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CONCEIT
O
• A palavra meditação vem do latim meditare que significa
“pensar ou refletir”. Na filosofia ocidental meditar é pensar
profundamente a respeito de algo.
• O conceito oriental de meditação é bastante diferente.
Quando um mestre hindu, budista ou taoísta ensina a
meditar, sua primeira instrução é que o praticante esvazie a
mente e não pense em nada.
• No oriente meditar significa esvaziar a mente e “ir para o
centro”, desligando-se do mundo exterior e direcionando a
atenção para dentro de si mesmo.
MEDITAÇÃO NO ORIENTE
Prestar atenção
no momento presente
intencionalmente,
com curiosidade
e gentileza !
A ATENÇÃO PLENA
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TREINANDO
A
ATE
NÇÃ
O
PLE
NA
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TREINANDO
A
Para treinar a atenção plena e ATE
reduzir a tendência da mente- NÇÃ
elefante para se distrair, o
O
meditador também precisa de
três instrumentos: um objeto de PLE
foco firme para ancorar a mente, NA
a corda forte da atenção para
amarrar a mente a esse pilar e
um estado de “vigilância
introspectiva” para monitorar e
corrigir as tentativas da mente
de se afastar do objeto de foco.
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TREINANDO
A
• ATE
No começo, como um elefante tentando se soltar do pilar, a
NÇÃ
mente tenta constantemente se afastar do objeto de foco.
• Sensações, imagens pensamentos, expectativas e reações O
P LdaE
emocionais tendem a distrair a mente e desviá-la do foco
atenção. NA
• Cada vez que isso acontece, o praticante é instruído a “notar”
a distração e “abrir mão” dela, sem reprimir, rejeitar ou julgar.
• Utilizando a vigilância introspectiva, ele gentilmente traz a
consciência de volta ao pilar do foco retomando, pelo maior
tempo possível, o estado de atenção plena.
A atitude correta durante a meditação é a de “não
julgamento”. Como uma criança inocente,
contemplando uma obra de arte pela primeira vez,
simplesmente mantemos a consciência no
presente, com curiosidade e sem juízos de valor.
Renunciando a qualquer julgamento, não nos
deixamos envolver pelos pensamentos,
sentimentos e imagens. Notamos as distrações e
retornamos gentilmente ao estado de atenção
plena.
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P A R A QUE MEDITAR?
Sogyal Rinpoche
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P A R A QUE MEDITAR?
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P A R A QUE MEDITAR?
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AS TRÊS ETAPAS DA
PRÁTICA
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CONECTANDO COM A RESPIRAÇÃO:
Após sentar-se numa posição confortável, prepare-se para iniciar
a prática abstraindo dos sentidos externos e conectando-se com a
respiração. Faça algumas respirações profundas, aproveitando a
exalação para liberar qualquer tensão remanescente. Em seguida
comece a respirar o mais naturalmente possível, direcionando sua
atenção para as narinas ou para os movimentos de abdome.
Observe o ritmo e a qualidade de sua respiração. Siga
acompanhando e, depois de algum tempo, procure induzir um
ritmo mais regular contando mentalmente: 1 - 2 – 3 na
inspiração ... 1 - 2 – 3 na expiração.
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SEGUNDA ETAPA:
TREINANDO A
ATENÇÃO
Existem inúmeros métodos de meditação que se baseiam em treinar a
mente através da concentração prolongada. A principal diferença entre
eles é a escolha do objeto no qual a atenção é focada (a respiração, um
objeto, um símbolo, um mantra, etc.).
O método que vamos utilizar está baseado numa técnica taoísta de
meditação, onde a atenção é direcionada para o fluxo de energia e
consciência pelo corpo, num processo denominado “ativação da órbita
microcósmica”.
Concentrando alternadamente a atenção em determinados pontos ou
regiões corporais (plexos neurais), ativamos com a consciência o fluxo
de energia pelos “meridianos centrais”.
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A ÓRBITA MICROCÓSMICA
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CANAL
Canal Funcional
REGENCIAL
ATIVANDO A ÓRBITA
MICROCÓSMICA
Córtex
Tronco frontal
encefálico
Plexo
braquial
Plexo
cardíaco
Plexo
celíaco
Plexo
lombar Umbigo
Plexo
hipogástrico
Plexo
sacral
FLUXO DE
ENERGIA NA
SEQUÊNCIA
DOS
TRIGRAMAS
DO I CHING
APLICANDO CORES SOBRE
OS PLEXOS E ÁREAS NEURAIS
Branco
Vermelho
Laranja
Rosa
Verde
Violeta
Azul
Amarelo
SIGNIFICADO
SOBRE OS PLEXOS
E AS CORES
Paz, gentileza,
suavidade
Consciência desperta,
criatividade, plenitude
Vontade em ação,
alegria nas realizações
Amor, gratidão,
compaixão
Confiança serena,
estabilidade
Força a serviço,
potencialidade pura
Despertar da consciência,
irromper, ascender
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TERCEIRA ETAPA:
A PERMANÊNCIA
SERENA
A prática da atenção plena é a base para um exercício de descoberta
interior denominado “permanência serena” (shamatha). Consiste em
contemplar a mente já “acalmada” e examinar sua verdadeira
natureza.
Após desenvolver a habilidade de estabilizar a atenção, o praticante
aprende a repousar a mente em um estado natural de clareza e
consciência, e passa a usar a atenção refinada para observar suas
experiências internas.
Suspendendo qualquer julgamento ou reação e resistindo à tentação
de participar dos diálogos internos, o meditador vislumbra a natureza
mutável das sensações, pensamentos, sentimentos e emoções.
TERCEIRA ETAPA:
PERMANÊNCIA
SERENA
Na permanência serena, o praticante observa o fluxo de pensamentos,
preocupações, medos e expectativas de sua mente como se eles
fossem ondas na superfície do oceano.
Apesar de as ondas na superfície serem de vários tipos e dimensões e
surgirem em decorrência de várias condições, há quietude na
profundeza do oceano. As ondas continuamente surgem e se
dissolvem na quietude do oceano profundo.
Quando nos relacionamos com o desenrolar dos nossos pensamentos
e projeções mentais simplesmente observando-os, sem os rejeitar ou
nos agarrar a eles, eles tendem a se dissolver na estabilidade da
própria “mente no estado natural”.
PRATICANDO A PERMANÊNCIA SERENA:
Recolha a atenção na região do umbigo e, usando a
respiração como âncora, permaneça atento e consciente de
tudo que estiver passando pela sua mente no momomento
presente. Pensamentos, sentimentos, imagens, sensações,
lembranças, desejos e anseios – todos chegam e vão
embora. Deixe que as impressões mentais se manifestem
sem lutar contra elas e sem apegar-se a elas. Simplesmente
acompanhe até decidir finalizar o processo e retornar do
estado de contemplação, trazendo para a vida e as relações
os efeitos desse estado de atenção / consciencialização.
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