Você está na página 1de 187

NR 23

COMBATE E PREVENÇÃO A
FLORESTAL
INCÊNDIO
OBJETIVO DO
TREINAMENTO

Estabelecer medidas de
prevenção para o combate a
princípios de Incêndios evitando
e/ou minimizando o impacto
destrutivo de um bem patrimonial
e a preservação da integridade
física.
INSTRUÇÃO TÉCNICA
Nº17 DO CORPO DE
BOMBEIROS DO
ESTADO DE SP.
OBJETIVOS DA IT- 17

Esta Instrução Técnica estabelece as


condições mínimas para a formação,
treinamento e reciclagem da brigada de
incêndio para atuação em edificações e
áreas de risco no Estado de São Paulo
APLICAÇÃO

2.1 Esta Instrução Técnica se aplica a


todas as edificações ou áreas de risco
enquadradas na Tabela 1 do Decreto
Estadual nº 46.076/01.
CRITÉRIOS BÁSICOS PARA SELEÇÃO
DE CANDIDATOS A BRIGADISTA

Os candidatos a brigadista devem atender preferencialmente aos seguintes


critérios básicos:
a) Permanecer na edificação;
b) Preferencialmente possuir experiência anterior
como brigadista;
c) Possuir boa condição física e boa saúde;
d) Possuir bom conhecimento das instalações;
e) Ter responsabilidade legal;
f) Ser alfabetizado.
Nota: Caso nenhum candidato atenda aos critérios básicos relacionados,
devem ser selecionados aqueles que atendam ao maior número de requisitos.
A brigada de incêndio deve ser
organizada funcionalmente, como segue:

a) Brigadistas: membros da brigada que executam as atribuições de 5.5;


b) Líder: responsável pela coordenação e execução
das ações de emergência em sua área de atuação
(pavimento/compartimento). É escolhido dentre
os brigadistas aprovados no processo seletivo;
c) Chefe da brigada: responsável por uma edificação com mais de um pavimento/compartimento.
É escolhido dentre os brigadistas aprovados no
processo seletivo;
d) Coordenador geral: responsável geral por todas
as edificações que compõem uma planta. É escolhido dentre os brigadistas que tenham sido
aprovados no processo seletivo.
C o o rd en a d o r
d e b r ig a d a

C h e fe d a C he fe da
B ri g a d a b r ig a d a

L íd e r L íd e r L íd e r L íd e r

B rig a d ista B rig a d ista B rig a d ista B rig a d ista B rig a d ista B rig a d ista
ATRIBUIÇÕES DA BRIGADA DE
INCÊNDIO
Ações de prevenção:

a) Avaliação dos riscos existentes;


b) Inspeção geral dos equipamentos de combate a
incêndio;
c) Inspeção geral das rotas de fuga;
d) Elaboração de relatório das irregularidades encontradas;
e) Encaminhamento do relatório aos setores competentes;
f) Orientação à população fixa e flutuante;
g) Exercícios simulados.
AÇÕES DE EMERGÊNCIA:

a) Identificação da situação;
b) Alarme/abandono de área;
c) Acionamento do Corpo de Bombeiros e/ou ajuda
externa;
d) Corte de energia;
e) Primeiros socorros;
f) Combate ao princípio de incêndio;
g) Recepção e orientação ao Corpo de Bombeiros;
h) Preenchimento do formulário de registro de trabalho dos bombeiros;
i) Encaminhamento do formulário ao Corpo de
Bombeiros para atualização de dados estatísticos.
PROCEDIMENTOS BÁSICOS DE
EMERGÊNCIA

Situação de Alerta
Identificada uma situação de
emergência, qualquer pessoa
pode alertar, através dos
meios de comunicação
disponíveis, os ocupantes e
os brigadistas.
Meios de Comunicação de Princípio de
Incêndio
Toda população fixa do pavimento deve estar
treinada e habituada com o procedimento de
evacuação e comunicação de princípio de
incêndio

Locais das abotoeiras de segurança;


Em que circunstancia aciona- las;
Desligamento dos equipamentos e máquinas de trabalho;
Comportamento de saída;
Locais das saídas de emergência;
Ponto de encontro;
Retorno a normalidade.
Ponto de Encontro
Após o alerta, a brigada deve analisar a situação, desde o
início até o final do sinistro; havendo necessidade, acionar
o Corpo de Bombeiros e apoio externo, e desencadear os
procedimentos necessários, que podem ser priorizados ou
realizados simultaneamente, de acordo com o número de
brigadistas e os recursos disponíveis no local.
PRIMEIROS SOCORROS

Prestar primeiros socorros às


possíveis vítimas, mantendo ou
restabelecendo suas funções vitais
com SBV (Suporte Básico da Vida)
e RCP (Reanimação
Cardiopulmonar) até que se
obtenha o socorro especializado.
PRIMEIROS SOCORROS

Corte de energia
Cortar, quando possível ou necessário, a energia elétrica dos
equipamentos, da área ou geral.

Abandono de área
Proceder ao abandono da área parcial ou total, quando
necessário, conforme comunicação preestabelecida, removendo
para local seguro, a uma distância mínima de 100 m do local do
sinistro, permanecendo até a definição final.
PRIMEIROS SOCORROS

Confinamento do sinistro
Evitar a propagação do sinistro e suas conseqüências.

Isolamento da área
Isolar fisicamente a área sinistrada, de modo a garantir os trabalhos de
emergência e evitar que pessoas não autorizadas adentrem ao local.

Extinção
Eliminar o sinistro, restabelecendo a normalidade.
INVESTIGAÇÃO

Levantar as possíveis causas do sinistro e suas consequências e


emitir relatório para discussão nas reuniões extraordinárias, com o
objetivo de propor medidas corretivas para evitar a repetição da
ocorrência.

Com a chegada do Corpo de Bombeiros, a brigada


deve ficar à sua disposição. Para a elaboração dos procedimentos
básicos de emergência deve-se consultar o fluxograma constante
no exemplo 4.
ORDEM DE ABANDONO

O responsável máximo da brigada de incêndio


(coordenador-geral, chefe da brigada ou líder,
conforme o caso) determina o início do abandono,
devendo priorizar o(s) local(is) sinistrado(s), o(s)
pavimento(s) superior(es)
a este(s), o(s) setor(es) próximo(s) e o(s) local(is) de
maior risco.
O QUE É:

Principio de Incêndio?

Incêndio?

Sinistro?
Princípio de Incêndio

É uma situação em que há


fogo em proporção pequena
podendo ser controlado ou
eliminado mediante
procedimentos e uso de
equipamentos de combate a
Incêndio.
INCÊNDIO

É uma situação em que há fogo


já atingindo proporções
significantes, porém podendo
ser controlado mediante
procedimentos e uso de
equipamentos de combate a
Incêndio.
SINISTRO

É uma situação em que há fogo já


atingindo proporções alarmantes,
podendo ser controlado mediante
procedimentos e uso de
equipamentos de combate a
Incêndio, porém neste caso há o
impacto Social, Ambiental, Físico.
FOGO

O Fogo é uma reação


química de combustão
entre o Calor, Oxigênio
ou Comburente,
Combustível e Reação
em Cadeia.
O QUE É NECESSÁRIO PARA QUE HAJA
FOGO?

A UNIÃO DE TRÊS ELEMENTOS BÁSICOS:

MAT.COMBUSTÍVEL
CALOR

COMBURENTE
TRIÂNGULO DO FOGO

FOGO
TETRAEDRO DO FOGO
TETRAEDRO DO FOGO

COMBUSTÍVEL: Material ou substância que possui


a propriedade de queimar.
Apresentam-se em três estados:
- Sólido;
- Liquido;
- Gasoso;
TETRAEDRO DO FOGO

OXIGÊNIO / COMBURENTE:
Em proporções adequadas (+ de 15%), combinado
com o material combustível, ambos tem o poder de
iniciar o fogo .
TETRAEDRO DO FOGO

CALOR:
Elemento que proporciona a reação entre o combustível e o comburente
(oxigênio). Há casos que ocorrem combustão espontânea.

REAÇÃO EM CADEIA:
Quando o combustível, o oxigênio / comburente e o calor atingem
condições favoráveis, misturando-se em proporções ideais, acontece uma
reação química em cadeia e, então, surge o fogo.
CLASSES DO FOGO

CLASSE A:
São os combustíveis sólidos,
os quais tem a característica
de queimar em superfície ou
em profundidade e deixam
resíduos como brasa ou cinzas
Ex: papel, plástico, madeira.
Tecidos, fibras e etc...
CLASSES DO FOGO

CLASSE B:
São os líquidos, gases e
pastas inflamáveis. Queimam
apenas na superfície e não
deixam resíduos.
Ex: gasolina, álcool,
querosene, óleos, GLP,
Thinner e etc...
CLASSES DO FOGO

CLASSE C:
São os materiais elétricos
energizados.
Ex: motores elétricos,
tv,computador, e etc...
CLASSES DO FOGO

CLASSE D:
São os metais pirofóricos. É
caracterizado pela queima em
alta temperatura e por reagir a
agentes extintores comuns.
(água,Co2, etc)
Ex: Antimônio, duralumínio,
zinco,sódio, magnésio, potássio
e etc...
PROPAGAÇÃO DO FOGO

CONDUÇÃO:
É a transferência de calor através de um mesmo corpo
sólido de molécula a molécula.

CONVECÇÃO:
É a transferência do calor pelo movimento ascendente
de massas de gases ou líquidos dentro de si próprio.

IRRADIAÇÃO:
É a transmissão de calor por meio de ondas caloríficas
que se deslocam através do espaço, as ondas se
propagam em todas as direções, e a intensidade em que
os corpos são atingidos aumentam ou diminuem à
medida que estão mais próximas ou afastadas da fonte
de calor.
CONDUÇÃO
CONVECÇÃO
IRRADIAÇÃO
FASES DE COMBATE AO FOGO

Com o intuito de proporcionar maior eficácia no combate a um incêndio, criou-se alguns procedimentos
para serem seguidos. Estão dispostos nas seguintes fases:

EXPLORAÇÃO: é o procedimento em que se avalia o que está queimando, como está queimando e se
há vítima no local.
VENTILAÇÃO: trata-se da abertura de portas e/ou janelas, a fim de dissipar a fumaça e o calor.
SALVAMENTO: é o resgate de vítimas.
SALVATAGEM: é o ato de salvar os materiais que ainda não foram atingidos pelo fogo e evitar que sejam
atingidos pela água, no combate.
CONFINAMENTO: é o procedimento de confinar o fogo, ou seja, cercá-lo, para evitar que o mesmo volte
a se propagar;
COMBATE: é o próprio ato de combater o fogo, extingui-lo.
RESCALDO: é o processo onde se eliminam as brasas que restaram, impedindo assim, a reignição do
fogo.
MÉTODOS DE EXTINÇÃO

Os métodos de extinção do fogo


baseiam-se na eliminação de um ou mais
dos elementos essenciais para sua
composição.

RESFRIAMENTO:
Consiste na retirada do calor. A água é o
agente mais usado,por ter grande
capacidade de absorver calor e ser
facilmente encontrada na natureza.
MÉTODOS DE EXTINÇÃO

ABAFAMENTO:
Consiste na retirada do
Oxigênio. Pois, não
havendo oxigênio para
reagir com o material
combustível e o calor,não
haverá fogo.
MÉTODOS DE EXTINÇÃO

O AR
1% 21%

78%

OXIGENIO NITROGENIO OUTROS GASES


MÉTODOS DE EXTINÇÃO

ISOLAMENTO:
Consiste na retirada do material combustível que está
queimando ou que está para queimar.

INTERRUPÇÃO DA REAÇÃO EM CADEIA:


Consiste em bloquear a reação em cadeia. Existem
agentes extintores que agem sobre o fogo, interrompendo
assim, o ciclo formado pela reação em cadeia.
MÉTODOS DE EXTINÇÃO
MÉTODOS DE EXTINÇÃO
MÉTODOS DE EXTINÇÃO
EXTINTORES

A – CILINDRO EXTERNO
B – ALÇA DE
TRANSPORTE
C – MANGOTE
D – MANÔMETRO
E – GATILHO
F – TUBO PESCADOR OU
SIFÃO
G – REQUINTE
EXTINTORES

PÓ QUIMICO SECO:
São substâncias constituídas de bicarbonato de sódio,bicarbonato de potássio, que pulverizadas, formam uma nuvem de pó
sobre o fogo, extinguindo-se por quebra da reação em cadeia e por quebra da reação em cadeia e por abafamento. O pó
deve receber um tratamento anti-higroscópico para não umedecer evitando assim a solidificação no interior do extintor. Para
o combate a classe “D”, utilizamos pós a base de cloreto de sódio,cloreto de bário, monosfato de amônia ou grafite seco.

GÁS CARBONICO:
Também conhecido como bióxido de carbono ou CO2, é um gás mais denso (mais pesado) que o ar,sem cor, sem cheiro,
não condutor de eletricidade e não venenoso(mas asfixiante).Age principalmente por abafamento, tendo secundariamente,
ação de resfriamento. Por não deixar resíduos nem ser corrosivo é um agente apropriado para combater incêndios em
equipamentos eletrônicos sensíveis.

COMPOSTOS DE HALOGENADOS (HALON):


São compostos químicos formados por elementos halogêneos (flúor, cloro, bronco e iodo).Atuam na quebra da reação em
cadeia devido às suas propriedades especificas e de forma secundária, por abafamento. São ideais para o combate a
incêndios em equipamentos elétricos e elétricos eletrônicos sensíveis, sendo mais eficiente que o CO2.
EXTINTORES

Þ EXTINTORES DE ÁGUA
PRESSURIZADO: São destinados
a combater princípios de incêndio
de Classe”A”. Esse agente extintor
age por resfriamento, pois ele retira
o calor.
Nunca deve ser utilizado em
incêndio de classe “C”, por ser
condutor de eletricidade.
EXTINTORES

ÞEXTINTORES DE PÓ QUIMICO
SECO:
São destinados a combater princípios
de incêndio de Classe”B”e “C”.(mas
não é muito indicado para materiais
eletro sensíveis pois é corrosivo). Esse
agente extintor age por abafamento,
pois ele retira o oxigênio. Temos dois
tipos de extintor pó químico seco;
EXTINTORES

ÞEXTINTORES DE CO2:
São destinados a combater princípios de
incêndio de Classe”C”.
Esse agente extintor age por abafamento e
resfriamento pois retira o calor e o oxigênio.
Devemos tomar muito cuidado ao manusear
o extintor de CO2, pois ele é asfixiante em
lugares confinados é altamente frio ao sair do
cilindro por isso NUNCA SEGURE NO
DIFUSOR, pois você poderá sofrer uma
queimadura na mão.
EXTINTORES

ROMPA O LACRE E APERTE


O GATILHO, DIRIGINDO O
DIFUSOR PARA A BASE DO
FOGO. NÃO TOQUE NO
DIFUSOR SE CASO FOR CO²,
PODERÁ GELAR
E “COLAR” NA PELE
CAUSANDO LESÕES.
RECOMENDAÇÕES

MANDAR OS EXTINTORES SEMPRE VAZIO PARA


RECARGA;
APRENDA A USAR OS EXTINTOR DE INCÊNDIO;
CONHEÇA OS LOCAIS ONDE ESTÃO INSTALADOS OS
OUTROS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO AO FOGO;
NUNCA OBSTRUA OS ACESSOS AO EXTINTORES OU
HIDRANTES;
NÃO MÊXA NOS EXTINTORES DE INCÊNDIO E
HIDRANTES A MENOS QUE SEJA NECESSÁRIO
A SUA UTILIZAÇÃO OU REVISÃO PERIODICA.
RECOMENDAÇÕES

A manutenção periódica é fundamental para a sua segurança na hora de sua utilização.


Por manutenção periódica deve-se entender o exame completo dos extintores e a
subseqüente correção das irregularidades encontradas;

ÞConferir o acesso e a sinalização do extintor;


ÞConferir se não há obstrução no bico ou na mangueira;
ÞObservar a pressão do manômetro, quando houver;
ÞObservar se há avaria no pino de segurança e no lacre
ÞConferir a garantia e a validade de inspeção e o teste hidrostático;
ÞNo extintor de CO2 e nos extintores apressurizar conferir o peso. Abaixo de 90% do
peso, a recarga é necessária.
SISTEMA DE DETECÇÃO
E ALARME DE INCÊNDIO

O sistema deve proporcionar:

• A concentração de todos os alarmes e controles em


uma central principal;

• Detecção automática de alguma anormalidade nos


ambientes supervisionados;

• Às pessoas, solicitar socorro por meio de acionadores manuais localizados em pontos


estratégicos;

• A indicação de vias de escape utilizáveis para as pessoas nas áreas de perigo;


ABANDONO DE ÁREA (ROTA DE FUGA)
PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS

Þ Instalações elétricas improvisadas


Þ Material combustível próximo a tomadas
Þ Jogar pontas de cigarros acesos
Þ Acúmulo de material de fácil inflamabilidade
Þ Não utilizar sobrecarga em pontos de tomadas
Þ Armazenar GLP em locais adequado
Þ Não obstruir a ventilação dos equipamentos
Þ Não deixar fiações expostas ao tempo
Þ Não utilize benjamim
Þ Não deixe equipamentos elétricos ligados após sua utilização – desconecte-os da tomada
Þ Utilizar a fiação de acordo com a voltagem do aparelho
Þ Não permitir que a fiação seja agredida(por objetos pontiagudos, elevados).
INSTRUÇÕES SIMULADAS
COMBATE A INCÊNDIO EM VEGETAÇÃO

É um erro acharmos que as


ocorrências de incêndio em
vegetação são eventos simples
e que não envolvem riscos.
Condições adversas como animais peçonhentos, buracos,
terrenos íngremes, grande área a ser coberta, além de
fatores como a desidratação, intoxicação e fadiga podem
gerar acidentes graves e até mesmo a morte de
Bombeiros empregados neste tipo de ocorrência.
Pontos importantes a observar:

 
Sempre analise as condições do terreno (inclinação, área atingida, área
a ser atingida, aceiros naturais) e condições climáticas (vento,
principalmente) antes de iniciar o atendimento da ocorrência;

Prepare-se utilizando o EPI adequado para a atividade (bota, luvas,


capacete, óculos de proteção, máscara para filtragem de partículas);
Pontos importantes a observar:

Não se esqueça da hidratação antes, durante e


depois deste tipo de ocorrência;

Trabalhe sempre em equipes de, no mínimo, 02


(dois) Bombeiros;
Pontos importantes a observar:

Atente para mudanças de direção dos ventos;

Tenha sempre uma rota de fuga disponível;

Cuidado ao entrar na área de vegetação para não se perder. Utilize


pontos de referência e, na ausência destes, use a bússola ou GPS.
OBJETIVOS

• Definir os conceitos básicos de incêndios em


vegetação;
• Aprender as formas de prevenção de incêndio em
vegetação;
OBJETIVOS

• Aprender as formas de combate ao incêndio em


vegetação;
• Identificar situações de risco durante o combate a
incêndio em vegetação.
EUCALIPTO

O eucalipto tem certa resistência ao fogo devido às características


do material combustível existente no sub-bosque e da própria
árvore, onde é difícil o fogo subir até as copas. Isto não significa
que as copas não possam queimar, pois um fogo intenso poderá
secá-las através do calor irradiado e num segundo estágio
destruí-las por completo.
EUCALIPTO

Segundo Soares (2007), o eucalipto,


apresenta características de resistência ao
fogo, uma delas é a folhagem pouco
inflamável e o fato de grande parte dos
incêndios serem superficiais. Estes são mais
facilmente combatidos em virtude da menor
velocidade de propagação.
CAUSAS DE INCÊNDIOS FLORESTAIS

Para efeito de estudos, é muito importante saber quem ou


o quê causou o incêndio florestal.
 
Estas causas são de caráter muito variável, sendo o seu
conhecimento básico para a elaboração de planos de
prevenção. Ainda hoje o Brasil não possui uma estatística
confiável que permita o conhecimento das principais
causas dos incêndios nas diversas regiões do país.
CAUSAS DE INCÊNDIOS FLORESTAIS

É de extrema importância, portanto, que os órgãos competentes e


mesmo as empresas florestais que possuam reflorestamentos,
mantenham um banco de dados das ocorrências e causas dos
incêndios florestais, para que sejam tomadas medidas concretas
de proteção através da elaboração de planos de prevenção.
CAUSAS DE INCÊNDIOS FLORESTAIS

Torna-se necessário, para efeitos estatísticos, então


estabelecer um padrão destas causas, para ser usado em
todo o país. Schumacher et al. (2005) sugerem uma
classificação a ser adotada em todo o Brasil, por ser
completa é a descrita abaixo.
RAIOS

São incêndios causados direta ou


indiretamente, por descargas elétricas
São os únicos que não constituem
responsabilidade humana, sendo,
portanto, sua prevenção praticamente
impossível.
RAIOS

Em certas regiões (Noroeste dos EUA) esta causa pode atingir


grande ação destrutiva.

No Brasil não são muito comuns em virtude das tempestades


serem acompanhadas de precipitação.
RAIOS

Porém já ocorreram, focos iniciais de


incêndios por raios, focos estes, que foram
prontamente debelados, pois foram
descobertos no dia seguinte à tempestade
e não haviam se propagado ainda, em
virtude da umidade do material florestal.
Incendiários

Neste grupo estão incluídos os incêndios provocados


intencionalmente, por pessoas, em propriedade alheia. Pode-se
distinguir dois tipos de incendiários: aquele que age por vingança
e o que age inconscientemente, por um desequilíbrio mental
qualquer, tornando-se um "piromaníaco".
Queimas para Limpeza

Compreende os incêndios florestais originados de fogo


usados na limpeza do terreno, para qualquer propósito
(agricultura, pastagem, reflorestamentos) que por
negligência ou descuido tenham escapado do controle
a atingindo áreas florestais.

Nos países tropicais, de uma maneira geral, está é a


principal causa dos incêndios florestais.
Queimas para Limpeza

A prática de se preparar o
terreno para agricultura através
de fogo, ainda é muito usada
atualmente.
Queimas para Limpeza

Neste cenário, os produtores acabam


sendo desmotivados a fazer
investimentos em sistemas
agroflorestais, em culturas permanentes
e até em cercas, devido ao alto risco de
perderem tudo com um fogo acidental.
Fumantes

Neste item estão incluídos os incêndios originados por fósforos e


pontas de cigarros acesas, que são atiradas displicentemente por
fumantes descuidados.

Esta é a uma das maiores causas de incêndios florestais nos


Estados Unidos, Canadá, Europa, Austrália e União Soviética.
Fumantes

Provavelmente esta seja a causa onde mais se evidencia a


falta de cuidado do homem na proteção das florestas contra
incêndios.

No Brasil, principalmente na época mais seca do ano para


as regiões Centro-Oeste, Sudeste, Norte e Nordeste,
intensificam-se os focos de incêndios provenientes de
pessoas descuidadas que jogam cigarros ou fósforos
acesos no chão.
Fumantes

Casos típicos ocorrem nas margens de rodovias, onde o


motorista, ao jogar uma bituca de cigarro acesa pela janela de seu
carro, poderá estar dando início a um grande incêndio, onde o
fogo começa no capim a margem da rodovia e posteriormente se
espalha, podendo queimar florestas e residências.
Fogos Campestres ou por Atividades
Recreativas

Nesta classe estão incluídos os


incêndios florestais originados de
fogueiras feitas por pessoas que
estejam acampadas, caçando ou
pescando na floresta ou
proximidades.
Fogos Campestres ou por Atividades
Recreativas

Não se incluem aqui os trabalhadores florestais que estejam em


atividade, pois são considerados em um grupo separado.

Os parques florestais abertos à recreação estão sempre sujeitos a


este tipo de incêndio, devido ao descuido e irresponsabilidade de
certas pessoas que os visitam.
OPERAÇÕES FLORESTAIS

Inclui-se neste grupo, os incêndios causados por


trabalhadores florestais, quando em atividade na floresta.

Para melhor definir esta causa serão citados dois


exemplos hipotéticos:
OPERAÇÕES FLORESTAIS

1. O primeiro foi um incêndio que se originou da fogueira


que um operário florestal fez para aquecer sua comida e
não apagou com o devido cuidado.

2. Em outra ocasião, um trabalhador florestal ao derrubar


uma árvore, ativou um formigueiro que se encontrava
próximo à base da árvore, e as formigas (muito
agressivas) não permitiam que ele se aproximasse da
árvore derrubada para continuar seu trabalho.
OPERAÇÕES FLORESTAIS

Ele então ateou fogo ao


formigueiro para matar as
formigas e, descuidadamente,
permitiu que o fogo se expandisse
dando origem ao incêndio.
Operação de Colheita Florestal
INTRODUÇÃO

Diante da problemática dos inúmeros incêndios


florestais no Estado de São Paulo e em todo o
Brasil registrados nos últimos anos, necessário se
faz orientar as equipes de combate a incêndio na
ação efetiva de combate, estabelecer e propor
medidas preventivas para reduzir esse tipo de
ocorrência, por meio das ações operacionais e
educativas.
1. CONCEITUAÇÃO BÁSICA

• Conceitos de Incêndio Florestal:


Entende-se como Incêndio Florestal, toda
destruição total ou parcial da vegetação, em
áreas florestais, ocasionada pelo fogo, sem
o controle do homem ou qualquer que seja
sua origem.
• Proteção Florestal:

É o conjunto de
medidas que visam à
preservação das
espécies vegetais.
• Partes do Incêndio

Para melhor
compreensão e estudo,
o incêndio em matas é
dividido em partes. São
elas:
• Partes do Incêndio

• Perímetro: é a borda do fogo. É o comprimento total das margens da área


queimando ou queimado. O perímetro está sempre mudando, até a extinção do fogo.

• Cabeça: é a parte do incêndio que se propaga com maior rapidez. A cabeça


caminha no sentido do vento. É onde o fogo queima com maior intensidade.
Controlá-la e prevenir a formação de uma nova cabeça é, geralmente, a questão-
chave para o controle do fogo.
• Partes do Incêndio

• Dedo: faixa longa e estreita que se propaga rapidamente a partir do foco


principal.
Quando não controlado, dá origem a uma nova cabeça.

• Costas ou retaguarda: parte do incêndio que se situa em posição


oposta à cabeça. Queima com pouca intensidade. Pode se propagar
contra o vento ou em declives.
• Partes do Incêndio

• Flancos: as duas laterais do fogo que separam a


cabeça da retaguarda. A partir dos flancos,
formam-se os dedos. Se houver mudança no
vento, os flancos podem se transformar em uma
nova cabeça.
• Partes do Incêndio

• Focos secundários: provocados por fagulhas que o


vento leva além da cabeça ou por materiais
incandescentes que rolam em declives. Devem ser
extintos rapidamente para não se transformarem em
novas cabeças e crescerem em tamanho.
• Partes do Incêndio

• Bolsa: área não queimada do perímetro.


Normalmente espaço não queimado entre os
dedos.
• Ilha: pequena área, não queimada, dentro do
perímetro.
CAUSAS DOS INCÊNDIOS FLORESTAIS:

• Podemos classificar as causas dos incêndios


florestais, sobre dois aspectos distintos:

a) Quanto à natureza da causa, o incêndio florestal


pode ser de:
CAUSAS DOS INCÊNDIOS FLORESTAIS:

• Natureza química - são os incêndios que têm


origem em uma reação química qualquer;

• Natureza física - são os incêndios que têm


origem por meio de um efeito físico qualquer;
CAUSAS DOS INCÊNDIOS FLORESTAIS:

• Natureza biológica - são os incêndios que têm


origem em reações provocadas por bactérias,
fermentações, etc.
B) QUANTO À NATUREZA DO AGENTE, O
INCÊNDIO FLORESTAL PODE SER:

• Agente humano - são os incêndios cuja origem


foi provocada pelo ser humano, de forma dolosa
ou acidentalmente. Ex.: ponta de cigarro acesa;
B) QUANTO À NATUREZA DO AGENTE, O
INCÊNDIO FLORESTAL PODE SER:

• Agente natural - são os incêndios cuja origem foi


provocada pelos elementos da natureza, sem
interferência da vontade ou erro humano.
• TIPOS DE VEGETAÇÃO:

Existem vários tipos de vegetação, bem como


diferentes combinações entre si, conforme
segue:
• TIPOS DE VEGETAÇÃO:

Campo ou campo limpo - é a forma ou apenas um


andar de cobertura vegetal, onde raramente ocorrem
formas arbustivas ou arbóreas;
• TIPOS DE VEGETAÇÃO:

Campo sujo ou campo cerrado - é a formação de


Campos Limpos, entremeados de arbustos esparsos
e raras formas arbóreas, onde a área de vegetação
rasteira é sempre dominante;
• TIPOS DE VEGETAÇÃO:

Cerrado - é constituído por dois níveis, o primeiro


de vegetação rasteira e o segundo de arbustos e
formas arbóreas que raramente ultrapassam 06
(seis) metros de altura;
• TIPOS DE VEGETAÇÃO:

Cerradão - é constituído por três níveis, sendo os


dois primeiros iguais aos dois do Cerrado e um
terceiro formado de árvores que podem atingir de 18
a 20 metros de altura;
• TIPOS DE VEGETAÇÃO:

Floresta - é constituída por árvores de grande porte


em uma área relativamente extensa e, dependendo
de sua origem, podemos ser natural ou artificial
• COMPORTAMENTO DO FOGO:

O comportamento do fogo depende das características da


área respectiva, representada pelos fatores:
• Topografia
• condições atmosféricas; e,
• tipos de vegetação.
• COMPORTAMENTO DO FOGO:

Há de se observar que para acontecer um incêndio florestal três


fatores devem ocorrer simultaneamente, o que pode ser chamado
de triângulo do incêndio florestal:

Topografia, Clima e Combustível, onde temos os seguintes


aspectos:
A) TOPOGRAFIA

Declividade - altitude
Forma do terreno
Tipo de terreno
B) CLIMA (CONDIÇÕES ATMOSFÉRICAS)

Temperatura; horários críticos: das 12 às 16 h -


Umidade relativa do ar: crítica - abaixo de 20%
Pressão atmosférica; quanto menor, mais facilita a
expansão dos gases.
Direção e velocidade do vento.
C) COMBUSTÍVEL (VEGETAÇÃO)

Leve e pesado
Umidade interna da vegetação;

Fase de pré-aquecimento: o calor elimina o vapor d’água e


continua aquecendo o combustível até a temperatura máxima
imediatamente anterior ao ponto de ignição (260 a 400°C);
C) COMBUSTÍVEL (VEGETAÇÃO)

Fase da destilação ou combustão dos gases (1250°C);

Fase da incandescência ou do consumo do carvão.


Se for feita uma correta avaliação desses fatores, é possível
prognosticar o que pode suceder quando se desenvolve um
incêndio.
FATORES DA PROPAGAÇÃO DO
INCÊNDIO FLORESTAL:

Condições atmosféricas:
As condições climáticas e de tempo interferem
diretamente na propagação do incêndio florestal,
entre vários fatores citamos:
FATORES DA PROPAGAÇÃO DO
INCÊNDIO FLORESTAL:

Vento - quanto maior for a velocidade do vento,


maior será a propagação do fogo, pois além do
vento trazer uma quantidade maior de oxigênio, ele
leva o calor ao combustível à frente;
FATORES DA PROPAGAÇÃO DO
INCÊNDIO FLORESTAL:

Umidade relativa do ar – essas variações podem ser notadas na


diferença entre a propagação diurna e a noturna, onde durante o dia, o ar
seco retira umidade da vegetação, aumentando a velocidade do incêndio e
à noite, o ar úmido cede umidade, tornando a propagação mais lenta; a
temperatura do ar influi diretamente na temperatura do combustível, e,
portanto, quanto mais alta for, mais fácil será a propagação do fogo.
FATORES DA PROPAGAÇÃO DO
INCÊNDIO FLORESTAL:

Esse fator influi também no movimento de correntes de ar


que facilitam a oxigenação do fogo.

A temperatura elevada causa também maior cansaço nos


integrantes das guarnições de combate ao fogo.
Topografia:

Tendo em vista o fato de que o ar quente tende a subir,


quando se tem um incêndio em um aclive, o ar quente vai
aquecendo os combustíveis que estão num plano mais
alto, fazendo com que seja aumentada sobremaneira à
velocidade de propagação do fogo.
Topografia:

É também importante saber que normalmente o


vento sopra no aclive durante o dia, e no declive
durante a noite.
Além do fato de que declives muito acentuados
podem fazer com que combustíveis inflamados
possam rolar e propagar o fogo.
CLASSIFICAÇÃO DOS INCÊNDIOS
FLORESTAIS:

A classificação dos Incêndios Florestais pode ser


feita sob vários aspectos e, portanto, ter-se-á uma
infinidade de classes dependendo de qual desses
aspectos seriam observados.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À
PROPORÇÃO:

Incêndio pequeno - é um princípio de incêndio onde um


único homem tem condições de extingui-lo;

Incêndio médio - é aquele onde necessitaw3mos de uma


guarnição de combate a incêndio florestal para extingui-lo;
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À
PROPORÇÃO:

Incêndio grande – é aquele onde uma só


guarnição não tem condições de extingui-lo,
necessitando para isso, de apoio de efetivo e de
veículos, tratores, máquinas, podendo inclusive
utilizar aviões adaptados para esse fim.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO TIPO E
PROPAGAÇÃO:

Incêndio de solo ou incêndio subterrâneo e


turfa: É aquele que ocorre junto ao solo, queimando
restos vegetais, turfas, folhas secas, galhos e
gramíneas, que formam o "piso" do terreno;
CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO TIPO E
PROPAGAÇÃO:

Incêndio superficial ou incêndio rasteiro:


É aquele que o fogo queima vegetação baixa, como
capim, arbustos e pequenas árvores;
CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO TIPO E
PROPAGAÇÃO:

Incêndio de copa / aéreo: É aquele que atinge e se


propaga nas copas das árvores, tornando-se os mais
difíceis de serem combatidos;
CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO TIPO E
PROPAGAÇÃO:

Incêndio total: É aquele que ocorre


concomitantemente entre as três classificações
anteriores (incêndio solo e subterrâneo, incêndio
superficial/rasteiro e incêndio de copa e aéreo);
ACEIROS:

Os aceiros são áreas raspadas, onde é


retirada toda a vegetação, ficando o
terreno sem combustível (vegetação) e,
portanto sem condições de início ou de
propagação de fogo, pois proporciona
uma separação de áreas de vegetação.
ACEIROS:

Este tópico a respeito de aceiro é feito nesta


parte introdutória, pois interessa tanto à
Prevenção quanto ao combate ao incêndio
florestal.

Os aceiros podem ser classificados em três


tipos:
ACEIROS:

Aceiros preventivos: É aquele realizado antes e durante as


operações de prevenção de fogo em mato.

Por meio de ferramentas ou tratores, raspa-se uma área da


vegetação de forma que fique uma área de isolamento entre as
vegetações, evitando a passagem do fogo.
ACEIROS:

As distâncias variam de acordo com a altura da


vegetação que se quer separar, normalmente, se
obedece a proporção de quatro vezes a altura da
vegetação;
ACEIROS:

Aceiros emergenciais: É aquele realizado durante uma


operação de combate a incêndio florestal.

Neste tipo de aceiro, as distâncias de separação vão variar de


acordo com o maquinário ou ferramentas disponíveis, buscando
sempre a proporção de 4:1, conforme o aceiro preventivo;
ACEIROS:

Aceiros de segurança: É aquele realizado após a


ocorrência de uma queimada, evitando a reignição.
PREVENÇÃO DE INCÊNDIO EM
VEGETAÇÃO

É o conjunto de medidas e ações realizadas e


tendentes a evitar o surgimento do incêndio, detectar
e informar sua posição, facilitando as ações de
combate e salvamento e diminuindo as condições de
propagação.
PREVENÇÃO DE INCÊNDIO EM
VEGETAÇÃO

Neste conceito destacamos alguns aspectos importantes, que


são: ações educativas, preparo de aceiros preventivos, montagem
de sistema preventivo de vigilância, preparação do pessoal de
combate, disponibilização dos materiais para ações de detecção e
combate ao incêndio.
MEIOS PREVENTIVOS:

São todos os recursos


disponíveis para que se
tenha a maior segurança
possível na preservação da
flora contra o fogo. Podendo
ser:
MEIOS PREVENTIVOS:

A) campanhas educativas - aquelas que visam


conscientizar a população do perigo que representam os
incêndios florestais, bem como dos procedimentos que
devem ser tomados para evitá-los e ainda as técnicas
adequadas para combatê-lo o mais rápido possível;
MEIOS PREVENTIVOS:

B) aceiros – para isolamento de áreas de risco, evitando a propagação do


fogo;

C) vigilância florestal - é um dos mais importantes meios preventivos, pois


por intermédio dele pode ser detectado com rapidez o início do incêndio,
bem como ser observado os seus agentes causadores;
MEIOS PREVENTIVOS:

D) retardantes químicos - são


substâncias químicas que tem a
propriedade de dificultar tanto o
surgimento do incêndio como a sua
propagação e agem através de uma
película química sobre a vegetação;
MEIOS PREVENTIVOS:

E) Cortinas de segurança - as espécies vegetais apresentam reações


diferentes à ação do fogo. Basicamente essa cortina é a plantação de
certas espécies mais resistentes à ação do fogo, retardando sua
propagação, para proteção de outras espécies que queimam com muita
facilidade.

Ex: plantar eucalipto em um reflorestamento de Pinus


PRINCIPAIS MEDIDAS PARA EVITAR AS
CAUSAS DE INCÊNDIOS:

• Apagar as pontas de cigarros e colocá-las no


cinzeiro;
• Fumar somente em áreas seguras;
• Fazer acampamentos em locais apropriados;
PRINCIPAIS MEDIDAS PARA EVITAR AS
CAUSAS DE INCÊNDIOS:

• Não acumular lixo em lugares impróprios;


• Fazer queima de lixo em área limpa aceirada;
• Quebrar o palito de fósforo antes de jogá-lo;
• Tomar cuidado com qualquer fogo;
PRINCIPAIS MEDIDAS PARA EVITAR AS
CAUSAS DE INCÊNDIOS:

• Ao deixar um acampamento, apague o fogo totalmente com água ou


terra;
• Lembrar-se sempre que o homem é o principal causador de incêndios
florestais;
• Construir aceiros de segurança em área de risco elevado;
• Capinar os terrenos, fazendo o corte preventivo e remoção do mato,
impedindo as queimadas.
COMBATE A INCÊNDIO EM VEGETAÇÃO

O Combate a incêndios florestais é o conjunto de


medidas tomadas no sentido de eliminar o incêndio
florestal, por intermédio de sua completa extinção ou
de se impedir sua propagação.
MÉTODOS DE COMBATE:

A) Método direto:
É aquele pelo qual permite a aproximação suficiente o
pessoal ao fogo para o combate direto às chamas são
usados os seguintes materiais: água (por meio de AB,
AT, mochilas d’água, bomba costal, etc), terra
(utilizando pás ou enxadas) ou ainda por meio de
abafadores, galhos de árvores, sacos molhados etc. É
um método que tem bom efeito em vegetação rasteira.
MÉTODOS DE COMBATE:

B) Método indireto:
Aplicado em incêndios de grande
proporção, quando a intensidade do fogo
é muito grande e não há possibilidade de
aproximação, podendo ser aplicado de
duas maneiras:
MÉTODOS DE COMBATE:

Através de abertura de aceiros - O fogo é


eliminado ao atingir o aceiro, que impedem a sua
propagação;

O aceiro visa extinguir o incêndio pela retirada do


material e deve ser suficientemente largo para
evitar que o fogo se propague para o outro lado.
MÉTODOS DE COMBATE:

Aceiros mais largos que o


necessário, porém, significam
desperdício de tempo e esforços
que podem ser vitais em outras
frentes.
MÉTODOS DE COMBATE:

O aceiro é composto de duas áreas: raspada e tombada.


Área raspada
Consiste em remover a vegetação até que a terra viva seja exposta. Para
este serviço são
empregadas ferramentas manuais como
enxadas, enxadões e ancinhos ou máquinas como trator de pá ou com
rastelo.
MÉTODOS DE COMBATE:

Deve-se, na medida do possível, evitar o


encontro com vegetação de grande porte.

Caso o encontro com esta vegetação não


possa ser evitado, deve-se removê-la com
o emprego de foice, machado ou
motosserra.
MÉTODOS DE COMBATE:

Toda a vegetação retirada da área raspada, caso


não esteja queimada, deve ser removida em direção
à área a preservar, para, mais tarde, evitar uma
grande carga de incêndio pela utilização do fogo de
encontro.
MÉTODOS DE COMBATE:

Área tombada
Consiste em se derrubar toda a vegetação
em direção ao fogo, visando diminuir o
tamanho das chamas, evitando que elas
ultrapassem a área raspada.
Dificulta também o transporte de material
incandescente pelo vento.
MÉTODOS DE COMBATE:

Fogo de encontro (fogo contra


fogo): É o método indireto pelo qual é
colocado fogo controlado, a partir de
um aceiro natural ou construído, no
sentido contrário à propagação do
fogo e em direção à frente principal.
MÉTODOS DE COMBATE:

Método paralelo: quando o calor desenvolvido pelo


fogo permite certa aproximação, mas não o
suficiente para o ataque direto, usa-se esse método,
que consiste em:
MÉTODOS DE COMBATE:

Fazer rapidamente um pequeno aceiro


de 0,30 m a 1,00 m de largura, paralelo
à linha do fogo.

Ao chegar ao aceiro, o fogo diminuirá a


intensidade e poderá ser atacado
diretamente;
MÉTODOS DE COMBATE:

Fazer a construção de uma linha fria


com o uso de água por meio de viaturas
ou bombas costais de forma a criar-se
um obstáculo úmido à frente do fogo e,
havendo possibilidade, envolvendo o
seu perímetro, para ser atacado
diretamente.
MÉTODOS DE COMBATE:

Fazer a construção de uma linha fria


com o uso de água por meio de viaturas
ou bombas costais de forma a criar-se
um obstáculo úmido à frente do fogo e,
havendo possibilidade, envolvendo o
seu perímetro, para ser atacado
diretamente.
MÉTODOS DE COMBATE:

D) Método aéreo:
É efetuado em áreas ou locais de difícil acesso
pelo pessoal de combate aos incêndios.
Este método é usado em incêndios de copa ou
incêndios aéreos de grande intensidade,
utilizando-se aviões e helicópteros adaptados ou
construídos especialmente para debelar esses
incêndios.
MÉTODOS DE COMBATE:

Rescaldo
É quando se elimina todos os riscos de reignição do
incêndio.

É uma fase trabalhosa, porém, é a única maneira


capaz de garantir que o incêndio foi extinto e que não
tem mais riscos de reignição.
MÉTODOS DE COMBATE:

Procedimentos para o rescaldo:


• Caminhar por todo o perímetro onde se deu o incêndio e ter certeza de
que foi extinto.
• Eliminar toda fonte de calor do perímetro do incêndio.
• Se o rescaldo for trabalhoso, permitir que o combustível queime sob
controle.
MÉTODOS DE COMBATE:

• Ter certeza de que o aceiro está limpo.


• Cortar ou apagar com água, troncos que possam
soltar faíscas além do aceiro.
• Extinguir focos esparsos.
MÉTODOS DE COMBATE:

• Espalhar todo o material incandescente que não puder


ser extinto com água ou terra
• Para dentro do perímetro (se for o caso, enterrá-lo).
• Colocar todo o combustível roliço em posição que não
possa rolar e ultrapassar o aceiro.
PRESCRIÇÕES GERAIS

A extinção de incêndio em mata


é um serviço perigoso e
exaustivo e requer do bombeiro
uma tenacidade acima do
normal.
PRESCRIÇÕES GERAIS

Toda operação de combate a incêndio


deve ter um Posto de Comando onde
haja condições de comunicação,
atendimento em primeiros socorros e
viaturas para deslocamentos rápidos,
planejamento e controle da operação.
PRESCRIÇÕES GERAIS

• O incêndio em mata tem um


comportamento genérico.
• Devido à temperatura e à umidade do ar,
ele tem menos intensidade na madrugada
e maior intensidade entre às 10:00 e
18:00h.
PRESCRIÇÕES GERAIS

Portanto, seria lógico intensificar o combate durante a


madrugada.

Porém, deve-se levar em conta a pouca visibilidade neste


horário, o que afeta diretamente a segurança dos bombeiros.
PRESCRIÇÕES GERAIS

Só uma análise apurada sobre o tipo de vegetação e terreno


pode
apontar qual o melhor horário para intensificar os trabalhos.
Uma coisa é certa, o combate a incêndio em matas deve ser
feito o mais rápido possível e ininterruptamente até a sua total
extinção.
PRESCRIÇÕES GERAIS

O combate deve ser feito em equipes, não devendo


nunca o bombeiro trabalhar isolado. Cada equipe
deve possuir rádio capaz de transmitir o andamento
do serviço e receber instruções do Comandante da
Operação.
PRESCRIÇÕES GERAIS

Ao se optar pelo ataque indireto, deve-se observar a existência de


barreiras já construídas (como estradas), que devem ser usadas
como aceiros.

Ao usar a técnica de fogo de encontro, deve-se calcular o local


aonde os dois fogos vão se encontrar.
PRESCRIÇÕES GERAIS

Este local deve ser suficientemente distante da linha de aceiro, para evitar
que a grande quantidade de fuligem produzida seja transportada pelo vento
para trás deste ponto, criando outros focos de incêndio.

Os bombeiros que vão trabalhar à noite devem chegar ao local do incêndio


antes que escureça para reconhecer o terreno à luz do dia.
PRESCRIÇÕES GERAIS

Chegando ao local, devem, primeiramente, determinar o caminho


para escapar, se for necessário.

O trabalho de extinção em matas é desgastante. O período em


serviço não deve exceder 12 horas seguidas e o descanso não
deve ser menor que 8 horas.
PRESCRIÇÕES GERAIS

Os serviços de extinção só devem ser


abandonados após rescaldo criterioso,
ficando a área queimada em observação
para alerta imediato em caso de reignição.
PRESCRIÇÕES GERAIS

As equipes de extinção devem ter apoio do serviço de


meteorologia local e de vigias, que alertarão principalmente sobre
as mudanças do vento.

O chefe de cada equipe deve ter constante e rigoroso controle do


pessoal e equipamento.
PRESCRIÇÕES GERAIS

Deve-se prever suficiente quantidade de suprimentos e


equipamentos para o período de combate.

Deve-se, também, tomar cuidado quando se trabalha em local de


vegetação muito densa (que atrapalha a movimentação) e quando
há grande quantidade de combustíveis entre o aceiro e o incêndio.
PRESCRIÇÕES GERAIS

Em outros países, com tradição no combate a


incêndio, existe um ditado indígena que diz: “O
combatente deve ficar sempre com um pé no
preto”, ou seja, com rota de escape pela área já
queimada.
EQUIPAMENTO PARA O COMBATE A
FOGO EM MATA EQUIPAMENTO DE
PROTEÇÃO INDIVIDUAL

1. Capacete
2. Bandó (protetor posterior do pescoço)
3. Óculos de proteção
4. Capa
5. Luvas
6. Botas
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA

1. Rádios
2. Faca / facão
3. Material de primeiros socorros no Posto de Comando
4. Ambulância com pessoal habilitado
5. Binóculo
6. Apito
7. Cordas (cabos)
8. Cantis e reservatório d’água
PRESCRIÇÕES GERAIS

Cada grupo (equipe) normalmente deve ter no mínimo 3 e no


máximo 12 elementos, cabendo ao chefe o controle de seu grupo.

A verificação constante de efetivo e de equipamento deve ser


prioritária.
PRESCRIÇÕES GERAIS

Para algumas operações deve-se destacar um vigia que fica longe, com
rádio, apito e binóculos, para evitar que os combatentes sejam envoltos
pelo fogo.

Deve-se garantir sempre a segurança individual e coletiva e identificar


todas as situações para garantir o sucesso no combate ao incêndio
florestal.
PRESCRIÇÕES GERAIS

É importante manter sempre contato com o Posto de


Comando e elaborar, em todo ataque, as rotas de
fuga.
PRESCRIÇÕES GERAIS

Deve-se, também, zelar pelo cuidado, manutenção e bom


uso das ferramentas de combate a incêndios em mata
(principalmente quando fora da época de fogo em
mato, quando devem ser feitas as previsões de
necessidade para preparação para o período crítico).
A UNIÃO DE TODOS CONTRIBUI PARA A
DIMINUIÇÃO DOS INCÊNDIOS
FLORESTAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

COMANDO DO CORPO DE BOMBEIROS DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO


PAULO:
– CCB/PMESP. Manual de Fundamentos do Corpo de Bombeiros. São Paulo. 2006.
– CCB/PMESP. Manual Técnico de Bombeiros. 1ª Edição. São Paulo. 2006.
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRITO FEDERAL. Manual Básico de
Combate a Incêndio. Brasília. 2006.
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – CBMERJ.
Manual Básico de Bombeiro Militar. Rio de Janeiro. 2005.
Gente Mais Consultoria & Treinamento
(14) 3227 9558
seguranca@gentemais.com.br
www.gentemais.com.br

Elaborado por: Tiago José Cavalheiro


Técnico em Segurança do Trabalho
Reg MTE 28934/SP

Você também pode gostar