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Algumas perspectivas sobre

Literatura
1.A literatura deve ser útil?

Livros 3 e 10
Argumentos de Platão
 Na República a Arte é discutida do ponto de vista do educador, do
homem de Estado.
 Platão está interessado no aspecto social da obra de arte e não na obra de
arte em si, nem no artista
 Platão está consciente da importância e influência da arte na vida das
pessoas:
 “Mas então só aos poetas é que devemos vigiar e forçá-los a introduzir
nos seus versos a imagem do carácter bom, ou então a não poetarem
entre nós? Ou devemos vigiar também os outros artistas e impedi-los de
introduzir na sua obra o vício, a licença, a baixeza, o indecoro quer na
pintura de seres vivos, quer nos edifícios, quer em qualquer outra obra
de arte? E se não forem capazes disso, não deverão ser proibidos de
exercer o seu mester entre nós?" (A República – 401b)
Platão: a arte como imitação
 A poesia só é ser permitida se imitar a verdade, a essência, e não se for
uma imitação ignorante.
 No livro X, Platão faz uma objecção às artes fundamentada na teoria das
Ideias. (597a)
 Os carpinteiros fazem camas, de todos os tipos, e o pintor ao pintar uma cama,
reproduz apenas a sua aparência, vista de um ângulo particular e limitado.
 Há 3 níveis de realidade: Ideias, a Realidade Sensível e a Arte

 -A Arte entendida como imitação, só deveria representar o que é bom e


adequado à vida humana. Platão defende que o mal, as emoções fortes, e
mesmo a representação do vento ou da tempestade, são de evitar.
 -Nenhuma acção má pode ser representada em palco, poderia apenas ser
narrada, mas não representada na tragédia.
Aristóteles: a valorização da
literatura pela mimesis
 “Pois não diferem o historiador e o poeta por fazer uso, ou
não, da metrificação (seria o caso de metrificar os relatos de
Heródoto; nem por isso deixariam de ser, com ou sem metros,
algum tipo de história), mas diferem por isto: por dizer, um, o
que aconteceu, outro, o que poderia acontecer. Por Por isso a
poesia é mais filosófica e mais virtuosa que a história. Pois a
poesia diz antes o que é universal, enquanto a história, o que é
particular. Universal é que tipo de coisa cabe a uma pessoa de
determinada qualidade dizer ou fazer segundo o provável e o
necessário, o que visa a poesia na maneira como atribui os
nomes [aos personagens]. O particular é aquilo que Alcibíades
fez ou sofreu.” (Poética1, 1451b, 1-11).
Outros exemplos da longa
contenda sobre o valor da
literatura
 Séc.19- A arte como espelho do real suscita a defesa da
“arte pela arte”.
 Oscar Wilde “A decadência da Mentira”

 Baudelaire

 Edgar A. Poe
2. Autor- quem escreve?
 Platão, Íon

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