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Terra de santa cruz

Adélia Prado
A Dimensões do erotismo e da
religião, o cotidiano, o
patriarcado e a poesia
- elementos presentes na
poesia de
Adélia Prado
TERRA DE SANTA CRUZ

Publicado pela primeira vez em 1981, reúne


poesias que revelam uma crise na vida da
autora, marcada pela proximidade da velhice e
pela perda de algumas certezas religiosas.
Nesta obra, com o mesmo nome que os
portugueses deram ao Brasil, Adélia amplia
seu diálogo sobre vida e morte, tristeza e
alegria.
A poesia de Adélia Prado apresenta várias
dimensões em sua manifestação lírica. O
erotismo feminino se projeta de forma
predominante em seus poemas, onde se
entrecruzam o humano e o divino,
aproximados pela presença constante da
morte. Deus apresenta-se assim, como
personagem principal em sua obra,
juntamente com sua formação cristã católica,
em que a reza se faz permanente. Como
afirma a própria poeta:
“Alguns personagens de poemas são
vazados de pessoas da minha cidade, mas
espero estejam transvazados no poema,
nimbados de realidade. É pretensioso? Mas
a poesia não é revelação do real? Eu só
tenho o cotidiano e meu sentimento dele.
Não sei de alguém que tenha mais. O
cotidiano em Divinópolis é igual a ao de
Hong Kong, só que vivido em português.”
As imagens do cotidiano feminino, o espaço
privado do lar, a vida doméstica, tudo se
apresenta na poesia da autora de forma a
colocar a mulher diretamente em conflito
com o seu mundo, numa espécie de
espiritismo e misticismo. Nesse sentido, o
profano e o sagrado fluem e saem das
páginas de suas obras como se a autora
contemplasse o espaço celestial, sempre na
angústia constante de buscar o sentido
essencial da vida.
De forma muito original, a poesia
adeliana faz uma interlocução entre o
erotismo dos corpos, o erotismo dos
corações e o erotismo sagrado, sempre a
nos deixar a impressão de que todo
erotismo é sagrado e um sentir-se à
vontade ao nos transmitir e ratificar a
profecia: “Um dia veremos a Deus com a
nossa carne” .
POEMAS SELECIONADOS
De forma muito original, a poesia
adeliana faz uma interlocução entre o
erotismo dos corpos, o erotismo dos
corações e o erotismo sagrado, sempre a
nos deixar a impressão de que todo
erotismo é sagrado e um sentir-se à
vontade ao nos transmitir e ratificar a
profecia: “Um dia veremos a Deus com a
nossa carne” .
De forma muito original, a poesia
adeliana faz uma interlocução entre o
erotismo dos corpos, o erotismo dos
corações e o erotismo sagrado, sempre a
nos deixar a impressão de que todo
erotismo é sagrado e um sentir-se à
vontade ao nos transmitir e ratificar a
profecia: “Um dia veremos a Deus com a
nossa carne” .

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