranquilidade, ao equilíbrio
e à serenidade necessária a todos na
realização dessas actividades.O Si
A cor laranja traduz o calor humano e a
solidariedade, além de ser a simbologia oficial
das ações de Proteção Civil. Civil no Brasil
e no Mundo SPCB-HBO
NATUREZA DA PROTECÇÃO CIVIL

 Tem carácter
permanente,
multidisciplinar e
plurissectorial,
 Esta actividade, é
desenvolvida em todo
território Angolano.
 Actividade de protecção
civil pode ser exercida
fora do território
angolano. SPCB-HBO
SISTEMA NACIONAL DE PROTECÇÃO CIVIL

CONSELHO NACIONAL DE PROTECÇAO Órgão de auscultação do P.R.


CIVIL constituído pelos Ministros e
Presidido pelo Titular do poder Executivo presidido pelo Chefe do
Executivo.
Ministérios,
Secretarias e
assessoria técnica e outras
COMISSÃO NACIONAL DE PROTECÇÃO
coordenação operacional da instituições da
CIVIL
actividade de protecção civil Administração
Coordenada pelo Ministro do Interior
em todo o território nacional, Pública, das
províncias,
comuna e dos
Municípios que
SERVIÇO NACIONAL DE PROTECÇAO Órgão de Caracter integram o
CIVIL E BOMBEIROS Permanente e de Sistema.
  Coordenação Operativa Coordenação do Secretariado
Executivo da Comissão
  Nacional de Protecção Civil.

COMISSÃO
PROVINCIAL

SPCB-
COMISSÃO MUNICIPAL

HBO
LOCAL
AGENTES DA PROTECÇÃO CIVIL
Serviço de Protecção Civil e
Bombeiros;
Polícia Nacional;
Forças Armadas
Angolanas;
Direcção Nacional de
Aviação Civil;
Direcção Nacional da
marinha Mercante e Portos;
Direcção da Fiscalização
Marítima dos Minist.
Pescas, Urbanismo e
Construção e Ambiente, SPCB-HBO
etc.
MEDIDAS DE CARACTER EXCEPCIONAL

– Limitar a circulação ou permanência de pessoas


ou veículos;
– Requisitar temporariamente quaisquer bens ou
serviços;
– Ocupar instalações ou locais de qualquer
natureza;
– Limitar ou restringir a utilização de serviços
públicos, de transportes, comunicações,
abastecimento de água e energia;
– Determinar a mobilização civil de indivíduos, por
determinados períodos.

SPCB-HBO
CICLO DE GESTÃO DE DESASTRES

PREVENÇÃ
MITIGAÇÃO
O

DE RE
SA S
PREPARAÇÃO

ST
RECUPERAÇÃO

RESPOSTA

SPCB-HBO
CICLO DE GESTÃO DE DESASTRES
PREVENÇÃO - Medidas e actividades prioritárias, anteriores à
ocorrência do desastre, destinadas a evitar ou reduzir a instalação
de novos riscos
de desastre.
MITIGAÇÃO - Medidas e actividades imediatamente adotadas para
reduzir ou evitar as consequências do risco de desastre.
PREPARAÇÃO - Medidas e actividades, anteriores à ocorrência do
desastre, destinadas a otimizar as ações de resposta e minimizar os
danos e as perdas decorrentes do desastre.
RESPOSTA - Medidas emergenciais, realizadas durante ou após o
desastre, que visam ao socorro e à assistência da população
atingida e ao retorno dos serviços essenciais.
RECUPERAÇÃO - Medidas desenvolvidas após o desastre para
retornar à situação de normalidade, que abrangem a reconstrução
de infraestrutura danificada ou destruída, e a reabilitação do meio
ambiente e da economia, visando ao bem-estar social.
SPCB-HBO
REDUCÇÃO DE RISCO DE
DESASTRES

Conceitos – Chave
Em RRD
PERIGO/AMEAÇA

A ameaça é um fenômeno natural, uma situação, uma


substância química ou biológica, uma actividade humana ou
condicionada,
que tem o potencial de causar danos em perda de
vidas, ferimentos ou outro tipo de impacto negativo na
saúde, prejuízo a propriedade, perda de meios de
subsistência e serviços, distúrbio social e econômico ou
prejuízo ambiental.
TIPOS DE AMEAÇAS

1.AMEAÇAS NATURAIS: A fonte de perigo encontra-se na natureza.

Hidro-meteorológica • Cheias, inundacoes


• Ciclones tropicais, tornados, nevões, etc.
• Seca, erosão, ravinas, raios etc.

Geológicas • Terremotos, tsunamis


• Actividade vulcânica
• Erosão, deslizamentos de terra, etc.

Biológicas • Surto de doenças epidêmicas, infetação


extensiva
TIPOS DE AMEAÇAS

2. AMEAÇAS SOCIONATURAIS: Onde as ações humanas acrescentam o


potencial perigo dos fenómenos naturais e são mais determinantes na
magnitude dos impactos. exemplos: incendios, ravinas a causa do
desmatamento etc.

3. AMEAÇAS ANTROPOGÉNICAS: Onde as causas são principalmente


encontradas nas acções humanas. Exemplos: Poluição do ambiente com
substancias quimicas.
OBSERVAÇÕES

1. A manifestação, ou impacto, da maioria das ameaças naturais


não se pode evitar.

2. É possível, no entanto, conhecer e estudar o seu


comportamento histórico e territorial.

3. Os estudos têm procurado encontrar métodos e ferramentas de


análise quantitativa e qualitativa que permitam compreender e
realizar projeções, modelos e cenários sobre a sua incidência.

4. O conhecimento profundo das ameaças num determinado


territorios ajuda-nos no processo de reducção dos riscos.
VULNERABILIDADE

A vulnerabilidade é a
característica e/ou condição
de uma comunidade, sistema
ou área que a torna
suscetível aos efeitos
negativos de uma
ameaça/perigo.
VULNERABILIDADE
A Vulnerabilidade portanto é conjunto
de características da sociedade, das
infraestruturas, dos meios de
subsistência e ecossistemas, que
causam a predisposição ou
susceptibilidade física, económica,
política, social ou ambiental de uma
comunidade a ser afetada ou sofrer
efeitos adversos quando uma ameaça
se manifestar.
Representa o fator interno do risco.
IMPORTANCIA DE ENTENDER AS CAUSAS
DA VULNERABILIDADE NO RRD

As medidas físico-estruturais que se podem


adotar para minimizar ou mitigar o efeito dos
fenómenos naturais e reduzir o risco radicam,
fundamentalmente, no conhecimento da
vulnerabilidade.
CAPACIDADE

A capacidade é a combinação de todas as forças e


recursos disponíveis no seio de uma comunidade,
sociedade ou organização que podem ser usados para
alcançar os objetivos propostos e ultrapassar
positivamente as adversidades.
As capacidades são os meios pelos quais a população ou
as organizações utilizam as suas habilidades e recursos
disponíveis para enfrentar o impacto de um desastre.
Reflexão?

VULNERABILIDAD
E
Perigo

Ameaça
Cuidado! A
pedra esta
caindo .
VULNERABILIDADE

SPCB-HBO
TEORIA DE DESASTRE

Perigo

Ameaça

VULNERABILIDADE
Disastre

SPCB-HBO
CAPACIDADE E RESILIECIA

No âmbito das capacidades encontra-se uma das mais


importantes ao nível local: a resiliência.
Esta última tem a ver com a capacidade de um sistema,
comunidade ou sociedade de se adaptar, resistindo ou
mudando, com a finalidade de manter um nível adequado
de funcionamento da sua estrutura perante a manifestação
de uma ameaça.
FACTORES DO RISCO

Ameaças, vulnerabilidades e capacidades são as fatores


de risco. Estes fatores são dinâmicos, mudam
frequentemente, são interdependentes, e a sua
coincidência espacial e temporal determina a existência do
risco no território.
Se não se tomam medidas de intervenção para mudar
positivamente o cenário, os fatores podem piorar,
aumentando o impacto negativo.

SPCB-HBO
RISCO

Risco = Ameaça x Vulnerabilidade


Capacidade

SPCB-HBO
RISCO DE DESASTRES

O risco de desastre é o resultado de complexas interações


entre ameaças, vulnerabilidades e capacidades que podem
ser agravadas ou criadas por atividades humanas através
de processos, práticas e formas de desenvolvimento que
incidem negativamente na construção das nossas
sociedades.
Para poder entender o real nível de impacto do desastre
deve ser feita uma analise ou interpretação dos riscos no
seu contexto.
GESTÃO DO RISCO DE DESASTRES

A gestão do risco de desastres é um processo permanente de


análise, planeamento, tomada de decisões e implementação de
ações destinadas a identificar, prevenir e reduzir as possibilidades
de que um fenómeno potencialmente destrutivo cause danos ou
perturbações graves na vida das pessoas, nos meios de subsistência
e nos ecossistemas dos territórios, assim como responder
adequadamente em caso de impacto e de recuperar meios de vida,
serviços e sistemas após o desastre ocorrer.
PROCESSO DE GESTÃO DO RISCO DE DESASTRES
REDUÇÃO DO RISCO
É o resultado de uma abordagem de planificação
preventiva e sustentável realizada analisando de forma
profunda os fatores de risco.
Reduzir o risco de desastres significa mitigar/diminuir o
impacto negativo que as consequências das ameaças têm
na comunidade.
EXEMPLOS DE MEDIDAS DE REDUCÇÃO DE RISCO DE
DESASTRES

1. Numa província sujeita a secas periódicas, podem ser


implementados sistemas de irrigação inovativos para
apoiar os agricultores no tempo seco.
2. Numa área sujeita a inundações pode ser estabelecido
um sistema de aviso prévio para monitorar o nível das
águas.
3. Numa província sujeita a deslizamento de terra,
desertificação ou ravinas, pode ser incentivada a
plantação de arvores para fortalecer o terreno.
SPCB-HBO
ELEMENTOS TRANSVERSAIS ESSENCIAIS

Para obter os resultados, cada plano de redução


de risco de desastres (RRD) deve ser integrado
por mecanismos de coordenação, entre
instituições nacionais e locais.
Ao mesmo tempo o plano RRD deve ser apoiado
por um sistema de gestão de informação forte,
regular e eficiente.
CUSTOS DE RRD

Para cada 100 kwanzas investidos na RRD,


estima-se que no momento do impacto do
desastre serão poupados de 200 a 700
kwanzas.
REDUÇÃO DE RISCO DE DESASTRES

´´ DEVEMOS PASSAR DE UMA CULTURA DE REAÇÃO


PARA UMA CULTURA DE PREVENÇÃO.
A ACÇÃO PREVENTIVA NÃO SÓ É A MAIS HUMANA DO
QUE AS MEDIDAS CURATIVAS MAS TAMBÉM REDUZ
CUSTOS.``

KOFI ANNAM
REDUÇÃO DE RISCO DE DESASTRES

MUITO OBRIGADO PELA


ATENÇÃO DISPENSADA.

SPCB-HBO

Você também pode gostar