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CASO CLINICO – PARALISIA CEREBRAL

Disciplina Seminários Integrados em Fisioterapia


DISCENTES:

Cleidiane Oliveira
Edlene Marinho
Eumille Ribeiro
Gabriella Queiroz
Jaíne Lobo
Jamilton Diaz
Joane Gabriela
Paula Hortência

DOCENTE:
Menilde Araújo da Silva Bião
CASO CLINICO – PARALISIA CEREBRAL

Caso Clínico apresentado a


disciplina de Seminários Integrados
em Fisioterapia, como parte do
processo de avaliação na Faculdade
Estácio de Feira de Santana – Ba,
solicitado pela Professora Menilde
Bião.

Feira de Santana
2018
ANAMINESE

IDENTIFICAÇAO

 R.S.A, 26 anos, masculino, pardo, solteiro, natural de Feira de Santana-


BA.

QUEIXA PRINCIPAL

 Paciente possui dificuldade de realizar atividades que exige motricidade fina.


( segundo professora)

 Data Avaliação: 28/03/2018


SISTEMA NERVOSO

 O sistema nervoso é responsável pela maioria das funções de controle


em um organismo, coordenando e regulando as atividades corporais. É
dividido em Sistema Nervoso Central e Sistema Nervoso Periférico

http://gabrielaguarnieripsicopedagoga.blogspot.com.br/2012/08/sistema-nervoso.html
PARALISIA CEREBRAL

 A paralisia cerebral (PC) trata-se de uma lesão neurológica que costuma ser
causada pela falta de oxigênio no cérebro ou isquemia cerebral que pode
acontecer no período da gravidez, no trabalho de parto ou até que a criança
complete 2 anos. A criança com PC possui rigidez muscular, mudanças no
movimento, na postura, sofrem alterações e falta de equilíbrio, falta
de coordenação, e diversos movimentos involuntários, necessitando
intrinsecamente de cuidados especiais ao longo da vida. A paralisia cerebral
comumente está associada a epilepsia, alterações na fala, na audição e
visão, e retardo mental.
HISTORIA DA DOENÇA ATUAL (HDA)

 Paciente com paralisia cerebral espástica, cadeirante, não faz uso de


medicamentos, possui força muscular reduzida nos MMII e MMSS, déficit de
coordenação motora, rigidez articular, encurtamento muscular, não possui
controle de tronco, com cifose postural e anteriorização da cabeça. Paciente
com presença de secreção pulmonar, ao deitar apresenta desconforto
respiratório. Não fala, se comunica apenas com o olhar, entende e obedece
comandos. Dia 15/06/2017 foi solicitado a prescrição para uso de órteses.
EXAME FISICO

INSPEÇÃO

 Paciente cadeirante, com postura cifótica, cervical anteriorizada, pelve


em anti-versão sem controle de tronco. Nos MMSS, mantém cotovelos e
punho fletido acompanhado de desvio ulna, os dedos em garra. Nos
MMII, paciente mantém joelhos em flexão, devido posição na cadeira e
tornozelo em eversão. Musculatura atrofiada, tônus muscular hipotônico.
Deformidade na articulação metatarso falangiana sendo mais acentuada
no hálux Paciente não fala, mas possui boa cognição, entende e
obedece os comandos, respondendo perguntas com olhar e expressão
facial, coloração normal, não apresenta edema. Faz uso de fralda
descartável.

 OBS: Cadeira de rodas não adaptada as necessidades do paciente


PALPAÇÃO
 Não há presença de edema, temperatura normal, apresenta rigidez articular,
atrofia muscular, pele dos dedos ásperas, com presença de calos, devido a
posição de dedos em garra, tórax Pectus excavatum. Apresenta
encurtamento muscular, principalmente nos isquiotibiais, adutores e
extensores dos MMII. Presença de deformidades no punho e tornozelo não
instaladas.

GONIÔMETRIA
 Paciente não possui boa mobilidade articular, ao realizar movimentos para
pegar algo, compensa nas articulações e ombro e cotovelo.

TMM
 Forma muscular reduzida, (grau 3 nos MMSS), nos membros inferiores
paciente consegue realizar uma leve dorsiflexão
HISTORIA GESTACIONAL

 Realizou pré-natal completo


 Parto normal. (36 semanas)

 Nascido não chorou nos primeiros 5 dias de nascido


 Possível convulsão no momento do nascimento

 Mãe não soube informar se ouve intercorrência e intervenção neonatal


DIAGNOSTICO CLÍNICO:
 Paralisia Cerebral

A paralisia cerebral corresponde a um grupo de desordens motoras


causadas pro lesão no sistema nervoso central na fase de pré, peri ou pós
natal, causando distúrbios sensoriais, cognitivos e motores e posturais não
progressivo. Sua etiologia é multifatorial, geralmente não é bem estabelecida
devido dificuldade de determinar o momento exato da lesão, entretanto, nos
aspectos pré-natais compreende: malformações do sistema nervoso central,
infecções congênitas e quadros de hipóxia, peri-natais: anóxia peri-natal e
pós-natais: meningites, infecções, lesões traumáticas e tumorais. (GRAÇÃO,
2008).
DIAGNOSTICO FISIOTERAPÊUTICO

 Tetraparesia espástica. (Diminuição da Força muscular, rigidez articular,


movimentos não coordenados, hipotonia)

O QUE É TETRAPARESIA ESPÁSTICA ?

A tetraparesia espástica se caracteriza pela presença de


postura motora em semiflexão, espasticidade nos quatro
membros e no tronco. Um exemplo de tetraparesia
espástica é a paralisia cerebral, doença na qual o
paciente apresenta a espasticidade, disartria, disfagia,
podendo ocorrer também microcefalia e deficiência
mental. Ela ocorre no período embrionário ou nos
primeiros meses de vida, devido a lesões ou anomalias de
desenvolvimento. (AVÍLA; ROCHA, 2014)
OBJETIVOS

 Melhorar a mobilidade articular


 Diminuir encurtamento muscular
 Aumentar a força muscular
 Melhorar a postura cervical
 Promover melhor controle e postura correta de tronco
 Melhorar a motricidade fina
 Prevenir instalação de deformidades
 Retirar secreção crônica
 Aumentar a capacidade viso-espacial
CONDUTAS

 Mobilização articular nos MMSS, MMII dissociação cinturas Pelvica e


Escapular.
 Alongamento: nos MMSS e MMII (Isquiotibiais, adutores, extensores do
quadril, tríceps sural, tibiais anteriores)
 Uso da resistência manual para aumentar a força muscular
 Fornecer estímulos sensoriais a cervical, uso do controle da voz, de objetos
atrativos que estimule o paciente a levantar a cabeça realizar movimentos
de rotação. ( quando melhorar a questão respiratória por em D.D e solicitar
que ele alcance objetos, uso de tapping cervival e na testa.)
 Estimular a musculatura extensora de tronco, inicialmente sentado e dando
estimulação na região, uso da voz e de objetos atrativos, para rotação e
inclinação de tronco, estimular pegar objetos, fazer adequação postural na
cadeira ( Ex. Uso de cintos), uso da placa de ortostase.
 Promover atividades dinâmicas, para paciente pegar objetos, tirar objeto de
um local e por em outro.
 Além de alongamentos e mobilização, fazer uso de dispositivos de
tecnologia Assistiva, como órteses do Tipo AFO e órteses para punho e
dedos, para prevenir instalação de deformidades.
 Terapias de Higiene Brônquica.
REFERENCIAS

 https://unifaminas.s3.amazonaws.com/upload/downloads/20141126155426
_516371.pdf

 https://periodicos.pucpr.br/index.php/fisio/article/view/19111/18455

 https://www.tuasaude.com/paralisia-cerebral/

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